segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 04/02 - Jesus não é valorizado na sua própria terra - Mc 6, 1-6



Saindo dali, Jesus foi para sua própria terra. Seus discípulos o acompanhavam. No sábado, ele começou a ensinar na sinagoga, e muitos dos que o ouviam se admiravam. “De onde lhe vem isso?”, diziam. “Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E esses milagres realizados por suas mãos? Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, Joset, Judas e Simão? E suas irmãs não estão aqui conosco?”. E ele se tornou para eles uma pedra de tropeço. Jesus, então, dizia-lhes: “Um profeta só não é valorizado na sua própria terra, entre os parentes e na própria casa”. E não conseguia fazer ali nenhum milagre, a não ser impor as mãos a uns poucos doentes.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Preparo-me para orar a Palavra invocando, com todos que circulam na internet,
o Espírito Santo:
Espírito de verdade,
consagro-te a minha inteligência,
imaginação e memória, ilumina-me.
Dá-me a graça de conhecer Jesus Cristo Mestre.

1- LEITURA (VERDADE)

- O que a Palavra diz?
Leio o texto da Palavra de hoje em Mc 6,1-6.
Compreende-se que, sendo Nazaré uma pequena vila de cerca de 300 vizinhos, tivesse um único carpinteiro. O texto diz também que se questionavam se não era ele o irmão de Tiago, José, Judas e Simão. Em aramaico, uma mesma palavra é usada tanto com o sentido de irmão próprio como de parente próximo, e, portanto, não indica que Maria teve outros filhos ou filhas.
Com a baixa auto-estima, ou seja, não acreditando nos valores de um filho da terra, veio a incredulidade, ou seja, não acreditam que Jesus de Nazaré é Filho de Deus.
Na verdade, a fé não cura. Mas, é condição para que o poder de Deus atue com independência de outras intenções. Ali, Jesus curou alguns doentes, diz o texto. A cura é o sinal para encontrar o verdadeiro dom de Jesus: a salvação.
Jesus ficou admirado com a falta de fé que havia ali.

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que a Palavra diz para mim?
O evangelista Marcos diz quem é Jesus. Os nazarenos não estavam interessados nisto. Só queriam saber dos milagres. Apenas buscavam seus interesses e não, a pessoa de Jesus.
Os bispos, na Conferência de Aparecida, lembraram que como cristãos somos portadores de boas novas: “Deus amou tanto nosso mundo que nos deu o seu Filho. Ele anuncia a boa nova do Reino aos pobres e aos pecadores. Por isso, nós, como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que Deus nos ama, que sua existência não é ameaça para o homem, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas. Os cristãos somos portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras”. (DAp 30).
É assim que eu me sinto e vivo?

3- ORAÇÃO (VIDA)

O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Acolho no meu coração Jesus de Nazaré e rezo com o papa Bento XVI:
Ficai conosco, Senhor,
acompanhai-nos, ainda que nem sempre tenhamos sabido reconhecer-vos.
Ficai conosco, porque as sombras vão se tornando densas ao nosso redor,
e vós sois a Luz; em nossos corações se insinua a desesperança,
e vós nos fazeis arder com a certeza da Páscoa.
Estamos cansados do caminho,
mas vós nos confortais na fração do pão
para anunciar aos nossos irmãos que na verdade vós ressuscitastes
e nos destes a missão de ser testemunhas da vossa ressurreição.”
( Bento XVI, Discurso inaugural na V Conferência)

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Depois deste contato com Jesus de Nazaré, vou passar o dia, acolhendo Deus e as suas manifestações nas coisas simples, no pequeno, em cada pessoa.

BÊNÇÃO

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.


Irmã Patrícia Silva, fsp

COMENTÁRIOS
A dureza de coração

Os discípulos acompanham Jesus por todos os lugares; esse caminho com o Senhor fez deles testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Jesus é um Messias itinerante. Na sua itinerância, ele ensina e realiza atos de poder. O seu ensinamento é crível porque verificado no seu agir. O seu ensinamento e a sua ação revelam a sua divindade e profunda humanidade. Na sinagoga de Nazaré, o seu ensinamento causa admiração porque cheio de sabedoria, pois ele descortina o caminho para agradar a Deus. Não obstante a admiração dos que estavam na sinagoga, surge no coração deles resistência a admitir que a sabedoria de Jesus vinha de Deus, aliás, ele mesmo é a sabedoria de Deus. A incredulidade de homens habituados a ouvir a Palavra de Deus causava a admiração de Jesus. De onde vem essa dureza de coração? Do fechamento à surpresa de Deus, de uma ideia equivocada do Messias e de uma rigidez que não permite a Deus falar. A incredulidade impede Jesus de fazer algo por eles. As dificuldades e resistências na realização de sua missão não desestimulam Jesus de continuar a percorrer o seu caminho.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Fonte Paulinas

Nenhum comentário:

Postar um comentário