segunda-feira, 31 de outubro de 2016

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31ª Semana Comum - Terça-feira 01/11/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Fl 2,5-11)


Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses.

Irmãos, 5tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus. 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor” para a glória de Deus Pai.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 21)


— Ó Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembleia!

— Ó Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembleia!


— Cumpro meus votos ante aqueles que vos temem! Vossos pobres vão comer e saciar-se, e os que procuram o Senhor o louvarão; seus corações tenham a vida para sempre!”

— Lembrem-se disso os confins de toda a terra, para que voltem ao Senhor e se convertam, e se prostrem, adorando, diante dele todos os povos e as famílias das nações. Pois ao Senhor é que pertence a realeza; ele domina sobre todas as nações. Somente a ele adorarão os poderosos.

— Toda a minha descendência há de servi-lo; às futuras gerações anunciará, o poder e a justiça do Senhor; ao povo novo que há de vir, ela dirá: “Eis a obra que o Senhor realizou!”


Evangelho (Lc 14,15-24)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 15um homem que estava à mesa disse a Jesus: “Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!” 16Jesus respondeu: “Um homem deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. 17Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: ‘Vinde, pois tudo está pronto’.

18Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 19Um outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 20Um terceiro disse: ‘Acabo de me casar e, por isso, não posso ir’.

21O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Então o dono da casa ficou muito zangado e disse ao empregado: ‘Sai depressa pelas praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos’.

22O empregado disse: ‘Senhor, o que tu mandaste fazer foi feito, e ainda há lugar’. 23O patrão disse ao empregado: ‘Sai pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha casa fique cheia’. 24Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Meditatio
«Alegrai-vos e exultai»
Mons. F. Xavier CIURANETA i Aymí Bispo Emérito de Lleida
(Lleida, Espanha)

Hoje, celebramos a realidade de um mistério salvador, expresso no credo, que se torna muito consolador: Creio na comunhão dos santos. Todos os santos que já passaram para a vida eterna, a começar pela Virgem Maria, formam uma unidade: Felizes os puros de coração, porque verão a Deus (Mt 5,8). E também estão, ao mesmo tempo, em comunhão conosco. A fé e a esperança não podem unir-nos, porque eles já gozam da visão eterna de Deus; mas une-nos, por outro lado, o amor que não passa nunca (1Cor 13,13); esse amor que nos une, juntamente com eles, ao mesmo Pai, ao mesmo Cristo Redentor e ao mesmo Espírito Santo. O amor que os torna solidários e solícitos para conosco. Portanto, não veneramos os santos somente pela sua exemplaridade, mas sobretudo pela unidade no Espírito de toda a Igreja, que se fortalece com a prática do amor fraterno.

Por esta profunda unidade, devemos sentir-nos perto de todos os santos que, antes de nós, acreditaram e esperaram o mesmo que nós cremos e esperamos e, acima de tudo, amaram Deus Pai e os seus irmãos, os homens, procurando imitar o amor de Cristo.

Os santos apóstolos, os santos mártires, os santos confessores que viveram ao longo da história são, portanto, nossos irmãos e intercessores; neles se cumpriram as palavras proféticas de Jesus: Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus, (Mt 5,11-12). Os tesouros da sua santidade são bens de família, com que podemos contar. São estes os tesouros do céu, que Jesus convida a juntar (cf. Mt 6,20). Como afirma o Concílio Vaticano II, A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua solicitude de irmãos (Lumen gentium, 49). Esta solenidade traz-nos uma notícia reconfortante, que nos convida à alegria e à festa.
Fonte http://evangeli.net/

domingo, 30 de outubro de 2016

31ª Semana Comum - Segunda-feira 31/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Fl 2,1-4)


Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses.

Irmãos, 1se existe consolação na vida em Cristo, se existe alento no mútuo amor, se existe comunhão no Espírito, se existe ternura e compaixão, 2tornai então completa a minha alegria: aspirai à mesma coisa, unidos no mesmo amor; vivei em harmonia, procurando a unidade. 3Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é mais importante, 4e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 130)


— Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!

— Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!


— Senhor, meu coração não é orgulhoso, nem se eleva arrogante o meu olhar; não ando à procura de grandezas, nem tenho pretensões ambiciosas!

— Fiz calar e sossegar a minha alma; ela está em grande paz dentro de mim, como a criança bem tranquila, amamentada no regaço acolhedor de sua mãe.

— Confia no Senhor, ó Israel, desde agora e por toda a eternidade!


Evangelho (Lc 14,12-14)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 12dizia Jesus ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: “Quando deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos nem teus irmãos nem teus parentes nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 13Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14Então serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
Por vezes, atrás de um gesto aparentemente magnânimo, como convidar alguém para uma refeição, pode esconder-se um sentimento egoísta. É o que sucede quando o convite é feito apenas por obrigação, por conveniência social, por mera simpatia ou porque se espera retribuição. Obviamente, o tema do evangelho, que tem ressonância já no final da primeira leitura, é o da gratuidade, acompanhado e valorizado pela «opção preferencial pelos pobres», que não é uma descoberta dos cristãos de hoje, mas a quinta-essência do Evangelho. Todavia, este termo precisa de ser libertado do significado simplesmente material, que hoje somos tentados a dar-lhe, uma vez que valorizamos excessivamente o aspecto económico das nossas acções e gestos: tudo o que fazemos, tudo o que produzimos, há-de ter um valor económico. Jesus, pelo contrário, quer educar-nos a uma avaliação também espiritual, isto é, integral e mais completa das nossas acções e opções.
Gratuidade significa e implica, por conseguinte: mais atenção aos outros do que a nós mesmos, reconhecer nos outros um valor objectivo, porque todos levam em si a imagem e a semelhança de Deus, sendo, por isso mesmo, dignos de atenção, de estima e de amor.
Compreendemos, então, o sentido da bem-aventurança proclamada por Jesus no v. 14 desta página do evangelho e, sobretudo, a promessa de uma recompensa que, segundo a lógica de Deus, temos assegurada quando da «ressurreição dos justos».
Lemos nas Constituições: a «pobreza segundo o Evangelho convida-nos a libertar-nos da sede de posse e de prazer que sufoca o coração do homem. Estimula-nos a viver na confiança e na gratuidade do amor» (n. 46). Por outras palavras, a pobreza evangélica torna-se exercício de verdadeira caridade, a exemplo dos primeiros cristãos de Jerusalém: «Entre eles não havia ninguém necessitado, pois todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, traziam o produto da venda e depositavam-no aos pés dos Apóstolos. Distribuía-se, então, a cada um, conforme a necessidade que tivesse» (Act 4, 34-35).
Quem partilha desinteressadamente os bens, convida as realidades humanas a serem sacramento da presença amorosa de Deus entre os homens e instrumentos de comunhão entre os irmãos. O verdadeiro pobre, segundo o Evangelho é aquele que, trabalhando, multiplica os bens (os talentos) e contribui para melhorar a vida de todos (cf. parábola dos talentos, Mt 25, 14-30).
Na multiplicação dos bens, e na relação com os outros, há um perigo: é-se tentados a possuir, a assegurar bens e a entrar em concorrência, em luta com os outros e, se formos mais fortes, mais hábeis, podemos chegar a instrumentalizá-los a explorá-los. Desse modo, em vez de sermos bons companheiros de viagem e irmãos que se ajudam mutuamente, podemos tornar-nos senhores dos outros, possui-los como coisas. É assim que o homem, com violência, satisfaz a sua ânsia de domínio, priva os outros da sua liberdade, e os instrumentaliza para se auto-afirmar. Assim, isola-se no seu egoísmo e, não reconhecendo a dignidade humana dos outros, despedaça todo a verdadeira relação pessoal, e nega a si mesmo realizar-se como pessoa. Torna-se um tirano, um explorador, um bruto, e não uma pessoa. A gratuidade realiza o homem, torna-o feliz.
Fonte http://www.dehonianos.pt/

sábado, 29 de outubro de 2016

31º Domingo do Tempo Comum - 30/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Sb 11,22-12,2)


Leitura do Livro da Sabedoria:

22Senhor, o mundo inteiro, diante de ti, é como um grão de areia na balança, uma gota de orvalho da manhã que cai sobre a terra.

