quinta-feira, 30 de junho de 2016

13ª Semana Comum - Sexta-feira 01/07/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Am 8,4-6.9-12)


Leitura da Profecia de Amós.

4Ouvi isto, vós que maltratais os humildes e causais a prostração dos pobres da terra; 5vós que andais dizendo: “Quando passará a lua nova, para vendermos bem a mercadoria? E o sábado, para darmos pronta saída ao trigo, para diminuir medidas, aumentar pesos, e adulterar balanças, 6e dominar os pobres com dinheiro e os humildes com um par de sandálias, e para pôr à venda o refugo do trigo?

9Acontecerá que naquele dia, diz o Senhor Deus, farei com que o sol se ponha ao meio-dia e em pleno dia escureça a terra; 10mudarei em luto vossas festas e em pranto todos os vossos cânticos; farei vestir saco a todas as cinturas e tornarei calvas todas as cabeças, o país porá luto, como por um filho único, e o final desse dia terminará em amargura. 11Eis que virão dias, diz o Senhor, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir a palavra do Senhor. 12Os homens vaguearão de um mar a outro mar, circulando do norte para o oriente, em busca da palavra do Senhor, mas não a encontrarão.



- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 118)


— O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.

— O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.


— Feliz o homem que observa seus preceitos, e de todo o coração procura a Deus! De todo o coração eu vos procuro, não deixeis que eu abandone a vossa lei!

— Minha alma se consome o tempo todo em desejar as vossas justas decisões. Escolhi seguir a trilha da verdade, diante de mim eu coloquei vossos preceitos.

— Como anseio pelos vossos mandamentos! Dai-me a vida, ó Senhor, porque sois justo! Abro a boca e aspiro largamente, pois estou ávido de vossos mandamentos.


Evangelho (Mt 9,9-13)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 9Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu a Jesus. 10Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos.

11Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” 12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Amós continua a denunciar a ganância dos negociantes e de todos os que são ávidos de dinheiro. Para realizarem «bons» negócios e amontoarem riquezas, não tem respeitam pelo próximo nem por Deus. Esmagam os pobres e fazem perecer os desvalidos da terra (cf. v. 4); esperam ansiosos pelo fim das festas religiosas para levarem por diante os seus intentos gananciosos (cf. v. 5). Não hesitam em ser desonestos para aumentar os lucros (v. 5). Todas estas injustiças bradam ao céu. Por isso, Deus, por meio do profeta, anuncia castigo severo: «Converterei as vossas festas em luto e os vossos cânticos em lamentações» (v. 10). E não será preciso um grande empenhamento de Deus para infligir o castigo. Ao pecar, do modo denunciado pelo profeta, Israel “reduz o tempo” (a Lua-Nova e o Sábado) a um calendário oportunista e pessoal, a simples ocasião para fechar negócios, com lucro imediato. E assim obtém, por si mesmo, o castigo. Perde o sentido do tempo, como amor e misericórdia, que encontraria «comendo com os pecadores», partilhando a necessidade de perdão que abre a porta à salvação e à alegria. É o que nos ensina Jesus quando responde aos fariseus, que se julgam «justos»: «Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores» (v. 13).
Também nós podemos cair na tentação de nos considerarmos «justos», vendo como pecadores só os outros. Mas, a verdade é que também pertencemos a um mundo onde reina a ganância, fonte de enormes injustiças. O nosso egoísmo contribui para agravar a situação. Arranjamos tempo para o que nos interessa. Mas não o encontramos para ajudar certas pessoas, para visitar doentes, e até para rezar. Assim nos tornamos semelhantes aos negociantes desonestos, cujos actos são verberados por Amós. Também nós corremos o risco do temível castigo anunciado pelo profeta: «Vaguearão… à procura da palavra do Senhor, e não a encontrarão» (v. 12). Todos os outros castigos anunciados por Amós são muito pouco, em comparação com este: procurar a Palavra de Deus e não conseguir encontrá-la. A infidelidade, e a falta de docilidade ao Senhor, podem levar à desolação espiritual. Nesse caso, nada mais nos resta senão a penitência, a procura perseverante da Palavra de Deus, a aceitação da própria desolação como castigo merecido pelos nossos pecados, na esperança de reencontrar o Senhor e de enveredar por uma vida mais fiel aos seus desejos.
O n. 22 das Constituições, para nos falar da oblação, alma do nosso carisma, começa por reconhecer a nossa condição de pecadores: «implicados no pecado…». Mas logo a seguir, reconhece outra realidade não menos importante: «mas participantes da graça redentora…». Somos certamente pecadores, sempre carecidos de conversão. Mas, «participantes da graça redentora, queremos… unir-nos a Cristo presente na vida do mundo e, em solidariedade com Ele e com toda a humanidade e a criação inteira, oferecer-nos ao Pai como oblação viva, santa e agradável (cf. Rm 12,1). A nossa «solidariedade com Ele e com toda a humanidade e a criação inteira», não vem de uma consciência errada que nos leve a julgar-nos justos. Vem da consciência certa de que fomos beneficiados pela «graça redentora», e a ela queremos corresponder, cooperando com Cristo na obra da redenção do mundo, para Glória e Alegria de Deus, aceitando a recomendação de Paulo: “Caminhai no amor segundo o exemplo de Cristo que nos amou e Se entregou por nós a Deus, como oferenda e sacrifício de agradável odor" (Ef 5,2).
Fonte http://www.dehonianos.org/

quarta-feira, 29 de junho de 2016

13ª Semana Comum - Quinta-feira 30/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Am 7,10-17)


Leitura da Profecia de Amós.

Naqueles dias, 10Amasias, sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: “Amós conspira contra ti, dentro da própria casa de Israel; o país não consegue evitar que se espalhem todas as suas palavras. 11Ele anda dizendo: ‘Jeroboão morrerá pela espada, e Israel será deportado de sua própria pátria, como escravo’”.

12Disse depois Amasias a Amós: “Vidente, sai e procura refúgio em Judá, onde possas ganhar teu pão e exercer a profecia; 13mas em Betel não deverás insistir em profetizar, porque aí fica o santuário do rei e a corte do reino”.

14Respondeu Amós a Amasias, dizendo: “Não sou profeta nem sou filho de profeta; sou pastor de gado e cultivo sicômoros. 15O Senhor chamou-me, quando eu tangia o rebanho, e o Senhor me disse: ‘Vai profetizar para Israel, meu povo’.

16E agora ouve a Palavra do Senhor. Tu dizes: ‘Não profetizes contra Israel e não insinues palavras contra a casa de Isaac’. 17Pois bem, isto diz o Senhor: ‘Tua mulher se prostituirá na cidade, teus filhos e filhas morrerão pela espada, tuas terras serão tomadas e loteadas; tu mesmo morrerás em terra poluída, e Israel será levado em cativeiro para longe de seu país’”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 18)


— Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.

— Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.


— A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.

— Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.

— É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.

— Mais desejáveis do que o ouro são eles, do que o ouro refinado. Suas palavras são mais doces que o mel, que o mel que sai dos favos.


Evangelho (Mt 9,1-8)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1entrando em um barco, Jesus atravessou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. 2Apresentaram-lhe, então, um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!”

3Então alguns mestres da Lei pensaram: “Esse homem está blasfemando!” 4Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse: “Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? 5O que é mais fácil, dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’?

6Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, — disse, então, ao paralítico — “Levanta-te, pega a tua cama e vai para a tua casa”. 7O paralítico então se levantou, e foi para a sua casa. 8Vendo isso, a multidão ficou com medo e glorificou a Deus, por ter dado tal poder aos homens.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Amós anunciava catástrofes terríveis. As suas palavras não eram agradáveis de ouvir. Predizia a ruína de Israel, a morte de Jeroboão, o exílio do povo. Por isso, foi considerado um adversário político da casa de Jeroboão e, por conseguinte, “aconselhado” a ir-se embora. O sacerdote de Betel disse-lhe: «Sai daqui, vidente, foge para a terra de Judá e come lá o teu pão, profetizando. Mas não continues a profetizar em Betel, porque aqui é o santuário do rei e o templo do reino» (vv. 12-13). Ao anunciar os castigos de Deus, o profeta Amós é considerado um homem politicamente perigoso. Por isso, é mandado para o exílio. O mesmo acontece com Jeremias: quando anuncia a queda de Jerusalém, a destruição do templo, é considerado um derrotista, um homem politicamente suspeito, sendo preso e ameaçado de condenação à morte. E assim se calam os profetas, na ilusão de que, uma vez silenciados, não se concretizem as ameaças anunciadas. Mas, quem assim pensa e faz, só acrescenta pecado ao pecado, atraindo um castigo maior. Por isso, a melhor atitude é tomar a sério as palavras dos enviados de Deus, convertendo-se. Foi a atitude do rei e da povoação de Nínive, quando Jonas lá foi pregar: «Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, ordenaram um jejum e vestiram-se de saco, do maior ao menor» (Jn 3, 5). Os ninivitas procuraram remédio eficaz contra os perigos anunciados pelo profeta. Assim, «Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho, e, arrependendo-se do mal que tinha resolvido fazer-lhes, não lho fez» (Jn 3, 10). Também nós podemos tomar uma das duas atitudes, quando escutamos qualquer aviso da parte de Deus, através de um homem de Deus, de uma leitura ou de um acontecimento. Ignorar a mensagem pode ser uma atitude fácil. Mais fácil ainda pode ser criticar os pastores da Igreja ou os superiores que no-las comunicam. Mas a melhor e mais útil atitude será acolher a graça da conversão. Quando o Senhor nos quer purificar, faz-nos chegar diferentes formas de aviso. Nesses casos, convém tomar a sério o salmo: «Hoje, se escutardes a sua voz, não endureçais os vossos corações» (Sl 95, 7-8). Os avisos de Deus são inspirados pelo seu amor para connosco. Quer que nos convertamos para nos conduzir à vida em plenitude.
O perdão do pecado, plasticamente realizado na cura do paralítico, significa o poder do Filho do homem na terra, que inaugura uma nova criatura, um novo povo, novos céus e nova terra. Mas tudo passa pelo acolhimento do convite à conversão: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1, 15).
Também na vida do religioso há sempre a necessidade da renovada conversão, proposta na catequese apostólica. Os Apóstolos falam de conversão a cristãos que já têm experiência de uma prolongada permanência na Igreja... Pode ser o nosso caso. Há muito que somos cristãos. Há muito que somos consagrados. Mas «primado do amor exige uma conversão permanente» (Cst 95). Jamais estaremos completamente mortos para o «homem velho» e revestidos do «homem novo» (cf. Ef 4, 22-23). Quantas vezes, temos de fazer nossa a súplica que se inspira na oração do velho Tobias: «Converte-me, Senhor, e converter-me-ei a Ti» (cf. Tb 13, 6). Se lermos as sete cartas aos sete bispos das igrejas da Ásia Menor (cf. Apoc 2-3) recolhemos esta preocupação de fundo: acordar o primitivo fervor, porque chegou um período do cansaço, da má doença da habituação; pende sobre nós o risco da tibieza. É o Espírito de Jesus que fala. Há que escutá-lo!
Fonte http://www.dehonianos.org/

terça-feira, 28 de junho de 2016

13ª Semana Comum - Quarta-feira 29/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Am 5,14-15.21-24)


Leitura da Profecia de Amós.

14Buscai o bem, não o mal, para terdes mais vida, só assim o Senhor Deus dos exércitos vos assistirá, como tendes afirmado. 15Odiai o mal, amai o bem, restabelecei a justiça no julgamento, talvez o Senhor Deus dos exércitos se compadeça do resto da tribo de José. 21“Aborreço, rejeito vossas festas, diz o Senhor, não me agradam vossas assembleias de culto. 22Se me oferecerdes holocaustos, não aceitarei vossas oblações e não farei caso de vossos gordos animais de sacrifício. 23Livra-me da balbúrdia dos teus cantos, não quero ouvir a toada de tuas liras. Que a justiça seja abundante como água e a vida honesta, como torrente perene”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 49)


— A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

— A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.


— Escuta, ó meu povo, eu vou falar; ouve, Israel, eu testemunho contra ti: Eu, o Senhor, somente eu, sou o teu Deus!

— Eu não venho censurar teus sacrifícios, pois sempre estão perante mim teus holocaustos; não preciso dos novilhos de tua casa nem dos carneiros que estão nos teus rebanhos.

— Porque as feras da floresta me pertencem e os animais que estão nos montes aos milhares. Conheço os pássaros que voam pelos céus e os seres vivos que se movem pelos campos.

— Não te diria, se com fome eu estivesse, porque é meu o universo e todo ser. Porventura comerei carne de touros? Beberei, acaso, o sangue de carneiros?

— Como ousas repetir os meus preceitos e trazer minha Aliança em tua boca? Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos e deste as costas às palavras dos meus lábios!


Evangelho (Mt 8,28-34)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 28quando Jesus chegou à outra margem do lago, na região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos. Eram tão violentos, que ninguém podia passar por aquele caminho. 29Eles então gritaram: “Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?”.

30Ora, a certa distância deles, estava pastando uma grande manada de porcos. 31Os demônios suplicavam-lhe: “Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos”.

32Jesus disse: “Ide”. Os demônios saíram, e foram para os porcos. E logo toda a manada atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas. 33Os homens que guardavam os porcos fugiram e, indo até a cidade, contaram tudo, inclusive o caso dos possuídos pelo demônio. 34Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região deles.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

A tendência para separar o culto da vida é bastante espontânea. Facilmente se organizam belas festas, pensando que elas agradam a Deus, enquanto se vive de modo egoísta, procurando obter proveito mesmo à custa dos outros, da verdade e da justiça. Os profetas nunca aceitaram esta separação entre o culto e vida real. Deus exige coerência entre o culto e a vida. Na primeira leitura, Amós denúncia o culto meramente exterior, sem coerência de vida. Proclama Amós, fazendo-se arauto de Deus: «Detesto e rejeito as vossas festas; e não sinto nenhum gosto nas vossas assembleias… Antes, jorre a equidade como uma fonte, e a justiça como torrente que não seca» (vv. 22.24). Isaías e Jeremias vão na mesma linha. O culto que Deus exige de nós é uma vida em consonância com a sua vontade, com a sua justiça, com a sua generosidade. Se assim não for, de nada servem cerimónias pomposas: «Afastai de mim o vozear dos vossos cânticos, não quero ouvir mais a música das vossas harpas» (v. 23). O importante é buscar «o bem e não o mal» (v. 14).
Também o culto cristão não se pode limitar “a assistir” passivamente à Eucaristia, ou a participar em qualquer outra celebração religiosa. O cristão há-de participar na celebração da Eucaristia acolhendo o dinamismo posto em acção por Jesus na Última Ceia: «Ele, que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por eles até ao extremo» (Jo 13, 1). A Eucaristia encerra um extraordinário dinamismo de amor. Não faz sentido ir à missa sem se deixar envolver por esse dinamismo, sem, como Jesus, nos pormos generosa e humildemente ao serviço dos outros. Celebrar a Eucaristia é pôr-se ao serviço de Deus, para que Ele nos ponha ao serviço dos irmãos. Não se trata de imolar animais, como nos sacrifícios que Amós criticava, mas de se imolar a si mesmo ao serviço de Deus e ao serviço do próximo. «Exorto-vos, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais os vossos corpos como sacrifício vivo, santo, agradável a Deus. Seja este o vosso verdadeiro culto, o espiritual» (Rm 12, 1).
Admiramos a fé, a coragem e a extrema coerência de João Paulo II, que fez da sua vida uma eucaristia, um culto espiritual agradável a Deus, e ao serviço da humanidade. Mas também nos espantam tantos cristãos que, fascinados pela Eucaristia, vivem uma completa e sincera doação a Deus, no serviço às missões e aos mais carenciados dos homens. Será possível que esta sua fé, a mentalidade que dela deriva, o estilo de vida em tantas obras ao serviço dos mais pobres e marginalizados dos homens, não tenha influência sobre o desenvolvimento do mundo? Santos apóstolos, missionários, numerosos leigos cooperaram para o progresso de povos inteiros, não só como fundadores de escolas, hospitais, obras sociais, ensinando artes e ofícios, mas também dando Cristo como verdade, como amor, como perdão. É uma civilização do amor, uma civilização eucarística que, centrada na liturgia e realmente vivida, transforma o homem a partir de dentro, “penetrado por aquele sopro de vida que provém de Cristo” (RH, 18).
Fonte http://www.dehonianos.org/

segunda-feira, 27 de junho de 2016

13ª Semana Comum - Terça-feira 28/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Am 3,1-8;4,11-12)


Leitura da Profecia de Amós.

