domingo, 31 de janeiro de 2016

Apresentação do Senhor - Terça-feira 02/02/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de São Cornélio

Primeira Leitura (Ml 3,1-4)



Leitura da Profecia de Malaquias.

Assim diz o Senhor: 1Eis que envio meu anjo, e ele há de preparar o caminho para mim; logo chegará ao seu templo o Dominador, que tentais encontrar, e o anjo da aliança, que desejais. Ei-lo que vem, diz o Senhor dos exércitos; 2e quem poderá fazer-lhe frente, no dia de sua chegada? E quem poderá resistir-lhe, quando ele aparecer?

Ele é como o fogo da forja e como a barrela dos lavadeiros; 3e estará a postos, como para fazer derreter e purificar a prata: assim ele purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata, e eles poderão assim fazer oferendas justas ao Senhor. 4Será então aceitável ao Senhor a oblação de Judá e de Jerusalém, como nos primeiros tempos e nos anos antigos.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


Ou (escolhe-se uma das leituras)


Primeira Leitura (Hb 2,14-18)


Leitura da Carta aos Hebreus.

Irmãos: 14visto que os filhos têm em comum a carne e o sangue, também Jesus participou da mesma condição, para assim destruir, com a sua morte, aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, 15e libertar os que, por medo da morte, estavam a vida toda sujeitos à escravidão. 16Pois, afinal, não veio ocupar-se com os anjos, mas com a descendência de Abraão. 17Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos, para se tornar um sumo-sacerdote misericordioso e digno de confiança nas coisas referentes a Deus, a fim de expiar os pecados do povo. 18Pois, tendo ele próprio sofrido ao ser tentado, é capaz de socorrer os que agora sofrem a tentação.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 23)



— O Rei da glória é o Senhor onipotente!

— O Rei da glória é o Senhor onipotente!



— “Ó portas, levantai vossos frontões! Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

— Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?”. “É o Senhor, o valoroso, o onipotente, o Senhor, o poderoso nas batalhas!”

— “Ó portas, levantai vossos frontões! Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

— Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?”. “O Rei da glória é o Senhor onipotente, o Rei da glória é o Senhor Deus do universo.”


Evangelho (Lc 2,22-40)


— O Senhor esteja convosco!

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor!


22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”.

24Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.

27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.

33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. 36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!


Ou (escolhe-se um dos evangelhos)



Evangelho (Lc 2,22-32)


— O Senhor esteja convosco!

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor!


22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24 Foram também oferecer o sacrifício um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Os pais de Jesus, de acordo com a lei mosaica, 40 dias depois do nascimento do primeiro filho, foram ao Templo de Jerusalém para oferecer o primogénito ao Senhor e para a mãe ser purificada. Mas este rito não foi exatamente igual aos outros. Nos ritos comuns, eram os pais que apresentavam os filhos a Deus em sinal de oferta e de pertença; neste rito é Deus que apresenta o seu Filho aos homens. Fá-lo pela boca do velho Simeão e da profetisa Ana. Simeão apresenta-O ao mundo como salvação para todos os povos, como luz que iluminará as gentes, mas também como sinal de contradição; como Aquele que revelará os pensamentos dos corações.
O encontro de Jesus com Simeão e Ana no Templo de Jerusalém é símbolo de uma realidade maior e universal: a Humanidade encontra o seu Senhor na Igreja. Malaquias preanunciava este encontro: «Eis que Eu vou enviar o meu mensageiro, a fim de que ele prepare o caminho à minha frente. E imediatamente entrará no seu santuário o Senhor, que vós procurais». No Templo, Simeão reconheceu Jesus como o Messias esperado e proclamou-o salvador e luz do mundo. Compreendeu que, doravante, o destino de cada homem se decidia pela atitude assumida perante Ele; Jesus será ruína ou salvação. Como dirá João Baptista: Ele tem na mão a joeira para separar o trigo bom da palha (cf. Mt 3, 12).
É o que acontece, a outra escala, também hoje: no novo templo de Deus que é a Igreja, os homens «encontram» Cristo, aprendem a conhecê-lo, recebem-no na Eucaristia, como Simeão o recebeu nos braços; a sua palavra torna-se, aí, para eles, luz e o seu corpo força e alimento. É a experiência que fazemos, sempre que vamos à missa. A comunhão é um verdadeiro encontro entre Deus e nós. Hoje, essa experiência é acentuada pelo simbolismo da festa: a procissão com que entramos na igreja com o sacerdote, levando a vela acesa e cantando, era, sinal deste ir ao encontro de Jesus que nos chama no interior da sua igreja, na esperança de irmos ao seu encontro um dia no Hypapante eterno, quando formos nós a ser apresentados por Ele ao Pai.
A Candelária é festa de luz. A luz da fé não nos foi dada apenas para iluminar o nosso caminho, desinteressando-nos dos outros… A luz da fé também não é para ter acesa apenas na igreja, ou em certos momentos, mas em todos os momentos e situações da nossa vida… A nossa fé há de ser luz que ilumina, fogo que aquece… É luz e fogo quem é compreensivo e bom com todos… quem sabe apoiar os pequenos esforços… os pequenos progressos… quem tem palavras de amizade, de estímulo, de apoio… quem sabe dizer uma boa palavra, dar uma ajuda… O amor cristão tem a sua origem em Deus que nos amou e nos enviou o seu Filho com quem nos encontramos em vários momentos da nossa vida, particularmente quando celebramos a Eucaristia. Esse é o nosso encontro, enquanto esperamos o encontro definitivo no Céu.
Fonte http://www.dehonianos.org/

sábado, 30 de janeiro de 2016

4ª Semana Comum - Segunda-feira 01/02/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de Santa Veridiana

Primeira Leitura (2Sm 15,13-14.30;16,5-13a)


Leitura do Segundo Livro de Samuel.

Naqueles dias, 13um mensageiro veio dizer a Davi: “As simpatias de todo o Israel estão com Absalão”. 14Davi disse aos servos que estavam com ele em Jerusalém: “Depressa, fujamos, porque, de outro modo, não podemos escapar de Absalão! Apressai-vos em partir, para que não aconteça que ele, chegando, nos apanhe, traga sobre nós a ruína, e passe a cidade ao fio da espada”. 30Davi caminhava chorando, enquanto subia o monte das Oliveiras, com a cabeça coberta e os pés descalços. E todo o povo que o acompanhava subia também chorando, com a cabeça coberta.

16,5Quando o rei chegou a Baurim, saiu de lá um homem da parentela de Saul, chamado Semei, filho de Gera, que ia proferindo maldições enquanto andava. 6Atirava pedras contra Davi e contra todos os servos do rei, embora toda a tropa e todos os homens de elite seguissem agrupados à direita e à esquerda do rei Davi. 7Semei amaldiçoava-o, dizendo: “Vai-te embora! Vai-te embora, homem sanguinário e criminoso! 8O Senhor fez cair sobre ti todo o sangue da casa de Saul, cujo trono usurpaste, e entregou o trono a teu filho Absalão. Tu estás entregue à tua própria maldade, porque és um homem sanguinário”.

9Então Abisai, filho de Sarvia, disse ao rei: “Por que há de este cão morto continuar amaldiçoando o senhor, meu rei? Deixa-me passar para lhe cortar a cabeça”. 10Mas o rei respondeu: “Não te intrometas, filho de Sarvia! Se ele amaldiçoa e se o Senhor o mandou maldizer a Davi, quem poderia dizer-lhe: ‘Por que fazes isto?’”. 11E Davi disse a Abisai e a todos os seus servos: “Vede: Se meu filho, que saiu das minhas entranhas, atenta contra a minha vida, com mais razão esse filho de Benjamim. Deixai-o amaldiçoar, conforme a permissão do Senhor. 12Talvez o Senhor leve em conta a minha miséria, restituindo-me a ventura em lugar da maldição de hoje”. 13aE Davi e seus homens seguiram adiante.




- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 3)



— Levantai-vos, ó Senhor, vinde salvar-me!

— Levantai-vos, ó Senhor, vinde salvar-me!


— Quão numerosos, ó Senhor, os que me atacam; quanta gente se levanta contra mim! Muitos dizem, comentando a meu respeito: “Ele não acha a salvação junto de Deus!”

