sexta-feira, 31 de julho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 31/07 - De onde lhe vêm essa sabedoria? - Mt 13,54-58



Ele foi para sua própria cidade e se pôs a ensinar na sinagoga local, de modo que ficaram admirados. Diziam: “De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não estão todas conosco? De onde, então, lhe vem tudo isso?”. E ele tornou-se para eles uma pedra de tropeço. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa!”. E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

O ensinamento de Jesus provoca a admiração das pessoas: "de onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres?". Porém, a falta de fé e o fechamento do coração as impediram de acolher Jesus como o Enviado do Pai. Que o Espírito Santo abra o nosso coração para acolhermos os ensinamentos de Jesus para o nosso dia.
Senhor Jesus, dá-me um coração simples para compreender a riqueza de ensinamentos escondida em tua Palavra. Envia teu Espírito Santo para que eu não tenha medo de escutá-la e vivê-la conforme a tua vontade. Que a Palavra transforme o meu coração através da fé e confiança que eu deposito em ti. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Por que o ensinamento de Jesus causa a admiração nas pessoas? Por que foi difícil acolhê-lo como o Messias? Como Jesus reage diante dos questionamentos da multidão?
"A 'própria cidade' de Jesus é Nazaré. É uma vila da Galileia nunca mencionada no Primeiro Testamento. Não se pode, também, localizá-la com precisão. Admite-se que seja o lugar de um antigo vilarejo denominado En-Nazira. Contudo, pode-se perceber que 'sua própria cidade' é um lugar periférico e insignificante diante dos grandes centros, como Jerusalém, capital da Judeia. Nota-se isto na observação de Natanael, no evangelho de João (Jo 1,45-46): 'De Nazaré pode sair algo de bom?'.
Enquanto o evangelho de Lucas identifica Jesus com 'o filho de José', Mateus o identifica com 'o filho do carpinteiro'. A mãe, os irmãos e as irmãs são mencionados, com a observação de que todos participam da humilde comunidade. A conclusão é que, com uma origem humilde, Jesus não pode ser o messias poderoso esperado. Jesus, todavia, afirma-se como um profeta, e não como o messias. A tradicional e consolidada expectativa de mudança pela conquista e pelo exercício do poder distancia-se da ação libertadora de Jesus, que transforma as pessoas e a sociedade pelo amor." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas).


2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que diz o texto para mim, hoje? Qual é o ensinamento que a Palavra revela para minha vida? Como acolho os ensinamentos de Jesus?


3- ORAÇÃO (VIDA)

Apresente ao Senhor o apelo que brotou em seu coração e peça a graça de vivê-lo durante o dia. Faça a sua prece de agradecimento ou pedido.
"Jesus, princípio e realização do homem novo, convertei a vós os nossos corações, para que, deixando as sendas do erro, sigamos os vossos passos no caminho que conduz à vida.
Fazei que, fiéis às promessas do batismo, vivamos, com coerência, a nossa fé, testemunhando com solicitude a vossa palavra, para que, na família e na sociedade, resplandeça a luz vivificante do Evangelho.
Jesus, poder e sabedoria de Deus, acendei em nós o amor à Sagrada Escritura, onde ressoa a voz do Pai, que ilumina e abrasa, nutre e consola.
Vós, Palavra de Deus Vivo, renovai na Igreja o ardor missionário, para que todos os povos cheguem a conhecer-vos como verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem, único Mediador entre o homem e Deus.
Jesus, fonte de unidade e de paz, fortalecei a comunhão na vossa Igreja, para que, pela força do vosso Espírito, todos os vossos discípulos sejam um só.
Vós que nos destes como regra de vida o mandamento novo do amor, tornai-nos construtores de um mundo solidário, onde a guerra seja suplantada pela paz, a cultura da morte pelo empenho em favor da vida. Amém." (São João Paulo II)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Com a Palavra de Deus na mente e no coração, qual atitude me proponho a viver no dia de hoje?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


...............
Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos 
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet

COMENTÁRIOS
Jesus ensina com autoridade

Jesus trabalha incansavelmente, assim como Deus “trabalha sempre” em favor de toda a humanidade. Das margens do mar da Galileia (13,1.36), onde ensinou as multidões, Jesus vai para sua cidade, Nazaré. A admiração que Jesus causa ao ensinar é uma das constantes observações que os evangelistas apresentam. O ensinamento de Jesus causa admiração porque faz sentido e dá sentido a toda a história passada, além de abrir o ouvinte ao mistério de Deus. As pessoas presentes na sinagoga se perguntam por duas vezes sobre a origem da sabedoria de Jesus e dos seus atos de poder. Nesse sentido, o leitor do evangelho está mais bem informado e preparado para responder do que os concidadãos de Jesus. Todo o bem que ele faz, a vida que transmite, a sua autoridade e coerência vêm de Deus, da comunhão entre o Pai e o Filho. Há uma sabedoria, um modo de viver, que ultrapassa o conhecimento racional; é dom, fruto de uma profunda união entre o homem e Deus. Mas as pessoas presentes naquela sinagoga, em razão de sua incredulidade, se equivocam imaginando saber a origem de Jesus. A falta de fé lhes impediu de se abrirem para acolher o dom de Deus. A falta de fé fecha o coração para o que é de Deus e impede de ver além das aparências.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5302#ixzz3hTvIffIa 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

quarta-feira, 29 de julho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 30/07 - O Reino dos Céus - Mt 13,47-53



“O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que pegou peixes de todo tipo. Quando ficou cheia, os pescadores puxaram a rede para a praia, sentaram-se, recolheram os peixes bons em cestos e jogaram fora os que não prestavam. Assim acontecerá no fim do mundo: os anjos virão para separar os maus dos justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. Entendestes tudo isso?”. “Sim”, responderam eles. Então ele acrescentou: “Assim, pois, todo escriba que se torna discípulo do Reino dos Céus é como um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Jesus costumava ensinar o povo por meio de parábolas. E nós tivemos contato com muitas delas ao longo da semana. Também hoje a liturgia nos traz uma parábola sobre o Reino dos Céus. O Reino agora é comparado a uma rede lançada ao mar e que pegou peixes de todos os tipos.
Peçamos ao Espírito Santo que nos oriente para bem compreendermos os ensinamentos de Jesus. Rezemos: Senhor Jesus Cristo, envia sobre nós, como prometeste, teu Espírito Santo. Que ele nos conceda a vida e nos ensine a plenitude da verdade. Que, nele, encontremos a salvação, felicidade e plenitude de amor. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Com que imagens Jesus compara o Reino dos Céus? O que representa a separação dos peixes bons dos que não prestavam, a separação dos maus e dos justos, as coisas novas e velhas tiradas do baú? Em que momento se dará esta separação?
"Dentre as primitivas comunidades cristãs oriundas do judaísmo, surgiram tradições sobre Jesus inspiradas a partir do Primeiro Testamento, como o escriba 'que tira de seu tesouro coisas novas e velhas'. Os evangelistas elaboram seus evangelhos coletando estas tradições, marcadas pela ideologia do messianismo davídico de glória e poder, já descartado por Jesus.
A parábola de hoje, com um estilo bem característico de Mateus, pretende descrever o juízo final, apresentando-o de maneira excludente e violenta. A separação entre bons e maus e o cruel destino dos maus na fornalha de fogo, com ranger de dentes, exprimem mais o julgamento do deus do Primeiro Testamento, que, no 'dia de Javé', viria para exterminar os inimigos do povo eleito, o qual, purificado, seria elevado à gloria e ao poder sobre as demais nações.
A grande novidade de Jesus, contudo, é a revelação do Deus de amor e misericórdia. A exemplo de Jesus, nossos julgamentos não são de condenação do mundo, mas, sim, de reconhecimento do amor pleno de Deus que tudo transforma e a todos acolhe em seu seio divino." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

"Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado." (Papa Francisco, Misericordiae Vultus, disponível integralmente em http://w2.vatican.va).
3- ORAÇÃO (VIDA)

O Senhor Deus é justo, clemente e misericordioso. Agradeçamos pelo seu amor que nos concede a vida renovada. Agradeçamos pela Palavra deste dia e pelos seus ensinamentos.


