Jesus apresentou-lhes outra parábola ainda: “O Reino dos Céus é como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior que as outras hortaliças e torna-se um arbusto, a tal ponto que os pássaros do céu vêm fazer ninhos em seus ramos”. E contou-lhes mais uma parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pegou e escondeu em três porções de farinha, até que tudo ficasse fermentado”. Jesus falava tudo isso em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar de parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: 'Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo'.
LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL
A dinâmica do Reino de Deus acontece de forma silenciosa, escondida e invisível, como o fermento na massa e como o pequeno grão de mostarda, que cresce e se torna uma grande árvore. Que ao longo do nosso dia possamos reconhecer os seus sinais.
Pedimos: Jesus Mestre, cremos com viva fé que estais aqui presente, para indicar-nos o caminho que leva ao Pai. Iluminai nossa mente, movei nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)
O que diz o texto? Quais são as duas parábolas que a narrativa nos apresenta? Por que Jesus utiliza a imagem da semente de mostarda para comparar o Reino de Deus? O que é tão especial ou incomum na semente de mostarda? Quem semeia a semente de mostarda? Onde ela é semeada? O que representa a árvore que abriga as aves do céu? Qual é o processo do fermento na massa? A quem Jesus está instruindo com seus ensinamentos?
"O Reino dos Céus é comparado como algo que, de início, pouco se percebe, mas, depois, produz efeitos evidentes. A pregação de João Batista e a de Jesus mobilizaram as multidões que vinham a eles, com uma evidência que chamava a atenção das autoridades políticas e religiosas. Contudo, continuava pouco perceptível o sentido último do Reino, muitos tendo confundido Jesus com um messias em busca do poder e da glória.(...) Compreender o grão de mostarda da parábola significa contemplar já a árvore que abriga as aves dos céus. Significa perceber a presença do Reino nas multidões dos empobrecidos e excluídos, onde o amor, como um fermento na massa, está presente em milhões de lares humildes e sofridos.” (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)
O que o texto diz para mim hoje? Qual palavra chamou mais a minha atenção? Como acolho as palavras e ensinamentos de Jesus em minha vida? Quais são os gestos que Jesus me convida a viver? Em quais realidades percebo a dinâmica do Reino de Deus acontecendo?
3- ORAÇÃO (VIDA)
Jesus, divino Mestre, nós vos adoramos, Filho muito amado do Pai, caminho único para chegarmos a ele. Nós vos louvamos e agradecemos, porque sois o exemplo que devemos seguir. Com simplicidade queremos aprender de vós o modo de ver, julgar e agir. Queremos ser atraídos por vós, para que, caminhando nas vossas pegadas, possamos viver dia a dia a liberdade dos filhos de Deus, renunciando a nós mesmos, para buscar em tudo, a vontade do Pai. Aumentai nossa esperança, impulsionando plenamente o nosso ser e o nosso agir. Ajudai-nos a retratar em nossa vida a vossa imagem, para que assim vos possamos possuir eternamente no céu. Amém.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)
Qual é o novo olhar que nasceu em mim a partir da Palavra? Quais apelos recebi e compromissos que desejo concretizar em minha vida?
BÊNÇÃO
- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
...............
Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet
COMENTÁRIOS
As parábolas do Reino
Temos, aqui, duas parábolas do Reino seguidas da conclusão de todo o discurso em parábolas. Ambas estabelecem o contraste pequeno/grande, pouco/muito. O traço característico dessas parábolas é que tratam da natureza do Reino e do modo de acolhê-lo. Podemos imaginar que as parábolas queiram responder a uma dificuldade dos contemporâneos de Jesus e também dos discípulos: por que os sinais do Reino de Deus não aparecem com força e gloriosos? Efetivamente, na própria vida de Jesus, em que o Reino se faz presente na história da humanidade, não há nada do esplendor e da glória dos reinos e dos reis deste mundo. As duas parábolas são um apelo à confiança, pois a pequenez do início ou o aparentemente pouco em relação ao volume da massa não pode antecipar o que será o futuro. Em relação à modéstia do início, o futuro é uma grande surpresa. Deus age na pequenina semente escondida na terra para fazê-la crescer a ponto de abrigar os ninhos dos pássaros do céu (Dn 4,7-19). Deus age no coração dos homens como o punhado de fermento que faz crescer a massa de farinha. O versículo que serve de conclusão de todo o discurso em parábolas (v. 35) é citação do Sl 78,2, que, empregado neste contexto, diz respeito à identidade de Jesus: é ele quem revela Deus e o seu projeto.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=27%2F07%2F2015#ixzz3h2xQoAuY
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.
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