— Mas sois vós o meu escudo protetor, a minha glória que levanta minha cabeça! Quando eu chamei em alta voz pelo Senhor, do Monte santo ele me ouviu e respondeu.

— Eu me deito e adormeço bem tranquilo; acordo em paz, pois o Senhor é meu sustento. Não terei medo de milhares que me cerquem e furiosos se levantem contra mim. Levantai-vos, ó Senhor, vinde salvar-me!


Evangelho (Mc 5,1-20)



— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1Jesus e seus discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos gerasenos. 2Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi a seu encontro.

3Esse homem morava no meio dos túmulos e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. 4Muitas vezes tinha sido amarrado com algemas e correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava as algemas. E ninguém era capaz de dominá-lo.

5Dia e noite ele vagava entre os túmulos e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6Vendo Jesus de longe, o endemoniado correu, caiu de joelhos diante dele 7e gritou bem alto: “Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes!” 8Com efeito, Jesus lhe dizia: “Espírito impuro, sai desse homem!” 9Então Jesus perguntou: “Qual é o teu nome?” O homem respondeu: “Meu nome é ‘Legião’, porque somos muitos”. 10E pedia com insistência para que Jesus não o expulsasse da região.

11Havia aí perto uma grande manada de porcos, pastando na montanha. 12O espírito impuro suplicou, então: “Manda-nos para os porcos, para que entremos neles”. 13Jesus permitiu. Os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. E toda a manada — mais ou menos uns dois mil porcos — atirou-se monte abaixo para dentro do mar, onde se afogou. 14Os homens que guardavam os porcos saíram correndo e espalharam a notícia na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver o que havia acontecido. 15Elas foram até Jesus e viram o endemoniado sentado, vestido e no seu perfeito juízo, aquele mesmo que antes estava possuído por Legião. E ficaram com medo.

16Os que tinham presenciado o fato explicaram-lhes o que havia acontecido com o endemoniado e com os porcos. 17Então começaram a pedir que Jesus fosse embora da região deles. 18Enquanto Jesus entrava de novo na barca, o homem que tinha sido endemoniado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele. 19Jesus, porém, não permitiu. Entretanto, lhe disse: “Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti”. 20E o homem foi embora e começou a pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Os últimos anos de David são marcados pelo drama da guerra civil provocada pelo seu próprio filho e por vários episódios que o fazem sofrer. Hoje, a primeira leitura mostra-o a ser injuriado pelo assassínio de Saul que, na verdade, não matou. Abisai pede autorização para matar Chemei, o parente de Saul que proferia a calúnia e as maldições. Mas David opõe-se: «Se o Senhor lhe ordenou que amaldiçoasse David, quem poderá dizer-lhe: ‘Porque fazes isto?’» (2 Sam 16, 10). O rei sabia que não tinha matado Saul. Mas também sabia que tinha matado Urias. Aceitava, por isso, o castigo anunciado por Natan. E confiava em Deus: «Talvez o Senhor tenha em conta a minha miséria e me venha a dar bens em troca destes ultrajes» (v. 12). Também nós, quando nos sentimos injustamente acusados, havemos de aceitar a afronta para nos penitenciarmos de tantas faltas cometidas e de quem ninguém nos acusa, renovar a nossa confiança em Deus e até dar-lhe graças porque os nossos adversários, felizmente, não sabem tudo sobre nós.
O drama de David, amaldiçoado e apedrejado, que o servo pretende vingar cortando a cabeça a Chimei, aproxima-se do drama do endemoninhado de Gerasa, que vagueia entre sepulcros, quebrando correntes e grilhões, somando violências. Mas não é juntando violência à violência que o homem é libertado. David espera a libertação através da purificação do sofrimento. O geraseno alcança-o por uma intervenção gratuita de Jesus. Ninguém pediu esse milagre. O possesso nem tinha voz para falar. Era a legião dos demônios que gritava nele pedindo o afastamento de Jesus.
Espanta-nos a passividade dos que observam a cena. Essa passividade torna-se, depois, hostilidade. Um estrangeiro, Jesus, vem perturbar a ordem estabelecida, devolvendo à sociedade um homem considerado excluído e remetendo para os abismos da impureza, animais criados com todo o cuidado. Os gerasenos ficaram assustados com tais gestos revolucionários, e pediram a Jesus «que se retirasse do seu território» (Mc 5, 17). É difícil conviver com a liberdade.
Paulo VI, na Evangelii Nuntiandi, de Dezembro de 1975, acautela os cristãos para o perigo de indevidas “reduções”, isto é, de se interessarem apenas pela miséria material, “sacrificando toda a preocupação espiritual e religiosa a iniciativas de ordem política e social” (n. 32). A libertação evangélica “deve mirar ao homem todo, em todas as suas dimensões, incluindo a sua abertura para o Absoluto... que é Deus” (n. 33). Libertação também mental e psicológica da ignorância, do fatalismo, da apatia. De facto, na medida em que cada um não conhece e não usa a sua vontade, torna-se vítima de toda a espécie de injustiça. As Constituições incitam-nos a empenhar-nos na libertação total do homem: “o mundo de hoje agita-se num imenso esforço de libertação: libertação de tudo quanto lesa a dignidade do homem e ameaça a realização das suas mais profundas aspirações: a verdade, a justiça, o amor, a liberdade” (n. 36).
Os cristãos devem ser radicais, autênticos revolucionários, se quiserem ser verdadeiros. A sua revolução exclui a violência, mas não os meios enérgicos; é criativa e construtiva. Todos os homens têm direito à liberdade e, portanto, à justiça. “Pela fé, na fidelidade ao magistério da Igreja, relacionamos tais aspirações com a vinda do Reino, por Deus prometido e realizado em seu Filho” (n. 37). A Glória de Deus é o homem vivo. Como pode considerar-se vivo um homem sem liberdade?
Fonte http://www.dehonianos.org/

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

4º Domingo Comum - 31/01/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de São João Bosco 

Primeira Leitura (Jr 1,4-5.17-19)


Leitura do Livro do Profeta Jeremias:

Nos dias de Josias, rei de Judá, 4foi-me dirigida a palavra do Senhor, dizendo: 5“Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe, eu te consagrei e te fiz profeta das nações.

17Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer: não tenhas medo, senão eu te farei tremer na presença deles.

18Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; 19eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 70)


— Minha boca anunciará todos os dias/ vossas graças incontáveis, ó Senhor!

— Minha boca anunciará todos os dias/ vossas graças incontáveis, ó Senhor!


— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor:/ que eu não seja envergonhado para sempre!/ Porque sois justo, defendei-me e libertai-me!/ Escutai a minha voz, vinde salvar-me!

— Sede uma rocha protetora para mim,/ um abrigo bem seguro que me salve!/ Porque sois a minha força e meu amparo,/ o meu refúgio, proteção e segurança! / Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.

— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança,/ em vós confio desde a minha juventude!/ Sois meu apoio desde antes que eu nascesse,/ desde o seio maternal, o meu amparo.

— Minha boca anunciará todos os dias/ vossa justiça e vossas graças incontáveis./ Vós me ensinastes desde a minha juventude,/ e até hoje canto as vossas maravilhas.


Segunda Leitura (1Cor 12,31-13,13)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:

Irmãos: 31Aspirai aos dons mais elevados. Eu vou ainda mostrar-vos um caminho incomparavelmente superior.

13,1Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse caridade, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine.

2Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, mas se não tivesse caridade, eu não seria nada.

3Se eu gastasse todos os meus bens para sustento dos pobres, se entregasse o meu corpo às chamas, mas não tivesse caridade, isso de nada me serviria.

4A caridade é paciente, é benigna; não é invejosa, não é vaidosa, não se ensoberbece; 5não faz nada de inconveniente, não é interesseira, não se encoleriza, não guarda rancor; 6não se alegra com a iniquidade, mas se regozija com a verdade. 7Suporta tudo, crê tudo, espera tudo, desculpa tudo.

8A caridade não acabará nunca. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá.

9Com efeito, o nosso conhecimento é limitado e a nossa profecia é imperfeita. 10Mas, quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito.

11Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança.

12Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então, veremos face a face. Agora conheço apenas de modo imperfeito, mas, então, conhecerei como sou conhecido.