23Entretanto, de todos tens compaixão, porque tudo podes. Fechas os olhos aos pecados dos homens, para que se arrependam.

24Sim, amas tudo o que existe, e não desprezas nada do que fizeste; porque, se odiasses alguma coisa não a terias criado.

25Da mesma forma, como poderia alguma coisa existir, se não a tivesses querido? Ou como poderia ser mantida, se por ti não fosse chamada?

26A todos, porém, tu tratas com bondade, porque tudo é teu, Senhor, amigo da vida.

12,1O teu espírito incorruptível está em todas as coisas! 2É por isso que corriges com carinho os que caem e os repreendes, lembrando-lhes seus pecados, para que se afastem do mal e creiam em ti, Senhor.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 144)


— Bendirei eternamente vosso nome;/ para sempre, ó Senhor, o louvarei!

— Bendirei eternamente vosso nome;/ para sempre, ó Senhor, o louvarei!


— Ó meu Deus, quero exaltar-vos, ó meu Rei,/ e bendizer o vosso nome pelos séculos./ Todos os dias haverei de bendizer-vos,/ hei de louvar o vosso nome para sempre.

— Misericórdia e piedade é o Senhor,/ ele é amor, é paciência, é compaixão./ O Senhor é muito bom para com todos,/ sua ternura abraça toda criatura.

— Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem,/ e os vossos santos com louvores vos bendigam!/ Narrem a glória e o esplendor do vosso reino/ e saibam proclamar vosso poder!

— O Senhor é amor fiel em sua palavra,/ é santidade em toda obra que ele faz./ Ele sustenta todo aquele que vacila/ e levanta todo aquele que tombou.


Segunda Leitura (2Ts 1,11-2,2)


Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses:

Irmãos: 11Não cessamos de rezar por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação. Que ele, por seu poder, realize todo o bem que desejais e torne ativa a vossa fé.

12Assim o nome de nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado em vós, e vós nele, em virtude da graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.

2,1No que se refere à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa união com ele, nós vos pedimos, irmãos: 2não deixeis tão facilmente transtornar a vossa cabeça, nem vos alarmeis por causa de alguma revelação, ou carta atribuída a nós, afirmando que o Dia do Senhor está próximo.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Anúncio do Evangelho (Lc 19,1-10)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1Jesus tinha entrado em Jericó e estava atravessando a cidade. 2Havia ali um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos e muito rico.

3Zaqueu procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causa da multidão, pois era muito baixo. 4Então ele correu à frente e subiu numa figueira para ver Jesus, que devia passar por ali. 5Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”.

6Ele desceu depressa, e recebeu Jesus com alegria.

7Ao ver isso, todos começaram a murmurar, dizendo: “Ele foi hospedar-se na casa de um pecador!”

8Zaqueu ficou de pé, e disse ao Senhor: “Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres, e se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais”.

9Jesus lhe disse: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. 10Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
A história de Zaqueu é uma história de olhares… Há o olhar de Zaqueu, que procurava ver quem era Jesus; correu e subiu a um sicómoro para ver Jesus que devia passar por aí. Há o olhar de Jesus que, ao chegar a esse lugar, ergueu os olhos… Há, enfim, o olhar da multidão, que, ao ver tudo isso, recriminava Jesus por ir a casa de um pecador. Três olhares, tão diferentes uns dos outros! Bem o sabemos: o olhar é uma linguagem para lá das palavras. Os nossos olhares falam muito mais do que tantos discursos. As nossas palavras podem mentir, os nossos olhares não. EM primeiro lugar, reparemos no olhar da multidão. Jesus tinha curado um mendigo cego; ao ver isso, a multidão celebrou os louvores de Deus. Ao ver o maravilhoso, a multidão maravilhou-se. E depois, tudo muda de repente. Após a atitude de Jesus para com Zaqueu, a multidão olha Jesus com hostilidade. Versatilidade das multidões, sem dúvida. Mas também versatilidade dos nossos próprios olhares. Basta uma coisita de nada para que o meu olhar sobre aquele que estimava mude, quando percebo que ele não era “bem” aquilo que eu pensava! Em segundo lugar, reparemos no olhar de Zaqueu. Mais do que um olhar de simples curiosidade, é um olhar de desejo. Ele tinha ouvido dizer que este Jesus não falava como os escribas e os fariseus. Além disso, Ele fazia milagres. Não viria Ele da parte de Deus? Então, ele quer ver este rabino que não é como os outros. Mas a sua procura continua tímida. Não ousa avançar demasiado. E eu? Qual é o meu desejo de ver Jesus, de O conhecer? Não sou demasiado tímido quando se trata da minha ligação com Jesus e da minha fé? Finalmente, há o olhar de Jesus, que ergueu os olhos para Zaqueu. Que viu Ele? Um pecador à margem da Lei, banido por todos? Não, Jesus viu um homem rejeitado por todos, um homem habitado por um desejo, talvez não muito explícito, de ser acolhido por Ele próprio. Viu um homem que não tinha ainda compreendido que Deus o amava, apesar dos seus pecados, que Deus o olhava unicamente à luz do seu amor primeiro e gratuito. Então, Jesus colocou no seu olhar sobre Zaqueu todo este amor que transformou o publicano. E que o salvou!
Fonte http://www.dehonianos.pt/

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

30ª Semana Comum - Sábado 29/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Fl 1,18b-26)


Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses.

Irmãos, 18bde qualquer maneira, com segundas intenções ou com sinceridade, Cristo é anunciado. E eu me alegro com isso, e sempre me alegrarei. 19Pois eu sei que isso resultará na minha salvação graças à vossa oração e à assistência do Espírito de Jesus Cristo. 20Segundo a minha viva expectativa e a minha esperança, não terei de corar de vergonha. Se a minha firmeza continuar total, como sempre, então Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. 21Pois para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro. 22Entretanto, se o viver na carne significa que meu trabalho será frutuoso, neste caso, não sei o que escolher. 23Sinto-me atraído para os dois lados: tenho desejo de partir, para estar com Cristo – o que para mim seria de longe o melhor – 24mas para vós é mais necessário que eu continue minha vida neste mundo. 25Por isso, sei com certeza que vou ficar e continuar com vós todos, para que possais progredir e alegrar-vos na fé. 26Assim, com a minha volta para junto de vós, vai aumentar ainda a razão de vos gloriardes em Cristo Jesus.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 41)


— Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!

— Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!


— Assim como a corça suspira pelas águas correntes, suspira igualmente minh’alma por vós, ó meu Deus!

— Minha alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus?

— Peregrino e feliz caminhando para a casa de Deus, entre gritos, louvor e alegria da multidão jubilosa.