4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Recolha, em poucas palavras, o apelo que você sentiu para colocar em prática durante o dia. O que me proponho a viver? Como vou atingir este propósito?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos 
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet 

COMENTÁRIOS
A dinâmica do Reino

A parábola da rede é a última das parábolas do Reino dos céus do capítulo 13. A paciência instruída pelo discernimento é a atitude exigida dos discípulos. Há um tempo para a pesca e um tempo para a triagem da pesca realizada. Isso significa que, enquanto se é peregrino neste mundo, se impõe uma dupla atitude: suportar que, no Reino, mal e bem estão mesclados e confiar que Deus no tempo oportuno fará a triagem, separando os bons dos maus. Essa mesma ideia está presente na parábola do joio e do trigo e no discurso escatológico de 25,31-46. A parábola não deixa nenhuma margem ao equívoco: a triagem acontecerá no fim do mundo. Os versículos 51 e 52 são a conclusão de todo o discurso de Jesus em parábolas. À pergunta de Jesus sobre a compreensão, os discípulos respondem afirmativamente. Isso significa que eles compreenderam a natureza do Reino dos céus e a sua situação neste mundo, o seu desenvolvimento e as exigências que ele impõe. A resposta positiva dos discípulos à pergunta de Jesus mostra que eles reconhecem que Jesus é quem revela o mistério de Deus.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=30%2F07%2F2015#ixzz3hK11hXdY 
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EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 29/07 - A acolhida na casa de Marta - Lc 10,38-42


Jesus entrou num povoado, e uma mulher, de nome Marta, o recebeu em sua casa. Ela tinha uma irmã, Maria, a qual se sentou aos pés do Senhor e escutava a sua palavra. Marta, porém, estava ocupada com os muitos afazeres da casa. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda pois que ela venha me ajudar!”. O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

O Evangelho de hoje nos fala da acolhida que Jesus recebe na casa de Marta e Maria. As duas mulheres recebem o Senhor de formas distintas: uma preocupa-se em lhe dar a melhor acolhida encaminhando os afazeres da casa; a outra, dá prioridade para ouvir a sua palavra. Possamos ao longo do dia receber o Senhor e acolher os seus ensinamentos no mais profundo do nosso ser.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Quem são os personagens da narrativa? Como é a acolhida que Marta e Maria oferecem para Jesus? Por que Jesus chama a atenção de Marta? Qual é o convite que o Senhor nos faz ao afirmar: "uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada"?
"Lucas, com esta sua narrativa que lhe é exclusiva, ilustra duas atitudes de acolhimento de Jesus, que se complementam.
Marta dedicava-se aos cuidados de preparação da refeição, certamente com preocupações supérfluas, em vista da dignidade do hóspede. Jesus intervém quando Marta quer coagir Maria a ajudá-la nesta tarefa. Nesta atitude vê-se que ela julgava mais importante o supérfluo da refeição, indo além da simplicidade, do que a escuta da palavra e o diálogo com Jesus. Ele, então, mostra a Marta que o fundamental é a escuta da palavra.
A narrativa não tem o sentido de exaltar a vida contemplativa como superior à vida ativa. Trata-se de compreender que toda atividade só tem sentido quando orientada para o cumprimento da vontade de Deus, revelada por sua Palavra, que deve ser escutada e posta em prática.
A narrativa, também, pode ser entendida como uma instrução para as casas que acolhem os missionários. As mulheres, donas de casa, não devem ater-se apenas aos serviços materiais de acolhida, que deve ser simples, mas devem dedicar-se, também, à escuta da palavra, como discípulas de Jesus." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

"Também na nossa vida cristã, a oração e a ação permaneçam sempre profundamente unidas. Uma oração que não leva à ação concreta a favor do irmão pobre, doente e necessitado de ajuda, o irmão em dificuldade, é uma prece estéril e incompleta. Mas, do mesmo modo, quando no serviço eclesial só prestamos atenção à ação, quando damos mais importância às coisas, às funções e às estruturas, esquecendo-nos da centralidade de Cristo, sem reservar tempo ao diálogo com Ele na oração, corremos o risco de nos servirmos a nós mesmos, e não a Deus presente no irmão necessitado. São Bento resumia o estilo de vida que indicava aos seus monges com duas palavras: 'ora et labora', reza e trabalha. É da contemplação, de uma forte relação de amizade com o Senhor que nasce em nós a capacidade de viver e de anunciar o amor de Deus, a sua misericórdia, a sua ternura pelo próximo. E inclusive o nosso trabalho com o irmão em necessidade, a nossa tarefa de caridade nas obras de misericórdia nos levam ao Senhor, para que nós vejamos precisamente o Senhor no irmão e na irmã necessitados." (Papa Francisco, Angelus, 21/07/13, disponível integralmente em http://w2.vatican.va).
3- ORAÇÃO (VIDA)

"Senhor Jesus, tu és o Caminho. Em meio a sombras e luzes, alegrias e esperanças, tristezas e angustias, Tu nos levas ao Pai. Não nos deixes caminhar sozinhos. Fica conosco, Senhor!
Tu és as Verdade. Desperta nossas mentes e faze arder nossos corações sedentos de justiça e santidade. Ajuda-nos a sentir a beleza de crer em Ti. Fica conosco, Senhor!
Tu és a Vida. Abre nossos olhos para Te reconhecermos no 'partir o Pão', sublime sacramento da Eucaristia. Alimenta-nos com o Pão da Unidade. Sustenta-nos em nossos sofrimentos, faze-nos solidários com os pobres, os oprimidos e excluídos. Fica conosco, Senhor!
Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, no vigor do Espírito Santo, faze-nos teus discípulos missionários. Com a humilde serva do Senhor, nossa Mãe Aparecida, queremos ser alegres no Caminho para a Terra Prometida. Corajosas testemunhas da Verdade libertadora. Promotores da vida em plenitude. Fica conosco, Senhor! Amém". (Oração composta pela Arquidiocese de Brasília)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual é a aplicação da Palavra em minha vida? O que me proponho a viver? Como vou atingir este propósito?

BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª edição (2002) e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas.
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet 

COMENTÁRIOS
A acolhida de Jesus

O evangelho não apresenta uma oposição entre ação e contemplação. Neste caso, Jesus daria prioridade à contemplação sobre a ação. Aqui, a questão é bem outra: trata-se de receber Jesus, e de recebê-lo de verdade na casa e no mais profundo de si mesmo. Foi Marta quem o recebeu. Daí ser não só precipitado, mas também má leitura do texto, desqualificar Marta. Jesus aceita o convite de Marta. Aliás, ele espera ser convidado: “eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3,20). Temos sempre uma porta a abrir para acolher Jesus. A fé em Jesus é hospitalidade – trata-se de recebê-lo, e bem! Receber bem é deixar o outro falar e se dispor a ouvi-lo. Escutar alguém exige atenção. Escutar distraidamente, continuando a fazer as tarefas, é um modo de dizer àquele que fala que o que ele diz não tem nada de decisivo. Nosso relato tem valor simbólico e responde a uma questão fundamental para o cristão: o que é ser, realmente, discípulo de Jesus? Nosso texto é um apelo a dar prioridade à escuta da palavra do Senhor.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5300#ixzz3hI3Y4f00 
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terça-feira, 28 de julho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 28/07 - A parábola do joio - Mt 13,36-43



Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica- nos a parábola do joio!”. Ele respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os que cortam o trigo são os anjos. Como o joio é retirado e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará seus anjos e eles retirarão do seu Reino toda causa de pecado e os que praticam o mal; depois, serão jogados na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Jesus é o semeador que lança a boa semente da Palavra de Deus no mundo. Todo aquele que acolhe a sua mensagem terá vida plena e, no fim dos tempos, brilhará como o sol no Reino de Deus. Acolhamos a sua Palavra para o nosso dia e deixemo-nos conduzir por seus ensinamentos, para que tenhamos a vida em sua Palavra.
Espírito Divino, luz de Deus, vinde nos iluminar para que possamos compreender o sentido profundo da Palavra de Deus. Fazei-nos discípulos missionários de Jesus, Caminho, Verdade e Vida, transformando nosso coração em terra boa, onde a Palavra produza frutos abundantes. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Faça uma leitura atenta e identifique os sete elementos colocados na parábola: o semeador, o campo, a boa semente, o inimigo, o joio, os ceifadores e a colheita. Qual é a interpretação que Jesus dá para cada elemento presente na narrativa? Segundo a parábola, quem são os justos e quem são os pecadores que, no final dos tempos, serão submetidos ao julgamento? A quem Jesus está instruindo?
"Na sua coleção de sete parábolas, reunidas no capítulo 13 de seu evangelho, Mateus apresenta a parábola do joio semeado entre o trigo. A seguir, no texto do evangelho de hoje, ele apresenta a sua explicação, como já havia feito para a parábola das sementes lançadas em diferentes tipos de terreno (cf. Mt 13,18-23). A explicação é feita de modo alegórico, isto é, a cada imagem da parábola é dada uma interpretação.
Nesta interpretação alegórica de Mateus, a parábola tem um sentido escatológico, de julgamento no fim dos tempos com a trágica condenação dos que praticam o mal e a salvação dos justos. O dualismo discriminatório na parábola e as imagens cruéis deste julgamento são muito características de Mateus, com o que fica obscurecida a mensagem e o testemunho de amor e misericórdia de Jesus.
Contudo, na parábola podemos encontrar um sentido atual, na medida em que remove as pretensões de se julgar e condenar alguém." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em 'A Bíblia dia a dia', Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que diz o texto para mim, hoje? Qual é o apelo que o Senhor dirige a mim por meio desta parábola? De que forma acolho a sua Palavra em minha vida? Quais são os limites que me impedem de acolher e viver os ensinamentos de Jesus?
"A comunidade evangelizadora mantém-se atenta aos frutos, porque o Senhor a quer fecunda. Cuida do trigo e não perde a paz por causa do joio. O semeador, quando vê surgir o joio no meio do trigo, não tem reações lastimosas ou alarmistas. Encontra o modo para fazer com que a Palavra se encarne numa situação concreta e dê frutos de vida nova, apesar de serem aparentemente imperfeitos ou defeituosos. O discípulo sabe oferecer a vida inteira e jogá-la até ao martírio como testemunho de Jesus Cristo, mas o seu sonho não é estar cheio de inimigos, mas antes que a Palavra seja acolhida e manifeste a sua força libertadora e renovadora." (Evangelii Gaudium 24)