13Atualmente, permanecem estas três coisas: fé, esperança, caridade. Mas a maior delas é a caridade.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Anúncio do Evangelho (Lc 4,21-30)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, estando Jesus na sinagoga, começou a dizer: 21“Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.

22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?”

23Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”.

24E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.

25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia.

27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”.

28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


MENSAGEM

O episódio da sinagoga de Nazaré é, já o dissemos atrás, um episódio “programático”: a Lucas não interessa descrever de forma coerente e lógica um episódio em concreto acontecido em Nazaré por altura de uma visita de Jesus, mas enunciar as linhas gerais do programa que o Messias vai cumprir – linhas que o resto do Evangelho vai revelar.
O programa de Jesus é, como vimos a semana passada (o texto de Is 61,1-2 e o comentário posterior de Jesus demonstram-no claramente), a apresentação de uma proposta de libertação aos pobres, marginalizados e oprimidos. No entanto, esse “caminho” não vai ser entendido e aceite pelo povo judeu (isto é, os “da sua terra”), que estão mais interessados num Messias milagreiro e espectacular. Os “seus” rejeitarão a proposta de Jesus e tentarão eliminá-l’O (anúncio da morte na cruz); mas a liberdade de Jesus vence os inimigos (alusão à ressurreição) e a evangelização segue o seu caminho (“passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho”), até atingir os que estão verdadeiramente dispostos a acolher a salvação/libertação (alusão a Elias e Eliseu que se dirigiram aos pagãos porque o seu próprio povo não estava disponível para escutar a Palavra de Deus).
Neste texto programático – já o dissemos, também, a semana passada – Lucas anuncia o caminho da Igreja: a comunidade crente toma consciência de que, em continuidade com o caminho de Jesus, a sua missão é levar a Boa Nova aos pobres e marginalizados – como Elias fez com uma viúva de Sarepta ou como Eliseu fez com um leproso sírio. Se percorrer esse caminho, a Igreja viverá na fidelidade a Cristo.
Fonte http://www.dehonianos.org/

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

3ª Semana Comum - Sábado 30/01/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de Santa Jacinta Marescotti

Primeira Leitura (2Sm 12,1-7a.10-17)


Naqueles dias, 1o Senhor mandou o profeta Natã a Davi. Ele foi ter com o rei e lhe disse: “Numa cidade havia dois homens, um rico e outro pobre. 2O rico possuía ovelhas e bois em grande número. 3O pobre só possuía uma ovelha pequenina, que tinha comprado e criado. Ela crescera em sua casa junto com seus filhos, comendo do seu pão, bebendo do mesmo copo, dormindo no seu regaço. Era para ele como uma filha. 4Veio um hóspede à casa do homem rico, e este não quis tomar uma das suas ovelhas ou um dos seus bois para preparar um banquete e dar de comer ao hóspede que chegara. Mas foi, apoderou-se da ovelhinha do pobre e preparou-a para o visitante”. 5Davi ficou indignado contra esse homem e disse a Natã: “Pela vida do Senhor, o homem que fez isso merece a morte! 6Pagará quatro vezes o valor da ovelha, por ter feito o que fez e não ter tido compaixão”. 7aNatã disse a Davi: “Esse homem és tu! Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: 10Por isso, a espada jamais se afastará de tua casa, porque me desprezaste e tomaste a mulher do hitita Urias para fazer dela a tua esposa. 11Assim diz o Senhor: Da tua própria casa farei surgir o mal contra ti e tomarei as tuas mulheres, sob os teus olhos, e as darei a um outro, e ele se aproximará das tuas mulheres à luz deste sol. 12Tu fizeste tudo às escondidas. Eu, porém, farei o que digo diante de todo o Israel e à luz do sol”. 13Davi disse a Natã: “Pequei contra o Senhor”. Natã respondeu-lhe: “De sua parte, o Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás! 14Entretanto, por teres ultrajado o Senhor com teu procedimento o filho que te nasceu morrerá”. 15E Natã voltou para a sua casa. O Senhor feriu o filho que a mulher de Urias tinha dado a Davi e ele adoeceu gravemente. 16Davi implorou a Deus pelo menino e fez um grande jejum. E, voltando para casa, passou a noite deitado no chão. 17Os anciãos do palácio insistiam com ele para que se levantasse do chão; mas ele não o quis fazer nem tomar com eles alimento algum.




- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 50)



— Criai em mim um coração que seja puro!

— Criai em mim um coração que seja puro!


— Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

— Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Ensinarei vosso caminho aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados.

— Da morte como pena, libertai-me, e minha língua exaltará vossa justiça! Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!


Evangelho (Mc 4,35-41)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo +  segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.


35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Se o pecado ou, melhor, os vários pecados de David nos deixaram horrorizados, o seu arrependimento sincero causa-nos admiração.
Deus serviu-se de Natan, e da sua sábia pedagogia, para levar o rei a reconhecer o seu pecado. David escuta a história do homem rico, abençoado por Deus com muitos rebanhos, e que, para oferecer uma refeição a um amigo que o visita, rouba a única ovelha de um homem pobre. Como rei justo, não hesita em pronunciar a sentença: «Pelo Deus vivo! O homem que fez isso merece a morte. 6Pagará quatro vezes o valor da ovelha, por ter feito essa maldade e não ter tido compaixão» (2 Sam 12, 5-6). É nesse momento que o profeta pronuncia a sua acusação: «Esse homem és tu!» (2 Sam 12, 7). Ele, David, era o criminoso que acabava de condenar. Ele, que Deus cumulara de bens, tinha roubado o único tesouro de Urias, a sua mulher. Natan, enviado de Deus, levou o rei a tomar consciência do seu crime, e anunciou-lhe o castigo. David não tentou desculpar-se ou fugir à condenação mas confessou: «Pequei contra o Senhor» (2 Sam 12, 13). Assim alcançou o perdão dos seus pecados e uma nova relação com o Senhor, bem expressa o Salmo 50.
A nossa familiaridade com Deus, não nos põe ao abrigo de momentos de hesitação e de dúvida, como nos mostra o evangelho. Podemos até cair na ilusão de que, tendo-O por companheiro, Ele nos livra de situações difíceis. Os discípulos talvez tivessem caído nessa ilusão. Uma tempestade forte fê-los acordar, pondo em crise a sua confiança no Mestre: «não te importas que pereçamos?»
Quantas vezes, no aconchego da comunidade bem organizada, protegidos pela assiduidade aos ritos, nos sentimos tranquilos e ao abrigo de situações difíceis. «O Senhor está connosco; que nos pode acontecer?» - pensamos. E julgamos ter muita fé e muita confiança em Deus. Mas, à primeira dificuldade, ao primeiro fracasso, repreendemo-lo, como se nos tivesse abandonado.

As fragilidades, as incertezas, as dúvidas, o pecado, não são coisas só dos «outros». São também nossas. Também nós somos discípulos assustados e medrosos! Também nós somos pecadores como David.
Um monge do deserto disse que o primeiro degrau para ascender à santidade é reconhecer-se pecador. Esse reconhecimento é já resposta a uma graça, pois não seria possível sem a ajuda de Deus. É um modo de agir da sua misericórdia, que, para isso, às vezes se serve de um acontecimento ou da intervenção de alguém com quem nos encontramos e que, com uma palavra, nos leva a abrir os olhos para a nossa realidade. Se acolhermos essa graça, podemos iniciar uma nova fase de crescimento espiritual.
Deus é Pai. Deus é amor... e nunca é tão Pai e tão amor como quando perdoa. Pensemos, comovidos, na parábola do filho pródigo ou, melhor, do Pai pródigo na bondade, na misericórdia, no perdão, no amor.
Um escritor moderno disse muito bem: “Se não fôssemos pecadores, carecidos de perdão mais que de pão, não conheceríamos a profundidade do coração de Deus”. E é famosa a asserção de Bossuet: “O dar ou aumentar a graça numa alma é uma maravilha maior do que criar o mundo”. Tudo isto acontece, para nós, hoje, no sacramento da reconciliação.
Fonte http://www.dehonianos.org/

3ª Semana Comum - Sexta-feira 29/01/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de São Pedro Nolasco

Primeira Leitura (2Sm 11,1-4a.5-10a.13-17)

Leitura do Segundo Livro de Samuel.

