Naquela ocasião, Jesus pronunciou estas palavras: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”.
LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL
Em sua oração dirigida ao Pai, Jesus expressa o louvor pelos pequenos que foram capazes de o acolher como dom do Pai e reconhecer a relação filial que o une ao Pai. Que possamos ao longo do nosso dia acolher o Senhor e entoar o nosso louvor pela sua presença em nossa vida.
Divino Espírito Santo, necessitamos muito de vossa ajuda para conhecer o caminho que devemos seguir. Temos necessidade de vós, para que o nosso coração, inundado pela vossa consolação, se abra e que, muito além das palavras e dos conceitos, possamos perceber a vossa presença. Iluminai a nossa mente, movei o nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)
O que diz o texto? Detenha-se na oração de Jesus? Quais palavras mais chamaram a sua atenção? Qual é o motivo do louvor expresso na oração? Como é a relação entre Jesus e o Pai revelado no texto?
"Esta breve oração de louvor do evangelho de Mateus é também encontrada em Lucas, com as mesmas palavras no texto grego. Ela exprime a intimidade e o conhecimento entre Jesus e Deus Pai. Esta união entre Jesus e o Pai, e o mútuo conhecimento, que em Mateus só aparece aqui, é característica do evangelho de João, sendo encontrada nas seguintes passagens: dirigir-se diretamente ao Pai, em oração de louvor (Jo 11,41b-42); tudo entregue pelo Pai e a revelação do Filho (Jo 17,6), o conhecimento entre o Filho e o Pai (Jo 17,25-26).
O louvor é a expressão da alegria. O Pai é invocado como Senhor do céu e da terra. Jesus dá testemunho do Pai diante de todos. A vontade do Pai é que todos o acolhessem. Contudo, surge uma separação entre os 'sábios e entendidos' e os 'pequeninos'. Os sábios e entendidos são os autossuficientes que se instalam no poder religioso ou econômico. Estes estão bem instalados em seus privilégios e não querem mudanças. Os pequeninos são os pobres bem-aventurados, privados e carentes, em busca do socorro de Deus e ansiosos pela mudança do sistema de opressão.
Completando a oração, Jesus afirma a sua união de conhecimento com o Pai. Em Deus, conhecimento e amor são inseparáveis e são a fonte da sua revelação ao mundo como sendo aquele que a todos quer acolher em sua vida divina e eterna."(Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)
O que o texto diz para mim hoje? Qual ensinamento de Jesus acolho para minha vida? Por quais motivos de louvor hoje faço meu hino a Deus?
3- ORAÇÃO (VIDA)
Salmo 103(102)
Bendize, minha alma, ao Senhor,
e todo o meu interior bendiga seu santo nome.
Bendize, minha alma, ao Senhor,
e não esqueças seus benefícios.
Ele perdoa todas as tuas culpas,
cura todas as tuas doenças.
Ele resgata tua vida da cova
e te coroa com sua bondade e compaixão.
Ele te sacia de bens na adolescência,
e tua juventude se renova como a de uma águia.
O Senhor faz justiça e defende os oprimidos.
Ensinou seus caminhos a Moisés
e suas façanhas aos israelitas.
O Senhor é compassivo e clemente,
paciente e misericordioso.
Não está pleiteando sempre,
nem guarda rancor perpétuo.
Não nos trata como nossos pecados merecem,
nem nos paga segundo nossas culpas.
Pois, como o céu se eleva sobre a terra,
sua misericórdia supera seus fiéis.
Como o oriente está longe do ocaso,
assim ele afasta de nós nossos delitos.
Como um pai se enternece por seus filhos,
assim o Senhor se enternece por seus fiéis.
Pois ele conhece nossa condição
e se lembra de que somos barro.
O homem dura como a erva,
floresce como flor campestre:
roça-lhe um vento, e já não existe,
seu lugar não volta a vê-la.
Mas a misericórdia do Senhor com seus fiéis
dura desde sempre para sempre;
sua justiça passa de filhos a netos,
para os que guardam a aliança
e recitam e cumprem seus mandatos.
O Senhor firmou no céu o seu trono,
seu reinado governa o universo.
Bendizei ao Senhor, anjos seus,
poderosos executores de suas ordens,
prontos para cumprir sua palavra.
Bendizei ao Senhor, exércitos seus,
servidores que cumpris sua vontade.
Bendizei ao Senhor, todas as suas obras,
em todo lugar de seu império.
Bendize, minha alma, ao Senhor.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)
Recolha em poucas palavras o apelo que você sentiu para colocar em prática durante o dia. O que me proponho a viver?
BÊNÇÃO
- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
...............
Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.
Salmo: Bíblia do Peregrino, Paulus.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet.
COMENTÁRIOS
Receber Jesus como dom
A breve perícope do evangelho de hoje é precedida de ataques de Jesus a algumas cidades próximas ao mar da Galileia, ao estilo dos oráculos proféticos do Antigo Testamento contra as nações estrangeiras. As cidades beneficiadas pelos “milagres” de Jesus não se converteram (11,20-24). Na verdade, os “atos de poder” realizados por Jesus deviam conduzir à fé na “proximidade do Reino dos Céus”. Mas não foi assim! O trecho de hoje é uma oposição de Jesus ao orgulho das cidades que não se converteram e um hino de louvor dirigido ao Pai, Criador do céu e da terra (v. 25; Gn 1,1; 2,4a). O motivo do louvor: “escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (v. 25), é que Deus assim o queria (cf. v. 26). “Estas coisas” referem-se ao que é dito no v. 27, que, resumindo, se poderia dizer: Jesus revela o Pai: “Ele é a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15). Somente quem recebe Jesus como dom, somente o “pobre em espírito” (5,3), pode conhecer a relação filial que une Jesus a Deus. Ao pedido de Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai!”, Jesus responde: “Quem me vê, vê o Pai. Não crês que estou no Pai e o Pai está em mim?” (Jo 14,8-11).
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=15%2F07%2F2015#ixzz3fv3xWxss
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