3- ORAÇÃO (VIDA)

Agradeça por tudo o que a Palavra permitiu compreender e experienciar do mistério de Cristo. Apresente ainda ao Senhor a oração que brotou em seu coração durante a Leitura orante.

Conclua com a oração ao Espírito Santo, do papa Paulo VI: ‘Ó Espírito Santo! Dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora; fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da Santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao Coração do Senhor Jesus. Um coração grande e forte, para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos. Um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda ofensa, toda desilusão. Um coração grande e forte e constante até o sacrifício, quando for necessário. Um coração, cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo, e cumprir humilde e fielmente a vontade do Pai. Amém.’
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Como vou viver concretamente durante o dia os apelos que o Senhor me revelou?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª edição, 2002 e também para a numeração dos Salmos 
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet 

COMENTÁRIOS
A parábola do joio e do trigo

A parábola do joio e do trigo recebe uma interpretação alegórica. À parte, em casa, os discípulos pedem uma explicação da parábola do joio. Trata-se de uma aplicação posterior da parábola que anteriormente explicamos. É bastante provável que a explicação da parábola não remonte a Jesus, mas às necessidades da pregação cristã posterior. Jesus explicita um a um os termos da parábola. O Filho do Homem semeia no mundo uma realidade nova, os filhos do Reino, isto é, os que se definem por sua pertença ao Reino e estão em conflito com os “filhos do maligno”. O acento, contudo, não é posto no conflito, mas no desfecho final. Apoiado por imagens de Sofonias 1,3 e Daniel 12,3, Jesus compara a colheita ao juízo final. O versículo final afirma que o mal não triunfará. É preciso tirar para a vida cristã a conclusão e as consequências desta afirmação. Para os cristãos perseguidos e ameaçados por causa de sua fé é preciso manter viva a esperança de que, em Cristo, o mal já foi vencido.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5299#ixzz3hCLswlh9 
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domingo, 26 de julho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 27/07 - O Reino dos Céus é como o fermento - Mt 13,31-35



Jesus apresentou-lhes outra parábola ainda: “O Reino dos Céus é como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior que as outras hortaliças e torna-se um arbusto, a tal ponto que os pássaros do céu vêm fazer ninhos em seus ramos”. E contou-lhes mais uma parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pegou e escondeu em três porções de farinha, até que tudo ficasse fermentado”. Jesus falava tudo isso em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar de parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: 'Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo'.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

A dinâmica do Reino de Deus acontece de forma silenciosa, escondida e invisível, como o fermento na massa e como o pequeno grão de mostarda, que cresce e se torna uma grande árvore. Que ao longo do nosso dia possamos reconhecer os seus sinais.
Pedimos: Jesus Mestre, cremos com viva fé que estais aqui presente, para indicar-nos o caminho que leva ao Pai. Iluminai nossa mente, movei nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Quais são as duas parábolas que a narrativa nos apresenta? Por que Jesus utiliza a imagem da semente de mostarda para comparar o Reino de Deus? O que é tão especial ou incomum na semente de mostarda? Quem semeia a semente de mostarda? Onde ela é semeada? O que representa a árvore que abriga as aves do céu? Qual é o processo do fermento na massa? A quem Jesus está instruindo com seus ensinamentos?
"O Reino dos Céus é comparado como algo que, de início, pouco se percebe, mas, depois, produz efeitos evidentes. A pregação de João Batista e a de Jesus mobilizaram as multidões que vinham a eles, com uma evidência que chamava a atenção das autoridades políticas e religiosas. Contudo, continuava pouco perceptível o sentido último do Reino, muitos tendo confundido Jesus com um messias em busca do poder e da glória.(...) Compreender o grão de mostarda da parábola significa contemplar já a árvore que abriga as aves dos céus. Significa perceber a presença do Reino nas multidões dos empobrecidos e excluídos, onde o amor, como um fermento na massa, está presente em milhões de lares humildes e sofridos.” (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o texto diz para mim hoje? Qual palavra chamou mais a minha atenção? Como acolho as palavras e ensinamentos de Jesus em minha vida? Quais são os gestos que Jesus me convida a viver? Em quais realidades percebo a dinâmica do Reino de Deus acontecendo?


3- ORAÇÃO (VIDA)

Jesus, divino Mestre, nós vos adoramos, Filho muito amado do Pai, caminho único para chegarmos a ele. Nós vos louvamos e agradecemos, porque sois o exemplo que devemos seguir. Com simplicidade queremos aprender de vós o modo de ver, julgar e agir. Queremos ser atraídos por vós, para que, caminhando nas vossas pegadas, possamos viver dia a dia a liberdade dos filhos de Deus, renunciando a nós mesmos, para buscar em tudo, a vontade do Pai. Aumentai nossa esperança, impulsionando plenamente o nosso ser e o nosso agir. Ajudai-nos a retratar em nossa vida a vossa imagem, para que assim vos possamos possuir eternamente no céu. Amém.

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual é o novo olhar que nasceu em mim a partir da Palavra? Quais apelos recebi e compromissos que desejo concretizar em minha vida?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos 
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet

COMENTÁRIOS
As parábolas do Reino

Temos, aqui, duas parábolas do Reino seguidas da conclusão de todo o discurso em parábolas. Ambas estabelecem o contraste pequeno/grande, pouco/muito. O traço característico dessas parábolas é que tratam da natureza do Reino e do modo de acolhê-lo. Podemos imaginar que as parábolas queiram responder a uma dificuldade dos contemporâneos de Jesus e também dos discípulos: por que os sinais do Reino de Deus não aparecem com força e gloriosos? Efetivamente, na própria vida de Jesus, em que o Reino se faz presente na história da humanidade, não há nada do esplendor e da glória dos reinos e dos reis deste mundo. As duas parábolas são um apelo à confiança, pois a pequenez do início ou o aparentemente pouco em relação ao volume da massa não pode antecipar o que será o futuro. Em relação à modéstia do início, o futuro é uma grande surpresa. Deus age na pequenina semente escondida na terra para fazê-la crescer a ponto de abrigar os ninhos dos pássaros do céu (Dn 4,7-19). Deus age no coração dos homens como o punhado de fermento que faz crescer a massa de farinha. O versículo que serve de conclusão de todo o discurso em parábolas (v. 35) é citação do Sl 78,2, que, empregado neste contexto, diz respeito à identidade de Jesus: é ele quem revela Deus e o seu projeto.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


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EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 26/07 - A multiplicação dos pães - Jo 6,1-15