3,1Ouvi, filhos de Israel, a palavra que disse o Senhor para vós e para todas as tribos que eu retirei do Egito: 2“Dentre todas as nações da terra, somente a vós reconheci; por isso usarei o castigo por todas as vossas iniquidades. 3Se duas pessoas caminham juntas, não é porque estão de acordo? 4Se o leão ruge na selva, não é porque encontrou a presa? Se no covil rosna o filhote do leão, não é porque agarrou sua parte?

5Acaso, sem armadilha, se prende uma ave no chão? Acaso dispara a armadilha, antes de capturar a presa? 6Se ressoa na cidade o toque da trombeta, não fica a população apavorada? Se acontece uma desgraça na cidade, não foi o Senhor que fez? 7Pois nada fará o Senhor Deus, que não revele o plano a seus servos, os profetas. 8Ruge o leão, quem não terá medo? Falou o Senhor Deus, quem não será seu profeta?”4,11“Eu arrasei-vos, como arrasei Sodoma e Gomorra, e ficastes como um tição, retirado da fogueira; e, contudo, não voltastes para mim”, diz o Senhor. 12Por isso, assim te tratarei, Israel; e, porque sabes como te vou tratar, prepara-te, Israel, para ajustar contas com o teu Deus.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 5)


— Na vossa justiça, guiai-me, Senhor!

— Na vossa justiça, guiai-me, Senhor!


— Não sois um Deus a quem agrade a iniquidade, não pode o mau morar convosco; nem os ímpios poderão permanecer perante os vossos olhos.

— Detestais o que pratica a iniquidade e destruís o mentiroso. Ó Senhor, abominais o sanguinário, o perverso e enganador.

— Eu, porém, por vossa graça generosa, posso entrar em vossa casa. E, voltado reverente ao vosso templo, com respeito vos adoro.


Evangelho (Mt 8,23-27)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 23Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 24E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia.

25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” 26Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?” Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. 27Os homens ficaram admirados e diziam: “Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

As perguntas, que se repetem, no livro de Amós, levam idealmente da sabedoria à profecia, da observação atenta da realidade natural à emersão de uma palavra e de uma acção que lhe manifestam o sentido e a verdade. No fim, a profecia torna-se uma necessidade incontornável: «O Senhor Deus fala: quem não profetizará?» (v. 8).
Amós lembra aos israelitas a situação especial de que gozam diante de Deus: «De todas as nações da terra, só a vós conheci» (v. 2). Mas o profeta também tira consequências dessa situação: «Por isso vos castigarei, por todas as vossas iniquidades» (v. 2). Ser povo de Deus é um privilégio que há-de estimular a correspondência adequada ao dom. Não pode ser pretexto para a injustiça, para fazer o que apetece, julgando-se impunes. Jesus dirá algo que nos ajuda a compreender esta palavra de Amós: «a quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito será pedido» (Lc 12, 48).
Isto pode parecer-nos contraditório. Um privilégio torna-se desvantagem? Deus, em vez de indulgente e compreensivo com o seu povo, pode mostrar-se intransigente? Na verdade, Deus apresentou-se, desde o princípio, como «um Deus zeloso» (Ex 20, 5; Dt 4, 24; 5, 9), que não admite infidelidades ao povo, que recebeu como esposa, e que pune severamente a «culpa» (Ex 20, 5; Dt 5, 9). Mesmo quando perdoa, não deixa de punir (Ex 34, 7). Mas não há contradição entre severidade e amor. A severidade mostra a autenticidade e a profundidade do amor. Deus faz o seu povo descontar as próprias infidelidades, porque o ama, porque o quer libertar do mal, porque o quer purificar. A severidade divina é provocada pelo amor e em vista do amor. Deus purifica o seu povo para tornar possível uma comunhão mais estreita com ele: «Tu, Senhor, pouco a pouco corriges os que caem, os admoestas e lhes recordas o seu pecado, para que se afastem do mal e creiam em ti, Senhor» (Sab 12, 2). Toda a provação há-de ser acolhida como ocasião para regressar a Deus. Em toda a pena, merecida ou não, em todo o sofrimento, em toda a provação, somos tentados a revoltar-nos, a endurecer o coração, a afastar-nos de Deus. Mas, do sofrimento e da provação, podem surgir graças preciosas. O Senhor convida-nos a aprofundar a nossa relação com Ele.
Foi o que sucedeu com os Apóstolos, quando Jesus, em plena tempestade, dormia no barco. Deram-se conta da sua fragilidade e gritaram pelo Mestre para que os ajudasse. Jesus acalmou a tempestade falando imperiosamente aos ventos e ao mar. Perante tal facto, os discípulos interrogaram-se sobre a verdadeira identidade de Jesus: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?» (v. 27). E aprofundaram a sua fé e a sua relação com o Senhor.
O tempo do sofrimento, tanto o das provações morais e espirituais, como o da doença e da velhice, há-de ser vivido como tempo de purificação, como tempo preparatório de mais íntima união com o Senhor, como tempo de «eminente e misteriosa comunhão» na oblação de sofrimento e de amor de Cristo. Pensemos na Agonia, na Paixão e na Morte. E, então, além de purificação, as nossas provações e sofrimentos, serão tempo de disponibilidade pura, de pura oblação.
Fonte http://www.dehonianos.org/

domingo, 26 de junho de 2016

13ª Semana Comum - Segunda-feira 27/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Am 2,6-10.13-16)


Leitura da Profecia de Amós.

6Isto diz o Senhor: “Pelos três crimes de Israel, pelos seus quatro crimes, não retirarei a palavra: porque eles vendem o justo por dinheiro e o indigente pelo preço de um par de chinelos; 7pisam, na poeira do chão, a cabeça dos pobres, e impedem o progresso dos humildes; filho e pai vão à mesma mulher, profanando meu santo nome; 8deitando-se junto a qualquer altar, usando roupas que foram entregues em penhor, bebem vinho à custa de pessoas multadas, na casa de Deus.

9Entretanto, eu tinha aniquilado, diante deles, os amorreus, homens espadaúdos como cedros e robustos como carvalhos, destruindo-lhes os frutos na ramada e arrancando-lhes as raízes. 10Fui eu que vos fiz sair da terra do Egito e vos guiei pelo deserto, durante quarenta anos, para ocupardes a terra dos amorreus.

13Pois bem, eu vos calcarei aos pés, como calca o chão a carroça carregada de feixes; 14o mais ágil não conseguirá fugir, o mais forte não achará força, o valente não salvará a vida; 15o arqueiro não resistirá de pé, o corredor veloz não terá pernas para escapar, nem se salvará o cavaleiro; 16o mais corajoso dentre os corajosos fugirá nu, naquele dia”, diz o Senhor.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 49)


— Entendei isto, todos vós que esqueceis o Senhor Deus!

— Entendei isto, todos vós que esqueceis o Senhor Deus!


— “Como ousas repetir os meus preceitos e trazer minha Aliança em tua boca? Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos e deste as costas às palavras dos meus lábios!

— Quando vias um ladrão, tu o seguias e te juntavas ao convívio dos adúlteros. Tua boca se abriu para a maldade e tua língua maquinava a falsidade.

— Assentado, difamavas teu irmão, e ao filho de tua mãe injuriavas. Diante disso que fizeste, eu calarei? Acaso pensas que eu sou igual a ti? É disso que te acuso e repreendo e manifesto essas coisas aos teus olhos.

— Entendei isto, todos vós que esqueceis Deus, para que eu não arrebate a vossa vida, sem que haja mais ninguém para salvar-vos! Quem me oferece um sacrifício de louvor, este sim é que me honra de verdade. A todo homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus”.


Evangelho (Mt 8,18-22)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 18vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”.

20Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 22Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

As palavras duras e polêmicas de Amós ecoam na vida e nos ensinamentos de Jesus. O Mestre divino usa uma linguagem mais branda e ensina, sobretudo, com o seu exemplo. Mas nem por isso é menos radical.
A ganância é fonte de muitos males. Paulo reconhece-o, quando escreve: «os que querem enriquecer caem na tentação, na armadilha e em múltiplos desejos insensatos e nocivos que precipitam os homens na ruína e na perdição. Porque a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro. Arrastados por ele, muitos se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições» (1 Tm 6, 9-10). Amós denuncia a perversão provocada pela ganância, que faz perder o sentido de justiça e o respeito devido às pessoas, transformadas em meios para alcançar determinados lucros. «Vendem o justo por dinheiro e o pobre, por um par de sandálias», diz Amós (v. 6). A pessoa humana, criada à imagem de Deus, torna-se artigo de troca, é reduzida à escravidão por causa de um lucro miserável. Amós também denuncia o desprezo da mulher, vítima de imoralidade sexual, talvez até por questões de dinheiro e de lucro. Violar uma jovem é culpa grave, porque também Deus é ofendido, e o seu nome profanado.
Os gananciosos perdem o respeito devido a Deus quando oprimem os outros para acumular riquezas. O culto que eventualmente prestarem a Deus não Lhe será agradável: «Estendem-se ao pé de cada altar sobre as roupas recebidas em penhor, e bebem no templo do seu Deus o vinho dos que foram confiscados», denuncia Amós (v. 8). O profeta alude a refeições sagradas que concluíam certos sacrifícios rituais. Como poderia um tal culto agradar a Deus? Jesus não se deixa impressionar com as ofertas chorudas dos ricos. Apreciava mais a dádiva dos poucos cêntimos da viúva pobre (Mc 12, 41-44), e convidava todos ao desapego do dinheiro. Ele mesmo não tinha «onde reclinar a cabeça» (v. 20). Não tinha casa, não tinha bens próprios, não tinha esposa e filhos, não tinha projectos pessoais. Era verdadeiramente pobre e desapegado de tudo; procurava e fazia a vontade do Pai. E tudo por causa do Reino. Se Amós clama por justiça e rectidão, Jesus, pela sua palavra e pelo seu exemplo, convida à radicalidade do desapego de tudo, mas também à alegria, à pressa, que havemos de ter, em possuir o tesouro, a pérola, que é o Reino, que é Ele mesmo, Cristo (cf. Cst 14). Paulo dá-nos testemunho e exemplo desse desapego radical, para tudo possuir: «Tudo isso, que para mim era lucro, reputei-o perda por Cristo. Na verdade, em tudo isso só vejo dano, comparado com o supremo conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por Ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo» (Fl 3, 7-8).
Fonte http://www.dehonianos.org/

sábado, 25 de junho de 2016

13º Domingo do Tempo Comum - 26/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (1Rs 19,16b.19-21)


Leitura do Primeiro Livro dos Reis:

Naqueles dias, disse o Senhor a Elias: 16bvai e unge a Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meula, como profeta em teu lugar.

19Elias partiu dali e encontrou Eliseu, filho de Safat, lavrando a terra com doze juntas de bois; e ele mesmo conduzia a última. Elias, ao passar perto de Eliseu, lançou sobre ele o seu manto.

20Então Eliseu deixou os bois e correu atrás de Elias, dizendo: “Deixa-me primeiro ir beijar meu pai e minha mãe, depois te seguirei”.

Elias respondeu: “Vai e volta! Pois o que te fiz eu?”

21Ele retirou-se, tomou a junta de bois e os imolou. Com a madeira do arado e da canga assou a carne e deu de comer à sua gente. Depois levantou-se, seguiu Elias e pôs-se ao seu serviço.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 15)


— Ó Senhor, sois minha herança para sempre!

— Ó Senhor, sois minha herança para sempre!


— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!/ Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor:/ nenhum bem eu posso achar fora de vós!”/ Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,/ meu destino está seguro em vossas mãos!

— Eu bendigo o Senhor, que me aconselha,/ e até de noite me adverte o coração./ Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,/ pois se o tenho a meu lado não vacilo.

— Eis por que meu coração está em festa,/ minha alma rejubila de alegria,/ e até meu corpo no repouso está tranquilo;/ pois não haveis de me deixar entregue à morte,/ nem vosso amigo conhecer a corrupção.

— Vós me ensinais vosso caminho para a vida;/ junto a vós, felicidade sem limites,/ delícia eterna e alegria ao vosso lado!


Segunda Leitura (Gl 5,1.13-18)


Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas:

Irmãos: 1É para a liberdade que Cristo nos libertou. Ficai pois firmes e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da escravidão.

13Sim, irmãos, fostes chamados para a liberdade. Porém, não façais dessa liberdade um pretexto para servirdes à carne. Pelo contrário, fazei-vos escravos uns dos outros, pela caridade.

14Com efeito, toda a Lei se resume neste único mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

15Mas, se vos mordeis e vos devorais uns aos outros, cuidado para não serdes consumidos uns pelos outros.

16Eu vos ordeno: Procedei segundo o Espírito. Assim, não satisfareis aos desejos da carne. 17Pois a carne tem desejos contra o espírito, e o espírito tem desejos contra a carne. Há uma oposição entre carne e espírito, de modo que nem sempre fazeis o que gostaríeis de fazer.

18Se, porém, sois conduzidos pelo Espírito, então não estais sob o jugo da Lei.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.




Anúncio do Evangelho (Lc 9,51-62)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós!

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor!


51Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém 52e enviou mensageiros à sua frente.

Estes puseram-se a caminho e entraram num povoado de samaritanos, para preparar hospedagem para Jesus. 53Mas os samaritanos não o receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém.

54Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?”

55Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. 56E partiram para outro povoado.

57Enquanto estavam caminhando, alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores”.

58Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”.

59Jesus disse a outro: “Segue-me”.

Este respondeu: “Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai”.

60Jesus respondeu: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas tu, vai anunciar o Reino de Deus”.

61Um outro ainda lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares”.

62Jesus, porém, respondeu-lhe: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus”.


— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova

HOMILIA PADRE PAULO RICARDO


sexta-feira, 24 de junho de 2016

12ª Semana Comum - Sábado 25/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Lm 2,2.10-14.18-19)


Leitura do Livro das Lamentações.

2O Senhor destruiu sem piedade todos os campos de Jacó; em sua ira deitou abaixo as fortificações da cidade de Judá; lançou por terra, aviltou a realeza e seus príncipes. 10Sentados no chão, em silêncio, os anciãos da cidade de Sião espalharam cinza na cabeça, vestiram-se de saco; as jovens de Jerusalém inclinaram a cabeça para o chão. 11Meus olhos estão machucados de lágrimas, fervem minhas entranhas; derrama-se por terra o meu fel diante da arruinada cidade de meu povo, vendo desfalecerem tantas crianças pelas ruas da cidade. 12Elas pedem às mães: “O trigo e o vinho, onde estão?” E vão caindo como derrubadas pela morte nas ruas da cidade, até expirarem no colo das mães. 13Com quem te posso comparar, ou a quem te posso assemelhar, ó cidade de Jerusalém? A quem te igualarei, para te consolar, ó cidade de Sião? Grande como o mar é tua aflição; quem poderá curar-te?

14Teus profetas te fizeram ver imagens falsas e insensatas, não puseram a descoberto a tua malícia, para tentar mudar a tua sorte; ao contrário, deram-te oráculos mentirosos e atraentes. 18Grite o teu coração ao Senhor, em favor dos muros da cidade de Sião; deixa correr uma torrente de lágrimas, de dia e de noite. Não te concedas repouso, não cessem de chorar as pupilas de teus olhos. 19Levanta-te, chora na calada da noite, no início das vigílias, derrama o teu coração, como água, diante do Senhor; ergue as mãos para ele, pela vida de teus pequeninos, que desfalecem de fome em todas as encruzilhadas.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 73)


— Não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres.

— Não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres.


— Ó Senhor, por que razão nos rejeitastes para sempre e vos irais contra as ovelhas do rebanho que guiais? Recordai-vos deste povo que outrora adquiristes, desta tribo que remistes para ser a vossa herança, e do monte de Sião que escolhestes por morada!

— Dirigi-vos até lá para ver quanta ruína: no santuário o inimigo destruiu todas as coisas; e, rugindo como feras, no local das grandes festas, lá puseram suas bandeiras vossos ímpios inimigos.

— Pareciam lenhadores derrubando uma floresta, ao quebrarem suas portas com martelos e com malhos. Ó Senhor, puseram fogo mesmo em vosso santuário! Rebaixaram, profanaram o lugar onde habitais!

— Recordai vossa Aliança! A medida transbordou, porque nos antros desta terra só existe violência! Que não se escondam envergonhados o humilde e o pequeno, mas glorifiquem vosso nome o infeliz e o indigente!


Evangelho (Mt 8,5-17)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”.

7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”.

10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, 12enquanto os herdeiros do Reino serão jogados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”.

