segunda-feira, 31 de agosto de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 01/09 - Jesus ensina com autoridade - Lc 4,31-37



Jesus desceu para Cafarnaum, cidade da Galileia, e lá os ensinava, aos sábados. Eles ficavam maravilhados com os seus ensinamentos, pois sua palavra tinha autoridade. Na sinagoga estava um homem que tinha um espírito impuro, e ele gritou em alta voz: “Que queres de nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!”. Jesus o repreendeu: “Cala-te, sai dele!”. O demônio então lançou o homem no chão e saiu dele, sem lhe fazer mal algum. Todos ficaram espantados e comentavam: “Que palavra é essa? Ele dá ordens aos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem”. E sua fama se espalhava por todos os lugares da redondeza.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Iniciamos hoje o Mês da Bíblia. O Evangelho nos coloca diante de Jesus que instrui com autoridade, pois suas palavras tocam o coração dos ouvintes, dão sentido e libertam. Peçamos a graça de que ao longo deste mês, possamos acolher com profundidade os ensinamentos de Jesus em nossa vida e deixar-nos transformar por ela.
Silenciando o coração, repita algumas vezes a oração: Jesus Mestre, iluminai minha mente, movei meu coração, para que esta meditação produza em mim frutos de vida. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Observe o contexto do relato: lugares, pessoas, acontecimentos... Quem é Jesus? O que ele ensina? Como é o seu ensinamento? Como as pessoas acolhem as palavras de Jesus e o que ela realiza nos ouvintes?
"Lucas reproduz, com poucas diferenças, a semelhante narrativa de Marcos. Porém, ele a coloca antes da vocação dos primeiros discípulos, enquanto Marcos a coloca depois. O contexto é o do ensinamento com autoridade de Jesus. 'Autoridade' significa competência, coerência e autenticidade. O gesto espantoso de exorcismo é uma expressão da força transformadora da sua palavra e de seu ensino, que liberta as mentes das ideologias religiosas que deformam a face de Deus. Em confronto com os ensinamentos de Jesus encontra-se na sinagoga um espírito impuro que o questiona: 'Que queres de nós, Jesus de Nazaré? Viste para nos destruir?'. É o espírito que reina na sinagoga e Jesus vem libertar os que ali estão submissos a este espírito.
O anúncio da Palavra abala todo sistema religioso convencional e formal. A Palavra fecunda é a que renova as comunidades e a sociedade, promovendo a unidade em torno da justiça, da dignidade humana e da paz."(Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

"Jesus está presente na palavra de Deus e fala-nos. Eis por que a palavra de Deus é diversa inclusive da mais elevada palavra humana. E nós devemos aproximar-nos dela com o coração aberto das bem-aventuranças e com humildade.(...) Torna-se muito importante questionar-se: Como devemos receber a palavra de Deus?. A resposta é clara: Como se recebe Jesus Cristo. A Igreja diz-nos que Jesus está presente na Escritura, na sua palavra. Por isso, aconselho muitas vezes que se tenha sempre um pequeno Evangelho na bolsa, no bolso, para ler um trecho durante o dia. Um conselho prático não tanto para aprender algo mas sobretudo para encontrar Jesus, porque Jesus se encontra precisamente na sua palavra, no seu Evangelho. Se Jesus está presente na palavra de Deus e fala-nos na palavra de Deus, far-nos-á bem hoje, durante o dia perguntar-nos: de que modo recebo a palavra de Deus?" (Papa Francisco, meditação matinal, 01/07/14, em http://w2.vatican.va/)
3- ORAÇÃO (VIDA)

Ofereça ao Senhor os frutos da sua oração, da sua meditação e contemplação da Palavra. Apresente o desejo que brotou em seu coração e peça a graça de vivê-lo durante o dia. Faça sua prece de agradecimento ou pedido. Conclua com a oração: Jesus Mestre, agradeço pelas luzes que me destes nesta meditação. Perdoai-me, pelos limites que me impediram de fazê-la melhor. Ofereço-vos a resolução que tomei e que espero viver, pela vossa graça. Amém.