Depois disso, Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, ou seja, de Tiberíades. Uma grande multidão o seguia, vendo os sinais que ele fazia a favor dos doentes. Jesus subiu a montanha e sentou-se lá com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Levantando os olhos e vendo uma grande multidão que vinha a ele, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que estes possam comer?”. Disse isso para testar Filipe, pois ele sabia muito bem o que ia fazer. Filipe respondeu: “Nem duzentos denários de pão bastariam para dar um pouquinho a cada um”. Um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse: “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas, que é isso para tanta gente?”. Jesus disse: “Fazei as pessoas sentar-se”. Naquele lugar havia muita relva, e lá se sentaram os homens em número de aproximadamente cinco mil. Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. Depois que se fartaram, disse aos discípulos: “Juntai os pedaços que sobraram, para que nada se perca!”. Eles juntaram e encheram doze cestos, com os pedaços que sobraram dos cinco pães de cevada que comeram. À vista do sinal que Jesus tinha realizado, as pessoas exclamavam: “Este é verdadeiramente o profeta, aquele que deve vir ao mundo”. Quando Jesus percebeu que queriam levá-lo para proclamá-lo rei, novamente se retirou sozinho para a montanha.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Liturgia do 17º Domingo do Tempo Comum. Jesus, o Pão da Vida, sacia a multidão faminta: "Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam". O Mestre nos ensina que a partilha é promotora de vida e nos convida a seguirmos o seu exemplo.
Senhor Jesus, dá-me um coração simples para compreender a riqueza de ensinamentos escondida em tua Palavra. Envia teu Espírito Santo para que eu não tenha medo de escutá-la e vivê-la conforme a tua vontade. Que a Palavra transforme o meu coração através da fé e confiança que eu deposito em ti. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o Evangelho? Por que a multidão seguia Jesus? O que buscavam? Por que Jesus se preocupa em alimentar a multidão? Sem dinheiro para comprar pão, é possível resolver a fome de tão grande multidão? Com seus gestos, qual convite Jesus, hoje, nos faz?
"João, em seu evangelho, não menciona a partilha do pão por Jesus na última ceia. Esse gesto de partilha realiza-se neste encontro com a grande multidão e tem um caráter universalista, pois aí estavam presentes gentios da Galileia e de territórios vizinhos.
Os evangelistas colheram esta narrativa na tradição das primeiras comunidades, inspiradas na partilha do pão feita pelo profeta Eliseu (2Rs 4, 42-44). A solução do problema da fome e das carências humanas não está na economia de mercado, no vender e no comprar em vista do lucro. É pela partilha dos bens deste mundo, do pão, da terra, da cultura, que se pode satisfazer a todos, e ainda há de sobrar em abundância.
É pela partilha que se chega à unidade desejada por Deus, superando-se a divisão entre ricos e pobres." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que diz o texto para mim? Qual é a provocação que a Palavra me faz? Acredito que a partilha é capaz de superar os abismos entre ricos e pobres? Qual é a solução para a fome no mundo? De que forma estou contribuindo para amenizar a fome dos meus irmãos?
"Hoje fala-se muito de direitos, esquecendo com muita frequência os deveres; talvez nos tenhamos preocupado demasiado pouco por quantos sofrem a fome. Além disso é doloroso constatar que a luta contra a fome e a subalimentação é obstada pela 'prioridade de mercado', e pela 'primazia do lucro', que reduziram os alimentos a uma mercadoria qualquer, sujeita a especulações, até financeiras. E quando se fala de novos direitos, o faminto está ali, na esquina da rua, e pede o direito de cidadania, pede para ser considerado na sua condição, para receber uma alimentação básica sadia. Pede-nos dignidade, não esmola."(Papa Francisco na II Conferência Internacional sobre a Alimentação, 20/11/14. Texto integral no http://w2.vatican.va).
3- ORAÇÃO (VIDA)

Com a oração do Pai Nosso, pedimos ao Senhor que nos conceda o pão de cada dia, a nós e a todos que dele necessitam. Que saibamos ser fraternos, e nosso coração compreenda o dom de partilhar.
Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.


4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual é a aplicação da Palavra em minha vida? O que me proponho a viver? Como vou atingir este propósito?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

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Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet
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COMENTÁRIOS
Jesus é atento às necessidades da multidão
O relato da multiplicação dos pães precede o longo discurso do “pão da vida” (Jo 6,35-58). Encontramos esse relato também na tradição sinótica (Mt 14,13-21; Mc 6,30-44; Lc 9,10-17). A multidão é atraída a Jesus pelos sinais que realiza em favor dos doentes. Para o evangelista, o que Jesus pratica em favor dos enfermos é “sinal”, mas a multidão não se dá conta disso. Basta nos remetermos à crítica que Jesus faz aos que o procuram, depois do acontecimento dos pães (cf. Jo 6,26). Por sua própria natureza o sinal é ambíguo; precisa ser compreendido e discernido para que remeta a pessoa à realidade para a qual ele aponta. Os sinais que Jesus realiza fazem os que creem entrar no mistério de Deus e do seu desígnio de salvação. A evocação da Páscoa dos judeus (v. 4) é importante, uma vez que ela nos faz ler e compreender o relato à luz da Páscoa de Jesus Cristo, em que Deus selou uma Aliança definitiva com o seu povo. Jesus é atento às necessidades da multidão que vem a ele, por isso, toma a iniciativa de perguntar a Filipe onde comprar pães para alimentá-la (vv. 5-6). Para Filipe não há saída, pois seria necessária uma quantia significativa de dinheiro para que cada um comesse ao menos um pouco. Intervém outro discípulo, André, dizendo que há um menino com cinco pães e dois peixes. Mas ele mesmo se encarrega de observar que isso não é nada para tanta gente. Contudo, Jesus toma a iniciativa: depois de fazer com que se assentassem na relva, ele dá graças e distribui os pães de cevada e os peixes, até ficarem saciados. Sobraram doze cestos, o que mostra a importância do sinal realizado por Jesus. Ele manifesta o seu amor para conosco dando-nos a abundância da sua graça. Diante do acontecido, a multidão exclama que Jesus é o profeta prometido. Jesus se distancia da multidão porque querem pegá-lo para fazê-lo rei, e recusa-se a identificar o seu messianismo com um projeto puramente humano e político. Trata-se de uma verdadeira tentação à qual o Senhor não cede. Lido à luz da Páscoa do Senhor, o relato põe implicitamente para o leitor outra questão: Qual é o verdadeiro alimento do povo que o Cristo atrai e reúne? A resposta será exaustivamente explicitada no longo discurso do pão da vida.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


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sexta-feira, 24 de julho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 25/07 - O maior é aquele que serve - Mt 20,20-28



A mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe fazer um pedido. Ele perguntou: "Que queres?" Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. Jesus disse: “Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber?”. Eles responderam: “Podemos”. “Sim”, declarou Jesus, “do meu cálice bebereis, mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda não depende de mim. É para aqueles a quem meu Pai o preparou”. Quando os outros dez ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Jesus, porém, chamou-os e disse: “Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos”.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

A liturgia de hoje faz alusão a São Tiago Apóstolo. Ele e os demais discípulos são convidados por Jesus a perceberem que o Reino de Deus não se instaura pelo poder, mas através de gestos de humildade e amor e do serviço generoso.
Abramo-nos à ação do Espírito Santo que reza em nós, dizendo: Ó divino Espírito, ensina-me tudo quanto Jesus ensinou. Dá-me inteligência para entender; memória para lembrar; vontade dócil para praticar; coração generoso para corresponder aos teus convites. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Quais personagens compõem a narrativa? Como a mãe de Tiago compreendeu o Reino anunciado por Jesus? Qual é a reação dos demais discípulos diante de tão ousado pedido? Quais são as orientações dadas por Jesus? Qual característica de Jesus o texto nos revela?
"Tiago e João são os filhos de Zebedeu. Eles são a segunda dupla a ser chamada por Jesus no início de seu ministério, conforme os evangelhos sinóticos. Eles ainda aparecem com frequência junto a Pedro, como um trio mais próximo a Jesus. O evangelho de João não menciona o nome de Tiago, que foi decapitado por Herodes Agripa em 42 d.C.
Há uma menção do apóstolo Paulo a 'Tiago, irmão do Senhor' (Gl 1,19). Trata-se de Tiago 'Menor', parente de Jesus, que foi chefe da Igreja de Jerusalém e foi martirizado por apedrejamento em 62 d.C.
Neste evangelho, evidencia-se como até os discípulos mais próximos de Jesus se equivocavam quanto à novidade do seu anúncio. Eles pensam no Reino de Jesus como a tomada do poder em Jerusalém, e querem lugares de honra. Jesus repudia o domínio dos chefes das nações e reafirma a seus discípulos que é no serviço e no dom da vida e no amor que se constitui o Reino dos Céus." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o texto diz para mim hoje? Qual palavra chamou mais a minha atenção? Em que sentido o texto fortalece a minha caminhada de fé? Como acolho as palavras e ensinamentos de Jesus em minha vida? Quais são os gestos que Jesus me convida a viver? O que significa viver a humildade e o serviço generoso a exemplo de Jesus que veio para servir, e não ser servido?