13Então, Jesus disse ao oficial: “Vai! e seja feito como tu creste”. E, naquela mesma hora, o empregado ficou curado. 14Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e com febre. 15Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou, e pôs-se a servi-lo. 16Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua palavra, e curou todos os doentes, 17para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: “Ele tomou as nossas dores e carregou as nossas enfermidades”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Ao descrever a situação de Jerusalém, destruída e devastada pelos babilónios, o Livro das Lamentações revela a causa profunda dessa catástrofe: «Os teus profetas vaticinaram-te apenas coisas falsas e loucas. Não te revelaram as tuas iniquidades, a fim de mudar o teu destino. Anunciaram-te apenas oráculos falsos e enganadores» (v. 14). Também nós preferimos, muitas vezes, ouvir palavras falsas e enganadoras, discursos retóricos e lisonjeiros, mais do que admoestações e chamadas de atenção. Alimentam as nossas ilusões, é certo. Mas é preferível ouvir palavras que nos revelem as nossas faltas e nos incitem à mudança de vida. Os falsos profetas também pregaram o que os habitantes de Jerusalém, particularmente os seus chefes, queriam ouvir, em vez de lhes denunciarem as faltas. Mas os verdadeiros profetas, como Jeremias, não se cansavam de avisar a cidade para os perigos a que podia levar a inobservância da Lei na justiça, e a falta de solidariedade. Ninguém os escutava.
Acontece o mesmo no nosso mundo de hoje. Quando o Papa lembra a doutrina da Igreja sobre a moral, sobre o respeito pela vida desde o seu início até ao seu fim natural, sobre o respeito pelo amor, pela fidelidade, ou até sobre o uso do dinheiro, sobre os perigos do capitalismo, muitas vezes se ouvem reacções negativas. Muita gente prefere discursos que não incomodem, que não ameacem os egoísmos instalados, mas que levam a grandes catástrofes.
O evangelho mostra-nos Jesus que não se inibe de contactar com leprosos, pagãos e mulheres, coisa imprópria para um rabi. Mas se Deus, em Jesus, assumiu um corpo humano, foi para comunicar com o corpo do homem. O Senhor intervém por causa da fé do doente (no caso do leproso), ou da comunidade (no caso da sogra de Pedro). Mas o maior elogia vai para a fé na sua palavra, manifestada por um pagão. Até àquele momento, ninguém em Israel tinha manifestado tanta fé.
O Senhor continua a tocar-nos na Eucaristia, mas também nos toca pela força da sua Palavra. Que impacto tem a Palavra na cura da minha pessoa?
O Pe. Dehon convida-nos a sermos profetas do amor e servidores da reconciliação (cf. Cst 7). Como ele, e no seu “seguimento”, “em comunhão com a vida da Igreja, queremos contribuir para instaurar o reino da justiça e da caridade cristã no mundo (cf. Souvenirs XI). Para isso, há que denunciar corajosamente todas as injustiças, em primeiro lugar, as cometidas contra Deus, não Lhe reconhecendo o lugar a que tem direito, nem respeitando a sua lei. Mas há apontar também as inúmeras injustiças contra as pessoas e, por vezes, até contra povos inteiros. Há que fazer o que estiver ao nosso alcance para aliviar o sofrimento de tantos irmãos e irmãs, e para que lhes se feita justiça. A solidariedade é um sinal dos tempos muito sentido, tanto pelos crentes como pelos não crentes. Há que praticá-la e promovê-la em favor de todos os explorados e oprimidos, particularmente pelos povos que estão em vias de desenvolvimento, pelos que sofrem a fome, pelas vítimas das guerras crónicas, ou das catástrofes e calamidades naturais (Cf. A.A., n. 14).
Fonte http://www.dehonianos.org/

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Natividade de São João Batista - Sexta-feira 24/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Is 49,1-6)


Leitura do Livro do Profeta Isaías.

1Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome; 2fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim flecha aguçada, escondida em sua aljava, 3e disse-me: “Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado”.

4E eu disse: “Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa”. 5E agora diz-me o Senhor – ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. 6Disse ele: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 138)


— Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!

— Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!

— Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos; percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos.

— Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!

— Até o mais íntimo, Senhor, me conheceis; nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis, quando eu era modelado ocultamente, era formado nas entranhas subterrâneas.


Segunda Leitura (At 13,22-26)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, Paulo disse: 22“Deus fez surgir Davi como rei e assim testemunhou a seu respeito: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que vai fazer em tudo a minha vontade’. 23Conforme prometera, da descendência de Davi Deus fez surgir para Israel um Salvador, que é Jesus.

24Antes que ele chegasse, João pregou um batismo de conversão para todo o povo de Israel. 25Estando para terminar sua missão, João declarou: ‘Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Mas vede: depois de mim vem aquele, do qual nem mereço desamarrar as sandálias’. 26Irmãos, descendentes de Abraão, e todos vós que temeis a Deus, a nós foi enviada esta mensagem de salvação”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Evangelho (Lc 1,57-66.80)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


57Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. 58Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. 59No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. 60A mãe, porém disse: “Não! Ele vai chamar-se João”.

61Os outros disseram: “Não existe nenhum parente teu com esse nome!” 62Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. 63Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: “João é o seu nome”. E todos ficaram admirados. 64No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. 65Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judeia. 66E todos os que ouviam a notícia ficavam pensando: “O que virá a ser este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele. 80E o menino crescia e se fortalecia em espírito. Ele vivia nos lugares desertos, até o dia em que se apresentou publicamente a Israel.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

A primeira leitura relata a queda de Jerusalém: matanças, destruições, incêndios. Nem o templo escapa às chamas. O povo é morto, ou deportado com o seu rei. E a Bíblia explica a razão de tudo isto: o povo, infiel a Deus, é por Ele rejeitado.
As atrocidades descritas talvez não mexam muito connosco. Pensamos: eram povos pouco evoluídos. E ficamos tranquilos. Mas, se abrirmos os olhos para o que, se passa no nosso mundo, verificamos que ainda há muito que mudar na humanidade. São tantos os episódios de crueldade humana, no mundo de hoje! É o que sai do coração dos homens, quando não são fiéis a Deus!
O evangelho mostra-nos que a lei é para cumprir. Por isso, Jesus manda o leproso mostrar-se aos sacerdotes. Mas o bem da pessoa e, sobretudo, a graça, vão mais além do que a lei. Por isso, Jesus não hesita em estender mão, e em tocar no leproso para lhe transmitir uma energia que o recria. O leproso, o centurião e a sogra de Pedro, de quem nos falará o evangelho de amanhã, representam as camadas sociais consideradas à margem pelo mundo judaico: os doentes incuráveis, os pagãos e as mulheres. Mas, para nós, hoje, além dos doentes incuráveis, podem representar todos os pobres e fracos das nossas sociedades, tantas vezes esquecidos, postos de parte, maltratados pelos poderes estabelecidos.
Admiramos a fé, a coragem e a extrema coerência de tantos homens e mulheres dos nossos dias que, animados pela sua fé, se dedicam a confortar e a ajudar tantos milhões de pessoas, vítimas de calamidades naturais, de guerras, de graves situações de pobreza e falta de desenvolvimento. Santos apóstolos, missionários, numerosos leigos cooperaram para o progresso de povos inteiros, não só como fundadores de escolas, hospitais, obras sociais, ensinando artes e ofícios, mas também dando Cristo como verdade, como amor, como perdão. É uma civilização do amor que se está a construir, e que vai transformando os homens «penetrados por aquele sopro de vida que provém de Cristo» (RH, 18).
A história humana, frequentemente tão esquálida, lenta e tortuosa, cheia de regressões, por vezes tão envolvente e tumultuosa nos seus cursos e biblioteca, é vivificada por um frémito secreto que a impele para metas que nos são propostas pelo Evangelho. São metas de verdade, de justiça, de bondade, de amor (cf. Cst 36-39): é a meta-Cristo, o ponto ómega do universo, segundo Teilhard de Chardin. A própria “fronteira da morte”, perante a qual o homem não pode senão afastar-se aterrorizado, a gritar e a chorar, como aconteceu em relação à filha de Jairo (cf. Mc 5, 38-40), é ultrapassada e podemos apontar ao mundo uma esperança que mais ninguém, senão Cristo, pode dar: uma certeza de vida e de nobreza, não só para a alma, mas também para o corpo: todo o homem é imortal por causa das sementes de imortalidade em nós semeadas pela redenção operada por Cristo. É a fé de Paulo: como Cristo ressuscitou, também nós ressuscitaremos (cf. 1 Cor 15). Esta é «a mais alta afirmação do homem: a afirmação do corpo que o Espírito vivifica!... Esta é a resposta a todos os “materialismos” da nossa época. São eles que fazem nascer tantas formas de insaciabilidade no coração humano...» (RH, 18).
Fonte http://www.dehonianos.org/

quarta-feira, 22 de junho de 2016

12ª Semana Comum - Quinta-feira 23/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (2Rs 24,8-17)

Leitura do Segundo Livro dos Reis

8Joaquim tinha dezoito anos quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Noestã, filha de Elnatã, de Jerusalém. 9E ele fez o mal diante do Senhor, segundo tudo o que seu pai tinha feito. 10Naquele tempo, os oficiais de Nabucodonosor, rei da Babilônia, marcharam contra Jerusalém e a cidade foi sitiada. 11Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio em pessoa atacar a cidade, enquanto seus soldados a sitiavam.

