sábado, 15 de agosto de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 15/08 - Deixai as crianças virem a mim - Mt 19,13-15



Naquele momento, levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreenderam. Jesus disse: “Deixai as crianças, e não as impeçais de virem a mim; porque a pessoas assim é que pertence o Reino dos Céus”. E depois de impor as mãos sobre elas, ele partiu dali.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Concluímos hoje a Semana Nacional da Família. E o Evangelho nos faz refletir sobre as crianças. Elas são carinhosamente acolhidas por Jesus pois também a elas pertence o Reino dos Céus. Com a simplicidade e a singeleza das crianças, acolhamos a Palavra para o nosso dia.
Pedimos: Jesus Mestre, cremos com viva fé que estais aqui presente, para indicar-nos o caminho que leva ao Pai. Iluminai nossa mente, movei nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto em si? Qual é o tema central da narrativa? Qual ensinamento Jesus nos deixa com o gesto de acolher as crianças? O que as crianças nos ensinam? Como as crianças eram tratadas na época de Jesus?
"Associado ao tema da família, anteriormente apresentado, Mateus introduz o tema da criança. Nas crianças encontramos uma das formas de exclusão. Elas integram o universo social dos fracos e excluídos, formado pelos impuros, pecadores, pobres e gentios. Os discípulos repreendem as crianças e aqueles que as levam a Jesus. Da mesma maneira eram repreendidos os dois cegos que clamavam a Jesus, na saída de Jericó (cf. Mt 20,31). O tema da criança também esteve em evidência como contraste às aspirações de poder dos discípulos.
Os discípulos, ainda sem perceberem a novidade de Jesus, demonstram uma atitude gregária excludente. Esta atitude definha as pessoas por seu isolamento em relação à vida que germina no mundo em uma imensa diversidade de circunstâncias.
A pessoas assim como as crianças é que pertence o Reino dos Céus. A observação de Jesus tem um duplo aspecto, o da inversão da ordem social e o da conversão interior de seus discípulos. A nova ordem social a ser instaurada com o Reino não é a dos adultos conformados ou satisfeitos, empenhados na busca de sucesso, status e riqueza. Na nova ordem estão integradas as pessoas simples, confiantes no Pai, comunicativas, em busca do novo, de um futuro promissor, de um mundo melhor para todos, sem exclusões."(Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia 2012’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

Para enriquecer nossa meditação, seguem algumas palavras do Documento de Aparecida: "A infância, hoje em dia, deve ser destinatária de uma ação prioritária da Igreja, da família e das instituições do Estado, tanto pelas possibilidades que oferece como pela vulnerabilidade a que se encontra exposta. As crianças são dom e sinal da presença de Deus em nosso mundo por sua capacidade de aceitar com simplicidade a mensagem evangélica. Jesus as acolheu com especial ternura (cf. Mt 19, 14), e apresentou a capacidade que elas têm para acolher o Evangelho como modelos para entrar no Reino de Deus (cf. Mc 10, 14; Mt 18,3)." (DAp. 438)


3- ORAÇÃO (VIDA)

Oração pelas família
Ó Deus, de quem procede toda a paternidade no céu e na terra.
Tu, Pai, que és Amor e Vida, faz com que nesta terra por Teu Filho, Jesus Cristo, 'nascido de mulher' e pelo Espírito Santo, fonte de caridade divina, cada família humana se torne um verdadeiro santuário de vida e de amor para as gerações que se renovam sem cessar.
Que tua graça oriente os pensamentos e as ações dos esposos para o grande bem de suas famílias e de todas as famílias do mundo.
Que as jovens gerações encontrem na família um apoio inquebrantável que as torne sempre mais humanas e as faça crescer na verdade e no amor.
Que o amor, fortalecido pela graça do sacramento do Matrimônio, seja mais forte do que todas as fraquezas e do que todas as crises conhecidas às vezes pelas nossas famílias.
Enfim, pedimos,te por intercessão da Sagrada Família de Nazaré, que em todas as nações da Terra, a Igreja possa cumprir com fruto a sua missão na família e pela família.
Tu, que és a Vida, a Verdade e o Amor, na unidade do Filho e do Espírito Santo. Amém.
(São João Paulo II)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Recolha em poucas palavras o apelo que você sentiu para colocar em prática durante o dia. O que me proponho a viver? Como vou atingir este propósito?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 
COMENTÁRIOS
As crianças são membros do povo de Deus

Não é a primeira vez que as crianças são mencionadas no evangelho segundo Mateus. No discurso sobre a Igreja, a criança é símbolo do próprio Cristo, servo dos servos, e, ao mesmo tempo, símbolo dos que se sentem desprezados e tentados a abandonar a fé, e que devem ser objeto do cuidado preferencial dos outros membros da comunidade (18,1-5). Aqui, no trecho de hoje do evangelho, as crianças simbolizam aqueles que vivem a sua existência na dependência de Deus, do mesmo modo que as crianças dependem de seus pais para crescer e amadurecer. O gesto de imposição das mãos pode significar tanto cura como bênção, ou, ainda, as duas coisas. O relato opõe a atitude de Jesus à atitude dos discípulos. A atitude dos discípulos é compreensível, se levarmos em conta a mentalidade da época: as crianças não devem importunar os adultos, sobretudo, um Mestre como Jesus. Mas ninguém pode, segundo Jesus, estabelecer uma barreira que impeça, não importa quem, de se aproximar dele. As crianças são membros do povo de Deus (Js 8,35) e, como tal, devem ser acolhidas. Podemos tirar do episódio uma dupla mensagem: em primeiro lugar, o Reino de Deus se abre para os que se sabem “pequenos”; em segundo lugar, e como consequência do anteriormente dito, a Igreja deve se abrir para acolher indistintamente a todas as pessoas, uma vez que Deus não faz distinção de pessoas.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5317#ixzz3isZFBg4v 
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