quarta-feira, 19 de outubro de 2016

29ª Semana Comum - Quinta-feira 20/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Ef 3,14-21)


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.

Irmãos, 14eu dobro os joelhos diante do Pai, 15de quem toda e qualquer família recebe o seu nome, no céu e sobre a terra. 16Que ele vos conceda, segundo a riqueza de sua glória, serdes robustecidos, por seu Espírito, quanto ao homem interior, 17que ele faça habitar, pela fé, Cristo em vossos corações, que estejais enraizados e fundados no amor. 18Tereis assim a capacidade de compreender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura, a profundidade, 19e de conhecer o amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento, a fim de que sejais cumulados até receber toda a plenitude de Deus. 20Àquele que tudo pode realizar superabundantemente, e muito mais do que nós pedimos ou concebemos, e cujo poder atua em nós, 21a ele glória, na Igreja e em Jesus Cristo, por todas as gerações, para sempre. Amém.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 32)


— Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!

— Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!


— Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o!

— Pois é reta a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.

— Mas os desígnios do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele traz no coração, de geração em geração, vão perdurar. Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança!

— Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.


Evangelho (Lc 12,49-53)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 49“Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra!

51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer a divisão. 52Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; 53ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
No mundo cheio de confusão, de barulho e de superficialidade, precisamos de ser fortalecidos pelo Espírito. Corremos sempre o risco de nivelar por baixo os nossos ideais pessoais e comunitários, caindo numa vida opaca que pouco corresponde ao magnífico chamamento a sermos cheios da plenitude Deus. Sem o espanto e a alegria que provoca em nós a grandeza da nossa vocação, sem o Espírito – a pedir na oração perseverante – dar-nos-emos conta de que já não vivemos como filhos, mas como escravos.
Por outro lado, para que brilhe em nós o tesouro adquirido e anunciado, é preciso que a dimensão contemplativa da Palavra, respirada e vivida, se torne realmente possível no nosso dia a dia. Só assim será possível não nos deixar seduzir pela mentalidade corrente, tantas vezes em contradição e em oposição aos princípios do Evangelho. É preciso cortar com essa mentalidade, como nos diz Jesus, ao falar de espada. Se a paz não for pacifismo, teremos, por vezes, que enfrentar contradições e oposições. Teremos que desagradar aos homens, para agradar a Deus. Mas se alinhamos num estilo de vida idêntico ao de quem não tem fé, se deixamos que os nossos projectos sejam construídos sobre princípios mundanos, podemos não ter que enfrentar dificuldades e lutas. Mas não estaremos em paz… Precisamos de tempos e espaços para o encontro silencioso e adorante com Cristo. Só assim teremos força para enfrentar a luta e o sofrimento que certas divisões necessárias para sermos fiéis a Cristo e à nossa consciência implicam.
Mas, talvez com mais frequência, a espada terá que ser usada dentro de nós contra a mania de querermos ser sempre os primeiros, o centro das atenções, dos afetos e dos consensos; terá que ser usada dentro de nós contra a revolta das paixões que tornam pesados a mente e o coração, impedindo a alegria da contemplação, da vida verdadeira que, de certo modo, é já na terra bem-aventurança e experiência daquele amor que, na eternidade, não terá limites.
A luta, exterior e interior, pode, por vezes, ser dura, mesmo usando a Palavra de Deus. Há que não esquecer que não estamos sós. Com a Palavra, torna-se presente o próprio Deus, para nos apoiar, com a força do seu Espírito. É o que sugere Paulo: «Àquele que pode fazer imensamente mais para além do que pedimos ou imaginamos (isto é, Deus), de acordo com o poder que eficazmente exerce em nós, a Ele a glória» (vv. 20-21ª). É Deus que nos guia no caminho para a plenitude e nos apoia «de acordo com o poder que eficazmente exerce em nós». Esse poder é o da Graça que já infundiu em nós pelo Espírito. Por isso podemos caminhar confiantes, e abrir-nos ao seu projeto de amor. Deus está em nós e orienta-nos firmemente para
o conhecimento do amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento. É Ele próprio, pelo seu Espírito, que nos conduz ao conhecimento da Pessoa de Cristo e do mistério do seu Coração (cf. Cst 17).
Fonte http://www.dehonianos.pt/

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