Evangelho (Lc 14,1.7-11)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 7Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 8“Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. 10Mas, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 11Porque quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
O texto evangélico lembra-nos naturalmente o Magnificat: «Derrubou os poderosos dos seus tronos e exaltou os humildes» (Lc 1, 52). Jesus ensina a não buscarmos os primeiros lugares, mas a escolher os últimos, para termos a alegria de um lugar dado por Ele: «Amigo, sobe mais para cima!» (v. 10). Maria praticou este ensinamento, mais do que qualquer outra criatura.
A palavra do Senhor convida-nos a tomarmos consciência de nós mesmos, a formarmos uma consciência realista que nos faz ver o lugar que ocupamos, a responsabilidade que nos foi confiada, a tarefa que devemos realizar. O presumido costuma ver-se a um espelho que lhe dilata as proporções. Por isso, facilmente se pode dar conta de que está fora do lugar, em situações desagradáveis, se não mesmo prejudiciais, para ele ou para os outros.
Como é útil, pelo contrário, estar no seu lugar! Longe da lógica carreirista, dos delírios do protagonismo – tão em voga nos nossos dias – faz-se a experiência de que a verdadeira humildade não reduz as nossas qualidades, mas nos leva a pô-las generosamente ao serviço dos outros, sem nos exaltarmos.
Quem procura dar nas vistas, dominar sobre os outros, corre o risco de se ver catapultado para o último lugar. Quem, pelo contrário, procura o crescimento e o bem dos outros – como Paulo – alegra-se com tudo o que os possa ajudar, ainda que lhe custe sacrifício. E eu, que procuro?
A nossa vida comunitária, caracteriza-se pela busca e pela vivência da comunhão e não pela competição, pelo arrivismo; caracteriza-se pelo amor oblativo, e não pelo ganho gratuito; vivemos «na comunhão, mesmo para além dos conflitos, e no perdão recíproco» (Cst. 65). É nossa missão contribuir para que esse espírito reine nas relações entre todas as pessoas, sociedades e nações. Suspiramos por uma sociedade mais justa, mais à medida do homem, mais respeitadora da dignidade do homem: Partilhamos as «aspirações dos nossos contemporâneos, como abertura possível ao advento de um mundo mais humano» (Cst. 37). «Queremos contribuir para instaurar o reino da justiça e da caridade cristã no mundo» (Cst 32); participar «na construção da cidade terrena e na edificação do Corpo de Cristo» (Cst 38), a fim de que «a comunidade humana, santificada pelo Espírito Santo, se torne uma oblação agradável a Deus (cf. Rm 15,16)» (Cst. 31).
Fonte http://www.dehonianos.pt/

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

30ª Semana Comum - Sexta-feira 28/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Ef 2,19-22)


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.

Irmãos, 19já não sois mais estrangeiros nem migrantes, mas concidadãos dos santos. Sois da família de Deus. 20Vós fostes integrados no edifício que tem como fundamento os apóstolos e os profetas, e o próprio Jesus Cristo como pedra principal. 21É nele que toda a construção se ajusta e se eleva para formar um templo santo no Senhor. 22E vós também sois integrados nesta construção, para vos tornardes morada de Deus pelo Espírito.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 18 2-3.4-5)


— Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.

— Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.


— Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia.

— Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.


Evangelho (Lc 6,12-19)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


12Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. 13Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: 14Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor.

17Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judeia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 18Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
Jesus desmascara a hipocrisia dos seus adversários que têm dois pesos e duas medidas para julgar, conforme estejam ou não em jogo os seus interesses. Se os seus interesses estiverem em jogo, nem o sábado tem importância. Mas se não estão interessados, então sabem recorrer a todo o tipo de objecções, inclusivamente religiosas. Podemos facilmente ver-nos retratados neste evangelho. Quando estamos interessados numa coisa, movemos tudo e todos para alcançá-la ou realizá-la. Mas se nos pedem algo que não queremos dar ou fazer, encontramos mil argumentos, inclusivamente: «agora tenho que ir rezar!». Peçamos ao Senhor que nos ilumine e torne dóceis ao amor. Então saberemos julgar sem preconceitos interessados, teremos o coração livre, puro e magnânimo, tal como o vemos em Paulo no começo da carta aos Filipenses. O Apóstolo diz-lhes que os leva no coração ou, mais precisamente, «nas vísceras» (segundo o termo grego).e que anseia «por todos com a afeição de Cristo Jesus». O amor de Paulo revela-se muitas vezes nestas linhas: vê o bem, alegra-se com ele… E recorda a cooperação dos Filipenses na difusão do Evangelho. Porque os ama, deseja que a sua caridade cresça e torne possível o discernimento e o cumprimento da vontade de Deus. Quanto precisamos de uma caridade idêntica à de Paulo. Há que pedi-la a Deus.
Paulo mostra-nos que, ao contrário do que dizem alguns antigos lugares comuns, o conhecimento de Jesus, acolhê-lo, segui-lo, faz aumentar (e não diminuir) a nossa humanidade, liberta em nós os sentimentos mais profundos e torna-nos capazes de os manifestar na vida com verdade, intensidade e concreção. E onde se manifesta o amor, aí está Deus, aí é glorificado.
Recordemos as desconfianças em relação a certas amizades, dentro ou fora da comunidade. A prudência não deve levar à pusilanimidade e, muito menos, à obsessão pelo medo de eventuais perigos. Pode haver desvios e abusos, quando a relação entre duas pessoas se manifesta como atracção forte e exclusiva, emocional, mórbida, quando isola as pessoas da comunidade, quando é uma amizade fechada. Mas é preciso lembrar a parábola do trigo e do joio, actuando à maneira do dono (Deus) e não à maneira dos servos precipitados e impacientes que, com o jo
io, arrancaram a boa semente (cf. Mt 13, 24-30). Se assim fizermos, pode ficar por realizar aquela importantíssima formação que leva a gerir a nossa afectividade e a saber distinguir a verdadeira amizade, boa e sadia, da amizade adolescente, ciumenta, possessiva, emocional, mórbida, que fecha as pessoas no seu egoísmo e as inclina para a voluptuosidade.
A amizade, é, em primeiro lugar, um dom do Espírito. Quanto mais entramos na intimidade com Deus ou, melhor, quanto mais Deus nos atrai para a Sua intimidade, «para o Seu do Pai» (Jo 1, 18), por meio de Cristo, especialmente na oração contemplativa, mais bebemos o amor na sua fonte, mais experimentamos o Espírito de amor que se derrama sobre nós e verificamos, por experiência própria, a veracidade da afirmação de Paulo: «O amor de Deus foi derramado nos nossos corações por meio do Espírito Santo que nos foi dado» (Rm 5, 5). Verificamos que o amor, não é tanto uma difícil conquista nossa, quanto um dom de Deus. Amamos com um amor verdadeiro porque Deus nos ama.
Fonte http://www.dehonianos.pt/

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

30ª Semana Comum - Quinta-feira 27/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Ef 6,10-20)


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.

10Para terminar, irmãos, confortai-vos no Senhor, e no domínio de sua força, 11revesti-vos da armadura de Deus, para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo. 12Pois não é a homens que enfrentamos, mas as autoridades, os poderes, as dominações deste mundo de trevas, os espíritos do mal que estão nos céus.

13Revesti, portanto, a armadura de Deus, a fim de que no dia mau possais resistir e permanecer firmes em tudo. 14De pé, portanto! Cingi os vossos rins com a verdade, revesti-vos com a couraça da justiça 15e calçai os vossos pés com a prontidão em anunciar o Evangelho da paz.

16Tomai o escudo da fé, o qual vos permitirá apagar todas as flechas ardentes do Maligno. 17Tomai, enfim, o capacete da salvação e o gládio do espírito, isto é, a Palavra de Deus. 18Com preces e súplicas de vária ordem, orai em todas as circunstâncias, no Espírito, e vigiai com toda a perseverança, intercedendo por todos os santos.