12Então Joaquim, rei de Judá, apresentou-se ao rei da Babilônia, com sua mãe, seus servos, seus príncipes e seus eunucos. E o rei da Babilônia os fez prisioneiros.

Isto aconteceu no oitavo ano de seu reinado. 13Nabucodonosor levou todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real, e quebrou todos os objetos de ouro que Salomão, rei de Israel, havia fabricado para o templo do Senhor, conforme o Senhor havia anunciado. 14Levou para o cativeiro Jerusalém inteira, todos os príncipes e todos os valentes do exército, num total de dez mil exilados, e todos os ferreiros e serralheiros; só deixou a população mais pobre do país.

15Deportou Joaquim para a Babilônia, e do mesmo modo exilou de Jerusalém para a Babilônia a rainha-mãe, as mulheres do rei, seus eunucos e todos os nobres do país.

16Todos os homens fortes, num total de sete mil, os ferreiros e os serralheiros em número de mil, todos os homens capazes de empunhar armas, foram conduzidos para o exílio pelo rei da Babilônia. 17E, em lugar de Joaquim, ele nomeou seu tio paterno, Matanias, mudando-lhe o nome para Sedecias.



Natividade de São João Batista
Missa da Vigília
Cor: Branca


Primeira Leitura (Jr 1,4-10)


Leitura do Livro do Profeta Jeremias.

Nos dias de Josias, 4foi-me dirigida a palavra do Senhor, dizendo: 5“Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe, eu te consagrei e te fiz profeta das nações”. 6Disse eu: “Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo”.

7Disse-me o Senhor: “Não digas que és muito novo; a todos a quem eu te enviar, irás, e tudo que eu te mandar dizer, dirás. 8Não tenhas medo deles, pois estou contigo para defender-te”, diz o Senhor.

9O Senhor estendeu a mão, tocou-me a boca e disse-me: “Eis que ponho minhas palavras em tua boca. 10Eu te constituí hoje sobre povos e reinos com poder para extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 78)


— Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!

— Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!


— Invadiram vossa herança os infiéis, profanaram, ó Senhor, o vosso templo, Jerusalém foi reduzida a ruínas! Lançaram aos abutres como pasto os cadáveres dos vossos servidores; e às feras da floresta entregaram os corpos dos fiéis, vossos eleitos.

— Derramaram o seu sangue como água em torno das muralhas de Sião, e não houve quem lhes desse sepultura! Nós nos tornamos o opróbrio dos vizinhos, um objeto de desprezo e zombaria para os povos e àqueles que nos cercam. Mas até quando, ó Senhor, veremos isto? Conservareis eternamente a vossa ira? Como fogo arderá a vossa cólera?

— Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo. Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados!



Natividade de São João Batista
Missa da Vigília

Responsório (Sl 138)


— Desde o seio maternal, sois meu amparo.

— Desde o seio maternal, sois meu amparo.


— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor; que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.

— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo.

— Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas.


Segunda Leitura (1Pd 1,8-12)


Leitura da Primeira Carta de São Pedro.

Caríssimos, 8sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, 9pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação.

10Esta salvação tem sido objeto das investigações e meditações dos profetas. Eles profetizaram a respeito da graça que vos estava destinada.

11Procuraram saber a que época e a que circunstâncias se referia o Espírito de Cristo, que estava neles, ao anunciar com antecedência os sofrimentos de Cristo e a glória consequente. 12Foi-lhes revelado que, não para si mesmos, mas para vós, estavam ministrando estas coisas, que agora são anunciadas a vós por aqueles que vos pregam o Evangelho em virtude do Espírito Santo, enviado do céu; revelações essas, que até os anjos desejam contemplar!


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Evangelho (Mt 7,21-29)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 22Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres? 23Então eu lhes direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.

24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!” 28Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. 29De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei.


Natividade de São João Batista
Missa da Vigília

Evangelho (Lc 1,5-17)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


5Nos dias de Herodes, rei da Judéia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, do grupo de Abia. Sua esposa era descendente de Aarão e chamava-se Isabel. 6Ambos eram justos diante de Deus e obedeciam fielmente a todos os mandamentos e ordens do Senhor. 7Não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e os dois já eram de idade avançada.

8Em certa ocasião, Zacarias estava exercendo as funções sacerdotais no Templo, pois era a vez do seu grupo. 9Conforme o costume dos sacerdotes, ele foi sorteado para entrar no Santuário, e fazer a oferta do incenso. 10Toda a assembleia do povo estava do lado de fora rezando, enquanto o incenso estava sendo oferecido. 11Então apareceu-lhe o anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. 12Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e o temor apoderou-se dele.

13Mas o anjo disse: “Não tenhas medo, Zacarias, porque Deus ouviu tua súplica. Tua esposa, Isabel, vai ter um filho, e tu lhe darás o nome de João. 14Tu ficarás alegre e feliz, e muita gente se alegrará com o nascimento do menino 15porque ele vai ser grande diante do Senhor. Não beberá vinho nem bebida fermentada e, desde o ventre materno, ficará repleto do Espírito Santo. 16Ele reconduzirá muitos do povo de Israel ao Senhor seu Deus.

17E há de caminhar à frente deles, com o espírito e o poder de Elias, a fim de converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à sabedoria dos justos, preparando para o Senhor um povo bem disposto”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Estamos a viver o tempo comum da Liturgia. Enquanto o tempo do Advento ao Pentecostes representa o tempo de Jesus, em que Ele realiza historicamente a nossa redenção, o tempo comum representa o tempo da Igreja, porque nele se constrói a mesma Igreja, Corpo de Cristo, que continua no mundo a obra salvífica de Jesus e prolonga a sua incarnação. É neste tempo que os homens são chamados a entrar na Igreja pelo baptismo, e a crescer nela pelos sacramentos e pelo empenhamento pessoal até alcançarem a plena estatura de Cristo, o estado de adultos na fé. É, pois, o nosso tempo, em que havemos de construir o nosso destino eterno, o tempo para nos realizarmos como homens e como cristãos.
Jesus fala deste tempo com a imagem da casa, que pode ser construída sobre a rocha ou sobre a areia. A imagem é clara e eficaz. Enquanto a primeira resiste aos ventos e às enxurradas, a segunda fica reduzida a um monte de ruínas. Ambos os construtores conheceram Jesus e ouviram a sua palavra. Mas, enquanto um a põe em prática, o outro não. Um faz a vontade do Pai. O outro limita-se a dizer: «Senhor! Senhor!» (v. 22).
O evangelho de hoje apela para a coerência da nossa vida de cristãos. Com estas parábolas, Jesus não nos deixa ilusões. A porta do Reino só se abre para aqueles que fizeram a vontade do Pai. A rocha representa essa vontade. Sobre ela, pode construir-se uma casa bonita, acolhedora e forte.
A vontade de Deus não é algo de abstracto, porque se «fez carne» e, em certo sentido, se materializou em Jesus Cristo. Por isso, Paulo escreve: «estais edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus» (Ef 2, 20). Pedro também fala de Jesus como pedra angular (1 Pe 2, 5-6). Construir sobre a rocha quer dizer construir a própria vida sobre Jesus, sobre a sua Palavra, sobre a sua Pessoa.
«Escutamos com frequência a Palavra de Deus», dizem as nossas Constituições (n. 77). Sublinhamos a expressão «com frequência». Não se trata só da escuta da palavra de Deus na Missa ou noutras celebrações; trata-se de acolher, na nossa vida, a Palavra, o Verbo eterno de Deus feito carne, conforme a exortação do Pai na Transfiguração: «Este é o Meu Filho muito amado, em Quem pus as minhas complacências: Escutai-O» (Mt 17, 5).
Este convite à “escuta” já estava expresso na famosa «shemá» («escuta...»), com que o piedoso israelita manifestava a Deus a sua fé, a adesão da sua vontade e a oblação da sua própria vida, cumprindo a Palavra de Deus: «Escuta, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda as tuas forças. Estes mandamentos que hoje te imponho, serão gravados no teu coração. Ensiná-los-ás aos teus filhos...» (Dt 6, 4-7).
Assim Deus Se revelava a na vida do piedoso israelita como Javé («Eu sou aquele que sou» Ex 3, 14), isto é, como presente na vida como libertador, como guia, como salvador. A presença da Palavra era a presença da Pessoa. Com maior razão tudo isto se realiza em Jesus, que é a Palavra, o Verbo de Deus feito carne: «Quem ouve as minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha...» (Mt 7, 24). “Rocha”, “Rochedo” são as imagens típicas de Deus, que exprimem solidez, segurança e, portanto, fé, adesão completa: «Deus é a rocha da minha defesa...» (Sl 62(61), 3): «Vós sois, meu Deus, a rocha da minha salvação...» (Sl 89(88), 27). É como dizer: o Senhor é o meu «amem», a minha segurança, a minha salvação. É assim que Cristo é chamado no Apocalipse: «Assim diz o Amem, a Testemunha fiel...» (3, 14) e Paulo: «Por meio de Jesus Cristo sobe até Deus o nosso Amem» (2 Cor 1, 20).
Fonte http://www.dehonianos.org/