1No ano seguinte, na época em que os reis costumavam partir para a guerra, Davi enviou Joab com os seus oficiais e todo o Israel e eles devastaram o país dos amonitas e sitiaram Rabá. Mas Davi ficou em Jerusalém.

2Ora, um dia, ao entardecer, levantando-se Davi de sua cama, pôs-se a passear pelo terraço de sua casa e avistou dali uma mulher que se banhava. Era uma mulher muito bonita.

3Davi procurou saber quem era essa mulher e disseram-lhe que era Betsabeia, filha de Eliam, mulher do hitita Urias. 4aEntão Davi enviou mensageiros para que a trouxessem. Ela veio e ele deitou-se com ela. 5Em seguida, Betsabeia voltou para casa. Como ela concebesse, mandou dizer a Davi: “Estou grávida”.

6Davi mandou esta ordem a Joab: “Manda-me Urias, o hitita”. E ele mandou Urias a Davi. 7Quando Urias chegou, Davi pediu-lhe notícias de Joab, do exército e da guerra. 8E depois disse-lhe: “Desce à tua casa e lava os pés”.

Urias saiu do palácio do rei e, em seguida, este enviou-lhe um presente real. 9Mas Urias dormiu à porta do palácio com os outros servos do seu amo, e não foi para casa. 10aE contaram a Davi, dizendo-lhe: “Urias não foi para sua casa”.

13Davi convidou-o para comer e beber à sua mesa e o embriagou. Mas, ao entardecer, ele retirou-se e foi-se deitar no seu leito, em companhia dos servos do seu senhor, e não desceu para sua casa.

14Na manhã seguinte, Davi escreveu uma carta a Joab e mandou-a pelas mãos de Urias. 15Dizia nela: “Colocai Urias na frente, onde o combate for mais violento, e abandonai-o para que seja ferido e morra”.

16Joab, que sitiava a cidade, colocou Urias no lugar onde ele sabia estarem os guerreiros mais valentes. 17Os que defendiam a cidade, saíram para atacar Joab, e morreram alguns do exército, da guarda de Davi. E morreu também Urias, o hitita.




- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 50)



— Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!

— Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!


— Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado e apagai completamente a minha culpa!

— Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

— Mostrais assim quanto sois justo na sentença, e quanto é reto o julgamento que fazeis. Vede, Senhor, que eu nasci na iniquidade e pecador já minha mãe me concebeu.

— Fazei-me ouvir cantos de festa e de alegria, e exultarão estes meus ossos que esmagastes. Desviai o vosso olhar dos meus pecados e apagai todas as minhas transgressões!


Evangelho (Mc 4,26-34)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 26Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece.

28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”.

30E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”.

33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

A primeira leitura mostra-nos que, quando entramos pelo caminho do pecado, não sabemos até que ponto podemos chegar. Ao pecar com Betsabé, David inicia uma série de pecados, que termina em verdadeiras catástrofes. Não conseguindo disfarçar a primeira culpa, David trama a morte de Urias. Mais tarde, um seu filho usa de violência contra uma irmã, provocando a fúria de Absalão, que o mata. Depois, é o próprio Absalão que se revolta contra David, obrigando-o a fugir. Segue a guerra civil. Numa das batalhas, Absalão é morto pelos homens do rei. Sabemos quando começamos a pecar, mas não sabemos até onde poderão ir as consequências do nosso pecado.
Mas, como diz S. Paulo, «onde aumentou o pecado, superabundou a graça» (Rom 5, 20). A força do pecado é nada diante da força do Reino de Deus. É o que nos diz o evangelho. O Senhor leva por diante o seu projecto de salvação, servindo-se de homens fracos e pecadores, utilizando instrumentos simples e pobres. Não nos compete decidir quando e em que medida a semente dará fruto. O crescimento acontece em segredo, enquanto nos ocupamos de outros afazeres, e é imensamente superior às nossas expectativas.
As leituras de hoje trazem-nos uma mensagem de esperança. Foi-nos confiada uma tarefa para a qual nos sentimos inadequados. Mas a nossa acção é importante. Compete-nos espalhar a semente, difundir o evangelho, o que não é pouco. Mas não devemos cair na ansiedade, à espera de ver os resultados. Eles não dependem de nós, e talvez jamais os vejamos neste mundo. Só no fim da nossa vida poderemos dar-nos conta dos frutos do nosso trabalho, e a colheita será uma festa, se tivermos sabido esperar serenos e confiantes a obra do Pai.
O segredo do êxito está em confiar n´Ele, sem fugirmos às nossas responsabilidades e sem pretendermos disfarçar as nossas culpas. Onde abunda a fraqueza e o pecado, superabundará a graça.
A missão que nos está confiada há-de ser realizada exige o reconhecimento da nossa pobreza, também moral. Somos pecadores que confiam na misericórdia de Deus. Temos consciência de sermos instrumentos fracos. Mas havemos de ir mais longe, ultrapassando todo o interesse próprio, ainda que seja o de ver os frutos do nosso apostolado. Essa pobreza libertar-nos da anisedade e estimula-nos a viver na confiança e na gratuidade do amor, como recomenda as nossas Constituições (cf. n. 46). Reconhecer a pobreza do nosso ser e do nosso futuro é renunciar à orgulhosa auto-suficiência e à desumana auto-afirmação. A pobreza evangélica, acolhida e amada, na nossa vida e no nosso apostolado, leva à exigência da confiança em Deus nosso Pai (cf. Mt 6, 25-34), Senhor da semente e da messe, nossa origem e fim último da nossa vida, que queremos servir, servindo os irmãos.
Fonte http://www.dehonianos.org/

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

LITURGIA DIÁRIA - Quinta-feira - 28/01/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de Santo Tomás de Aquino

Primeira Leitura (2Sm 7,18-19.24-29)


Leitura do Segundo Livro de Samuel.

Depois que Natan falara a Davi, o rei entrou no tabernáculo 18foi assentar-se diante do Senhor, e disse: “Quem sou eu, Senhor Deus, que é a minha família, para que me tenhas conduzido até aqui? 19Mas, como isto te parecia pouco, Senhor Deus, ainda fizeste promessas à casa do teu servo para um futuro distante. Porque esta é a lei do homem, Senhor Deus!

24Estabeleceste o teu povo, Israel, para que ele seja para sempre o teu povo; e tu, Senhor, te tornaste o seu Deus. 25Agora, Senhor Deus, cumpre para sempre a promessa que fizeste a teu servo e à sua casa, e faze como disseste! 26Então o teu nome será exaltado para sempre, e dirão: ‘O Senhor todo-poderoso é o Deus de Israel’. E a casa do teu servo Davi permanecerá estável na tua presença. 27Pois tu, Senhor todo-poderoso, Deus de Israel, fizeste esta revelação ao teu servo: ‘Eu te construirei uma casa’. Por isso o teu servo se animou a dirigir-te esta oração.

28Agora, Senhor Deus, tu és Deus e tuas palavras são verdadeiras. Pois que fizeste esta bela promessa a teu servo, 29abençoa, então, a casa do teu servo, para que ela permaneça para sempre na tua presença. Porque és tu, Senhor Deus, que falaste, e é graças à tua bênção que a casa do teu servo será abençoada para sempre”.




- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 131)


— O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.

— O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.


— Recordai-vos, ó Senhor, do rei Davi e de quanto vos foi ele dedicado; do juramento que ao Senhor havia feito e de seu voto ao Poderoso de Jacó:

— “Não entrarei na minha tenda, minha casa, nem subirei à minha cama em que repouso, não deixarei adormecerem os meus olhos, nem cochilarem em descanso minhas pálpebras, até que eu ache um lugar para o Senhor, uma casa para o Forte de Jacó!”

— O Senhor fez a Davi um juramento, uma promessa que jamais renegará: “Um herdeiro que é fruto do teu ventre colocarei sobre o trono em teu lugar!

— Se teus filhos conservarem minha Aliança e os preceitos que lhes dei a conhecer, os filhos deles igualmente hão de sentar-se eternamente sobre o trono que te dei!”

— Pois o Senhor quis para si Jerusalém e a desejou para que fosse sua morada: “Eis o lugar do meu repouso para sempre, eu fico aqui: este é o lugar que preferi!”