19Orai também por mim, para que a palavra seja posta em minha boca para anunciar corajosamente o mistério do Evangelho, 20do qual sou embaixador acorrentado. Possa eu, como é minha obrigação, proclamá-lo com toda a ousadia.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 143)


— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!


— Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta, e os meus dedos treinou para a guerra!

— Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo. É me u escudo: é nele que espero, ele submete as nações a meus pés.

— Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, nas dez cordas da harpa louvar-vos, a vós que dais a vitória aos reis e salvais vosso servo Davi.


Evangelho (Lc 13,31-35)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


31Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: “Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar”. 32Jesus disse: “Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho. 33Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém.

34Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas, mas tu não quiseste! 35Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não me vereis mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: Bendito aquele que vem em nome do Senhor”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
A luta faz parte da vida cristã. Paulo, na primeira leitura, fala dessa luta. E pode fazê-lo como ninguém, porque sofreu na sua carne oposições, prisões, inúmeras dificuldades.
Também Jesus, no evangelho de hoje, nos aparece rodeado de oposições. Herodes quer matá-lo, e os fariseus aproveitam para se livrarem d´Ele: «Parte, vai te daqui, porque Herodes quer matar te» (v. 31). O próprio Jesus verifica que Jerusalém, em vez acolher aquele que lhe leva a paz, o combate: Jerusalém mata os profetas e lapida os que lhe são enviados.
Temos, pois, que aceitar que a nossa vida cristã, em qualquer das suas formas, também decorra em ambiente de combate. O combate espiritual sempre fez parte da vida cristã. Os velhos monges do deserto viveram-no intensamente, bem como os santos de todos os tempos. É preciso que também contemos com ele e o combatamos quando surgir a ocasião. Hoje parecemos todos pouco dispostos a isso e, ao primeiro embate, de qualquer inimigo, facilmente cedemos. Mas, sem combate, não há vitória.
Algumas questões: Por quem combater? Contra quem combater? Que armas temos à disposição para o combate?
Demos uma resposta cristã a estas perguntas, e não apenas uma resposta espontânea. Por quem combater? Jesus e S. Paulo não combatem por si mesmos. Jesus mostra claramente isso. Querem matá-lo. Se combatesse por si, tomaria as medidas adequadas. Mas, na realidade, não se preocupa consigo: aceita morrer e continua o seu ministério de salvação. Avança para Jerusalém, cidade que mata os profetas.
Paulo também não combate em seu favor. Preocupa-se em anunciar o Evangelho e mais nada. Nem sequer pede aos cristãos que rezem para que seja libertado, para que ganhe o processo, para que os seus adversários sejam reduzidos à impotência. Rezai também «por mim; que, quando abrir a minha boca, me seja dada a palavra, para que, corajosamente, dê a conhecer o mistério do Evangelho, de que sou embaixador em cadeias; que, nele, eu possa falar aberta e corajosamente, tal como é meu dever» (vv. 19-20). O objectivo do seu combate é realizar o ministério, ser fiel à vocação, espalhar a luz de Deus, dar a conhecer o seu amor. E será o nosso amor que animará tudo o que somos, fazemos e sofremos pelo serviço do Evangelho, pela participação na obra de reconciliação, que cura a humanidade, a reúne no Corpo de Cri
sto e a consagra para Glória e Alegria de Deus (cf. Cst 25).
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terça-feira, 25 de outubro de 2016

30ª Semana Comum - Quarta-feira 26/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Ef 6,1-9)


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.

1Filhos, obedecei aos vossos pais, no Senhor, pois isto é que é justo. 2“Honra teu pai e tua mãe” – é o primeiro mandamento – que vem acompanhado de uma promessa: 3“A fim de que tenhas felicidade e longa vida sobre a terra”. 4Vós, pais, não revolteis os vossos filhos contra vós, mas, para educá-los, recorrei à disciplina e aos conselhos que vêm do Senhor. 5Escravos, obedecei aos vossos senhores deste mundo com respeito e tremor, de coração sincero, como a Cristo, 6não para servir aos olhos, como quem busca agradar aos homens, mas como escravos de Cristo, que se apressam em fazer a vontade de Deus. 7Servi de boa vontade, como se estivésseis servindo ao Senhor, e não aos homens. 8Vós os sabeis: o bem que cada um tiver feito, seja ele escravo ou livre, tornará recebê-lo do Senhor. 9E vós, senhores, fazei o mesmo com os escravos. Deixai de lado a ameaça; vós sabeis que o Senhor deles e vosso está nos céus e diante dele não há acepção de pessoas.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 144)


— O Senhor cumpre sempre suas promessas!

— O Senhor cumpre sempre suas promessas!


— Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!

— Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.

— O Senhor é amor fiel em sua palavra, é santidade em toda obra que ele faz. Ele sustenta todo aquele que vacila e levanta todo aquele que tombou.


Evangelho (Lc 13,22-30)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 22Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?”

Jesus respondeu: 24“Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão”. 25Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós do lado de fora começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’.

26Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ 27Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ 28Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora.

29Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30E assim há muitos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
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Meditatio
No tempo de S. Paulo, a situação social não era melhor que a de hoje: havia escravos e senhores. E não se punha a questão social como se põe hoje, isto é, não se procurava melhorar a condição das classes mais miseráveis e maltratadas, como eram os escravos. De vez em quando, havia revoltas de escravos que eram simplesmente esmagadas. E tudo continuava como dantes. Hoje, pelo contrário, procura-se melhorar a sociedade.
S. Paulo não pensou em novas estruturas sociais, mas procurou transformar as existentes do modo mais profundo. E, se pensarmos bem, o seu método ainda continua a ser o mais decisivo. O papel da Igreja não é criar novas estruturas sociais e económicas, mas introduzir em todos os homens um espírito novo, animado pela consciência da igual dignidade de todos os homens e do amor de Cristo.
Na carta ao Efésios, Paulo prega uma igualdade de fundo. Diz aos escravos: «cada um, escravo ou livre, será recompensado pelo Senhor, conforme o bem que fizer» E diz aos senhores: «Vós, os senhores, fazei o mesmo para com eles… sabendo que para o Senhor…não há acepção de pessoas».
À igualdade fundamental corresponde a igualdade de comportamento. Depois de ter dito aos escravos que sejam obedientes aos senhores como a Cristo, prestando-lhes de boa vontade os serviços, como ao Senhor e não aos homens, Paulo exorta os senhores: «Fazei do mesmo modo para com eles» (v. 9). Esse modo é o «serviço». Os escravos devem servir alegremente os senhores e os senhores devem servir alegremente os escravos. Se assim não for, não terão feito algo de bom e serão julgados e condenados.
É uma verdadeira reviravolta. Paulo não prega a liberdade por meio das reivindicações: quer suscitar em todos a vontade de servir, de prestar um serviço que, no fundo, é serviço de Deus: «servi de boa vontade, como se servísseis ao Senhor» (v. 8). Se assim for, toda a sociedade mudará naturalmente e concretizar-se-á uma igualdade fundamental.
Esta é uma pregação mais difícil do que a da viol&ecirc
;ncia e das reivindicações. Mas é esta a perspectiva cristã, a única que corresponde à caridade divina: amar a todos, também aqueles contra quem temos de lutar. É esta a «porta estreita» pela qual Jesus nos convida a entrar: a porta estreita da caridade, que exige renúncia mas se abre à verdadeira vida, onde o coração se dilata até às dimensões de Deus.
Estes ensinamentos de Paulo podem servir à nossa vida religiosa. Na Congregação: «São todos iguais na mesma profissão de vida religiosa, sem qualquer distinção a não ser a dos ministérios» (Cst. 8). Esta igualdade é unidade na diversidade dos ministérios, e, portanto, dos carismas dados pelo Espírito. O importante é que todos se amem reciprocamente, levando «fraternamente os fardos uns dos outros numa mesma vida comum» (Cst. 8), que é um dom do Pai. As nossas comunidades, onde há vários ministérios, onde há superiores e súbditos, hão-de ser um reflexo da família trinitária (cf. Jo 17, 21-23). Vivendo o «sint unum», tão caro ao Pe. Dehon, realizaremos pessoal e comunitariamente a nossa missão de “Oblatos” (Cst. 6) na Igreja, em favor de Cristo “Para que o mundo creia que Tu (Pai) me enviaste” (Jo 17, 23).
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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

30ª Semana Comum - Terça-feira 25/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Ef 5,21-33)


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.

