terça-feira, 30 de junho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 30/06 - Senhor, salva-nos, estamos perecendo! - Mt 8,23-27



Então Jesus entrou no barco, e seus discípulos o seguiram. Nisso, veio uma grande tempestade sobre o mar, a ponto de o barco ser coberto pelas ondas. Jesus, porém, dormia. Eles foram acordá-lo. “Senhor”, diziam, “salva-nos, estamos perecendo!”. “Por que tanto medo, homens de pouca fé?”, respondeu ele. Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. As pessoas ficaram admiradas e diziam: “Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”.



LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Na Leitura orante de hoje somos convidados a crescermos na fé. Crescer na fé foi o convite que Jesus fez aos seus discípulos quando o medo do mar agitado os apavorava. Com grande fé também viveram os Primeiros Mártires de Roma, cuja memória celebramos hoje, a ponto de não temerem entregar suas vidas pelo Senhor. Com fé possamos acolher as palavras de Jesus e permitir que elas nos guiem e nos encorajem quando sentirmos que nosso "barco está sendo coberto pelas ondas".
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Qual é o contexto da narrativa? Onde se encontram Jesus e seus discípulos? Que experiência vivem os discípulos? Qual questionamento Jesus faz aos seus discípulos? Como reagem as pessoas diante do acontecido?
"Mateus resume a narrativa de Marcos, paralela a esta. Faz isso também com as demais narrativas da coleção de dez milagres reunidos nos capítulos 8 e 9 de seu evangelho, em que destaca o caráter messiânico atribuído a Jesus.
Nos evangelhos, temos seis narrativas semelhantes envolvendo dificuldades dos discípulos na travessia do mar: três seguem às narrativas da partilha eucarística dos pães entre Jesus, os discípulos e a multidão, em que Jesus caminha sobre as águas; esta de Mateus e as paralelas de Marcos e Lucas, durante uma travessia de barco para o território gentílico, quando Jesus, após despertar, conjura o vento e o mar agitados. A estas três últimas, segue-se a narrativa da cura dos endemoninhados gerasenos.
Estas narrativas, em estilo de teofania (manifestações espantosas da natureza associadas a Deus), surgiram entre as comunidades primitivas. São um estímulo à fé pela eficácia da palavra de Jesus, diante do "mar agitado" de uma sociedade elitista que serve ao dinheiro e gera a exclusão e o sofrimento. A confiança e a fidelidade à Palavra de Deus nos movem à prática transformadora desta sociedade."(Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas)
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que diz o texto para mim? O que o Senhor está pedindo a mim, hoje? O que significa ser uma pessoa de fé?
(...)Existe uma unidade profunda entre o ato com que se crê e os conteúdos a que damos o nosso assentimento. O apóstolo Paulo permite entrar dentro desta realidade quando escreve: 'Acredita-se com o coração e, com a boca, faz-se a profissão de fé'(Rm 10, 10). O coração indica que o primeiro ato, pelo qual se chega à fé, é dom de Deus e ação da graça que age e transforma a pessoa até ao mais íntimo dela mesma.(...) Por sua vez, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este 'estar com Ele' introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um ato da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita." (...)(Porta Fidei, 10, em http://w2.vatican.va)
3- ORAÇÃO (VIDA)

Jesus, princípio e realização do homem novo, convertei a vós os nossos corações, para que, deixando as sendas do erro, sigamos os vossos passos no caminho que conduz à vida.
Fazei que, fiéis às promessas do batismo, vivamos, com coerência, a nossa fé, testemunhando com solicitude a vossa palavra, para que, na família e na sociedade, resplandeça a luz vivificante do Evangelho.
Jesus, poder e sabedoria de Deus, acendei em nós o amor à Sagrada Escritura, onde ressoa a voz do Pai, que ilumina e abrasa, nutre e consola.
Vós, Palavra de Deus Vivo, renovai na Igreja o ardor missionário, para que todos os povos cheguem a conhecer-vos como verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem, único Mediador entre o homem e Deus.
Jesus, fonte de unidade e de paz, fortalecei a comunhão na vossa Igreja, para que, pela força do vosso Espírito, todos os vossos discípulos sejam um só.
Vós que nos destes como regra de vida o mandamento novo do amor, tornai-nos construtores de um mundo solidário, onde a guerra seja suplantada pela paz, a cultura da morte pelo empenho em favor da vida. Amém. (São João Paulo II)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual é o novo olhar que nasceu em mim a partir da Palavra? Quais pelos recebi e compromissos que desejo concretizar em minha vida?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet.
 
COMENTÁRIOS
O medo é contrário à fé

Entre a ordem de Jesus de passarem para a outra margem (v. 18) e sua entrada no barco com os discípulos (v. 23), há o episódio dos dois casos de vocação (vv. 19-22). Durante a travessia para a outra margem, os discípulos são surpreendidos pelo vento contrário que agita o lago, levantando verdadeiras ondas que invadem o barco. Para o universo bíblico, o mar evoca o mal e a morte. Enquanto os discípulos se apavoram, Jesus dorme (Jn 1,4-6). Dos discípulos que se apavoram é exigida confiança (v. 26). O medo é contrário à fé. Não nos esqueçamos: o discípulo de Jesus Cristo só será livre para segui-lo quando superar o medo da morte e do mal. Há em nossa perícope uma afirmação implícita da divindade de Jesus: assim como Deus domina e faz acalmar o mar (Sl 68,2; 89,10), Jesus, acordado do seu sono, repreende o vento e o mar como se estivesse expulsando um demônio (Mc 1,21-28). À sua voz se faz grande calmaria. Se o sono pode evocar a morte, Jesus despertado do sono lembra a ressurreição, da qual surge vitorioso sobre o mal e a morte, e aos discípulos ensina que, na turbulência própria da travessia, o Senhor está presente e atento às ameaças que a sua Igreja sofre. Ele é o seu socorro e salvação.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5271#ixzz3eYMhAB9T 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

segunda-feira, 29 de junho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 29/06 - Segue-me! - Mt 8,18-22



Vendo uma grande multidão ao seu redor, Jesus deu ordem de passar para a outra margem do lago. Nisso, um escriba aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde fores”. Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”. Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá enterrar meu pai”. Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos enterrem os seus mortos”.



LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Iniciamos uma nova semana e a Palavra de Deus que nos acompanhará neste dia nos apresenta as disposições para o seguimento de Jesus: é preciso desapego, renúncia, fortes motivações e empenho em realizar a vontade de Deus.
Pedimos: Espírito Divino, luz de Deus, vinde nos iluminar, para que possamos compreender o sentido profundo da Palavra de Deus. Fazei-nos discípulos missionários de Jesus, Caminho, Verdade e Vida, transformando nosso coração em terra boa, onde a Palavra produza frutos abundantes. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? A quem Jesus está instruindo? Quais são as orientações de Jesus para quem deseja se colocar no seu seguimento?
"Ao passar para a outra margem, Jesus quer não só evitar as multidões, mas também ampliar seu ministério às populações gentílicas vizinhas.
Mateus aborda o tema do seguimento de Jesus com dois casos opostos. Primeiro, alguém que não é discípulo aproxima-se de Jesus. É um escriba. Outras vezes eles vinham com armadilhas. Agora se pode pensar que o escriba esteja bem intencionado. Ele afirma-se disposto a seguir Jesus. Diante de tal ímpeto de disponibilidade, Jesus mostra cautela. Afirma seu estilo de vida despojado, itinerante, sem segurança, que nem as raposas e as aves têm. Não se sabe a reação do escriba. Parece ter desistido, como o caso do jovem rico em outra narrativa (Mt 19,16-22).
No segundo caso trata-se de um discípulo que pede tempo para enterrar o pai. A resposta negativa de Jesus, tomada ao pé da letra, parece um tanto rude. Pode-se ver aí uma simbologia, na qual 'o pai' deste discípulo significa a tradição do judaísmo, que tem na família a célula de reprodução do 'povo eleito', superior e separado dos demais. Esta resposta de Jesus completa a anterior: seguir Jesus significa uma ruptura pura e simples com as antigas tradições mortas, que não favorecem a vida, e a adesão ao amor vivificante do Pai." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas)

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

(...)"Ouvir e seguir a voz de Cristo Bom Pastor, deixando-se atrair e conduzir por Ele e consagrando-Lhe a própria vida, significa permitir que o Espírito Santo nos introduza neste dinamismo missionário, suscitando em nós o desejo e a coragem jubilosa de oferecer a nossa vida e gastá-la pela causa do Reino de Deus.
A oferta da própria vida nesta atitude missionária só é possível se formos capazes de sair de nós mesmos.(...) Na raiz de cada vocação cristã, há este movimento fundamental da experiência de fé: crer significa deixar-se a si mesmo, sair da comodidade e rigidez do próprio eu para centrar a nossa vida em Jesus Cristo; abandonar como Abraão a própria terra pondo-se confiadamente a caminho, sabendo que Deus indicará a estrada para a nova terra. Esta 'saída' não deve ser entendida como um desprezo da própria vida, do próprio sentir, da própria humanidade; pelo contrário, quem se põe a caminho no seguimento de Cristo encontra a vida em abundância, colocando tudo de si à disposição de Deus e do seu Reino."(...)(Mensagem do Papa Francisco para o 52º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, disponível na íntegra em http://w2.vatican.va).
3- ORAÇÃO (VIDA)

Virgem e Mãe Maria,
Vós que, movida pelo Espírito,
acolhestes o Verbo da vida
na profundidade da vossa fé humilde,
totalmente entregue ao Eterno,
ajudai-nos a dizer o nosso ‘sim’
perante a urgência, mais imperiosa do que nunca,
de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus.