Evangelho (Mc 4,21-25)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo +  segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 21“Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama? Ao contrário, não a põe num candeeiro? 22Assim, tudo o que está em segredo deverá ser descoberto. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça”. 24Jesus dizia ainda: “Prestai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos; e vos será dado ainda mais. 25Ao que tem alguma coisa, será dado ainda mais; do que não tem, será tirado até mesmo o que ele tem”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Meditatio

As sentenças de Jesus que Marcos nos apresenta hoje vêm logo depois da parábola do semeador, e ajudam-nos a compreendê-la. A semente é, sem dúvida, a Palavra de Deus. Daí a insistência de Jesus: «Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça»… «Tomai sentido no que ouvis. » (cf. Mc 4, 23-24). Um bom acolhimento da Palavra, alcança graças mais abundantes.
David, ao acolher a Palavra do Senhor, alcança a bênção e a promessa da estabilidade da sua casa: «Tu, Senhor Deus, falaste e, graças à tua bênção, a casa do teu servo será abençoada eternamente» (2 Sam 7, 29). Esta estabilidade não consiste tanto na glória ou no sucesso político da dinastia davídica, mas mais na solidez na fé e na correspondência ao desígnio de Deus sobre o seu povo. E isto é fruto de graça.
David tinha um bom projecto, o melhor que um homem pode conceber: construir um templo para Deus, isto é, ocupar-se com a sua glória, esquecendo a si mesmo. A recusa de Deus poderia causar-lhe desilusão. Mas, em vez disso, o jovem rei põe de parte o seu projecto e acolhe a Palavra de Deus. Um belo exemplo para nós, mas difícil de seguir! Quantas vezes nos agarramos a projectos que julgamos bons e até inspirados por Deus. E que dramas, quando a vontade do Senhor se mostra diferente!
David, não se deixa cair na desilusão, no desânimo. Pelo contrário, pede a Deus que cumpra a sua promessa: «Só Tu és Deus, e as tuas palavras são a própria verdade… Tu, Senhor Deus, falaste e, graças à tua bênção, a casa do teu servo será abençoada eternamente» (cf. 2 Sam 7, 28-29).
Desde muito jovem, e ainda antes de entrar no seminário, o Pe. Dehon dava grande importância à “escuta da Palavra”, como testemunham os dois primeiros cadernos do seu “Diário”. Quase todos os conteúdos das suas notas têm a sua raiz na Escritura. As citações são tomadas sem qualquer diferença tanto do Antigo como do Novo Testamento. Em 138 páginas manuscritas contamos 210 citações da Sagrada Escritura. A sua preferência vai para S. João (57 vezes) e para S. Paulo (38 vezes).
Preparado pela “escuta da Palavra”, meditada e assimilada, Leão Dehon está preparado para viver o espírito de abandono e de imolação que o caracteriza. Não hesita em pôr de parte projectos e interesses pessoais, para fazer o que se lhe apresenta como vontade de Deus. «Ecce venio», «Fiat» são seus motes preferidos. Como Cristo, Leão Dehon não hesita em oferecer-se, em imolar-se por amor, chegando a emitir o voto de vítima, para reviver o sacerdócio e o sacrifício de Cristo, Vítima divina, e alargar o seu “Reino nas almas e na sociedade” (Cst 4).
Fonte http://www.dehonianos.org/

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

3ª Semana Comum - Quarta-feira 27/01/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de Santa Ângela Mérici

Primeira Leitura (2Sm 7,4-17)



Leitura do Segundo Livro de Samuel.

Naqueles dias, 4a palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: 5“Vai dizer a meu servo Davi: ‘Assim fala o Senhor: Porventura és tu que me construirás uma casa para eu habitar? 6Pois eu nunca morei numa casa, desde que tirei do Egito os filhos de Israel, até o dia de hoje, mas tenho vagueado em tendas e abrigos. 7Por todos os lugares onde andei com os filhos de Israel, disse, porventura, a algum dos chefes de Israel, que encarreguei de apascentar o meu povo: Por que não me edificastes uma casa de cedro?”

8Dirás pois, agora, a meu servo Davi: Assim fala o Senhor todo-poderoso: Fui eu que te tirei do pastoreio, do meio das ovelhas, para que fostes o chefe do meu povo, Israel. 9Estive contigo em toda parte por onde andaste, e exterminei diante de ti todos os teus inimigos, fazendo o teu nome tão célebre quanto o dos homens mais famosos da terra. 10Vou preparar um lugar para meu povo, Israel: e o implantarei, de modo que possa morar lá sem jamais ser inquietado.

Os homens violentos não tornarão a oprimi-lo como outrora, 11no tempo em que eu estabelecia juízes sobre o meu povo, Israel. Concedo-te uma vida tranquila, livrando-te de todos os teus inimigos. E o Senhor te anuncia que te fará uma casa. 12Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, então, suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei para sempre a sua realeza. 13Será ele que construirá uma casa para meu nome, e eu firmarei para sempre o seu trono real. 14Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. Se ele proceder mal, eu o castigarei com vara de homens e com golpes dos filhos dos homens.

15Mas não retirarei dele a minha graça, como a retirei de Saul, a quem expulsei da minha presença. Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre”. Natã comunicou a Davi todas essas palavras e toda essa revelação.




- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 88)



— Guardarei eternamente para ele a minha graça.

— Guardarei eternamente para ele a minha graça.


— “Eu firmei uma aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor: Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, de geração em geração garantirei o teu reinado!”

— Ele, então, me invocará: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu rochedo onde encontro a salvação!’ E por isso farei dele o meu filho primogênito, sobre os reis de toda a terra farei dele o Rei altíssimo.

— Guardarei eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel. Pelos séculos sem fim conservarei sua descendência, e o seu trono, tanto tempo quanto os céus, há de durar.


Evangelho (Mc 4,1-20)



— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1Jesus começou a ensinar de novo às margens do mar da Galileia. Uma multidão muito grande se reuniu em volta dele, de modo que Jesus entrou numa barca e se sentou, enquanto a multidão permanecia junto às margens, na praia.

2Jesus ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. E, em seu ensinamento, dizia-lhes: 3“Escutai! O semeador saiu a semear. 4Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram os pássaros e a comeram. 5Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda, 6mas, quando saiu o sol, ela foi queimada; e, como não tinha raiz, secou. 7Outra parte caiu no meio dos espinhos; os espinhos cresceram, a sufocaram, e ela não deu fruto.

8Outra parte caiu em terra boa e deu fruto, que foi crescendo e aumentando, chegando a render trinta, sessenta e até cem por um”. 9E Jesus dizia: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. 10Quando ficou sozinho, os que estavam com ele, junto com os Doze, perguntaram sobre as parábolas. 11Jesus lhes disse: “A vós, foi dado o mistério do Reino de Deus; para os que estão fora, tudo acontece em parábolas, 12para que olhem mas não enxerguem, escutem mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados”.

13E lhes disse: “Vós não compreendeis esta parábola? Então, como compreendereis todas as outras parábolas? 14O semeador semeia a Palavra. 15Os que estão na beira do caminho são aqueles nos quais a Palavra foi semeada; logo que a escutam, chega Satanás e tira a Palavra que neles foi semeada. 16Do mesmo modo, os que receberam a semente em terreno pedregoso, são aqueles que ouvem a Palavra e logo a recebem com alegria, 17mas não têm raiz em si mesmos, são inconstantes; quando chega uma tribulação ou perseguição, por causa da Palavra, logo desistem.