3- ORAÇÃO (VIDA)

No dia em que celebramos a memória litúrgica de São Tiago, agradeçamos ao Senhor pela fé que recebemos dos apóstolos. Pedimos também a graça de crescermos na adesão ao Senhor e no testemunho de nossa fé. Lembramos ainda de todos aqueles que são chamados pelo Senhor para o seu seguimento.

"Deus nosso Pai, a Ti confiamos os jovens e as jovens do mundo
com seus problemas, aspirações e esperanças.
Guarda-os com teu olhar de amor e faça-os transformadores da paz
e construtores de uma sociedade de amor.
Chame-os a seguir Jesus, teu Filho.
Que eles compreendam que vale a pena doar
inteiramente a vida por Ti e pela humanidade.
Concede-lhes generosidade e prontidão na resposta.
Acolhe, Senhor, o nosso louvor e a nossa oração
também pelos jovens que, a exemplo de Maria, Mãe da Igreja,
acreditaram na tua Palavra e se preparam para o sacramento da ordem,
à profissão dos conselhos evangélicos,
ao empenho missionário.
Ajude-os a compreenderem
que o chamado que Tu deste a eles é sempre atual e urgente. Amém."
(São João Paulo II)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Recolha em poucas palavras o apelo que você sentiu para colocar em prática durante o dia. O que me proponho a viver?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª edição (2002) e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas.
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet

COMENTÁRIOS
O discípulo é chamado a servir com generosidade

O nosso evangelho de hoje é a sequência do anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Esse anúncio, de certo modo, desconcerta os discípulos e faz com que manifestem desejos contrários aos valores do evangelho de Jesus e não compreendam o mistério de Cristo. Esse desconcerto, associado à incompreensão dos discípulos, é a causa do pedido da mãe de João e Tiago. A opção livre de seguir Jesus deve ser acompanhada da decisão de renunciar a privilégios e interesses pessoais, assim como a qualquer desejo de recompensa. O pedido da mãe dos filhos de Zebedeu visa a um futuro fora dos limites temporais da história humana. Ela postula um lugar privilegiado para os seus filhos no reino de Cristo. A resposta de Jesus, ao contrário, visa à história como lugar do engajamento e do testemunho dos discípulos, e recorda a eles que o ideal do discípulo é ser como o Mestre (Mt 10,24-25). Aos discípulos compete construir uma comunidade caracterizada pelo serviço gratuito e generoso, a exemplo de Jesus que se fez servo de todos. O futuro escatológico está subordinado à decisão de Deus. Mas não se chega à glória sem passar pela paixão.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


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EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 24/07 - A parábola do semeador - Mt 13,18-23



Vós, portanto, ouvi o significado da parábola do semeador. A todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração; esse é o grão que foi semeado à beira do caminho. O que foi semeado nas pedras é quem ouve a palavra e logo a recebe com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, é de momento: quando chega tribulação ou perseguição por causa da palavra, ele desiste logo. O que foi semeado no meio dos espinhos é quem ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele fica sem fruto. O que foi semeado em terra boa é quem ouve a palavra e a entende; este produz fruto: um cem, outro sessenta e outro trinta.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

A Palavra de Deus em nossa vida precisa ser acolhida como a terra boa que recebe a semente. Só assim ela produzirá o seu fruto. Rezemos: Vem, Espírito Santo! Faze-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Torna-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? A quem Jesus está instruindo? Qual é o ensinamento da parábola? Quais são os terrenos em que a palavra é semeada? Qual é o melhor terreno para que a palavra produza frutos?
"Esta explicação da parábola do semeador parece ter sido elaborada entre as primeiras comunidades. É uma interpretação alegórica aplicada aos seus contextos atuais, fugindo ao estilo de Jesus.
A ênfase é a maneira como é acolhida a palavra de Jesus. Descrevem-se os resultados da missão: aquele ouve a palavra sem entendê-la, pois o sistema religioso das sinagogas o retém nas malhas de sua tradição, roubando a palavra semeada em seu coração; outro recebe a palavra com alegria, como discípulo, porém defronta-se com a perseguição às comunidades e desiste logo; outro ouve a palavra, porém não quer ir contra o sistema que seduz, ilude e promete riquezas; contudo, há quem ouve a palavra, a entende e insere-se na comunidade dando frutos abundantes. Nestes últimos a Palavra de Deus foi eficaz. O sucesso da missão não está na adesão imediata das multidões, mas no anúncio do Reino, que dia e noite cresce sem parar."(Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas).

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

Das meditações do Papa Francisco na Capela da Casa Santa Marta:
"A Palavra de Deus não é 'uma banda desenhada' para ler, mas um ensinamento que deve ser ouvido com o coração e posto em prática na vida diária. Um compromisso acessível a todos, pois não obstante 'a tenhamos complicado um pouco', a vida cristã é 'muito simples': de fato 'ouvir a palavra de Deus e pô-la em prática' são as únicas duas 'condições' impostas por Jesus a quem o quer seguir.(...) O Pontífice exortou a 'ouvir a palavra, verdadeiramente, na Bíblia e no Evangelho', meditando as Escrituras para pôr em prática os seus conteúdos na vida diária. Mas, esclareceu, se folhearmos o Evangelho superficialmente então 'isto não é ouvir a palavra de Deus: é ler a palavra de Deus, como se lê uma banda desenhada'. Entretanto, ouvir a palavra de Deus 'é ler' e questionar-se: 'Mas o que diz isto ao meu coração? Que quer dizer-me Deus com esta palavra?'. Com efeito, só assim 'a nossa vida muda'. E acrescentou, 'Deus não fala só a todos mas a cada um de nós. O Evangelho foi escrito para cada um de nós'.(...)"(Leia a meditação na íntegra no site oficial: http://w2.vatican.va)
3- ORAÇÃO (VIDA)

Jesus Mestre, agradeço-vos pelas luzes que me destes nesta meditação. Perdoai-me pelos limites que me impediram de fazê-la melhor. Ofereço-vos a resolução que tomei, e que espero viver, pela vossa graça. Amém.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Como vou viver concretamente durante o dia os apelos que o Senhor me revelou?


BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet.

COMENTÁRIOS
As condições da acolhida da Palavra de Deus

A parábola é um recurso literário usado quando o diálogo é difícil ou não é mais possível, ou, também, quando uma realidade, em nosso caso, o mistério de Deus, é de difícil compreensão e aceitação. Hoje temos uma explicação alegórica da parábola do semeador, a qual é posterior à própria parábola e, certamente, feita por outro autor que não o do evangelho. Por si, a parábola não careceria de tal explicação. Seja como for, o autor centrou sua explicação da parábola do semeador sobre as condições da acolhida da Palavra de Deus. Para isso, como se pode notar, ele pegou cada um dos terrenos mencionados na parábola. Para Mateus, a semente é a “palavra do Reino”, isto é, a palavra de Jesus que, ao mesmo tempo, anuncia e instaura o Reino. Para Mateus, o ideal da terra boa, que deve ser desejada por todo discípulo de Jesus, é escutar a palavra, entendê-la, compreendê-la, se abrir e se submeter ao que ela pede para fazer e para dar fruto, cada um à medida de suas capacidades. Trata-se, como se pode notar, de uma verdadeira lectio divina, um programa de leitura e meditação da Palavra de Deus.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


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quinta-feira, 23 de julho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 23/07 - Jesus ensina em parábolas - Mt 13,10-17



Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: "Por que lhes falas em parábolas?" Ele respondeu: "Porque a vós foi dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não. Pois a quem tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas a quem não tem será tirado até o que tem. Por isto eu lhes falo em parábolas: porque olhando não enxergam e ouvindo não escutam, nem entendem. Deste modo se cumpre neles a profecia de Isaías: 'Por mais que escuteis, não entendereis, por mais que olheis, nada vereis. Pois o coração deste povo se endureceu, e eles ouviram com o ouvido indisposto. Fecharam os seus olhos, para não verem com os olhos, para não ouvirem com os ouvidos, nem entenderem com o coração, nem se converterem para que eu os pudesse curar'. Felizes são vossos olhos, porque veem, e vossos ouvidos, porque ouvem! Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que estais vendo, e não viram; desejaram ouvir o que estais ouvindo, e não ouviram.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