terça-feira, 21 de junho de 2016

12ª Semana Comum - Quarta-feira 22/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (2Rs 22,8-13;23,1-3)


Leitura do Segundo Livro dos Reis.

Naqueles dias, 22,8o sumo sacerdote Helcias disse ao secretário Safã: “Achei o livro da Lei na casa do Senhor!” Helcias deu o livro a Safã, que também o leu. 9Então o secretário Safã foi à presença do rei e fez-lhe um relatório nestes termos: “Os teus servos juntaram o dinheiro que se achou no templo e entregaram-no aos empreiteiros encarregados do templo do Senhor”.

10Em seguida, o secretário Safã comunicou ao rei: “O sacerdote Helcias entregou-me um livro”. E Safã leu-o diante do rei. 11Ao ouvir as palavras do livro da Lei, o rei rasgou as suas vestes. 12E ordenou ao sacerdote Helcias, a Aicam, filho de Safã, a Acobor, filho de Miquéias, ao secretário Safã e a Asaías, ministro do rei: 13“Ide e consultai o Senhor a meu respeito, a respeito do povo e de todo o Judá, sobre as palavras deste livro que foi encontrado. Grande deve ser a ira do Senhor que se inflamou contra nós, porque nossos pais não obedeceram as palavras deste livro, nem puseram em prática tudo o que nos fora prescrito”.

23,1Então o rei mandou que se apresentassem diante dele todos os anciãos de Judá e de Jerusalém. 2E subiu ao templo do Senhor com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas e todo o povo, do maior ao menor. Leu diante deles todo o conteúdo do livro da Aliança que tinha sido achado na casa do Senhor. 3De pé, sobre o seu estrado, o rei concluiu a aliança diante do Senhor, obrigando-se a seguir o Senhor e a observar seus mandamentos, preceitos e decretos, de todo o seu coração e de toda a sua alma, cumprindo as palavras da Aliança escritas naquele livro. E todo o povo aderiu à Aliança.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 118)


— Ensinai-me a viver vossos preceitos, ó Senhor!

— Ensinai-me a viver vossos preceitos, ó Senhor!


— Ensinai-me a viver vossos preceitos; quero guardá-los fielmente até o fim!

— Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei, e de todo o coração a guardarei.

— Guiai meus passos no caminho que traçastes, pois só nele encontrarei felicidade.

— Inclinai meu coração às vossas leis, e nunca ao dinheiro e à avareza.

— Desviai o meu olhar das coisas vãs, dai-me a vida pelos vossos mandamentos!

— Como anseio pelos vossos mandamentos! Dai-me a vida, ó Senhor, porque sois justo!


Evangelho (Mt 7,15-20)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15“Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. 16Vós os conhecereis pelos seus frutos. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas? 17Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má, produz frutos maus. 18Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons. 19Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e jogada no fogo. 20Portanto, pelos seus frutos vós os conhecereis”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Ao ouvir a leitura do Livro do Deuteronômio, Josias verificou que, ele e o seu povo, estavam a ser infiéis a Deus. E prometeu solenemente aderir de alma e coração às palavras da Aliança: «Pondo-se de pé sobre o estrado, o rei renovou a aliança na presença do Senhor, comprometendo-se a seguir o Senhor, a observar os seus mandamentos, as suas instruções e os seus preceitos, com todo o seu coração e com toda a sua alma, e a cumprir todas as palavras da aliança contidas neste livro. (2 Rs 23, 3). O povo seguiu o exemplo do rei: «Todo o povo concordou com esta aliança» (2 Rs 23, 3).
No Salmo responsorial, que hoje rezamos, manifesta-se o desejo de ser guiados no caminho do Senhor: «Ensinai-me, Senhor, o caminho dos vossos decretos para ser fiel até ao fim. Dai-me entendimento para guardar a vossa lei e para a cumprir de todo o coração» (Sl 118 (119), 33-34). Quando se ama alguém, procura-se conhecer a sua vontade e cumpri-la. A busca da vontade de Deus, e o seu cumprimento, são o caminho para a verdadeira felicidade do homem. Foi esse o caminho seguido por Jesus: «faço sempre aquilo que lhe agrada» (Jo 8, 29; «O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou» (Jo 9, 4). As nossas Constituições caracterizam Jesus, por duas atitudes: a sua obediência ao Pai e a sua solidariedade para com os homens, no cumprimento da missão que o mesmo Pai lhe confiou: «ao Pai e pelos homens» (Cst 6).
S. Agostinho compreendeu a importância de fazer a vontade de Deus, de seguir o caminho que Ele nos traça. Por isso, rezava: «Afasta os meus olhos das coisas vãs, faz-me viver no teu caminho». As «coisas vãs» não são sempre más. Podem mesmo ser boas. Mas não o são, se nos afastam do caminho do Senhor, do cumprimento da sua vontade.
No evangelho, Jesus recomenda-nos que não nos fixemos nas aparências das pessoas e das suas acções. Oferece-nos até um critério de discernimento: «Pelos seus frutos, os conhecereis» (v. 16). Há, pois, que avaliá-las pelos «frutos» que produzem. Paulo indica alguns desses frutos: «o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, auto-domínio» (Gl 5, 22-23); «o Reino de Deus não é uma questão de comer e beber, mas de justiça, paz e alegria no Espírito Santo» (Rm 14, 17); «o fruto da luz está em toda a espécie de bondade, justiça e verdade» (Ef 5, 9).
Fonte http://www.dehonianos.org/

segunda-feira, 20 de junho de 2016

12ª Semana Comum - Terça-feira 21/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (2Rs 19,9b-11.14-21.31-35a.36)

Leitura do Segundo Livro dos Reis.

Naqueles dias, 9bSenaquerib, rei da Assíria, enviou de novo mensageiros a Ezequias para dizer-lhe: 10Não te seduza o teu Deus, em quem confias, pensando: Jerusalém não será entregue nas mãos do rei dos assírios. 11Porque tu mesmo tens ouvido o que os reis da Assíria fizeram a todas as nações e como as devastaram. Só tu te vais salvar?”

14Ezequias tomou a carta da mão dos mensageiros e leu-a. Depois subiu ao templo do Senhor, estendeu a carta diante do Senhor 15e, na presença do Senhor, fez a seguinte oração: “Senhor, Deus de Israel, que estás sentado sobre os querubins! Tu és o único Deus de todos os reinos da terra. Tu fizeste o céu e a terra. 16Inclina o teu ouvido, Senhor, e ouve. Abre, Senhor, os teus olhos e vê. Ouve todas as palavras de Senaquerib, que mandou emissários para insultar o Deus vivo. 17É verdade, Senhor, que os reis da Assíria devastaram as nações e seus territórios; 18lançaram os seus deuses ao fogo, porque não eram deuses, mas obras das mãos dos homens, de madeira e pedra; por isso os puderam destruir. 19Mas agora, Senhor, nosso Deus, livra-nos de suas mãos, para que todos os reinos da terra saibam que só tu, Senhor, és Deus”.