18Outros recebem a semente entre os espinhos: são aqueles que ouvem a Palavra; 19mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e todos os outros desejos, sufocam a Palavra, e ela não produz fruto. 20Por fim, aqueles que recebem a semente em terreno bom são os que ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por um”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Quantas vezes concebemos, como David, grandes projetos de ação em favor de Deus e do seu Reino. Mas Deus baralha-nos quando nos faz perceber que é Ele que tem grandes projetos em nosso favor, e que, antes de manifestarmos o nosso amor, é Ele que quer manifestar o seu amor por nós: «não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho» (1 Jo 4, 10). A David, Deus disse pelo profeta: «És tu que me vais construir uma casa para Eu habitar? … Eu próprio edificarei uma casa para ti» (cf 1 Sam 7, 5.11).
Se pusermos a nossa generosidade à frente da generosidade de Deus, se pusermos o nosso amor antes do amor de Deus, invertemos a ordem das coisas e manifestarmos a pretensão de sermos os primeiros a amar. O primado do amor pertence a Deus, como ficamos a perceber se escutarmos e acolhermos a sua palavra, que, em primeiro lugar, uma promessa. Deus quer cumular-nos de dons. Iniciou uma relação e um diálogo connosco para nos encher de dons.
A fecundidade da palavra que Deus manda transmitir a David é extraordinária: produz verdadeiramente trinta, sessenta, cem por um. E a palavra que Deus dirige a cada um de nós? Somos terra boa? Que fazemos com a nossa vocação cristã e com a nossa vocação específica? Terra boa foi Maria, foram os apóstolos, foram os mártires e os santos. Terra boa foi o Pe. Dehon. Mas o fruto da palavra não depende apenas com o nosso esforço, das nossas obras, talvez grandiosas aos olhos dos homens. Tudo o que fazemos está nas mãos de Deus. Só Ele pode tornar estável a nossa «casa» e fecundo o nosso «terreno», muito para além dos nossos desejos e projetos. De facto, os projetos de Deus são bem mais maravilhosos, amplos e profundos do que podemos esperar. Basta-nos abrir-lhe o coração.
A primeira bem-aventurança que ecoa no Evangelho é dirigida a Maria: “Feliz d´Aquela que acreditou no cumprimento das palavras do Senhor...” (Lc 1, 45). É a bem-aventurança da fé, que acolhe a Palavra de Deus e adere a ela com toda a vida. É a bem-aventurança que o próprio Jesus, um dia, proclamará: “Felizes... aqueles que escutam a Palavra de Deus e a põe em prática!” (Lc 11, 28). A Palavra de Deus é, em primeiro lugar, um dom do seu amor ao qual havemos de corresponder com uma vida de amor a Deus: “Sede daqueles que põem em prática a palavra e não apenas ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1, 22
Fonte http://www.dehonianos.org/

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

LITURGIA DIÁRIA - Terça-feira - 26/01/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Conheça a história de São Timóteo

Primeira Leitura (2Tm 1,1-8)


Início da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo.

1Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo pelo desígnio de Deus referente à promessa de vida que temos em Cristo Jesus, 2a Timóteo, meu querido filho: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor! 3Dou graças a Deus — a quem sirvo com a consciência pura, como aprendi dos meus antepassados — quando me lembro de ti, dia e noite, nas minhas orações. 4Lembrando-me das tuas lágrimas, sinto grande desejo de rever-te, e assim ficar cheio de alegria. 5Recordo-me da fé sincera que tens, aquela mesma fé que antes tiveram tua avó Loide e tua mãe Eunice. Sem dúvida, assim é também a tua. 6Por este motivo, exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. 7Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e sobriedade. 8Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.


Ou (escolhe-se uma das leituras)


Primeira Leitura (Tt 1,1-5)


Leitura da Carta de São Paulo a Tito.

1Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para levar os eleitos de Deus à fé e a conhecerem a verdade da piedade 2que se apoia na esperança da vida eterna. Deus, que não mente, havia prometido esta vida desde os tempos antigos, 3e, no tempo marcado, manifestou a sua palavra por meio do anúncio que me foi confiado por ordem de Deus nosso salvador. 4A Tito, meu legítimo filho na fé comum, graça e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo nosso Salvador. 5Eu deixei-te em Creta, para organizares o que ainda falta e constituíres presbíteros em cada cidade, conforme o que te ordenei.




- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 95)


— Anunciai entre as nações os grandes feitos do Senhor!

— Anunciai entre as nações os grandes feitos do Senhor!


— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó Terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!

— Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações e entre os povos do universo seus prodígios!

— Ó família das nações, dai ao Senhor poder e glória, dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!

— Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” Ele firmou o universo inabalável, e os povos ele julga com justiça.


Evangelho (Lc 10,1-9)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ 6Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. 8Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós’”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditação

“Recomendo-te que reacendas o dom de Deus que se encontra em ti” (v. 6). Para nós, esse dom é a vocação cristã, primeiro anel de uma corrente de dons que Deus tem para nos dar. Podemos meditar nesse dom na perspetiva da fraternidade, sublinhando dois aspectos: a simplicidade fraterna e a fidelidade fraterna. Quanto à simplicidade fraterna, não havemos de nos julgar mais do que os outros, alimentar ambições, ser presumidos. Pelo contrário, há que fazer-nos pequenos com os outros, irmãos entre os irmãos: “Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo” (Mc 10, 43). A fraternidade cristã apoia-se numa igualdade fundamental: diante de Deus, todos somos iguais; diante dos outros, todos somos carenciados. Por isso, ninguém pode pretender ser mais do que os outros. O nosso modelo é Jesus, que se fez nosso irmão. Poderia fazer sentir o seu poder, a sua autoridade; mas preferiu estar no meio de nós como quem serve! “Pois, quem é maior: o que está sentado à mesa, ou o que serve? Não é o que está sentado à mesa? Ora, Eu estou no meio de vós como aquele que serve.” (Lc 22, 27).
A fraternidade, a simplicidade fraterna manifestam-se também como afeto fraterno. Os sentimentos recíprocos entre Paulo e Timóteo manifestam essa igualdade de afeto solidário, e não meramente jurídica: “Ao lembrar-me das tuas lágrimas, anseio ver-te, para completar a minha alegria” (v. 4). Timóteo tinha chorado quando Paulo partiu. Paulo deseja estar com os irmãos que se amam. Por vezes chama a Timóteo “irmão”, mas aqui chama-o “filho querido”, porque o gerou para a graça de Cristo pela pregação e pelo Batismo.
A fraternidade inclui outro aspeto ainda mais realista e exigente: a fidelidade fraterna. Trata-se da solidariedade uns para com os outros, especialmente em momentos de crise e de sofrimento: “Vós sois os que permaneceram sempre junto de mim nas minhas provações,” (Lc 22, 28), diz Jesus aos seus discípulos. É isto que faz perdurar e crescer a fraternidade. Irmão é aquele que ajuda o seu irmão. Jesus fez-se nosso irmão para nos ajudar e ajudou, mesmo à custa de muito sofrimento. Ao fazer-se nosso irmão, também quis precisar da nossa ajuda e ser ajudado por nós. Por isso, congratula-se com os apóstolos que permaneceram junto d´Ele nas suas tribulações.
Paulo pede a Timóteo que ponha em prática, na solidariedade fraterna, essa fidelidade: “Não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro, mas compartilha o meu sofrimento pelo Evangelho, apoiado na força de Deus.” (v. 8).
Havemos de sentir esta solidariedade, de modo particular, para com aqueles que têm maiores responsabilidades na Igreja. Se Jesus se fez nosso irmão, é porque quis ensinar-nos a viver esse espírito de fraternidade, sem o não é possível caminhar no amor.
Fonte http://www.dehonianos.org/

domingo, 24 de janeiro de 2016

LITURGIA DIÁRIA - Segunda-feira - 25/01/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Conheça a história da conversão de São Paulo


Primeira Leitura (At 22,3-16)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, Paulo disse ao povo: 3“Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas fui criado aqui nesta cidade. Como discípulo de Gamaliel, fui instruído em todo o rigor da Lei de nossos antepassados, tornando-me zeloso da causa de Deus, como acontece hoje convosco. 4Persegui até à morte os que seguiam este Caminho, prendendo homens e mulheres e jogando-os na prisão. 5Disso são minhas testemunhas o Sumo Sacerdote e todo o conselho dos anciãos. Eles deram-me cartas de recomendação para os irmãos de Damasco. Fui para lá, a fim de prender todos os que encontrasse e trazê-los para Jerusalém, a fim de serem castigados. 6Ora, aconteceu que, na viagem, estando já perto de Damasco, pelo meio dia, de repente uma grande luz que vinha do céu brilhou ao redor de mim. 7Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’ 8Eu perguntei: ‘Quem és tu, Senhor?’ Ele me respondeu: ‘Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu estás perseguindo’. 9Meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz que me falava. 10Então perguntei: ‘Que devo fazer, Senhor?’ O Senhor me respondeu: ‘Levanta-te e vai para Damasco. Ali te explicarão tudo o que deves fazer’. 11Como eu não podia enxergar, por causa do brilho daquela luz, cheguei a Damasco guiado pela mão dos meus companheiros. 12Um certo Ananias, homem piedoso e fiel à Lei, com boa reputação junto de todos os judeus que aí moravam, 13veio encontrar-me e disse: ‘Saulo, meu irmão, recupera a vista!’ No mesmo instante, recuperei a vista e pude vê-lo. 14Ele, então, me disse: ‘O Deus de nossos antepassados escolheu-te para conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires a sua própria voz. 15Porque tu serás a sua testemunha diante de todos os homens, daquilo que viste e ouviste. 16E agora, o que estás esperando? Levanta-te, recebe o batismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o nome dele!’”.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.