O ensinamento por meio das parábolas, era um recurso muito utilizado por Jesus para falar dos mistérios do Reino de Deus. No entanto, para bem compreendê-las, era necessário que os ouvintes estivessem em sintonia com Jesus. Sem essa sintonia e proximidade, se tornava difícil penetrar no sentido das parábolas. Abramos o nosso coração para acolhermos os ensinamentos de Jesus para o nosso dia.
Pedimos: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado. E renovareis a face da terra. Oremos: Senhor, nosso Deus, que pela luz do Espírito Santo instruístes o coração dos vossos fiéis, fazei-nos dóceis ao mesmo Espírito, para apreciarmos o que é justo e nos alegrarmos sempre com a sua presença. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Quem são os personagens presentes na narrativa? Por que Jesus fala ao povo em parábolas? Das parábolas contadas por Jesus, de quais delas você recorda? Que ensinamento elas transmitiram para a sua vida? Quais as predisposições que são necessárias para que a Palavra de Deus produza frutos em nossa vida?
"Esta explicação sobre por que falar em parábolas, com um teor acentuadamente excludente, parece uma elaboração tardia das comunidades em conflito com os fariseus, porém atribuída a Jesus. O falar em parábolas para esconder em vez de esclarecer tem algo de contraditório. O mesmo se pode dizer da sentença 'a quem tem será dado... a quem não tem será tirado...', típica de uma sociedade de privilegiados, sendo impróprio pensar em transpô-la para o ter ou não ter fé.
Em oposição, proclama-se a bem-aventurança dos olhos que veem e dos ouvidos que ouvem, dirigida àqueles que se fizeram discípulos de Jesus. Jesus veio para buscar o que estava perdido e veio para que todos tenham vida." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que diz o texto para mim, hoje? Como acolho os ensinamentos de Jesus em minha vida? Seus ensinamentos encontram sintonia com a realidade que vivo hoje? A Palavra de Deus, rezada e meditada renova em mim a fé, a esperança, a confiança no Senhor?
"Cada um dos nossos dias seja plasmado pelo encontro renovado com Cristo, Verbo do Pai feito carne: Ele está no início e no fim de tudo, e n'Ele todas as coisas subsistem (cf. Cl 1,17). Façamos silêncio para ouvir a Palavra do Senhor e meditá-la, a fim de que a mesma, através da ação eficaz do Espírito Santo, continue a habitar e a viver em nós e a falar-nos ao longo de todos os dias da nossa vida."(Bento XVI, Verbum Domini 124).
3- ORAÇÃO (VIDA)

O Senhor é nossa força, consolo e abrigo. A ele entregamos a nossa vida e este novo dia. A ele confiamos as pessoas que amamos e todas aquelas com as quais partilharemos a vida neste dia. Agradeçamos ao Senhor pelos seus ensinamentos.


4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Com a Palavra de Deus na mente e no coração, qual atitude me proponho a viver no dia de hoje?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Ilustração: Osmar Koxne
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COMENTÁRIOS
A formação dos discípulos

À diferença de Marcos e Lucas, em que os discípulos se perguntam sobre o sentido das parábolas (Mc 4,10; Lc 8,9), em Mateus os discípulos perguntam o porquê do ensinamento em parábolas às multidões (v. 10). Nosso trecho é de difícil compreensão. Por sua própria natureza, a parábola tem e faz sentido para os que estão perto de Jesus, mas para os que estão longe pode ser uma palavra enigmática, incompreensível. Na sua resposta aos discípulos, Jesus faz distinção entre eles e as multidões. Aos discípulos é dado conhecer os mistérios do Reino de Deus, isto é, o ensinamento em parábolas enriquecerá ainda mais os iniciados, pois os fará entrar mais plenamente no mistério de Deus. Os discípulos são aqueles que fazem a vontade de Deus (7,21; 12,50), engajando-se no seguimento de Jesus. Eles fazem parte da família de Jesus (12,46-50) e, de dentro, compreendem a palavra de Jesus, que para os outros é incompreensível. Notemos que não se trata de discriminação, mas de uma constatação. No entanto, essa distinção só existe porque Deus permite. Isso quer dizer que Deus respeita profundamente a liberdade do ser humano.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


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terça-feira, 21 de julho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 22/07 - Maria! - Jo 20,1-2.11-18


No primeiro dia da semana, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, Maria Madalena foi ao túmulo e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Ela saiu correndo e foi se encontrar com Simão Pedro e com o outro discípulo, aquele que Jesus mais amava.Disse-lhes: "Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram". Maria tinha ficado perto do túmulo, do lado de fora, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se para olhar dentro do túmulo. Ela enxergou dois anjos, vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Os anjos perguntaram: "Mulher, por que choras?". Ela respondeu: "Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram". Dizendo isto, Maria virou-se para trás e enxergou Jesus, de pé, mas ela não sabia que era Jesus. Jesus perguntou-lhe: "Mulher, por que choras? Quem procuras?" Pensando que fosse o jardineiro, ela disse: "Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde o colocaste, e eu irei buscá-lo".Então, Jesus falou: “Maria!”. Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabûni!” (que quer dizer: Mestre). Jesus disse: “Não me segures, pois ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. Então, Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: "Eu vi o Senhor", e contou o que ele lhe tinha dito.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Maria Madalena, cuja memória celebramos hoje, é a discípula fiel do Senhor. Ela nos ajuda a compreender que o Senhor ressuscitado agora se faz presente em nossa vida nas mais diferentes situações que vivemos. Ele está sempre ao nosso lado.
Pedimos que o Espírito Santo abra o nosso coração e nos torne sensíveis para reconhecermos o Senhor e acolhermos a sua palavra. Rezemos: Ó divino Espírito, ensina-me tudo quanto Jesus ensinou. Dá-me inteligência para entender; memória para lembrar; vontade dócil para praticar; coração generoso para corresponder aos teus convites. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

Leia o texto e destaque as palavras mais significativas. Recorde outros textos bíblicos com sentido semelhante. O que o evangelista quer dizer com este texto? Por que Maria Madalena vai ao túmulo de Jesus? Que sentimento vive quando não encontra mais o corpo de Jesus no túmulo? Como ela reconhece Jesus?
"O evangelho de João destaca Maria Madalena ao narrar sua visita, sozinha, ao túmulo de Jesus. Ela, até então, pensa que a morte triunfou, e ainda 'estava escuro' (Jo 20,1). Sua visita ao túmulo é um culto saudoso ao morto, e chora. Tem dificuldades em reconhecer o próprio Jesus, que está próximo e lhe fala. Ela o reconhece quando é chamada pelo nome. É o pastor que chama as ovelhas, e elas conhecem sua voz. Maria pensa em reter o Jesus que tem na memória, porém sua forma de presença, agora, é diferente. Ele é encontrado na partilha em comunidade e na missão." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

"Jesus não é um morto, ressuscitou, é o Vivente! Não regressou simplesmente à vida, mas é a própria vida, porque é o Filho de Deus, que é o Vivente. (...) E isto é uma mensagem dirigida a mim, a ti, amada irmã, a ti amado irmão. Quantas vezes precisamos que o Amor nos diga: Porque buscais o Vivente entre os mortos? Os problemas, as preocupações de todos os dias tendem a fechar-nos em nós mesmos, na tristeza, na amargura… e aí está a morte. Não procuremos aí o Vivente! Aceita então que Jesus Ressuscitado entre na tua vida, acolhe-O como amigo, com confiança: Ele é a vida! Se até agora estiveste longe d’Ele, basta que faças um pequeno passo e Ele te acolherá de braços abertos. Se és indiferente, aceita arriscar: não ficarás desiludido. Se te parece difícil segui-Lo, não tenhas medo, entrega-te a Ele, podes estar seguro de que Ele está perto de ti, está contigo e dar-te-á a paz que procuras e a força para viver como Ele quer." (Homilia do Papa Francisco, Vigília Pascal 2013, acesse na íntegra em http://w2.vatican.va).
3- ORAÇÃO (VIDA)

"Jesus, princípio e realização do homem novo, convertei a vós os nossos corações, para que, deixando as sendas do erro, sigamos os vossos passos no caminho que conduz à vida.
Fazei que, fiéis às promessas do batismo, vivamos, com coerência, a nossa fé, testemunhando com solicitude a vossa palavra, para que, na família e na sociedade, resplandeça a luz vivificante do Evangelho.

Jesus, poder e sabedoria de Deus, acendei em nós o amor à Sagrada Escritura, onde ressoa a voz do Pai, que ilumina e abrasa, nutre e consola.
Vós, Palavra de Deus Vivo, renovai na Igreja o ardor missionário, para que todos os povos cheguem a conhecer-vos como verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem, único Mediador entre o homem e Deus.