Vós, cheia da presença de Cristo,
levastes a alegria a João o Batista,
fazendo-o exultar no seio de sua mãe.
Vós, estremecendo de alegria,
cantastes as maravilhas do Senhor.
Vós, que permanecestes firme diante da Cruz
com uma fé inabalável,
e recebestes a jubilosa consolação da ressurreição,
reunistes os discípulos à espera do Espírito
para que nascesse a Igreja evangelizadora.

Alcançai-nos agora um novo ardor de ressuscitados
para levar a todos o Evangelho da vida
que vence a morte.
Dai-nos a santa ousadia de buscar novos caminhos
para que chegue a todos
o dom da beleza que não se apaga.

Vós, Virgem da escuta e da contemplação,
Mãe do amor, esposa das núpcias eternas
intercedei pela Igreja, da qual sois o ícone puríssimo,
para que ela nunca se feche nem se detenha
na sua paixão por instaurar o Reino.

Estrela da nova evangelização,
ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão,
do serviço, da fé ardente e generosa,
da justiça e do amor aos pobres,
para que a alegria do Evangelho
chegue até aos confins da terra
e nenhuma periferia fique privada da sua luz.

Mãe do Evangelho vivente,
manancial de alegria para os pequeninos,
rogai por nós.

Amém. Aleluia!
(Papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

O que está sendo pedido à minha vida, aqui e agora? O que pretendo fazer para que isso aconteça? Que outro apelo a Palavra de Deus me convida a viver?


BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet. 

 
COMENTÁRIOS
A vocação de discípulo exige desapego e renúncias

O evangelho de hoje é a sequência do relato da cura do servo do centurião (Mt 8,5-17). Trata-se de um relato de vocação que encontra paralelo em Lucas 9,57-62. Em Lucas fala-se de três anônimos que se apresentam na subida para Jerusalém, enquanto em Mateus duas pessoas são citadas: um escriba e um dos discípulos. Pelo contexto imediato, a atitude de ambos é consequência da admiração e do entusiasmo pelo que Jesus acaba de realizar, curando o servo do centurião, sem, contudo, discernir as exigências e as consequências do seguimento de Jesus. Ao escriba desejoso de segui-lo, Jesus adverte que a vocação de discípulo é itinerante, exige desapego e renúncia do conforto dos bens terrenos. Ao outro discípulo Jesus observa que não pode haver nada que anteceda ou possa retardar o seguimento. Se é verdade que ninguém é excluído do seguimento de Jesus, é verdade também que ninguém pode impor ao Senhor condições para segui-lo. O que é dito em separado a um e a outro, que se dispõem a seguir Jesus, vale no seu conjunto para todos. O que é dito aos discípulos como exigência do seguimento, vemos realizado na vida mesma de Jesus, totalmente empenhado em realizar a vontade do Pai que, por amor, o enviou ao mundo.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5270#ixzz3eTEsbefj 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

domingo, 28 de junho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 28/06 - Solenidade de São Pedro e São Paulo - Mt 16,13-19



Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: “Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem?”. Eles responderam: “Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas”. “E vós”, retomou Jesus, “quem dizeis que eu sou?”. Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus então declarou: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Neste domingo solene da memória dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, rezemos pela Igreja e pelo Papa, cujo dia celebramos hoje. Que a Palavra nos fortaleça no testemunho de nossa fé, a exemplo dos apóstolos Pedro e Paulo, que deram a sua vida por Cristo e pelo Evangelho.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Qual é o questionamento que Jesus dirige aos discípulos? Quais são as afirmações a respeito de Jesus? Para Simão Pedro, quem é Jesus? Qual é a missão que Jesus confia a Pedro?
"Os três evangelhos sinóticos, Marcos, Mateus e Lucas, narram esta controvertida passagem da 'confissão de Pedro, cada um deles imprimindo suas interpretações teológicas pessoais a suas narrativas. Nos evangelhos de Marcos e Lucas, a resposta de Pedro à pergunta de Jesus sobre sua identidade é breve: 'Tu és o Cristo (messias)', e merece a repreensão de Jesus. Pedro e os demais discípulos acreditavam que Jesus seria o messias político esperado, que daria ao povo judeu a glória e o poder sobre as demais nações, como um novo Davi, conforme a imagem elaborada pela tradição do Primeiro Testamento. Jesus censura Pedro por esta compreensão e procura demovê-la da mente dos discípulos.
Mateus modifica a narrativa original de Marcos e também adotada por Lucas. Ele dá um novo sentido à resposta de Pedro, à qual acrescenta a proclamação 'Filho de Deus vivo'. Segue-se a fala de Jesus confirmando a profissão de seu messianismo celeste, ao elogiar a fala de Pedro, declarando-a como revelação divina. Com o acento sobre o caráter messiânico cristológico de Jesus, Mateus dá uma resposta às suas comunidades, oriundas do judaísmo. Ele escreve na década de 80, depois da destruição do Templo de Jerusalém, quando os cristãos inseridos na comunidade judaica estavam sendo expulsos das sinagogas, que até então frequentavam. Ele pretende convencê-los de que em Jesus se realizavam suas esperanças messiânicas moldadas sob a antiga tradição de Israel, de modo a não se intimidarem sob as ameaças e repressão da sinagoga e permanecerem na comunidade cristã.
Com a visão teológica de Mateus ficam estabelecidas duas identidades para Jesus: uma, é 'o filho do homem', o simples Jesus de Nazaré, inserido na humanidade, na sua humildade, e presente entre ela até o fim dos tempos, porém, dignificando-o e divinizando-o; a outra é o 'cristo' ou 'messias' (cristo do grego, messias do hebraico, significando 'ungido'), que é o Jesus ressuscitado, manifestado em glória nos céus, acima dos poderes celestiais, de onde virá para o julgamento final.
Embora no Segundo Testamento se perceba conflitos entre Pedro e Paulo (cf., p. ex., Gl 2,11-14), a liturgia os reúne em uma só festa. Pedro é lembrado pelo seu testemunho corajoso diante da perseguição (At 12,1-11) e Paulo, por seu empenho missionário em territórios da diáspora judaica." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas)
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

(...)"Pedro foi o primeiro que confessou que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. Paulo difundiu este anúncio no mundo greco-romano. E a Providência quis que os dois viessem a Roma e aqui derramassem o sangue pela fé.(...) Pensemos em Pedro. Quando confessou a sua fé em Jesus, não o fez pelas suas capacidades humanas, mas porque tinha sido conquistado pela graça que Jesus transmitia, pelo amor que sentia nas suas palavras e via nos seus gestos: Jesus era o amor de Deus em pessoa!
E o mesmo aconteceu a Paulo, embora de maneira diferente. Quando jovem, Paulo era inimigo dos cristãos, mas quando Cristo Ressuscitado o chamou no caminho de Damasco a sua vida foi transformada: compreendeu que Jesus não tinha morrido, mas estava vivo, e também o amava, a ele que era seu inimigo! Eis a experiência da misericórdia, do perdão de Deus em Jesus Cristo: esta é a Boa Nova, o Evangelho que Pedro e Paulo experimentaram em si mesmos e pelo qual deram a vida. Misericórdia, perdão! O Senhor perdoa-nos sempre, tem misericórdia, é misericordioso, tem um coração misericordioso e espera-nos sempre.
Queridos irmãos, que alegria é crer num Deus que é totalmente amor e graça! Esta é a fé que Pedro e Paulo receberam de Cristo e transmitiram à Igreja. Louvemos o Senhor por estas duas testemunhas gloriosas, e como eles, deixemo-nos conquistar por Cristo, pela sua misericórdia."(...) (Papa Francisco, Angelus 29/06/13, disponível na íntegra em https://w2.vatican.va)
3- ORAÇÃO (VIDA)

Celebrando a memória dos Apóstolos Pedro e Paulo, supliquemos ao Senhor pela missão da Igreja; rezemos nas intenções do Papa e de modo especial para que acolhamos a sua mensagem manifesta na Encíclica Laudato Si; pedimos pelos cristãos perseguidos por causa da fé e pelos povos que vivem em regiões de conflitos e guerras. Lembremos ainda de todas as iniciativas da Igreja para a evangelização dos povos.


4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual apelo a Palavra de Deus despertou em meu coração? O que me proponho a viver? Como vou atingir este propósito?
BÊNÇÃO

- Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, que vos deu por fundamento aquela fé proclamada pelo apóstolo Pedro e sobre a qual se edifica toda a Igreja.
- Ele, que vos instruiu pela incansável pregação de são Paulo, vos ensine a conquistar também novos irmãos para o Cristo.
- Que a autoridade de Pedro e a pregação de Paulo vos levem à pátria celeste, onde chegaram gloriosamente um pela cruz e outro pela espada.
- Abençoe-nos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet.