Irmãos, 21vós, que temeis a cristo, sede solícitos uns para com os outros. 22As mulheres sejam submissas aos seus maridos como ao Senhor. 23Pois o marido é a cabeça da mulher, do mesmo modo que Cristo é a cabeça da Igreja, ele, o Salvador do seu Corpo. 24Mas como a Igreja é solícita por Cristo, sejam as mulheres solícitas em tudo pelos seus maridos. 25Maridos, amai as vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. 26Ele quis assim torná-la santa, purificando-a com o banho da água unida à Palavra. 27Ele quis apresentá-la a si mesmo esplêndida, sem mancha nem ruga nem defeito algum, mas santa e irrepreensível. 28Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo. Aquele que ama a sua mulher ama-se a si mesmo. 29Ninguém jamais odiou a sua própria carne. Ao contrário, alimenta-a e cerca-a de cuidados, como o Cristo faz com a sua Igreja; e nós membros do seu corpo! 31Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne. 32Este mistério é grande, e eu o interpreto em relação a Cristo e à Igreja. 33Em todo caso, cada um, no que lhe toca, deve amar a sua mulher como a si mesmo; e a mulher deve respeitar o seu marido.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 127)


— Felizes todos os que respeitam o Senhor!

— Felizes todos os que respeitam o Senhor!


— Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!

— A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.

— Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.


Evangelho (Lc 13,18-21)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 18Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore, e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. 20Jesus disse ainda: “Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? 21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
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Meditatio
A primeira leitura pode levar-nos a meditar no amor que une o homem e a mulher, e que fazem deles imagem e semelhança com Deus, é a maior e a mais significativa expressão da existência humana. Mas tal não acontece quando esse amor é aviltado, ao ser reduzido a necessidade e a prazer, a exigência psico-biológica, o que pode suceder também entre os cristãos.
As parábolas sobre o Reino animam-nos à confiança e à paciência. À confiança, porque o Senhor nos revela que o reino de Deus cresce em nós. É semelhante a uma pequena semente, mas tem uma grande força, semelhante à de um pouco de fermento que faz levedar três medidas de farinha. O fermento não se vê, mas actua em segredo, tal como a semente está escondida na terra, mas está viva e pode dar origem a uma grande árvore.
O Reino tem, pois, uma grande força dinâmica. Ora, esta força está em nós, porque Deus está em nós, actua em nós para transformar a nossa vida. Por enquanto não vemos o que faz: está escondido, é segredo, mas certamente faz grandes coisas.
A única condição é misturar o fermento em todas as medidas de farinha, como faz a mulher ao amassar. Fora de comparações: devemos guardar em nós este fermento e misturá-lo na nossa vida na oração, na reflexão, na decisão firme; devemos amassar sempre em nós o bom trigo do Evangelho com a nossa vida, não separar a nossa vida da palavra do Senhor, confrontar-nos em todas as situações com as propostas de Jesus, com a sua presença em nós.
O fermento é, também, o pão eucarístico que cada dia nos é oferecido. Recebendo o Corpo real de Cristo, podemos deixar-nos transformar em cada vez mais, e mais profundamente, no Corpo Místico de Cristo.
Acolhendo em nós o Palavra e o Pão, podemos caminhar com confiança e paciência rumo à santidade e pôr-nos ao serviço do Senhor, «contribuir para instaurar o reino da justiça e da caridade cristã no mundo» (Cst.
32), para que, «a comunidade humana, santificada pelo Espírito Santo, se torne uma oblação agradável a Deus (cf. Rom 15,16)» (Cst. 31). Assim seremos fermento, luz, sal, testemunhas da «presença de Cristo» entre os homens e do «Reino de Deus que vem» (Cst. 50) ou, «com a graça de Deus, pela nossa vida religiosa, dar um testemunho profético, empenhando-nos sem reserva, no advento da nova humanidade em Jesus Cristo» (Cst n. 39).
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domingo, 23 de outubro de 2016

30ª Semana Comum - Segunda-feira 24/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Ef 4,32-5,8)


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.

Irmãos, 4,32sede bons uns para com os outros, sede compassivos; perdoai-vos mutuamente, como Deus vos perdoou por meio de Cristo. 5,1Sede imitadores de Deus, como filhos que ele ama. 2Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor. 3A devassidão, ou qualquer espécie de impureza ou cobiça sequer sejam mencionadas entre vós, como convém a santos. 4Nada de palavras grosseiras, insensatas ou obscenas, que são inconvenientes; dedicai-vos antes à ação de graças. 5Pois, sabei-o bem, o devasso, o impuro, o avarento – que é um idólatra – são excluídos da herança no reino de Cristo e de Deus. 6Que ninguém vos engane com palavras vazias. Tudo isso atrai a cólera de Deus sobre os que lhe desobedecem. 7Não sejais seus cúmplices. 8Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.



1ª Leitura

Salmo

Evangelho

Responsório (Sl 1)


— Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.

— Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.


— Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.

— Eis que ele é semelhante a uma árvore que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.

— Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.


Evangelho (Lc 13,10-17)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 10Jesus estava ensinando numa sinagoga, em dia de sábado. 11Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar. 12Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: “Mulher, estás livre da tua doença”. 13Jesus pôs as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou e começou a louvar a Deus.

14O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado. E, tomando a palavra, começou a dizer à multidão: “Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias para serdes curados, não em dia de sábado”.

15O Senhor lhe respondeu: “Hipócritas! Cada um de vós não solta do curral o boi ou o jumento, para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? 16Esta filha de Abraão, que satanás amarrou durante dezoito anos, não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado?”

17Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
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Meditatio
Se tivéssemos assistido à cena que o evangelho de hoje nos refere, não sei de que parte nos colocaríamos. Do lado de Jesus? Do lado do chefe da sinagoga? Hoje, que já conhecemos o Evangelho, colocávamo-nos naturalmente do lado de Jesus. Mas, na vida concreta, facilmente raciocinamos como o chefe da sinagoga!
O cristão é uma pessoa livre da opressão dos seus limites de criatura. Eles não impedem a sua relação pessoal com Deus, porque o próprio Deus a tornou possível em Jesus Cristo. O cristão está livre de qualquer vínculo que torne pesada a convivência humana: o seu único vínculo é o amor, que promove a vida de todos e anima a todos a fazer o bem. Como testemunhar este dom de liberdade? Um modo concreto é comportar-nos no dia a dia como Jesus se comportou, tornando visíveis nos nossos ambientes os atributos de Deus, tais como a misericórdia, o perdão, a benevolência. Mas esse estilo de relação com os outros, muito frequentemente, entra em choque com o da maioria das pessoas. Será que, viver em comunhão com Deus, nos afasta dos outros? Pode acontecer, porque a proposta de um amor que se dá inteiramente se torna incómoda, enquanto que a riqueza, o poder e o sexo se apresentam como mais atraentes. Mas, o cristão, e particularmente o religioso, não podem hesitar na atitude a tomar…
As Constituições lembram-nos que, «pela Sua morte e ressurreição (Cristo) abriu-nos ao dom do Espírito e à liberdade dos filhos de Deus (Rom 8, 21)» (Cst. 11). Jesus fez da Sua morte e ressurreição um Pentecostes. S. João descreve assim a morte de Jesus na cruz: «E inclinando a cabeça, rendeu o espírito» (Jo 19, 30). Em sentido literal,
a expressão significa exalar o último suspiro, expirar. Em sentido místico, frequente em S. João, preanuncia o dom do Espírito (“paradoken to pneuma”= deu o espírito). Esse dom tornou-se imediatamente expresso, na transfixão, pelo sinal da “água” (Jo 19, 34), que brota ao golpe da lança do soldado; dom do Espírito derramado pelo Ressuscitado sobre os discípulos na tarde do dia de Páscoa: «Soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo” »(Jo 20, 22). O Espírito é dom amor e «onde está o Espírito há liberdade» (2 Cor 3, 17). É essa liberdade que somos chamados a viver e a testemunhar no nosso mundo, pretensamente livre, mas dominado por tantos preconceitos, e pelas paixões mais desenfreadas.
O Espírito liberta-nos realmente, até de nós mesmos. Basta pensar nos seus preciosos frutos (cf. Gl 5, 22) particularmente no “auto-domínio”, quando, nos nossos pensamentos, desejos, afectos, palavras, acções não nos deixamos guiar pelo nosso eu (egoísmo), mas pelo Espírito de Deus. O mesmo Espírito nos coloca ao serviço da libertação dos homens, em qualquer tempo e circunstância porque, depois de Deus, o mais valioso é o homem concreto.
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sábado, 22 de outubro de 2016

30º Domingo do Tempo Comum - 23/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Eclo 35,15b-17.20-22a)


Leitura do Livro do Eclesiástico:

15bO Senhor é um juiz que não faz discriminação de pessoas. 16Ele não é parcial em prejuízo do pobre, mas escuta, sim, as súplicas dos oprimidos; 17jamais despreza a súplica do órfão, nem da viúva, quando desabafa suas mágoas.

20Quem serve a Deus como ele o quer, será bem acolhido e suas súplicas subirão até as nuvens. 21A prece do humilde atravessa as nuvens: enquanto não chegar não terá repouso; e não descansará até que o Altíssimo intervenha, 22afaça justiça aos justos e execute o julgamento.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 33)


— O pobre clama a Deus e ele escuta:/ o Senhor liberta a vida dos seus servos.

— O pobre clama a Deus e ele escuta:/ o Senhor liberta a vida dos seus servos.


— Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,/ seu louvor estará sempre em minha boca./ Minha alma se gloria no Senhor;/ que ouçam os humildes e se alegrem!

— Mas ele volta a sua face contra os maus,/ para da terra apagar sua lembrança./ Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta/ e de todas as angústias os liberta.

— Do coração atribulado ele está perto/ e conforta os de espírito abatido./ Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos,/ e castigado não será quem nele espera.


Segunda Leitura  (2Tm 4,6-8.16-18)

Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo:

Caríssimo: 6Quanto a mim, eu já estou para ser oferecido em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. 7Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé.

8Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa.

16Na minha primeira defesa, ninguém me assistiu; todos me abandonaram. Oxalá que não lhes seja levado em conta.

17Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças; ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão.

18O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Anúncio do Evangelho (Lc 18,9-14)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10“Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos.

11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’.

13O cobrador de impostos, porém, ficou a distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’

14Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
Este fariseu é vilão, nada simpático, olhando apenas os seus méritos, tomando-se por modelo de virtudes! Este publicano, que exemplo de humildade! Não se coloca à frente, baixa os olhos, reconhece-se pecador! Atenção! Não andemos demasiado depressa! O fariseu é um homem profundamente religioso, habitado pela preocupação em obedecer à Lei de Deus. Vai ao Templo para rezar e a sua fé impregna toda a sua vida. Mais ainda, dá à sua fé uma cor de acção de graças. E Jesus não havia dito “aquele que violar um dos mais pequenos preceitos da Lei será tido como o mais pequeno no Reino”? O publicano, ao contrário, é um homem a não frequentar. Fica à distância, porque lhe é proibido entrar no Templo. É um colaborador dos Romanos, contaminado pela impureza dos pagãos. E é um “ladrão profissional”, como Zaqueu! Finalmente, o fariseu tem razão em experimentar um sentimento de desprezo para com este publicano que todo o mundo detesta. O próprio Jesus havia dito: “Se o teu irmão pecar e recusar escutar a comunidade, seja para ti como o pagão e o publicano”. Sabendo isso, como não ficar chocado com a palavra de Jesus: “Quando o publicano voltou a casa, foi ele que se tornou justo e não o fariseu”? Leiamos mais atentamente. O que está no centro da parábola não é o fariseu nem o publicano. É Deus. Deus deu a Lei a Moisés, mas nunca disse que Se identificava pura e simplesmente com os preceitos jurídicos. Pelo contrário, com os profetas, não pára de dizer que é um Deus que não faz senão amar o seu povo. É esse traço do rosto de Deus que Jesus veio não somente privilegiar, mas colocar à frente de todos os outros aspectos. O seu nome é Pai. Jesus dirá: “É a misericórdia que eu quero, não os sacrifícios”. Com o fariseu, Deus não tem mais nada a fazer: ele é justo em si mesmo. O publicano, não tendo qualquer mérito a dar, só tem a receber. E justamente Deus quer dar, dar-Se, gratuitamente. Ele pode então “ajustar” o publicano ao seu amor. Finalmente, somos convidados, nós também, a perguntar em que Deus acreditamos.
Fonte http://www.dehonianos.pt/

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

29ª Semana Comum - Sábado 22/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Ef 4,7-16)


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.

Irmãos, 7cada um de nós recebeu a graça na medida em que Cristo lha deu. 8Daí esta palavra: “Tendo subido às alturas, ele capturou prisioneiros, e distribuiu dons aos homens”. 9“Ele subiu”! Que significa isso, senão que ele desceu também às profundezas da terra? 10Aquele que desceu é o mesmo que subiu mais alto do que todos os céus, a fim de encher o universo. 11E foi ele quem instituiu alguns como apóstolos, outros como profetas, outros ainda como evangelistas, outros, enfim, como pastores e mestres. 12Assim, ele capacitou os santos para o ministério, para edificar o corpo de Cristo, 13até que cheguemos todos juntos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito e à estatura de Cristo em sua plenitude. 14Assim, não seremos mais crianças ao sabor das ondas, arrastados por todo vento de doutrina, ludibriados pelos homens e induzidos por sua astúcia ao erro. 15Motivados pelo amor, queremos ater-nos à verdade e crescer em tudo até atingirmos aquele que é a Cabeça, Cristo, 16Graças a Ele, o corpo, coordenado e bem unido, por meio de todas as articulações que o servem, realiza o seu crescimento, segundo uma atividade à medida de cada membro, para a sua edificação no amor.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 121)


— Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa Senhor!”

— Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa Senhor!”


— Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.

— Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor.

— Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede de justiça lá está, e o trono de Davi.


Evangelho (Lc 13,1-9)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


1Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam.

2Jesus lhes respondeu: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa? 3Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. 4E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? 5Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”.