Ou (escolhe-se uma das leituras)


Primeira Leitura (At 9,1-22)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

1Naqueles dias, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Ele apresentou-se ao Sumo sacerdote 2e pediu-lhe cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de levar presos para Jerusalém os homens e mulheres que encontrasse seguindo o Caminho.

3Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco, Saulo, de repente, viu-se cercado por uma luz que vinha do céu. 4Caindo por terra, ele ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”

5Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo. 6Agora, levanta-te, entra na cidade, e ali te será dito o que deves fazer”. 7Os homens que acompanhavam Saulo ficaram mudos de espanto, porque ouviam a voz, mas não viam ninguém. 8Saulo levantou-se do chão e abriu os olhos, mas não conseguia ver nada. Então pegaram nele pela mão e levaram-no para Damasco. 9Saulo ficou três dias sem poder ver. E não comeu nem bebeu. 10Em Damasco, havia um discípulo chamado Ananias. O Senhor o chamou numa visão: “Ananias!” E Ananias respondeu: “Aqui estou, Senhor!” 11O Senhor lhe disse: “Levanta-te, vai à rua que se chama Direita e procura, na casa de Judas, por um homem de Tarso chamado Saulo. Ele está rezando”.

12E, numa visão, Saulo contemplou um homem chamado Ananias, entrando e impondo-lhe as mãos para que recuperasse a vista. 13Ananias respondeu: “Senhor, já ouvi muitos falarem desse homem e do mal que fez aos teus fiéis que estão em Jerusalém. 14E aqui em Damasco ele tem plenos poderes, recebidos dos sumos sacerdotes, para prender todos os que invocam o teu nome”. 15Mas o Senhor disse a Ananias: “Vai, porque esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o meu nome aos pagãos, aos reis e ao povo de Israel. 16Eu vou mostrar-lhe quanto ele deve sofrer por minha causa”. 17Então Ananias saiu, entrou na casa, e impôs as mãos sobre Saulo, dizendo: “Saulo, meu irmão, o Senhor Jesus, que te apareceu quando vinhas no caminho, ele me mandou aqui para que tu recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo”.

18Imediatamente caíram dos olhos de Saulo como que escamas e ele recuperou a vista. Em seguida, Saulo levantou-se e foi batizado. 19Tendo tomado alimento, sentiu-se reconfortado. Saulo passou alguns dias com os discípulos de Damasco, 20e logo começou a pregar nas sinagogas, afirmando que Jesus é o Filho de Deus. 21Os ouvintes ficavam perplexos e comentavam: “Este não é o homem que, em Jerusalém, perseguia com violência os que invocavam o nome de Jesus? E não veio aqui, justamente, para prendê-los e levá-los aos sumos sacerdotes? 22Mas Saulo se fortalecia cada vez mais e deixava confusos os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus é o Messias.




- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 116)


— Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.

— Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.


— Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos, festejai-o!

— Pois comprovado é o seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!


Evangelho (Mc 16,15-18)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Em S. Paulo revela-se verdadeiramente o poder de Deus. Inimigo acérrimo do nome de Cristo, Saulo encontra-se com o Senhor no caminho de Damasco, acolhe-o na fé e torna-se seu Apóstolo entusiasta, com uma fecundidade extraordinária, que ainda não terminou. O seu itinerário de fé é símbolo do nosso.
Acreditar implica, antes de mais, encontrar pessoalmente Jesus de Nazaré, Deus feito homem. O cristão não se acredita numa doutrina, num sistema, mas numa pessoa, a pessoa humano-divina de Jesus. Ter fé é aderir vitalmente a Jesus, de tal modo que já não se pode viver sem Ele.
Realizado o encontro, passa-se ao diálogo, uma vez que a fé é encontro e adesão entre pessoas inteligentes e livres. A quem se dispõe ao diálogo, Deus revela a Si mesmo, revela a sua vontade e os seus projetos. Este diálogo vital leva aqueles que o realizam a uma forma de vida cada vez mais elevada.
Mas a fé cristã também é obediência, submissão, abandono total da criatura ao Criador. Obedecer não significa abdicar da própria liberdade ou dos próprios direitos. Significa, sim, perceber a imensa distância que existe entre si o interlocutor e, ao mesmo tempo, intuir que a adesão à vontade divina leva à total satisfação e realização de si mesmo.
Finalmente, a fé cristã é também missão. Não se pode privatizar um bem que, por sua natureza, é comunitário. Quem recebeu de Cristo o dom da salvação em Cristo, sente-se intimamente obrigado a fazer dele um dom para os outros.
O Apóstolo Paulo é nosso guia em tempos de aprofundamento espiritual e de renovação apostólica. Como ele, o apóstolo dos tempos novos deve procurar, em primeiro lugar, a inteligência do Mistério de Cristo num apego inquebrantável ao seu Amor (cf. Ef 3, 4; Rm 8, 35; Fl 3, 8-10). É apóstolo, em primeiro lugar, pelo testemunho da visão de Cristo (At 26, 1) e tornando-se no Espírito imagem viva do Salvador morto e ressuscitado. É a caridade do Senhor que vive nele e que o impele em direção aos homens para lhes anunciar o Evangelho de Deus, o Evangelho que todos podem ler na sua vida e nos seus escritos. Ensina-nos o serviço ardente e inteligente em favor do Reino. Vivendo de Cristo, a ponto de ser identificado com Ele pela graça (Gl 2, 20), lembra-nos que o serviço apostólico enraíza numa verdadeira consagração a Deus e dá à nossa oblação capacidade para se manifestar e aprofundar no trabalho generoso para que a humanidade se torne «uma oblação agradável santificada pelo Espírito Santo (XV Capítulo Geral, DOC VII, n. 167).
Fonte http://www.dehonianos.org/

sábado, 23 de janeiro de 2016

3º Domingo Comum - 24/01/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de São Francisco de Sales

Primeira Leitura (Ne 8,2-4a.5-6.8-10)


Leitura do Livro de Neemias:

Naqueles dias, 2o sacerdote Esdras apresentou a Lei diante da assembleia de homens, de mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. Era o primeiro dia do sétimo mês.

3Assim, na praça que fica defronte da porta das Águas, Esdras fez a leitura do livro, desde o amanhecer até ao meio-dia, na presença dos homens, das mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. E todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei.

4aEsdras, o escriba, estava de pé sobre um estrado de madeira, erguido para esse fim.

5Estando num lugar mais alto, ele abriu o livro à vista de todo o povo. E, quando o abriu, todo o povo ficou de pé.

6Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu, levantando as mãos: “Amém! Amém!”

Depois inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor, com o rosto em terra. 8E leram clara e distintamente o livro da Lei de Deus e explicaram seu sentido, de maneira que se pudesse compreender a leitura.

9O governador Neemias e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas, que instruíam o povo, disseram a todos: “Este é um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus! Não fiqueis tristes nem choreis”, pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei. 10E Neemias disse-lhes: “Ide para vossas casas e comei carnes gordas, tomai bebidas doces e reparti com aqueles que nada prepararam, pois este dia é santo para o nosso Senhor. Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será a vossa força”.




- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 18)


— Vossas palavras, Senhor, são espírito e vida!

— Vossas palavras, Senhor, são espírito e vida!


— A lei do Senhor Deus é perfeita,/ conforto para a alma!/ O testemunho do Senhor é fiel,/ sabedoria dos humildes.

— Os preceitos do Senhor são precisos,/ alegria ao coração./ O mandamento do Senhor é brilhante,/ para os olhos é uma luz.