COMENTÁRIOS
Pela fé a Igreja é revestida da luz do ressuscitado

Junto com a festa de S. Pedro e S. Paulo, celebramos a festa do que a Igreja é: Corpo de Cristo, testemunha de Jesus Cristo (At 1,8), testemunha da vitória de Cristo sobre o mal e todas as manifestações e sobre a morte. Ao celebrarmos num mesmo dia a festa desses dois mártires, tão diferentes entre si, mas unidos pelo mesmo amor à pessoa de Jesus, amor que os levou a entregar a própria vida, celebramos também a diversidade da Igreja e o desafio de construir a comunhão eclesial. Um e outro puderam experimentar uma profunda e radical transformação em suas vidas. Pedro foi encontrado pelo Senhor, às margens do mar da Galileia, enquanto, com seu irmão André, lavavam as redes, depois de uma noite de pesca. A partir desse primeiro encontro, teve início um longo caminho de transformação radical da sua vida, que o levou a essa magnífica expressão de sua adesão radical a Jesus: “... Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo” (Jo 21,17). Paulo, de perseguidor implacável da Igreja de Cristo, foi iluminado pelo Senhor no caminho de Damasco. Essa iluminação, num primeiro momento, o cegou para fazê-lo compreender que todo o passado dele sem Cristo era uma grande cegueira. A luz que surpreendeu Paulo o cegou para dar a ele uma nova luz, a luz do Cristo ressuscitado, a iluminação que é dada como fruto da fé no Senhor vencedor do mal e da morte. A fé da Igreja está apoiada na rocha da fé de Pedro e no testemunho daqueles que com Pedro foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Pela fé a Igreja é revestida da luz do Cristo ressuscitado e, pela graça do mesmo Cristo, é herdeira de sua vitória (cf. Ap 12,1-6). Deles e de todos os que viveram o tesouro da fé a ponto de darem suas vidas se pode dizer que nada foi capaz de separá-los do amor de Cristo (Rm 8,35-37). Por razões diferentes, a Igreja de todos os tempos sempre foi perseguida e ameaçada. Sempre tivemos mártires. O nosso tempo, nesse aspecto, não faz exceção. Por trás do discurso de tolerância religiosa se esconde uma verdadeira rejeição aos valores verdadeiramente cristãos. Que Deus nos dê a graça e a força do Ressuscitado para que, apoiados na fé dos Apóstolos, possamos, não obstante o mundo que nos cerca, dar o verdadeiro testemunho de Cristo. E que, não obstante os momentos difíceis, as ameaças e os perigos, a Igreja continue o seu caminho. Que Deus nos conceda a graça de uma confiança inabalável nele e a graça da lealdade e da fidelidade à Igreja, construída sobre a rocha da fé de Pedro.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5269#ixzz3eMCcck00 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

sábado, 27 de junho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 27/06 - Vou curá-lo! - Mt 8,5-17



Quando Jesus entrou em Cafarnaum, um centurião aproximou-se dele, suplicando: “Senhor, o meu criado está de cama, lá em casa, paralisado e sofrendo demais”. Ele respondeu: “Vou curá-lo”. O centurião disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu criado ficará curado. Pois eu, mesmo sendo subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens; e se ordeno a um: 'Vai", ele vai, e a outro: 'Vem!', ele vem; e se digo ao meu escravo: 'Faze isto!', ele faz”. Ao ouvir isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o estavam seguindo: "Em verdade vos digo: em ninguém em Israel encontrei tanta fé. Ora, eu vos digo: muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, enquanto os filhos do Reino serão lançados fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes". Então, Jesus disse ao centurião: “Vai! Conforme acreditaste te seja feito”. E naquela mesma hora, o criado ficou curado. Entrando na casa de Pedro, Jesus viu a sogra deste acamada, com febre. Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou e passou a servi-lo. Ao anoitecer, levaram a Jesus muitos possessos. Ele expulsou os espíritos pela palavra e curou todos os doentes. Assim se cumpriu o que foi dito pelo profeta Isaías: “Ele assumiu as nossas dores e carregou as nossas enfermidades”.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Novamente nos encontramos com o Senhor da vida. A cura do criado do centurião e da sogra de Pedro, nos revelam que a salvação trazida por ele é para todos. No centro dos dois relatos está um elemento fundamental: a fé. Que a Palavra do Senhor nos conceda a vida neste novo dia. Rezemos: Senhor Jesus Cristo, envia sobre nós, como prometeste, teu Espírito Santo. Que ele nos conceda a vida e nos ensine a plenitude da verdade. Que nele encontremos a salvação, felicidade e plenitude de amor. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Quais personagens estão presentes na narrativa? Qual é o tema central da mensagem de Jesus? Qual é o elemento fundamental para que Jesus pudesse realizar as curas?
"Entre o Sermão da Montanha e as orientações de Jesus aos apóstolos, para a missão, Mateus insere dez milagres, dois dos quais temos hoje. Estas narrativas de milagres de cura e exorcismo reforçam a imagem de Jesus como a presença de Deus entre nós, libertando e comunicando vida.
Na narrativa de cura do criado do centurião o destaque é a fé do soldado romano, atestada por Jesus como maior do que a de ninguém em Israel.
A restauração da sogra de Pedro, que estava com febre, narrativa que Marcos e Lucas colocam após a expulsão do espírito impuro na sinagoga, é inserida por Mateus em sua coleção dos dez milagres. Jesus liberta a mulher para a prática do serviço, característica fundamental das novas comunidades, a exemplo dele próprio, que não veio para ser servido, mas para servir." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas)
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que a Palavra comunica a mim neste dia? Que luz Jesus me revela, com sua pessoa e sua mensagem? De que maneira esta passagem me compromete? O que ela está me pedindo? Tenho fé na ação de Deus que realiza sua obra em minha vida? Creio no Senhor da vida, que me cura e me liberta de minhas enfermidades?
3- ORAÇÃO (VIDA)

Agradeça por tudo o que a Palavra permitiu compreender e experienciar do mistério de Cristo. Apresente ainda ao Senhor a oração que brotou em seu coração durante a Leitura orante.

Jesus, divino Mestre, nós vos adoramos, Filho unigênito de Deus, vindo ao mundo para dar às pessoas a vida em plenitude. Nós vos louvamos e agradecemos, porque morrestes na cruz para obter-nos a vida divina que nos comunicais no batismo e alimentais com a eucaristia e os outros sacramentos. Vivei em nós, Jesus, pelo vosso Espírito, para que vos amemos com todo o nosso ser e amemos o próximo como a nós mesmos no vosso amor. Fazei crescer em nós esse amor para que um dia, ressuscitados, partilhemos convosco a alegria do Reino dos céus. Amém.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Fazer a vontade de Deus no meu dia é sinal de que estou sendo alimentado pelo Pão da vida que é Jesus. De que forma desejo colocar em prática os apelos que a Palavra de Deus me revelou?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet.

COMENTÁRIOS
A universalidade da salvação trazida por Jesus

Neste episódio, presente também nos evangelhos de Lucas e João (Lc 7,1-10; Jo 4,46-53), a finalidade é afirmar a universalidade da salvação trazida por Jesus e a eficácia de sua palavra. No centro do episódio está a fé do centurião na palavra de Jesus, que o cristão deve imitar. Essa fé contrasta com a incredulidade de Israel e a sua dureza de coração. Pela fé, o centurião, que é pagão, pôde experimentar o poder vivificante da palavra de Jesus, que realiza o que ela enuncia, porque comunica o sopro do Espírito que faz viver. O centurião reconhece a autoridade de Jesus ao confessar-se indigno de recebê-lo em sua casa. Aquele pagão não exigia de Jesus nenhum gesto; bastava-lhe a palavra que ele cria não encontrar na distância uma barreira para a sua realização. A palavra dá a vida, do mesmo modo que a Palavra de Deus transformou a desordem do caos na beleza do universo. Uma fé expressa desse modo, o Senhor jamais havia encontrado em todo o Israel. A cura do servo do centurião serve para afirmar a universalidade da salvação de Deus. O Senhor escuta a súplica de todos os povos e não somente de Israel, pois ele não faz distinção de pessoas. Por sua vez, a fé incondicional do centurião deve ser imitada pelos discípulos de Jesus Cristo.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


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EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 26/06 - Eu quero, fica purificado! - Mt 8,1-4



Quando Jesus desceu da montanha, grandes multidões o seguiram. Nisso, um leproso se aproximou e caiu de joelhos diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tens o poder de purificar-me”. Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica purificado”. No mesmo instante, o homem ficou purificado da lepra. Então Jesus lhe disse: “Olha, não contes nada a ninguém! Mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferenda prescrita por Moisés; isso lhes servirá de testemunho”.



LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

O Senhor purifica o leproso sem lhe impor condições e o faz viver novamente com dignidade. Jesus é o Senhor da vida. Seu desejo é de que tenhamos a vida e a vida em abundância.
Rezemos: Espírito Divino, luz de Deus, vinde nos iluminar, para que possamos compreender o sentido profundo da Palavra de Deus. Fazei-nos discípulos missionários de Jesus, Caminho, Verdade e Vida, transformando nosso coração em terra boa, onde a Palavra produza frutos abundantes. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Quais são os personagens presentes na narrativa? Qual é o tema central do texto? Em que contexto vive o leproso?
"Jesus veio não para o 'pequeno resto de Israel', como se consideravam as elites religiosas de Jerusalém, mas para a comunicação e a comunhão com as multidões. Todos os quatro evangelistas mencionam continuamente a presença de Jesus entre estas multidões, tanto de gentios como de judeus, acolhendo-as, deixando-se tocar por elas e as tocando, dirigindo-lhes a palavra e resgatando-lhes a vida e a dignidade.
O leproso que se aproxima de Jesus, caindo de joelhos, pede por sua purificação. A lepra era caracterizada pela impureza e não pela doença, incorrendo nas exclusões legais. O leproso devia afastar-se das comunidades, viver isolado, com vestes rasgadas e má aparência, gritando: 'Impuro, impuro...'(Lv 13,44-46), e quem o tocasse tornar-se-ia também um impuro. Jesus toca o leproso, transgredindo a lei, porém, em vez de tornar-se impuro, é o leproso que é purificado. Jesus, compassivo, conscientemente despreza a estrutura religiosa legalista e excludente, emanada do Templo de Jerusalém e das sinagogas, desobedecendo e removendo seus critérios. Jesus reintegra o excluído pelo sistema legal religioso, infringindo os preceitos e normas deste sistema." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas)
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

"'Senhor, se quiseres, podes purificar-me'. Compadecido, Jesus, estendeu a mão, tocou-o e disse: 'Quero, fica purificado' (cf. Mc 1,40-41). A compaixão de Jesus! Aquele 'padecer com' levava-O a aproximar-Se de cada pessoa atribulada! Jesus não Se retrai, antes, pelo contrário, deixa-Se comover pelo sofrimento e as necessidades do povo, simplesmente porque Ele sabe e quer 'padecer com', porque possui um coração que não se envergonha de ter 'compaixão'.(...)
Imaginai quanto sofrimento e quanta vergonha devia sentir, física, social, psicológica e espiritualmente, um leproso! Não é apenas vítima da doença, mas sente que é também o culpado, punido pelos seus pecados.(...) Além disso, o leproso suscita medo, desprezo, nojo e, por isso, é abandonado pelos seus familiares, evitado pelas outras pessoas, marginalizado pela sociedade; mais, a própria sociedade o expulsa e constringe a viver em lugares afastados dos sãos, exclui-o. E o modo como o faz é tal que, se um indivíduo são se aproximasse de um leproso seria severamente punido e com frequência tratado, por sua vez, como leproso.(...)
Jesus, novo Moisés, quis curar o leproso, quis tocá-lo, quis reintegrá-lo na comunidade, sem Se 'autolimitar' nos preconceitos; sem Se adequar à mentalidade dominante do povo; sem Se preocupar de modo algum com o contágio. Jesus responde à súplica do leproso sem demora e sem os habituais adiamentos para estudar a situação e todas as eventuais consequências. Para Jesus, o que importa acima de tudo é alcançar e salvar os afastados, curar as feridas dos doentes, reintegrar a todos na família de Deus. (...)" (Papa Francisco, homilia 15/02/2015, disponível na íntegra em https://w2.vatican.va)
3- ORAÇÃO (VIDA)

Peçamos ao Senhor da vida que renove em nós as disposições para acolhermo-nos como irmãos. Que não sejamos indiferentes às necessidades dos que clamam por ajuda. Que saibamos estender as mãos e promover a vida onde ela está ameaçada.


4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Em quais realidades percebo a necessidade de uma pronta resposta aos apelos do Senhor? O que pretendo fazer para que isso aconteça?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


...............
Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet.

COMENTÁRIOS
Jesus é Senhor da vida que purifica e faz viver

Depois do longo sermão, Jesus desce da montanha. O sucesso do seu ensinamento é expresso na notícia de que numerosas multidões o seguiam. Jesus é apresentado como o Senhor da vida que purifica e faz viver. É conhecida a condição do leproso e sua discriminação, inclusive religiosa. O Levítico o descreve com detalhes: “o leproso portador desta enfermidade trará suas vestes rasgadas e seus cabelos sem pentear; cobrirá o bigode e clamará: Impuro! Impuro! (...); morará à parte: sua habitação será fora do acampamento” (Lv 13,45-46). A lepra era tida como castigo de Deus e só Deus podia libertar a pessoa de tal enfermidade (cf. Nm 12,9-13). A súplica do leproso é uma verdadeira profissão de fé: “se queres, tens o poder de purificar-me”. A resposta positiva de Jesus à súplica do leproso revela o próprio desejo de Deus: arrancar do ser humano tudo o que o desfigura e lhe tira a vida, e tudo o que o impede de ter uma verdadeira relação fraterna. A ação de Jesus que reintegra a pessoa no seio da comunidade e na comunhão com Deus elimina o equívoco de que Deus esteja na origem de nossos males. Os condicionamentos histórico-culturais podem deformar a imagem de Deus e nos impedir de entrar no coração de Deus; acesso que se tornou possível para nós em Jesus Cristo, “imagem do Deus invisível” (Cl 1,15).
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=26%2F06%2F2015#ixzz3eIPbJWnS 
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quinta-feira, 25 de junho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 25/06 - A casa construída sobre a rocha - Mt 7,21-29



“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’ entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?' Então, eu lhes declararei: 'Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade'. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não desabou, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e ela desabou, e grande foi a sua ruína!" Quando ele terminou estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

A imagem do homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha é utilizada por Jesus para exemplificar a atitude de todo aquele que alicerça a vida em sua Palavra. Acolhendo a Palavra de Deus, tenhamos a certeza de que estamos construindo a nossa vida sobre bases seguras e que as tempestades não poderão abalar.
Rezemos: Vem, Espírito Santo! Faze-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Torna-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Quais imagens estão presentes na narrativa? Quais comparações Jesus utiliza para falar daqueles que escutam a sua Palavra? Como a multidão acolhe os ensinamentos de Jesus?
"Com uma sentença muito clara e uma parábola singela, Jesus encerra o Sermão da Montanha, conforme apresentado no evangelho de Mateus. A invocação 'Senhor! Senhor!' sugere uma piedade cultual que por si só é inconsequente. A piedade se concretiza no agir de acordo com as palavras de Jesus, que revelam a vontade do Pai. E a vontade do Pai, Deus de amor, é que todos tenham vida em abundância, usufruindo dos bens da criação, eliminando-se as cercas e os muros que protegem as minorias privilegiadas e relegam as maiorias ao empobrecimento e à exclusão."(Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas)
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que diz o texto para mim hoje? Como acolho os ensinamentos de Jesus em minha vida? Quais alicerces sustentam a minha vida, meus projetos, meus objetivos? Escuto as palavras de Jesus e as coloco em prática? Qual é o convite que o Senhor me faz?
"Esta figura da rocha se refere ao Senhor.(...) A rocha é Jesus Cristo! A rocha é o Senhor! Uma palavra é forte, dá vida, pode ir em frente, pode resistir a todos os ataques, se tem suas raízes em Jesus Cristo. Uma palavra cristã que não tem suas raízes vitais, na vida de uma pessoa, em Jesus Cristo, é uma palavra cristã sem Cristo! E as palavras cristãs sem Cristo enganam, fazem mal!"(Homilia Papa Francisco em 05/12/2013, disponível em http://br.radiovaticana.va/)

3- ORAÇÃO (VIDA)


4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

É o momento de responder à presença de Deus em nossa vida com um compromisso, um gesto concreto. De que forma desejo colocar em prática os apelos que a Palavra de Deus me despertou neste dia?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


 
COMENTÁRIOS
É preciso pôr em prática os ensinamentos de Jesus

O evangelho deste dia é a conclusão do discurso sobre a montanha (Mt 5–7). O título “Senhor, Senhor” revela, em princípio, o respeito atribuído ao Mestre. Somente depois, para a fé cristã, passará a ser um título cristológico atribuído a Jesus Cristo ressuscitado. No Antigo Testamento, ele substituía, na leitura, o nome impronunciável de Deus. Pelo que segue, o texto deve ser compreendido assim: em primeiro lugar, os discípulos não devem simplesmente orgulhar-se de ter Jesus como seu Mestre; é preciso pôr em prática seus ensinamentos. Não são as muitas palavras ou o louvor estéril que caracterizam os discípulos de Jesus, mas um engajamento afetivo e efetivo no dinamismo da própria vida do Mestre, cujo alimento é fazer a vontade do Pai (Jo 4,34). Dito em outras palavras, é preciso que a vontade de Deus se realize na vida do discípulo como se realizou na vida de Jesus. Em segundo lugar, as duas breves parábolas subsequentes (vv. 24-25.26-27) põem o acento nas palavras de Jesus e na vivência dessa palavra. De algum modo, nas palavras de Jesus está a vontade de Deus. A solidez da vida cristã está em ouvir e pôr em prática as palavras de Jesus e viver os seus valores. Essa exigência evoca Dt 31,12, em que Moisés recomenda aos sacerdotes exortarem o povo a pôr em prática as palavras da Lei. Jesus é, para o evangelho de Mateus, o verdadeiro e autêntico intérprete da Lei.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