6E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. 7Então disse ao vinhateiro: ‘Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra?’ 8Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. 9Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás’”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
Só uma árvore que atingiu a maturidade pode dar frutos. Esta imagem faz-nos ver a ligação entre o evangelho de hoje e a primeira leitura, em que Paulo fala da conversão permanente em vista da plena maturidade cristã. Num mundo tornado opaco pelo egoísmo e fechado no mais mesquinho calculismo e no individualismo, é importante que cada um de nós descubra os «dons» que Deus nos fez. Então, dar-nos-emos conta de que somos amados e ricos de tudo o que é específico da nossa pessoa. Em vez de nos abandonarmos à lógica mundana do “faz o que te apetece”, atualizaremos o convite a aproveitar os nossos dias e a misericórdia de Deus para nos convertermos. Converter-nos ao mistério de Cristo como corpo místico de que somos membros. Converter-nos à «verdade no amor» (v. 15), mas em solidariedade com os outros membros do corpo de Jesus, colaborando para o bem de todos com a força que o Espírito nos dá, reforçando os nossos dons naturais.
Hoje, quero fazer o ponto da situação. Sou ainda como as «crianças», batido e levado «por qualquer vento da doutrina, ao sabor do jogo dos homens, da astúcia que maliciosamente leva ao erro»? (v. 14). Deixo-me levar pela lógica humana, ou deixo-me encher de graça, identificando bem qual é o meu chamamento pessoal na Igreja e contribuindo com os meus dons para o seu crescimento harmônico? E, em relação à minha comunidade? Não esqueçamos que a comunidade é para cada um de nós um “lugar teológico”, onde o Pai nos manifesta o Seu amor, onde se realiza a nossa santidade, a nossa plena maturidade em Cristo, pela efusão dos dons do Espírito, pela prática dos carismas, pela irradiação dos frutos do Espírito, pela vivência das bem-aventuranças. Na comunidade, em contacto com os irmãos, a minha vida pode tornar-se uma «missa permanente» (Cst. 5). Assim a minha pobreza, e a dos meus irmãos, é repleta pela riqueza de Cristo e pelos dons do Espírito que me vêm diretamente dele ou indiretamente, graças à partilha que fazem comigo os meus irmãos. E tudo em vista da edificação comum. A primeira razão pela qual vivemos em comunidade não é realizar este ou aquele serviço, mas ajudar-nos a adquirir a plena maturidade em Cristo. Se não dermos esse fruto, corremos o risco de um destino semelhante ao da figueira da parábola!
Fonte http://www.dehonianos.pt/

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

29ª Semana Comum - Sexta-feira 21/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Ef 4, 1-6)

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.

Irmãos, 1eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: 2Com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor. 3Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. 4Há um só Corpo e um só Espírito, como também uma só é a esperança à qual fostes chamados. 5Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, 6um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 23)


— É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

— É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.


— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.

— “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” “Quem tem mãos puras e inocente coração.

— Quem não dirige sua mente para o crime. Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador.” “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face.”


Evangelho (Lc 12,54-59)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 54Jesus dizia às multidões: “Quando vedes uma nuvem vinda do ocidente, logo dizeis que vem chuva. E assim acontece. 55Quando sentis soprar o vento do sul, logo dizeis que vai fazer calor. E assim acontece. 56Hipócritas! Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente? 57Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?

58Quando, pois, tu vais com o teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto estais a caminho. Senão ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao guarda, e o guarda te jogará na cadeia. 59Eu te digo: daí tu não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
É na história que podemos compreender as intenções de Deus, e não fora dela. Daí a atenção que devemos dar aos sinais dos tempos. Deus actua dentro do tempo. É também no tempo que responde às nossas interrogações. Quantas vezes Lhe fazemos perguntas na oração, e encontramos as respostas na vida.
É, pois, no tempo que havemos de ler os sinais de salvação e de perdição. O sinal de salvação por excelência é sempre Cristo, com o seu mistério pascal. Ele salva-nos à medida que, lendo os sinais dos tempos e confrontando-os com a Palavra, deixamos que ela mesma, a Palavra, produza frutos em nós e no nosso tempo. Pondo em prática a Palavra, permitimos a Deus fazer muito mais do que podemos esperar.
Um dos sinais do nosso tempo é a chamada globalização, em que passamos de um mundo dividido e fragmentado, àquilo a que M. McLuhan chamou a «aldeia global». Os meios de comunicação, que podem ser instrumentos de divisão e guerra, também podem e devem tornar-se instrumentos de união e de paz. Para isso, todos os homens de boa vontade, e particularmente nós, os crentes, havemos de superar a tentação do individualismo, que fragmenta, e dar espaço à unificação da nossa pessoa, e à união entre os homens. Como crentes, temos a certeza de que Cristo habita no nosso coração e que, fundados e radicados na sua caridade, podemos ser repletos da plenitude de Deus, e alcançar a unificação do coração e de todas as nossas faculdades e forças, a unificação da nossa pessoa. S. Paulo indica-nos os meios para isso: a humildade, a mansidão, a paciência, e a suportação amorosa dos nossos caracteres.
A chave que temos ao alcance da mão, para contribuirmos para a unidade entre os homens, é procurar tudo o que une e deixar de parte tudo o que divide, como dizia e fazia João XXIII. Com essa chave chegaremos à unificação pessoal, comunitária, eclesial, social e… planetária. Vivendo e realizando esse projecto, o nosso tempo, que está sob o signo de Jesus, tornar-se-á um tempo de claridade, iluminado pela luz da salvação. E, com Cristo e como Cristo, tornar-nos-emos instrumentos de unidade e de paz. «A exemplo do Fundador, sintonizando com os sinais dos tempos e em comunhão com a vida da Igreja, queremos contribuir para instaurar o reino da justiça e da caridade cristã no mundo» (Cst n. 32); queremos participar «na construção da cidade terrena e na edificação do Corpo de Cristo… empenhando-nos sem reserva, no advento da nova humanidade…» (Cst nn. 38.39; cf. Cst nn. 35-37).
Fonte http://www.dehonianos.pt/

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

29ª Semana Comum - Quinta-feira 20/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Ef 3,14-21)


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.

Irmãos, 14eu dobro os joelhos diante do Pai, 15de quem toda e qualquer família recebe o seu nome, no céu e sobre a terra. 16Que ele vos conceda, segundo a riqueza de sua glória, serdes robustecidos, por seu Espírito, quanto ao homem interior, 17que ele faça habitar, pela fé, Cristo em vossos corações, que estejais enraizados e fundados no amor. 18Tereis assim a capacidade de compreender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura, a profundidade, 19e de conhecer o amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento, a fim de que sejais cumulados até receber toda a plenitude de Deus. 20Àquele que tudo pode realizar superabundantemente, e muito mais do que nós pedimos ou concebemos, e cujo poder atua em nós, 21a ele glória, na Igreja e em Jesus Cristo, por todas as gerações, para sempre. Amém.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 32)


— Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!

— Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!


— Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o!

— Pois é reta a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.

— Mas os desígnios do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele traz no coração, de geração em geração, vão perdurar. Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança!

— Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.


Evangelho (Lc 12,49-53)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 49“Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra!