— É puro o temor do Senhor,/ imutável para sempre./ Os julgamentos do Senhor são corretos/ e justos igualmente.

— Que vos agrade o cantar dos meus lábios/ e a voz da minha alma;/ que ela chegue até vós, ó Senhor,/ meu Rochedo e Redentor!


Segunda Leitura (1Cor 12,12-14.27)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:

Irmãos: 12Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo.

13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito.

14Com efeito, o corpo não é feito de um membro apenas, mas de muitos membros. 27Vós, todos juntos, sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo.



- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Anúncio do Evangelho (Lc 1,1-4;4,14-21)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


1Muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, 2como nos foram transmitidos por aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra.

3Assim sendo, após fazer um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever de modo ordenado para ti, excelentíssimo Teófilo. 4Deste modo, poderás verificar a solidez dos ensinamentos que recebeste.

Naquele tempo, 4,14Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza.

15Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam.

16E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga, no sábado, e levantou-se para fazer a leitura.

17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”.

20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.

21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


MENSAGEM

A finalidade da obra de Lucas é, como dissemos, recordar aos crentes das comunidades de língua grega as suas raízes e a sua referência a Jesus. Neste texto em concreto, Lucas vai apresentar o programa que Jesus Se propõe realizar no meio dos homens, como uma proposta de libertação dirigida a todos os oprimidos.
O ponto de partida é a leitura do texto de Is 61,1-2. Esse texto apresenta o profeta anónimo que, em Jerusalém, consola os exilados, como um “ungido de Deus”, que possui o Espírito de Deus; a sua missão consiste em gritar a “boa notícia” de que a libertação chegou ao coração e à vida de todos os prisioneiros do sofrimento, da opressão, da injustiça, do desânimo, do medo. O que é mais significativo, no entanto, é a “actualização” que Jesus faz desta profecia: Ele apresenta-Se como o “profeta” que Deus ungiu com o seu Espírito, a fim de concretizar essa missão libertadora.
O projecto libertador de Deus em favor dos homens prisioneiros do egoísmo, da injustiça e do pecado começa, portanto, a cumprir-se na acção de Jesus (“cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir” – vers. 21). Na sequência, Lucas vai descrever a actividade de Jesus na Galileia como o anúncio (em palavras e em gestos) de uma “boa notícia” dirigida preferencialmente aos pobres e marginalizados (aos leprosos, aos doentes, aos publicanos, às mulheres), anunciando-lhes que chegou o fim de todas as escravidões e o tempo novo da vida e da liberdade para todos.
Lucas anuncia também, neste texto programático, o caminho futuro da Igreja e as condições da sua fidelidade a Cristo. A comunidade crente toma consciência, através deste texto, de que a sua missão é a mesma de Cristo e consiste em levar a “boa notícia” da libertação aos mais pobres, débeis e marginalizados do mundo. Ungida pelo Espírito para levar a cabo esta missão, a Igreja cumpre o seguimento de Jesus.
Fonte Canção Nova

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

2ª Semana Comum - Sábado 23/01/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de Santo Ildefonso

Primeira Leitura (2Sm 1,1-4.11-12.19.23-27)


Início do Segundo Livro de Samuel.

Naqueles dias, 1Davi regressou da derrota que infligiu aos amalecitas, e esteve dois dias em Siceleg. 2No terceiro dia, apareceu um homem, que vinha do acampamento de Saul, com as vestes rasgadas e a cabeça coberta de pó. Ao chegar perto de Davi, prostrou-se por terra e fez-lhe uma profunda reverência. 3Davi perguntou-lhe: “Donde vens?” Ele respondeu: “Salvei-me do acampamento de Israel”. 4“Que aconteceu?”, perguntou-lhe Davi. “Conta-me tudo!” Ele respondeu: “As tropas fugiram da batalha, e muitos do povo caíram mortos. Até Saul e o seu filho Jônatas pereceram!”

11Então Davi tomou suas próprias vestes e rasgou-as, e todos os que estavam com ele fizeram o mesmo. 12Lamentaram-se, choraram e jejuaram até a tarde, por Saul e por seu filho Jônatas, e por causa do povo do Senhor e da casa de Israel, porque haviam tombado pela espada.

19E Davi disse: “Tua glória, ó Israel, jaz ferida de morte sobre os teus montes. Como tombaram os fortes! 23Saul e Jônatas, amados e belos, nem vida nem morte os puderam separar, mais velozes que as águias, mais fortes que os leões.

24Filhas de Israel, chorai sobre Saul. Ele vos vestia de púrpura suntuosa e ornava de ouro os vossos vestidos. 25Como tombaram os fortes em plena batalha! Jônatas foi morto sobre as tuas alturas. 26Choro por ti, meu irmão Jônatas. Tu me eras tão querido; tua amizade me era mais cara que o amor das mulheres. 27Como tombaram os fortes, como pereceram as armas de guerra!”


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 79)



— Resplandecei a vossa face, e nós seremos salvos!

— Resplandecei a vossa face, e nós seremos salvos!


— Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos. Vós, que a José apascentais qual um rebanho! Vós, que sobre os querubins vos assentais, aparecei cheio de glória e esplendor ante Efraim e Benjamim e Manassés! Despertai vosso poder, ó nosso Deus, e vinde logo nos trazer a salvação!

— Até quando, ó Senhor, vos irritais, apesar da oração do vosso povo? Vós nos destes a comer o pão das lágrimas, e a beber destes um pranto copioso. Para os vizinhos somos causa de contenda, de zombaria para os nossos inimigos.


Evangelho (Mc 3,20-21)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 20Jesus voltou para casa com os discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. 21Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

A primeira leitura, tendo como pano de fundo o ódio e a crueldade de Saul, realça a magnanimidade e a lealdade de David, um homem segundo o coração de Deus (cfr. Act 13, 13). Um mensageiro anuncia a David a morte de Saul e de Jónatas numa batalha contra os filisteus travada no monte Gelboé. Havia mais de um ano que David fugia de Saul, que via nele um perigoso rival, andando de terra em terra, e acabando por se refugiar na própria região dos inimigos de Israel, que eram os filisteus. Nesse momento, encontrava-se em Ciclag. A notícia da morte de Saul devia enchê-lo de alegria. Todavia David reage com uma dor profunda e sincera. Rasga as vestes em sinal de luto, chora, jejua, e entoa uma emocionante elegia: «A Honra de Israel pereceu sobre as colinas! Tombaram os heróis!... Saul e Jónatas, amados e gloriosos…tombaram… no campo de batalha! » (cfr. 2 Sam 1, 19-24).
O sofrimento de David com a morte de Saul e de Jónatas vem na linha do respeito, da lealdade e da fidelidade ao rei, «ungido do Senhor», e da sincera amizade por Jónatas. Jamais o jovem filho de Jessé respondeu ao ódio com o ódio, à crueldade com a crueldade. Jónatas tornou-se o mais caro amigo de David: «Jónatas, meu irmão, que angústia sofro por ti! Como eu te amava! O teu amor era uma maravilha para mim mais excelente que o das mulheres» (2 Sam 1, 26). A verdadeira amizade tem como preço o dom de si mesmo e tem como ganho a experiência do amor. David, com a sua generosidade, com a sua magnanimidade, ensina-nos a viver como homens e mulheres «segundo o coração de Deus».
O amor cristão não é algo de genérico, de vago. Dirige-se a pessoas muito concretas, com limites, defeitos e pecados. O próximo são aqueles que encontramos no caminho, talvez caídos e cobertos de chagas. O amor cristão vai até aos próprios inimigos: «Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem» (Mt 5, 44).
Também quem professa a castidade consagrada não pode viver um amor desencarnado, um amor que corra o risco de não amar ninguém. A Sagrada Escritura diz-nos: "A doçura de um amigo dá segurança à alma" (Prov. 27, 9); "Um amigo fiel é uma protecção" (Sir 6, 5); "Por um amigo, podes perder dinheiro" (Sir 29, 20). Pensemos na amizade de Jónatas, que amava David como a si mesmo (cf. 1 Sam 18, 1-5; 20, 1-41). Pensemos no discípulo que Jesus amava (cf. Jo 13, 23). E pensemos em "Jesus (que) amava Marta, a sua irmã e Lázaro" (Jo 11, 5).
Fonte http://www.dehonianos.org/