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terça-feira, 23 de junho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 24/06 - Natividade de João Batista - Lc 1,57-66.80



Quando se completou o tempo da gravidez, Isabel deu à luz um filho. Os vizinhos e os parentes ouviram quanta misericórdia o Senhor lhe tinha demonstrado, e alegravam-se com ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe, porém, disse: “Não. Ele vai se chamar João”. Disseram-lhe: “Ninguém entre os teus parentes é chamado com este nome!”. Por meio de sinais, então, perguntaram ao pai como ele queria que o menino se chamasse. Zacarias pediu uma tabuinha e escreveu: “João é o seu nome!”. E todos ficaram admirados. No mesmo instante, sua boca se abriu, a língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos se encheram de temor, e a notícia se espalhou por toda a região montanhosa da Judéia. Todos os que ouviram a notícia ficavam pensando: “Que vai ser este menino?”. De fato, a mão do Senhor estava com ele. O menino crescia e seu espírito se fortalecia. Ele vivia nos desertos, até o dia de se apresentar publicamente diante de Israel.
LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Celebramos hoje a Solenidade da Natividade de São João Batista. No nascimento do menino reconhecemos que Deus cumpre o que promete. Iluminados pela Palavra de Deus, também nós possamos celebrar em nossa vida a fidelidade e o amor de Deus que se manifestam no dia a dia.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Quais são os personagens presentes na narrativa? Qual é a mensagem que o evangelista deseja nos transmitir? Quem é João Batista? Como entendo a sua missão?
"Os evangelhos, na medida em que procuram resgatar e interpretar memórias da vida de Jesus, apresentam semelhanças com as antigas biografias de profetas e de filósofos. O evangelho de Marcos, o mais antigo dentre os canônicos, apresenta a história de Jesus começando com o batismo de João e terminando, após a crucifixão de Jesus, com o encontro do túmulo vazio pelas mulheres. Um anexo tardio apresentará narrativas de aparições, extraídas dos outros evangelhos. O evangelho de Mateus, escrito cerca de uma década depois de Marcos, amplia a história de Jesus, apresentando, de início, narrativas relativas à concepção, nascimento e infância de Jesus, bem como, na parte final, narrativas de aparições do Ressuscitado, após o encontro do túmulo vazio. Este esquema é também adotado por Lucas.
Contudo, Lucas, de maneira original, começa seu evangelho com os anúncios das concepções de João, feitos a Zacarias, esposo de Isabel, e de Jesus, feito a Maria, apresentando, em seguida, as narrativas do nascimento dos dois. Com esta aproximação dos dois meninos, desde suas origens, Lucas procura acentuar, de maneira convincente, a íntima relação entre as missões proféticas de João e de Jesus. Esta relação é reafirmada pelos quatro evangelistas, no encontro de Jesus com João Batista, com a recepção de seu batismo, seguindo-se o início do ministério de Jesus, cujo anúncio da chegada do Reino e apelo à conversão assemelham-se aos do Batista. No Segundo Testamento, depois do nome de Pedro, o nome de João Batista é o que mais aparece nos textos, ultrapassando muito as demais ocorrências dos nomes dos próprios apóstolos.
Zacarias era sacerdote do Templo de Jerusalém. João, filho único, deveria receber o nome do pai, bem como manter a sua linhagem sacerdotal hereditária. Contudo, conforme o anúncio do anjo, o nome que lhe dão é João. Um nome diferente que já prenuncia a ruptura com o sacerdócio e com o Templo de Jerusalém. João atuará como profeta, nas regiões desérticas da Judeia, longe de Jerusalém. Chamado desde o seio materno para sua missão profética, João foi associado ao servo do livro de Isaías (Is 49, 1-6). Ele abre os horizontes para a missão universal de Jesus, sem fronteiras nacionalistas ou raciais. João se caracteriza pelo seu batismo de conversão (At 13,22-26). É a conversão à justiça, pelo que o pecado é superado. Jesus, assumindo em si todos os valores humanos, proclama a conversão à justiça como o caminho para ingresso no Reino de Deus, já presente entre nós. É o mundo novo, revestido de imortalidade e eternidade, no amor e na misericórdia." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas)

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

No nascimento de João Batista reconhecemos que Deus cumpre a sua promessa. Deus cumpre o que promete. Também Zacarias, Isabel, Maria e os vizinhos reconhecem a ação de Deus na concepção do menino, se alegram por tão grande maravilha e bendizem a Deus por sua fidelidade. E a mão do Senhor estava com João Batista.
Podemos então nos perguntar: Também acredito que Deus realiza maravilhas em minha vida? Por quais motivos hoje desejo celebrar e render graças a Deus, recordando a sua misericórdia e fidelidade em minha vida? Reconheço que a mão do Senhor me acompanha?
3- ORAÇÃO (VIDA)

Rezemos o Cântico de Zacarias (Lc 1,68-79) que nos narra a ação de Deus e a missão de João Batista.

Bendito o Senhor, Deus de Israel,
porque se preocupou em resgatar seu povo.
Suscitou-nos uma eminência salvadora
na Casa de Davi, seu servo,
como havia prometido desde tempos antigos
por boca de seus santos profetas:
salvação diante de nossos inimigos,
do poder de quantos nos odeiam,
tratando com lealdade nossos pais,
e recordando sua aliança sagrada,
aquilo que jurou a nosso pai Abraão,
que nos concederia,
libertados do poder inimigo,
servi-lo sem temor em sua presença,
com santidade e justiça por toda a vida.
E a ti, menino, te chamarão profeta do Altíssimo,
pois caminharás à frente do Senhor
preparando-lhe o caminho;
anunciando a seu povo a salvação
pelo perdão dos pecados.
Pela entranhável misericórdia do nosso Deus,
nos visitará do alto um amanhecer
que ilumina os que habitam em trevas
e em sombras de morte,
que encaminha nossos passos por um caminho de paz.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

A Palavra de Deus encontrou sintonia em minha vida? Qual é o apelo que desejo colocar em prática?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet. 


 
COMENTÁRIOS
O que Deus promete ele o cumpre

Na releitura cristã da Escritura, em todo o Novo Testamento predomina o esquema promessa–cumprimento. O que Deus promete ele o cumpre. É o caso do evangelho da festa de hoje. Os vizinhos reconhecem a ação de Deus na concepção e no nascimento de João Batista e se alegram por Isabel, pois o Senhor a tinha tirado do opróbrio. Essa alegria havia sido objeto de promessa, quando o anjo anunciou o nascimento de João a Zacarias, no Templo de Jerusalém. Outro aspecto é a mudez de Zacarias e o nome imposto ao menino pelo mensageiro celeste, uma forma de revelar sua eleição divina. A mudez de Zacarias é consequência de sua incredulidade e, ao mesmo tempo, sinal da intervenção de Deus. A língua de Zacarias se soltará quando da realização da promessa. O acordo entre Isabel e Zacarias sobre o nome do menino realiza a promessa e indica que o nome “João” (= Deus concedeu a sua graça) é de origem divina. Recebendo essa revelação como Palavra de Deus, a boca de Zacarias se abre e sua língua se solta para bendizer a Deus. A palavra dada ao ser humano como dom cumpre a sua função de comunicação na medida em que ele bendiz a Deus.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=24%2F06%2F2015#ixzz3dwIWgvrY 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 23/06 - Entrai pela porta estreita! - Mt 7,6.12-14



Não deis aos cães o que é santo, nem joguei vossas pérolas diante dos porcos. Pois estes, ao pisoteá-las se voltariam contra vós e vos estraçalhariam. Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles. Isto é a Lei e os Profetas. Entrai pela porta estreita! Pois larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram! Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida, e poucos são os que o encontram!



LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Neste novo dia que o Senhor nos concede como dom, vamos fazer a nossa Leitura orante confiantes no Senhor que revela-se a nós por meio da Palavra. Ele fala aos nossos ouvidos e ao nosso coração e indica-nos o caminho certo a seguir.
Pedimos: Ó divino Espírito, ensina-me tudo quanto Jesus ensinou. Dá-me inteligência para entender; memória para lembrar; vontade dócil para praticar; coração generoso para corresponder aos teus convites. Tira de mim o coração de pedra para substituí-lo com um coração sensível. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz a narrativa? O que representam os cães e os porcos segundo o texto? Qual é o apelo principal ou regra de ouro presente no texto? De que porta se trata quando Jesus afirma: "Entrai pela porta estreita"?
"No evangelho de hoje temos mais três sentenças avulsas que integram a coletânea do Sermão da Montanha. A primeira sentença, com o 'santo' e as 'pérolas', em oposição aos 'cães' e aos 'porcos', é tão estranha aqui no Sermão da Montanha quanto discriminatória. Embora imprópria, há quem a interprete como uma advertência para se evitar a insistência do anúncio evangélico a quem demonstre má vontade.
A sentença que se segue é conhecida pela formulação: 'Fazei aos outros tudo o que quereis que eles vos façam'. Esta é uma máxima antiga que faz parte da cultura universal. Jesus resume a Lei e os Profetas na prática desta máxima. A expressão 'fazei... tudo...' indica o compromisso concreto e total com o próximo.
A última sentença apresenta as duas 'portas' e os dois 'caminhos'. Trata-se da porta de uma cidade, aonde se chega após caminhar pela estrada. As estradas e portas largas eram as grandes obras do império romano, construídas para melhor explorar os dominados. As estradas e as portas estreitas são as que levam aos excluídos em suas humildes vilas. O discípulo deve rejeitar as estradas do império e seguir o caminho ao encontro dos excluídos." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas)
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

Qual mensagem o texto comunica para minha vida? Como compreendo a orientação de Jesus: "tudo quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles"? Qual palavra do texto encontrou profunda sintonia com a minha vida, com as minhas atitudes? Quais sentimentos o texto despertou em mim? Procure acolher em poucas palavras o apelo que a Palavra de Deus despertou na sua oração.
3- ORAÇÃO (VIDA)

Motivados pela Palavra, somos convidados a assumir que o bem que fazemos aos outros é nosso próprio bem. Apresente ao Senhor o apelo que a Palavra despertou para o seu dia. Faça sua oração trazendo também presente as pessoas que você encontrou e encontrará durante o dia, suas necessidades, sofrimentos, alegrias, as vítimas da violência, os cristãos perseguidos...

"Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida.
Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água.
Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo.
Quando minha cruz parecer pesada, deixe-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.
Quanto não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos.
Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir a necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha.
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome, no mundo de hoje.
Dai-lhes, através das nossas mãos, o pão de cada dia e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria."
(Madre Teresa de Calcutá)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Como a Palavra de Deus estará presente neste meu dia? O que desejo colocar em prática, seguindo os ensinamentos de Jesus?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet.

 
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Jesus é a porta

Trata-se de um convite ao discernimento. À primeira vista, as palavras de Jesus parecem enigmáticas. Os cães são para o Salmo 22 símbolo dos inimigos do justo (Sl 22[21],17); os porcos, símbolo dos pagãos; assim chamados os romanos. Trata-se de não profanar o que é santo e agir com discernimento e prudência. Por causa de sua fé os cristãos foram perseguidos. A regra de ouro é conhecida tanto no universo bíblico como extrabíblico. Trata-se de uma regra de solidariedade (ver: Eclo 31,15). A regra de ouro pode ser considerada uma variante do amor ao próximo que, unido ao amor de Deus e precedido por ele, é a plenitude de toda a Escritura. Os versículos 13 e 14 utilizam a imagem tradicional dos dois caminhos (ver, por exemplo: Pr 4,10-19). “Entrai pela porta estreita...”. De que porta se trata? É a própria mensagem de Jesus que deve ser posta em prática pelos discípulos. Jesus mesmo, toda a sua existência, é o caminho: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6); ele é igualmente a porta: “Eu sou a porta das ovelhas (...) quem entra por mim será salvo” (Jo 10,7.9). Para os que cremos, o acesso ao mistério de Deus e ao seu Reino só é possível através de Jesus Cristo, “mediador entre o céu e a terra”.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5264#ixzz3dtLIeYff 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

domingo, 21 de junho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 22/06 - Não julgueis, e não sereis julgados - Mt 7,1-5



Não julgueis, e não sereis julgados. Pois com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós. Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou, como podes dizer ao teu irmão: “Deixa-me tirar o cisco do teu olho”, quando tu mesmo tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.


LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Iniciamos uma nova semana acolhendo a Palavra de Deus. E somos convidados pelo Senhor a vivermos duas de suas exortações: não julgar os outros e combater a hipocrisia. Que o Espírito Santo venha em nosso auxílio e nos mostre o caminho que a Palavra deseja realizar na vida de cada um de nós.
Rezemos: Senhor Jesus Cristo, envia sobre nós, como prometeste, teu Espírito Santo. Que ele nos conceda a vida e nos ensine a plenitude da verdade. Que nele encontremos a salvação, felicidade e plenitude de amor. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? A quem Jesus está instruindo? Quais são as suas exortações? Onde percebo que o julgamento e a hipocrisia estão presentes? Qual é o caminho apontado por Jesus?
"Ao longo do Sermão da Montanha são abordados vários aspectos característicos do Reino dos Céus: a responsabilidade dos discípulos, os pontos fundamentais que Jesus inova em relação à antiga Lei, a intimidade com o Pai, o desapego das riquezas. Agora as palavras de Jesus se constituem em orientação e norma para o harmonioso convívio comunitário. A rejeição do 'julgar' se refere ao julgamento condenatório, que deve ser descartado. O convívio humano comporta discernimento e avaliações. Porém, quem faz um julgamento condenatório está condenando a si mesmo. Neste sentido é feita a comparação baseada em antigas normas de contratos comerciais de troca de cereais: a mesma medida deve ser aplicada a ambas as partes. O hábito de criticar com frequência oculta a fuga de uma autoavaliação. A crítica exacerbada ofusca a lucidez. A autocrítica sincera leva à humildade e à misericórdia para com os outros. A qualificação 'hipócrita' pode sugerir que o texto teria sido originalmente dirigido aos fariseus, sendo depois aplicado à comunidade. Na humildade, na acolhida e na valorização do irmão constrói-se a comunidade viva e aberta que transforma o mundo." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas)
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o texto diz para mim? Como acolho os ensinamentos de Jesus em minha vida? Qual é o caminho para o não julgamento dos outros? E para combater a hipocrisia? O que leva o ser humano a agir com julgamentos e hipocrisia? Qual é o apelo que o Senhor me convida a viver? Quais sentimentos a Palavra despertou em mim?
3- ORAÇÃO (VIDA)

O Senhor é nossa força, consolo e abrigo. A ele entregamos a nossa vida e esta nova semana. A ele confiamos as pessoas que amamos e todas aquelas com as quais partilharemos a vida neste dia.

Pedimos que o Espírito Santo transforme o nosso coração: Ó Espírito Santo! Dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora; fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da Santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao Coração do Senhor Jesus. Um coração grande e forte, para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos. Um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda ofensa, toda desilusão. Um coração grande e forte e constante até o sacrifício, quando for necessário. Um coração, cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo, e cumprir humilde e fielmente a vontade do Pai. Amém. (Papa Paulo VI)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

O que me proponho a viver concretamente neste dia? O que está sendo pedido à minha vida, aqui e agora?

BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


...............
Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet.

 
COMENTÁRIOS
Deus não enviou o seu Filho ao mundo para julgar o mundo

Há no evangelho de hoje duas exortações: a primeira de não julgar os outros e a segunda contra a hipocrisia. O juízo contra os outros é uma forma de rotular a pessoa e petrificá-la numa imagem irreversível, isto é, sem oferecer-lhe nenhuma possibilidade de defesa ou de mudança. Julgar os outros significa também condená-los. No evangelho de João, no diálogo de Jesus com Nicodemos, encontramos a oposição entre julgar e salvar: “Deus não enviou o seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele” (Jo 3,17). A escatologia deve iluminar a vida presente do discípulo e orientar o seu comportamento. A segunda exortação diz respeito à hipocrisia, que é caracterizada nestes termos: alguém vê um pequeno defeito na vida do irmão e esse pequeno defeito passa a ser a sua maior ocupação. No entanto, por causa da própria cegueira a pessoa não reconhece a gravidade da sua situação, nem faz qualquer esforço para eliminá-la. Na controvérsia com os fariseus, Jesus faz essa declaração contundente: “Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas dizeis: nós vemos! Vosso pecado permanece” (Jo 9,41). No ditado popular dizemos: “Cegueira maior tem aquele que não quer ver”.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=22%2F06%2F2015#ixzz3dkNV8MJc 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

sábado, 20 de junho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 21/06 - Ainda não tendes fé? - Mc 4,35-41



Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos discípulos: “Passemos para a outra margem!”. Eles despediram as multidões e levaram Jesus, do jeito como estava, consigo no barco; e outros barcos o acompanhavam. Veio, então, uma ventania tão forte que as ondas se jogavam dentro do barco; e este se enchia de água. Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram-lhe: “Mestre, não te importa que estejamos perecendo?”. Ele se levantou e repreendeu o vento e o mar: “Silêncio! Cala-te!”. O vento parou, e fez-se uma grande calmaria. Jesus disse-lhes então: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?”. Eles sentiram grande temor e comentavam uns com os outros: “Quem é este, a quem obedecem até o vento e o mar?”.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Liturgia do 12º Domingo do Tempo Comum. Acolhendo o questionamento que Jesus faz aos seus discípulos sobre a falta de fé, somos convidados a renovar a nossa fé na presença do Senhor em nosso meio, também nos momentos turbulentos de nossa vida.
Rezemos: Vem, Espírito Santo! Faze-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Torna-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Quais palavras chamaram mais atenção durante a leitura? Por que Jesus convida seus discípulos a passarem para a outra margem? Que experiência vivem os discípulos durante a travessia? Quais questionamentos Jesus faz aos seus discípulos?
"No evangelho de Marcos, o início do ministério de Jesus na Galileia se dá a partir do mar. Os primeiros discípulos são chamados de junto do mar e é aí a base deste ministério. 'Passemos para a outra margem' indica a abertura para a missão entre os gentios das regiões vizinhas. As diversas viagens de barco são recursos literários, utilizados por Marcos, para organizar a sua narrativa, alternando o ministério na Galileia com o ministério entre os gentios, tendo também importante conteúdo simbólico. Os discípulos, no barco batido pelas ondas, exprimem as comunidades com suas dificuldades, no cumprimento de sua missão transformadora da sociedade. Porém, se até o vento e o mar obedecem à palavra de Jesus, por que, enchendo-nos de fé, não iremos nós também obedecer-lhe, empenhados na construção do mundo novo possível, onde vigorem a justiça, a fraternidade, a alegria e a paz?" (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas)
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