51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer a divisão. 52Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; 53ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
No mundo cheio de confusão, de barulho e de superficialidade, precisamos de ser fortalecidos pelo Espírito. Corremos sempre o risco de nivelar por baixo os nossos ideais pessoais e comunitários, caindo numa vida opaca que pouco corresponde ao magnífico chamamento a sermos cheios da plenitude Deus. Sem o espanto e a alegria que provoca em nós a grandeza da nossa vocação, sem o Espírito – a pedir na oração perseverante – dar-nos-emos conta de que já não vivemos como filhos, mas como escravos.
Por outro lado, para que brilhe em nós o tesouro adquirido e anunciado, é preciso que a dimensão contemplativa da Palavra, respirada e vivida, se torne realmente possível no nosso dia a dia. Só assim será possível não nos deixar seduzir pela mentalidade corrente, tantas vezes em contradição e em oposição aos princípios do Evangelho. É preciso cortar com essa mentalidade, como nos diz Jesus, ao falar de espada. Se a paz não for pacifismo, teremos, por vezes, que enfrentar contradições e oposições. Teremos que desagradar aos homens, para agradar a Deus. Mas se alinhamos num estilo de vida idêntico ao de quem não tem fé, se deixamos que os nossos projectos sejam construídos sobre princípios mundanos, podemos não ter que enfrentar dificuldades e lutas. Mas não estaremos em paz… Precisamos de tempos e espaços para o encontro silencioso e adorante com Cristo. Só assim teremos força para enfrentar a luta e o sofrimento que certas divisões necessárias para sermos fiéis a Cristo e à nossa consciência implicam.
Mas, talvez com mais frequência, a espada terá que ser usada dentro de nós contra a mania de querermos ser sempre os primeiros, o centro das atenções, dos afetos e dos consensos; terá que ser usada dentro de nós contra a revolta das paixões que tornam pesados a mente e o coração, impedindo a alegria da contemplação, da vida verdadeira que, de certo modo, é já na terra bem-aventurança e experiência daquele amor que, na eternidade, não terá limites.
A luta, exterior e interior, pode, por vezes, ser dura, mesmo usando a Palavra de Deus. Há que não esquecer que não estamos sós. Com a Palavra, torna-se presente o próprio Deus, para nos apoiar, com a força do seu Espírito. É o que sugere Paulo: «Àquele que pode fazer imensamente mais para além do que pedimos ou imaginamos (isto é, Deus), de acordo com o poder que eficazmente exerce em nós, a Ele a glória» (vv. 20-21ª). É Deus que nos guia no caminho para a plenitude e nos apoia «de acordo com o poder que eficazmente exerce em nós». Esse poder é o da Graça que já infundiu em nós pelo Espírito. Por isso podemos caminhar confiantes, e abrir-nos ao seu projeto de amor. Deus está em nós e orienta-nos firmemente para
o conhecimento do amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento. É Ele próprio, pelo seu Espírito, que nos conduz ao conhecimento da Pessoa de Cristo e do mistério do seu Coração (cf. Cst 17).
Fonte http://www.dehonianos.pt/

terça-feira, 18 de outubro de 2016

29ª Semana Comum - Quarta-feira 19/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Ef 3,2-12)


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.

Irmãos, 2se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar o seu plano a vosso respeito, 3como, por revelação, tive conhecimento do mistério, tal como o esbocei rapidamente. 4Ao ler-me, podeis conhecer a percepção que eu tenho do mistério de Cristo. 5Este mistério, Deus não o fez conhecer aos homens de gerações passadas mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: 6os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho. 7Disto eu fui feito ministro pelo dom da graça que Deus me concedeu no exercício de seu poder. 8Eu, que sou o último de todos os santos, recebi esta graça de anunciar aos pagãos a insondável riqueza de Cristo 9e de mostrar a todos como Deus realiza o mistério desde sempre escondido nele, o criador do universo. 10Assim, doravante, as autoridades e poderes nos céus conhecem, graças à Igreja, a multiforme sabedoria de Deus, 11de acordo com o desígnio eterno que ele executou em Jesus Cristo, nosso Senhor. 12Em Cristo nós temos, pela fé nele, a liberdade de nos aproximar de Deus com toda confiança.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Is 12,2-3)


— Com alegria bebereis do manancial da salvação.

— Com alegria bebereis do manancial da salvação.


— Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo; o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. Com alegria bebereis do manancial da salvação.

— E direis naquele dia: “Dai louvores ao Senhor, invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas, entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime.

— Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos, publicai em toda a terra suas grandes maravilhas, entre os povos proclamai que o seu nome é o mais sublime.

— Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos, publicai em toda terra suas grandes maravilhas! Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!”.


Evangelho (Lc 12,39-48)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.



Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 39“Ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. 40Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”.

41Então Pedro disse: “Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?” 42E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? 43Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! 44Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. 45Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, 46o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis.

47Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. 48Porém, o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
O amor de Deus por nós é exigente e, por isso, a nossa vida não pode decorrer no desinteresse e na preguiça. Mas, como evitar aquela espécie de sonolência que, por vezes, tanto dificulta a nossa vida espiritual?
A primeira atitude será abrir bem os olhos do coração para as maravilhosas riquezas da nossa vocação, que liberta em nós uma grande força de admiração e de amor. Escreve Paulo: «A mim, o menor dos menores de todos os santos, foi dada esta graça» (v. 8ª). O Apóstolo está consciente da largueza e da profundidade desse chamamento, radicado no mistério de Cristo. Por isso, se enche de espanto e dá testemunho dele, convencendo-me de que o desígnio de Deus – realizado em Cristo por nosso amor – é de tal ordem que posso aproximar-me dele com total confiança (cfr. v. 12). O mais importante é não descuidar esta dimensão contemplativa que, pela graça do Espírito em nós, abre os olhos do nosso coração para os horizontes ricos e maravilhosos da nossa fé.
Se encho os meus olhos cada dia, na contemplação das «insondáveis riquezas de Cristo», não me deixarei de tal modo invadir por ocupações e preocupações, que me afogue na euforia dos sucessos ou me deprima nas planícies do insucesso. Se me deixar cativar pelo maravilhoso mistério de Cristo que, dia a dia, a Palavra me revela e narra, não serei como o servo descuidado e esquecido do regresso do Senhor, não me deixarei perder nos caminhos do egoísmo ou dos desvarios. Pelo contrário, avançarei pelas vias da acção confiante na grande força que Jesus me dá para viver e fazer brilhar aos olhos dos irmãos as maravilhas do seu amo
r.
É este testemunho que devemos dar na Igreja, como «Oblatos-Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus» (Cst. 6). O Pe. Dehon insistia em que os seus religiosos fossem arautos das insondáveis riquezas de Cristo (cf. Ef 3, 8). Também a nós, que somos os menores «entre todos os santos, foi concedida», como a S. Paulo, a «graça de anunciar… as insondáveis riquezas de Cristo» (Ef 3, 8). Anunciá-las especialmente aos pequenos, aos humildes, aos operários, aos pobres (cf. Cst. 31) «inspirando-lhes uma terna devoção» ao divino Coração e estimulando-os a ser para com Ele «amigos e reparadores», como lemos nas Constituições de 1885 (c. I, nn. 1-2). Nas Memórias (NHV) de Março de 1912, o Pe. Dehon exorta-nos a «continuar a difundir, a tornar mais intenso» o seu apostolado de «conduzir os sacerdotes e os fiéis ao Coração de Jesus, para Lhe oferecer um tributo quotidiano de adoração e de amor» (LC. n. 387 e n. 386).
Para alargar este apostolado é que o Pe. Dehon escreveu quase todos os seus livros de espiritualidade: Retiro do Sagrado Coração” (1896), Mês do Sagrado Coração (1901), Coroas de amor ao Sagrado Coração (1905), O Coração Sacerdotal de Jesus (1907), Ano com o Sagrado Coração (1919), Estudos sobre o Sagrado Coração de Jesus (1922-1923).Fonte http://www.dehonianos.pt/