Jesus, fonte de unidade e de paz, fortalecei a comunhão na vossa Igreja, para que, pela força do vosso Espírito, todos os vossos discípulos sejam um só.
Vós que nos destes como regra de vida o mandamento novo do amor, tornai-nos construtores de um mundo solidário, onde a guerra seja suplantada pela paz, a cultura da morte pelo empenho em favor da vida. Amém." (São João Paulo II)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Recolha em poucas palavras o apelo que você sentiu para colocar em prática durante o dia. Como vou atingir este propósito?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet.

COMENTÁRIOS
O encontro com o Ressuscitado

Maria Madalena, discípula de Jesus, da qual Jesus havia libertado de muitos males (Lc 8,1-3), é agora testemunha de sua ressurreição. Perdoada de seus muitos pecados, Maria Madalena permaneceu fiel ao Senhor até o fim; ela estava, juntamente com a mãe de Jesus, aos pés da cruz (cf. Jo 19,25). O primeiro dia da semana é a unidade de tempo que perpassa os relatos da “aparição do ressuscitado”. A pedra retirada do túmulo e o túmulo vazio não são provas da ressurreição. A ressurreição não pode ser provada ao modo da ciência. Ela é objeto da fé. A presença do ressuscitado não é evidente nem experimentada imediatamente. Num primeiro momento, Maria Madalena não pôde “ver” o Senhor através dos seus sinais. Isso porque o reconhecimento do Ressuscitado necessita do testemunho e da fé. A tristeza impede de ver com clareza e para além do imediatamente perceptível. O Senhor trata cada um pessoalmente, por isso sua palavra a Maria Madalena suscita nela a exclamação própria da fé: Rabûni! Maria Madalena entra no mistério de Jesus Cristo ressuscitado; experimenta que o que imaginava e a fazia sofrer difere do que ela agora experimenta no encontro com o Senhor: o corpo transfigurado de Jesus pela ressurreição permite encontrá-lo nas mais diferentes situações da existência humana. O encontro de Maria Madalena com o Senhor foi de tal modo profundo, que ela pôde dizer: “Eu vi o Senhor”.
Pe. Carlos Alberto Contieri,sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=22%2F07%2F2015#ixzz3gZee2FUq 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 21/07 - Eis minha mãe e meus irmãos... - Mt 12,46-50



Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém lhe disse: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo”. Ele respondeu àquele que lhe falou: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?”. E, estendendo a mão para os discípulos, acrescentou: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Neste novo dia o Evangelho nos convida a refletir sobre a relação familiar que é estabelecida entre Jesus e aqueles que acolhem a sua Palavra. Para bem acolhermos os seus ensinamentos, pedimos: Vem, Espírito Santo! Faze-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Torna-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Quais personagens estão presentes na narrativa? Qual é o ensinamento de Jesus? Quem são considerados os irmãos e a mãe de Jesus?
"Encontramos esta narrativa de Mateus, também, nos evangelhos de Marcos e Lucas. A figura central é a 'mãe'. No processo de geração a mulher-mãe tem um papel fundamental. A própria Terra é tida como 'mãe' em relação à vida que, sem cessar, desabrocha em sua superfície.
Na narrativa há um confronto entre as multidões às quais Jesus fala e sua família, mãe e irmãos, que ficam de fora e procuram falar com Jesus. A família, tendo a mãe como geradora, está na base do conceito de Israel e é o elo fundamental da continuidade da tradição do judaísmo. Abraão e sua descendência, a partir de Sara, constituem o povo eleito. Em continuidade, Davi e sua descendência constituem a dinastia real escolhida por Javé. O sacerdote hereditário é a base do poder do Templo. Daí as genealogias que confirmavam as purezas racial e funcional, com seus privilégios e poder.
Enquanto a pureza religiosa exigia o afastamento das multidões, Jesus se põe em íntimo contato com elas. Removendo a prioridade dos laços consanguíneos familiares, que garantiam o privilégio da eleição, Jesus, sem exclusões, constitui a grande família unida no cumprimento da vontade do Pai, que deseja vida plena para todos. A própria família de Jesus é chamada a esta conversão." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que diz o texto para mim hoje? Qual é a missão da minha família no mundo? De que forma minha família vive a fé? Somos uma família edificada sobre a Palavra de Deus?
"Na medida em que a família cristã acolhe o Evangelho e amadurece na fé torna-se comunidade evangelizadora. Escutemos de novo Paulo VI: 'A família, como a Igreja, deve ser um lugar onde se transmite o Evangelho e donde o Evangelho irradia. Portanto no interior de uma família consciente desta missão, todos os componentes evangelizam e são evangelizados. Os pais não só comunicam aos filhos o Evangelho, mas podem também receber deles o mesmo Evangelho profundamente vivido. Uma tal família torna-se, então, evangelizadora de muitas outras famílias e do ambiente no qual está inserida.'" (Exortação Apostólica Familiaris Consortio, 52. Leia na íntegra em http://w2.vatican.va).
3- ORAÇÃO (VIDA)

Oh, Deus, que na Sagrada Família
nos deixastes um modelo perfeito de vida familiar
vivida na fé e na obediência da vossa vontade.
Ajudai-nos a ser exemplo de fé e amor dos vossos mandamentos.
Socorrei-nos na nossa missão de transmitir a fé aos nossos filhos.
Abri seu coração para que cresça neles
a semente da fé que receberam no batismo.
Fortalecei a fé dos nossos jovens,
para que cresçam no conhecimento de Jesus.
Aumentai o amor e a fidelidade em todos os casais,
especialmente naqueles que passam por momentos de sofrimento ou dificuldade.(...)
Unidos com José e Maria, pedimos-vos por Jesus Cristo vosso Filho, nosso Senhor. Amém.
(V Encontro Mundial das Famílias, Valência, 2006)



4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual é a aplicação da Palavra em minha vida? O que me proponho a viver? Como vou atingir este propósito?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet. 

COMENTÁRIOS
A verdadeira família de Jesus

Levando em consideração a ordem do evangelho, o texto de hoje pode ser lido à luz de Mt 7,21. A visita da família de Jesus é ocasião de ensinamento para ele: a sua família, isto é, os membros do povo que ele reúne, é mais ampla do que os membros de sua parentela, pois constituída por aqueles que fazem a vontade do Pai que está nos céus (v. 50; cf. 7,21). Por duas vezes o texto repete que a mãe de Jesus e alguns irmãos dele estão do lado de fora da casa (vv. 46.47). Essa observação, que poderia passar despercebida, é, a nosso ver, importante: sem participar do círculo dos discípulos, seu ensinamento, seu trabalho incansável e seus gestos parecem loucura e sem sentido. Corrobora com essa ideia a notícia de Marcos, para quem a razão pela qual a família de Jesus vai procurá-lo é para levá-lo de volta para casa, pois pensavam que estivesse fora de si (Mc 3,20-21). Para poder compreender a missão de Jesus é preciso entrar no círculo de Jesus e situá-la no horizonte do desígnio salvífico de Deus. São Paulo, num texto em que procura resolver um problema de divisão interna da comunidade de Corinto, afirma que o modo de agir de Deus confunde o mundo e os que se julgam sábios (1Cor 1,27).
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5292#ixzz3gWokSKS6 
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segunda-feira, 20 de julho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 20/07 - Mestre, queremos ver um sinal... - Mt 12,38-42



Alguns escribas e fariseus disseram a Jesus: “Mestre, queremos ver um sinal da tua parte”. Ele respondeu-lhes: “Uma geração perversa e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas. De fato, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra. No dia do Juízo, os habitantes de Nínive se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão, pois eles mostraram arrependimento com a pregação de Jonas, e aqui está quem é mais do que Jonas. No dia do Juízo, a rainha do Sul se levantará juntamente com esta geração e a condenará; pois ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e aqui está quem é mais do que Salomão”.
LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