(...) "Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (cf. Lc 1, 38). (...) Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (cf. Lc 2, 19.51), transmitiu-a aos Doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf. At 1, 14; 2, 1-4).
Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre (cf. Mc 10, 28). Acreditaram nas palavras com que Ele anunciava o Reino de Deus presente e realizado na sua Pessoa (cf. Lc 11, 20). Viveram em comunhão de vida com Jesus, que os instruía com a sua doutrina, deixando-lhes uma nova regra de vida pela qual haveriam de ser reconhecidos como seus discípulos depois da morte d’Ele (cf. Jo 13, 34-35). Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obedecendo ao mandato de levar o Evangelho a toda a criatura (cf. Mc 16, 15) e, sem temor algum, anunciaram a todos a alegria da ressurreição, de que foram fieis testemunhas.
Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade reunida à volta do ensino dos Apóstolos, na oração, na celebração da Eucaristia, pondo em comum aquilo que possuíam para acudir às necessidades dos irmãos (cf. At 2, 42-47). Pela fé, os mártires deram a sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho que os transformara, tornando-os capazes de chegar até ao dom maior do amor com o perdão dos seus próprios perseguidores.
Pela fé, homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a castidade, sinais concretos de quem aguarda o Senhor, que não tarda a vir. Pela fé, muitos cristãos se fizeram promotores de uma ação em prol da justiça, para tornar palpável a palavra do Senhor, que veio anunciar a libertação da opressão e um ano de graça para todos (cf. Lc 4, 18-19).
Pela fé, no decurso dos séculos, homens e mulheres de todas as idades, cujo nome está escrito no Livro da vida (cf. Ap 7, 9; 13, 8), confessaram a beleza de seguir o Senhor Jesus nos lugares onde eram chamados a dar testemunho do seu ser cristão: na família, na profissão, na vida pública, no exercício dos carismas e ministérios a que foram chamados.
Pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e na história." (...) (Carta Apostólica Porta Fidei, Bento XVI, disponível na íntegra em www.vatican.va)

3- ORAÇÃO (VIDA)

Professemos a nossa fé rezando o Credo Niceno-Constantinopolitano.
Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por ele todas as coisas foram feitas. E, por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus e se encarnou, pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos: padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual é o apelo que a Palavra de Deus despertou para o seu dia? Pense em uma ação concreta e procure torná-la realidade. Conte com a graça de Deus.

BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet.

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COMENTÁRIOS
Confiar e não se deixar dominar pelo medo
Depois de uma série de ensinamentos em parábolas (4,1-34), Jesus faz com os seus discípulos uma nova travessia “para a outra margem”, trajeto que parece habitual para eles. Se não todos, a maioria dos seus discípulos conhecia muito bem o mar da Galileia, habituados a ter este lugar como lugar de trabalho. Situado a 210 metros abaixo do nível do mar, o fenômeno de ventos que agitam as águas do lago e provocam como que ondas, é conhecido. Para o homem bíblico, o mar é símbolo do mal e da morte. Diante dele, o ser humano sente uma força que não é capaz de dominar. A força dos ventos, a agitação das águas que invadem o barco e o desespero e o medo dos discípulos contrastam com a tranquilidade de Jesus, que dorme. Ao ser acordado pelos discípulos, põe-se em pé e com a palavra determinada, a mesma dirigida aos demônios (cf. Mc 1,25), domina a fúria do vento e do mar. No Antigo Testamento, é Deus quem acalma a fúria das ondas e conduz os seus ao porto seguro (cf. Sl 107[106],29). Na primeira leitura, um trecho do livro de Jó, Deus exorta Jó à confiança nele, pois os homens não têm poder sobre os elementos naturais, mas Deus, criador de todas as coisas, tem o poder sobre toda a criação. Jesus participa desse poder. De dentro do barco, repreendendo o vento e o mar, ele manifesta essa participação no poder de Deus para que cresça a fé dos discípulos. O texto é a ocasião para proclamar a divindade e a vitória de Cristo sobre o mal. Para o discípulo, o texto é um apelo à confiança, a não se deixar dominar pelo medo. No tempo da angústia e da aflição, a fé no Senhor permanece conosco, e deve nos dominar e conduzir (ver: Sl 107[106],25-30). No tempo da angústia, do medo, é preciso nos lembrarmos de que o Senhor está sempre presente (cf. Mt 28,20) e, como os discípulos, pedirmos com confiança e fé: “Senhor, ajuda-nos!”. Sem confiança no Senhor, sem fé, nos desesperamos, porque a falta de fé impede que o Senhor possa agir.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=21%2F06%2F2015#ixzz3df4sr0v6 
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sexta-feira, 19 de junho de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 20/06 - Ninguém pode servir a dois senhores - Mt 6,24-34



Ninguém pode servir a dois senhores: ou vai odiar o primeiro e amar o outro, ou aderir ao primeiro e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro! Por isso, eu vos digo: não vivais preocupados com o que comer ou beber, quanto à vossa vida; nem com o que vestir, quanto ao vosso corpo. Afinal, a vida não é mais que o alimento, e o corpo, mais que a roupa? Olhai os pássaros do céu: não semeiam, não colhem, nem guardam em celeiros. No entanto, o vosso Pai celeste os alimenta. Será que vós não valeis mais do que eles? Quem de vós pode, com sua preocupação, acrescentar um só dia à duração de sua vida? E por que ficar tão preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo. Não trabalham, nem fiam. No entanto, eu vos digo, nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um só dentre eles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje está aí e amanhã é lançada ao forno, não fará ele muito mais por vós, gente fraca de fé? Portanto, não vivais preocupados, dizendo: 'Que vamos comer? Que vamos beber? Como nos vamos vestir?' Os pagãos é que vivem procurando todas essas coisas. Vosso Pai que está nos céus sabe que precisais de tudo isso. Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo. Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá sua própria preocupação! A cada dia basta o seu mal.
LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

A mensagem que o Senhor nos apresenta no Evangelho de hoje é muito clara: ninguém pode servir a dois senhores, ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro. Também é um convite a confiarmos na providência do Pai, que sabe do que precisamos e não nos deixa faltar nada.
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado. E renovareis a face da terra. Oremos: Senhor, nosso Deus, que pela luz do Espírito Santo instruístes o coração dos vossos fiéis, fazei-nos dóceis ao mesmo Espírito, para apreciarmos o que é justo e nos alegrarmos sempre com a sua presença. Por Cristo nosso Senhor. Amém.


1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Qual é o contexto da narrativa? É possível servir a dois senhores? Qual é a atitude de vida que Jesus nos convida no Evangelho? Observe as palavras e ideias que chamaram mais a sua atenção durante a leitura.
"Dando sequência à denúncia da ambição, Jesus faz a contraposição entre o projeto de Deus e o projeto de enriquecimento pessoal. O destinatário do nosso serviço é o destinatário do nosso amor. Quem serve a Deus ama a Deus. Quem serve ao dinheiro ama o dinheiro. Servir a Deus é servir à causa da vida, em comunhão de amor com os irmãos, particularmente os mais necessitados. Servir ao dinheiro é consumir-se em preocupações sobre como aumentar suas riquezas e mantê-las. Quem serve ao dinheiro está consolidando esta estrutura socioeconômica que favorece o enriquecimento de minorias, às custas da exploração das maiorias empobrecidas, os trabalhadores, que produzem os bens, e os consumidores. A bem-aventurança da pobreza conduz à paz, no abandono nas mãos de Deus, como os pássaros do céu ou os lírios dos campos." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas)


2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o Senhor pede a mim hoje? Quem é o senhor da minha vida a quem sirvo? Quais são as preocupações que ocupam minha mente, meu coração? Como ressoa em mim as palavras de Jesus: "Quem de vós pode, com sua preocupação, acrescentar um só dia à duração de sua vida"? Confio que Deus conhece as minhas necessidades e qual Pai atencioso, nos atende em nossas necessidades? Qual palavra do texto encontrou profunda sintonia com a minha vida, com as minhas atitudes? Em minha vida, meu trabalho, meu relacionamento com as pessoas, como procuro viver os ensinamentos de Jesus?
3- ORAÇÃO (VIDA)

"Jesus, princípio e realização do homem novo, convertei a vós os nossos corações, para que, deixando as sendas do erro, sigamos os vossos passos no caminho que conduz à vida. Fazei que, fiéis às promessas do batismo, vivamos, com coerência, a nossa fé, testemunhando com solicitude a vossa palavra, para que, na família e na sociedade, resplandeça a luz vivificante do Evangelho.
Jesus, poder e sabedoria de Deus, acendei em nós o amor à Sagrada Escritura, onde ressoa a voz do Pai, que ilumina e abrasa, nutre e consola. Vós, Palavra de Deus Vivo, renovai na Igreja o ardor missionário, para que todos os povos cheguem a conhecer-vos como verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem, único Mediador entre o homem e Deus.
Jesus, fonte de unidade e de paz, fortalecei a comunhão na vossa Igreja, para que, pela força do vosso Espírito, todos os vossos discípulos sejam um só. Vós que nos destes como regra de vida o mandamento novo do amor, tornai-nos construtores de um mundo solidário, onde a guerra seja suplantada pela paz, a cultura da morte pelo empenho em favor da vida. Amém. (São João Paulo II)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Com a Palavra de Deus na mente e no coração, qual atitude me proponho a viver no dia de hoje?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet.