20Então Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: “Assim fala o Senhor, Deus de Israel: Ouvi a prece que me dirigiste a respeito de Senaquerib, rei da Assíria. 21Eis o que o Senhor disse dele: A virgem filha de Sion despreza-te e zomba de ti. A filha de Jerusalém meneia a cabeça nas tuas costas. 31Pois um resto sairá de Jerusalém, e sobreviventes, do monte Sião. Eis o que fará o zelo do Senhor todo-poderoso.

32Por isso, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Ele não entrará nesta cidade, nem lançará nenhuma flecha contra ela, nem a assaltará com escudo, nem a cercará com trincheira alguma. 33Pelo caminho, por onde veio, há de voltar, e não entrará nesta cidade, diz o Senhor. 34Protegerei esta cidade e a salvarei em atenção a mim mesmo e a meu servo Davi”.

35aNaquela mesma noite, saiu o Anjo do Senhor e exterminou no acampamento assírio cento e oitenta e cinco mil homens. 36Senaquerib, rei da Assíria, levantou acampamento e partiu. Voltou para Nínive e aí permaneceu.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 47)


— O Senhor estabelece sua cidade para sempre.

— O Senhor estabelece sua cidade para sempre.


— Grande é o Senhor e muito digno de louvores na cidade onde ele mora; seu Monte santo, esta colina encantadora, é a alegria do universo.

— Monte Sião, no extremo norte situado, és a mansão do grande Rei! Deus revelou-se em suas fortes cidadelas um refúgio poderoso.

— Recordamos, Senhor Deus, vossa bondade em meio a vosso templo; como vosso nome vai também vosso louvor aos confins de toda a terra.


Evangelho (Mt 7,6.12-14)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6“Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com o pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem. 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas. 13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! 14Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram”!


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio
«Entrai pela porta estreita»

Hoje, Jesus nos faz três recomendações importantes. Não obstante, centraremos nossa atenção na última: «Entrai pela porta estreita!» (Mt 7,13), para conseguir a vida plena e sermos sempre felizes, para evitar cair na perdição e deparar-nos condenados para sempre.

Se der uma olhada ao seu redor e à sua própria existência, facilmente comprovará que tudo quanto vale, custa, e tendo certo nível elevado está sujeito à recomendação do Mestre: como disseram os Pais da Igreja, com grande profundidade, «pela cruz se cumprem todos os mistérios que contribuem à nossa salvação» (São Joao Crisostomo). Uma vez, no leito da sua agonia, uma anciã que tinha sofrido muito em sua vida, me disse: «Padre, quem não saboreia a cruz, não deseja o céu; sem cruz não há céu».

Tudo o que foi dito contradiz a nossa natureza caída, mesmo que tenha sido redimida. Por isso, além de nos enfrentarmos com o nosso natural modo de ser, é preciso ir contra a corrente do ambiente do bem estar, que se fundamenta no materialismo e no incontrolável gozo dos sentidos, que buscam —a preço de deixar de ser— ter mais e mais, obter o máximo prazer.

Seguindo a Jesus —que disse «Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida» (Jo 8,12)—, nos damos conta que o Evangelho não nos condena a uma vida obscura, aborrecida e infeliz, ao contrario, pois nos promete e nos dá a felicidade verdadeira. É só repassar as Bem-aventuranças e olhar àqueles que, depois de entrar pela porta estreita, foram felizes e fizeram a outros afortunados, obtendo —pela sua fé e esperança Naquele que não decepciona—a recompensa da abnegação: «receberá muitas vezes mais no presente e, no mundo futuro, a vida eterna» (Lc 18,30). O “sim” de Maria está acompanhado da humildade, da pobreza, da cruz, mas também pelo premio à fidelidade e à entrega generosa.
+ Rev. D. Lluís ROQUÉ i Roqué 
(Manresa, Barcelona, Espanha)
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domingo, 19 de junho de 2016

12ª Semana Comum - Segunda-feira 20/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (2Rs 17,5-8.13-15a.18)


Leitura do Segundo Livro dos Reis.

Naqueles dias, 5Salmanasar, rei da Assíria, invadiu todo o país. E, chegando a Samaria, sitiou-a durante três anos.

6No nono ano de Oséias, o rei da Assíria tomou Samaria e deportou os habitantes de Israel para a Assíria, estabelecendo-os em Hala e nas margens do Habor, rio de Gozã, e nas cidades da Média. 7Isto aconteceu porque os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os tinha tirado do Egito, libertando-os da opressão do Faraó, rei do Egito, porque tinham adorado outros deuses.

8Eles seguiram os costumes dos povos que o Senhor havia expulsado de diante deles, e as leis introduzidas pelos reis de Israel. 13O Senhor tinha advertido seriamente Israel e Judá por meio de todos os profetas e videntes, dizendo: “Voltai dos vossos maus caminhos e observai meus mandamentos e preceitos, conforme todas as leis que prescrevi a vossos pais e que vos comuniquei por intermédio de meus servos, os profetas”.14Eles, porém, não prestaram ouvidos, mostrando-se tão obstinados quanto seus pais, que não tinham acreditado no Senhor, seu Deus. 15aDesprezaram as suas leis e a aliança que tinham feito com seus pais, e os testemunhos com que os havia garantido. 18O Senhor indignou-se profundamente contra os filhos de Israel e rejeitou-os para longe da sua face, restando apenas a tribo de Judá.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 59)


— Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!

— Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!


— Rejeitastes, ó Deus, vosso povo e arrasastes as nossas fileiras; vós estáveis irado: voltai-vos!

— Abalastes, partistes a terra, reparai suas brechas, pois treme. Duramente provastes o povo, e um vinho atordoante nos destes.

— Quem me leva à cidade segura, e a Edom quem me vai conduzir, se vós, Deus, rejeitais vosso povo e não mais conduzis nossas tropas?

— Dai-nos, Deus, vosso auxílio na angústia; nada vale o socorro dos homens! Mas com Deus nós faremos proezas, e ele vai esmagar o opressor.


Evangelho (Mt 7,1-5)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Não julgueis, e não sereis julgados. 2Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes. 3Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? 4Ou, como podes dizer a teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? 5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

O juízo de Deus pode demorar. Mas não faltará. A catástrofe das tribos do reino do Norte é consequência do juízo de Deus, motivado pela infidelidade à Aliança, apesar dos repetidos avisos dos profetas. Há, pois, que temer o juízo de Deus.
O evangelho ensina-nos a não julgar os outros, deixando esse encargo a Deus, ou a julgá-los como gostaríamos nós mesmos de ser julgados: «Não julgueis, para não serdes julgados; pois, conforme o juízo com que julgardes, assim sereis julgados; e, com a medida com que medirdes, assim sereis medidos» (vv. 1-2).
A nossa única preocupação em relação ao próximo há-de ser ajudá-lo. Tarefa difícil, uma vez que, muito frequentemente, temos de julgar, de discernir o que é bom e o que é mau. Mas o nosso julgamento há-de limitar-se aos actos, e não às intenções. Só Deus, que sonda os corações, pode condenar ou justificar alguém.
Quando nos pomos a julgar os outros, facilmente pecamos. É – para usar as palavras de Jesus – como se puséssemos uma trave na vista. Assim faziam os fariseus, que orgulhosamente se julgavam diferentes dos outros, e mesmo superiores. Criticavam as acções dos outros e não viam o egoísmo e a soberba que lhes enchia o coração, a pesada trave que os separava dos outros, e de Deus.
Facilmente somos tentados a julgar os outros. Mas Deus convida-nos à misericórdia e à solidariedade: «Carregai as cargas uns dos outros e assim cumprireis plenamente a lei de Cristo», escreve Paulo aos gálatas (6, 2). Quando estamos dispostos a fazer isto, que o Apóstolo recomenda, não criticamos: ajudamos.
Escrevem as nossas Constituições, ao tratarem da relação entre os confrades: «Membros de Cristo, fiéis ao seu premente convite do Sint unum - «Que todos sejam um» - (Jo 17, 21), levam fraternamente os fardos uns dos outros, numa mesma vida comum» (Cst 8). O Vaticano II falou eficazmente da vida comum, apelando para o exemplo da primitiva Igreja de Jerusalém (cf. Act 2, 42; 4, 32), para a doutrina de Paulo acerca do respeito mútuo (cf. Rm 12, 10) e para o carregar os fardos uns dos outros (cf. Gl 6, 2), fazendo o elogio da caridade derramada pelo Espírito no coração dos fiéis, entre os quais estão os religiosos, (cf. Rm 5, 5), que torna a comunidade cristã, e a comunidade religiosa, por si mesmas apostólicas (cf. PC 15).
Fonte http://www.dehonianos.org/