A Leitura orante é uma maneira de entrar em diálogo com Deus que nos fala por meio de sua Palavra. Nesse diálogo, aos poucos vamos conhecendo o mistério de Cristo e o coração de Deus. São Gregório Magno lembrava: "Conheço o coração de Deus por meio das Palavras de Deus". Também nós, por meio da leitura, escuta e contemplação da Palavra, queremos conhecer o mistério de Cristo e o coração de Deus. Rezemos pedindo esta abertura: Ó Espírito Santo, dai-nos um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora; fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana. Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao Coração do Senhor Jesus!
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Leia-o e procure compreender em que contexto se dá a narrativa. Por que é pedido que Jesus realize um sinal vindo do céu? Por que Jesus está sendo provado? Qual é a ação de Jesus? O que nos lembra o sinal de Jonas?
"Esta passagem foi apresentada de maneira mais breve pelo evangelho de Marcos, antes de Mateus. Lá é feita a referência ao judaísmo, simplesmente, como 'esta geração', e Jesus, sumariamente, nega o pedido de sinal. Em Mateus a referência é feita com a expressão 'uma geração perversa e adúltera'. Aos escribas e fariseus que lhe falam, Jesus apresenta o 'sinal do profeta Jonas'. E, em seguida explica o sinal: 'o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra'. A tradição judaica sabia que depois de três dias e três noites nas entranhas de um peixe grande, Jonas foi vomitado por ele em terra firme. Temos aqui uma interpretação pós-pascal, da tradição de discípulos de origem judaica, aplicando esta imagem à sepultura e ressurreição de Jesus. A fé na presença de Jesus ressuscitado nas comunidades que vivem o amor dispensa quaisquer outros sinais." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

Silenciado mais uma vez, é o momento de relacionarmos o texto lido e refletido com a vida. Qual foi a palavra do texto que mais chamou minha atenção? Também necessito de sinais para crer em Jesus?
Para o cristão, toda a vida de Jesus é o sinal que nos remete a Deus. E uma canção do padre Zezinho, chamada "Se não fosse Jesus", pode nos ajudar a rezar:
"Se não fosse Jesus e este sonho insistente que ele plantou;
Se não fosse Jesus e o projeto exigente que nos deixou;
Se não fosse Jesus e os santos e santas que ele formou;
A esperança de um mundo melhor seria muito pequena;
A esperança de um mundo melhor seria menor.
Se não fosse Jesus e esta ânsia de eterno que ele plantou;
Se não fosse Jesus e o projeto fraterno que nos deixou;
Se não fosse Jesus e as muitas verdades que ele gritou;
A esperança de um mundo melhor seria muito pequena;
A esperança de um mundo melhor seria menor".
3- ORAÇÃO (VIDA)

Ofereça ao Senhor os frutos da sua oração, da sua meditação e contemplação da Palavra. Apresente o desejo que brotou em seu coração e peça a graça de vivê-lo durante o dia. Reze também: Senhor Jesus, que meus pensamentos se inspirem no Evangelho, e se tornem fontes de vossa luz a iluminar meus irmãos. Amém.


4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual é o novo olhar que nasceu em mim a partir da Palavra? Quais apelos recebi e compromissos desejo concretizar em minha vida?

BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet. 

COMENTÁRIOS
O sinal de Jonas

Para os escribas e fariseus, tudo o que Jesus ensina e os seus atos de poder não são provas da sua identidade messiânica. O que eles pretendem é um sinal visível, entenda-se, fenômenos celestes extraordinários (16,1-4; cf. 4,5-7) que os dispensassem da dinâmica e do caminho próprio da fé. Jesus se recusa a ceder à tentação. Em primeiro lugar, o sinal de Jonas foi a sua palavra profética, ante a qual os ninivitas se converteram. Em segundo lugar, a menção do episódio de Jonas, que passou três dias e três noites no ventre do grande peixe (Jn 2,1), evoca a morte e ressurreição de Jesus. O mistério pascal do Cristo e toda a sua existência é sinal, por excelência, da divindade de Jesus. Os sinais que Jesus realiza exigem o engajamento da fé. A rainha de Sabá, uma pagã, tendo ouvido falar da fama do rei, de muito longe foi até Salomão para escutá-lo e se admirou de sua sabedoria (1Rs 10,1-13). A incredulidade dos escribas e fariseus os impede de reconhecerem que, em toda a vida de Jesus, o próprio Deus se dá a conhecer.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5291#ixzz3gR5CmTu3 
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sábado, 18 de julho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 19/07 - Jesus encheu-se de compaixão! - Mc 6,30-34



Os apóstolos se reuniram junto de Jesus e lhe contaram tudo o que tinham feito e ensinado. Ele disse-lhes: “Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco!”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo, que não tinham nem tempo para comer. Foram, então, de barco, para um lugar deserto, a sós. Muitos os viram partir e perceberam a intenção; saíram então de todas as cidades e, a pé, correram à frente e chegaram lá antes deles. Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão por eles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Liturgia do 16º Domingo Comum. Jesus encheu-se de compaixão pela multidão que o procurava. Que a Palavra provoque em nós os mesmos sentimentos de Jesus e nos torne sensíveis aos irmãos necessitados.
Oremos: Jesus Mestre, cremos com viva fé que estais aqui presente, para indicar-nos o caminho que leva ao Pai. Iluminai nossa mente, movei nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Por que Jesus chama seus discípulos para um descanso? O que procura a multidão que vai ao encontro de Jesus? O que desperta a compaixão em Jesus?
"Com este texto Marcos prepara a primeira narrativa da partilha dos pães. Encontramos aqui um relato básico, com vários temas que se repetem ao longo dos evangelhos: os discípulos já estão em missão e mantêm contato com Jesus; Jesus preocupa-se com o seu resguardo e o dos discípulos, em lugar deserto, para repouso e tempo 'para comer', ou seja, para alimentarem-se da palavra e da oração; eles estão continuamente sendo assediados pelas multidões; a multidão é insistente e Jesus tem compaixão por eles; Jesus ensina muitas coisas.
São estas as situações fundamentais na missão: manter-nos em contato com Jesus, em comunidade, no recolhimento e na oração; acolhermos a todos que vêm a nós, particularmente os mais excluídos, sem rejeições; estarmos preparados para o 'ensino', não como algo intelectual, mas como descoberta e revelação da presença de Jesus na vida das pessoas.
A compaixão é a característica maior que nos move à prática libertadora.(Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas).

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que diz o texto para mim? Qual é o rosto da multidão que hoje procura por Jesus? Também em mim existe o sentimento de compaixão pelos irmãos com fome, desamparados, excluídos? O que Jesus está me pedindo? De que forma me comprometo com o texto?



3- ORAÇÃO (VIDA)

Salmo 22
O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.
Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei,
estás comigo com bastão e com cajado; eles me dão a segurança.
Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo,
e com óleo vós ungis minha cabeça; o meu cálice transborda.
Felicidade e todo bem hão de seguir-me por toda a minha vida;
e na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Com a Palavra de Deus na mente e no coração, qual atitude me proponho a viver no dia de hoje?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet. 

COMENTÁRIOS
A compaixão abre o coração

O profeta Jeremias exerceu o seu ministério no século VI a.C., numa época particularmente difícil da história de Israel, em que Jerusalém foi sitiada, o Templo destruído e uma pequena parte da população de Judá exilada na Babilônia. O texto de Jeremias deste domingo é uma dura crítica de Deus aos pastores do seu povo, porque dispersaram e abandonaram o rebanho. Deus promete reunir ele mesmo o resto de suas ovelhas dos lugares para onde foram dispersas e, em seguida, dar a elas pastores que cuidem delas e as protejam. O oráculo de Jeremias faz referência a um sucessor de Davi que será um pastor justo e sábio e será chamado “Senhor, nossa justiça”. Esse oráculo se cumpre plenamente em Jesus, o Bom Pastor que ama as suas ovelhas a ponto de dar a vida por elas. O trecho do evangelho narra a volta dos Doze da missão para a qual foram enviados (cf. Mc 6,6b-12). A indeterminação do período de duração da missão parece querer fazer o leitor compreender que a missão se estende para além de qualquer circunscrição histórica. Depois da partilha (v. 30), os discípulos são convidados por Jesus a um lugar distante para descansar. O “descanso” é o que permite ver que é Deus quem está na origem de todo o bem feito. O descanso é dado para recordar o quanto o Senhor fez por seu povo. A proposta não pôde ser levada a termo em razão do grande número de pessoas que procuravam Jesus (cf. tb. Mc 3,20) e do sentimento que move Jesus na realização de sua missão: a “compaixão” (v. 34). A compaixão é um sentimento divino que faz agir em favor das pessoas, socorrendo-as em suas necessidades; não se confunde com a simples pena ou dó, mas abre o coração para que a pessoa ofereça o melhor de si mesma em favor dos demais. O abandono do povo por aqueles que deviam cuidar dele qual pastor cuida do seu rebanho é a causa da compaixão de Jesus (cf. v. 34; ver: Nm 27,17; 1Rs 22,17). O seu ensinamento orienta e congrega. Nosso texto serve de introdução ao relato da “multiplicação dos pães” (vv. 35-44).
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=19%2F07%2F2015#ixzz3gIPgQFJC 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.