 
COMENTÁRIOS
O discípulo deve rejeitar a ambiguidade

O coração do ser humano não pode estar dividido. Dissemos acima que o ser humano não pode viver a sua existência sem fazer escolhas. A ambiguidade e a divisão podem destruir a vida do homem. A fé cristã vivida como opção livre do fiel não admite ambiguidade, não admite dois senhores que determinem a vida da pessoa. De fato, a riqueza, a preocupação excessiva com os bens deste mundo, o apego às coisas terrenas se opõem a Deus e reivindicam o lugar de Deus. O discípulo deve rejeitar a ambiguidade e viver a sua vida responsavelmente e, ao mesmo tempo, na confiança em Deus. Nenhum bem deste mundo é capaz de realizar plenamente o ser humano nem de dar sentido à sua vida. Nosso texto de hoje não é um convite à passividade nem tampouco ao conformismo; ele é um apelo à confiança em Deus que deve caracterizar o modo de vida do fiel cristão. Para o nosso texto, Deus não é alheio à vida do ser humano; ele sabe do que necessitamos. Não se pode reduzir a existência humana ao conforto e ao bem-estar. A vida é muito mais do que possuir e o ser humano vale muito mais que os seus bens. Na vida do cristão tudo deve ser vivido e buscado a partir da centralidade do Reino de Deus. O que realiza plenamente a vida do ser humano não se confunde absolutamente com os bens deste mundo; somente o que “não passa” é que pode conduzir o homem à plena felicidade.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


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EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 19/06 - Ajuntai para vós tesouros no céu - Mt 6,19-23



Ajuntai para vós tesouros no céu - Mt 6,19-23

Não ajunteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Pois onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração. A lâmpada do corpo é o olho: se teu olho for simples, ficarás todo cheio de luz. Mas se teu olho for ruim, ficarás todo em trevas. Se, pois, a luz em ti é trevas, quão grandes serão as trevas!



LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Ao Senhor entregamos este novo dia e pedimos que o Espírito Santo nos conceda a graça do discernimento para buscarmos o verdadeiro tesouro que deve orientar a nossa vida, nosso agir e nossas decisões.
Espírito Divino, luz de Deus, vinde nos iluminar, para que possamos compreender o sentido profundo da Palavra de Deus. Fazei-nos discípulos missionários de Jesus, Caminho, Verdade e Vida, transformando nosso coração em terra boa, onde a Palavra produza frutos abundantes. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? A quem Jesus está instruindo? Por que Jesus nos pede para não acumularmos riquezas na terra? O que significa juntar tesouros no céu? O que entendo por: "a lâmpada do corpo é o olho"?
"Após os textos sobre a esmola, o jejum e a oração, no Sermão da Montanha, seguem-se as palavras de advertência sobre a ambição da riqueza. O evangelho de Lucas é o que mais aprofunda e denuncia o contraste entre a riqueza e a pobreza. Em Mateus o tema da riqueza só é abordado nesta parte do Sermão da Montanha e no episódio do homem rico que rejeita o seguimento de Jesus.
Na sociedade de classes, a riqueza é tida como critério de valor. Tal concepção tem seu fundamento na doutrina da retribuição que aflora no Primeiro Testamento. Segunda ela, Deus recompensaria os justos com riquezas e castigaria os maus com privações e sofrimentos. É o uso da religião para respaldar a acumulação de bens. Jesus descarta tal doutrina de origem judaica que inspira o capitalismo.
A ambição tem raízes no coração: 'Onde estiver o teu tesouro, aí estará também teu coração'. Um coração ansioso pela riqueza corrupta e corruptível corrompe-se também. No olho pode-se perceber um reflexo do coração. O olho simples e luminoso exprime um coração generoso que transborda para a vida. O olho ruim e de trevas exprime um coração mesquinho que, fechado sobre si mesmo, rejeita a vida."(Reflexão de José Raimundo Oliva, em A Bíblia dia a dia, Paulinas)


2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

(...)"Onde está o teu tesouro, aquele que tu desejas? — porque Jesus nos disse: onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração — e eu pergunto: onde está o teu tesouro? Qual é para ti a realidade mais importante, mais preciosa, a realidade que atrai o meu coração como um íman? O que atrai o teu coração? Posso dizer que é o amor de Deus? Há o desejo de fazer o bem ao próximo, de viver para o Senhor e para os nossos irmãos? Posso dizer isto? Cada um responda no seu coração. Mas alguém pode dizer-me: mas Padre, eu trabalho, tenho família, para mim a realidade mais importante é ocupar-me da minha família, do trabalho... Sem dúvida, é verdade, é importante. Mas qual é a força que mantém a família unida? É precisamente o amor, e quem semeia o amor no nosso coração é Deus, o amor de Deus, é mesmo o amor de Deus que confere sentido aos pequenos compromissos diários e que ajuda também a enfrentar as grandes provações. Este é o tesouro autêntico do homem."(...)(Papa Francisco, Angelus, 11/08/13, disponível na íntegra em www.vatican.va)
3- ORAÇÃO (VIDA)

Apresente ao Senhor o apelo que brotou em seu coração e peça a graça de vivê-lo durante o dia. Reze também nas intenções do Papa Francisco e para que possamos acolher o pedido que ele nos faz na nova Encíclica Laudato Si (Louvado sejas) para que tenhamos um estilo de vida de cuidado da nossa casa comum, o Planeta.

"Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, rosto humano de Deus e rosto divino do homem, acendei em nossos corações o amor ao Pai que está no céu e a alegria de sermos cristãos. Vinde ao nosso encontro e guiai os nossos passos para seguir-vos e amar-vos na comunhão da vossa Igreja, celebrando e vivendo o dom da Eucaristia, carregando a nossa cruz, e ungidos por vosso envio. Dai-nos sempre o fogo do vosso Santo Espírito, que ilumine as nossas mentes e desperte em nós o desejo de contemplar-vos, o amor aos irmãos, especialmente aos aflitos, e o ardor por anunciar-vos. Discípulos e missionários vossos, nós queremos remar mar adentro, para que os nossos povos tenham em Vós vida abundante, e construam com solidariedade a fraternidade e a paz. Senhor Jesus, vinde e enviai-nos! Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós. Amém." (Bento XVI, 2007)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Como vou viver concretamente durante o dia os apelos que o Senhor me revelou?

BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


...............
Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos.
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em A Bíblia dia a dia 2015, Paulinas.
Leitura orante: Equipe de redação Paulinas Internet.

 
COMENTÁRIOS
Repousar o coração no que não passa

O ser humano, dotado de saúde psíquica, não pode passar a sua existência sem se decidir. Para viver plenamente ele tem que fazer uma escolha fundamental que realiza a sua liberdade, recebida como dom de Deus. Em que engajar toda a vida? Para essa resposta não há meio-termo possível. Quem fala de tesouro, fala de valor, do que é importante, do que determina o curso de uma atividade e o seu empenho. O nosso texto põe em confronto dois tesouros: os da terra e os do céu. Cada pessoa possui um tesouro; cada um vincula a sua vida a um valor que determina e move seu modo de agir e suas decisões. O que importa é o que engaja a pessoa por inteiro, define e orienta a sua vida. Ao cristão importa juntar tesouros no céu, isto é, viver os valores do céu revelados em Jesus Cristo. O que é passageiro e fugaz é só aparência; é preciso fazer o coração repousar no que não passa. Deus não passa; a palavra de Cristo não passa. O olho provoca o desejo; ele é mesmo uma fonte de desejos. O olho será luz à medida que o desejo for bom, isto é, à medida que a atração for pelas coisas celestes. Se o olho, no entanto, for seduzido pelo mal, ele conduzirá a pessoa às trevas. Assim diz o provérbio: “olhar altivo, coração orgulhoso, a lâmpada dos ímpios não é senão pecado” (Pr 21,4).
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


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