4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual é a aplicação da Palavra em minha vida? O que me proponho a viver? Como vou atingir este propósito?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet


COMENTÁRIOS
A palavra de Jesus vence o mal

Cafarnaum é uma cidade às margens do mar da Galileia, lugar onde fica a casa de Simão Pedro e de seu irmão André; lugar, ao que tudo indica, em que Jesus estabeleceu sua morada. O episódio na sinagoga de Nazaré havia antecipado os acontecimentos de Cafarnaum, o que dava ao discurso um caráter programático. Por seu ensinamento, Jesus desperta a admiração de quem o ouve, pois a sua palavra tem autoridade, isto é, coerência, faz sentido e dá sentido a tudo. O seu ensinamento causa admiração porque sua palavra é sentida como um sopro que comunica o Espírito Santo. A presença de Jesus e o seu ensinamento comunicam a graça de Deus, ao mesmo tempo que revelam os males do coração humano (cf. Mc 7,21). Definições filosóficas, aqui, não nos ajudam a compreender a realidade do mal. O mal é o que faz mal; é algo do ser humano que resiste e se opõe ao desígnio salvífico de Deus e desfigura o homem criado à imagem e semelhança de Deus. O texto é uma proclamação de fé na palavra de Jesus que vence o mal. Essa palavra eficaz, ao entrar no coração do ser humano, expulsa o mal.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=01%2F09%2F2015#ixzz3kRtph08n 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

domingo, 30 de agosto de 2015

EVANGELHO DO DIA- ANO B - DIA 31/08 - Não é este o Filho de José? - Lc 4,16-30



Foi então a Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, no dia de sábado, foi à sinagoga e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, encontrou o lugar onde está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa-Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça da parte do Senhor”. Depois, fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Os olhos de todos, na sinagoga, estavam fixos nele. Então, começou a dizer-lhes: "Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir." Todos testemunhavam a favor dele, maravilhados com as palavras que saíam de sua boca. E perguntavam: "Não é este o Filho de José"? Ele, porém, dizia: "Sem dúvida, me citareis o provérbio: 'Médico, cura-te a ti mesmo'. Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum, faze também aqui, na tua terra!" E acrescentou: "Em verdade, vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. Ora, a verdade é esta que vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e uma grande fome atingiu toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado o profeta Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, haviam muitos leprosos em Israel, mas nenhum deles foi curado, senão Naamã, o sírio". Ao ouvirem estas palavras, na sinagoga, todos ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no para o alto do morro sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de empurrá-lo para o procipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

O ensinamento de Jesus provoca a admiração nas pessoas: "de onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres?". Porém, a falta de fé e o fechamento do coração as impediram de acolher Jesus como o Enviado do Pai. Que o Espírito Santo abra o nosso coração para acolhermos os ensinamentos de Jesus para o nosso dia.
Rezemos: Ó divino Espírito, ensina-me tudo quanto Jesus ensinou. Dá-me inteligência para entender; memória para lembrar; vontade dócil para praticar; coração generoso para corresponder aos teus convites. Tira de mim o coração de pedra para substituí-lo com um coração sensível. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Por que o ensinamento de Jesus causa a admiração nas pessoas? Por que foi difícil acolhê-lo como o Messias? Como Jesus reage diante dos questionamentos da multidão?
"Jesus atribui a si a missão de anunciar a Boa-Nova aos pobres, descrita pelo profeta Isaías. Jesus é uma pessoa comum da comunidade, é 'o filho de José'. Não é valorizado pelos seus conterrâneos, que se enchem de fúria. O texto, na realidade, é uma advertência a todo Israel. Foram dois gentios que acreditaram no profeta Eliseu, e não os israelitas.
Em vez de um messias glorioso, esperado pelos judeus, e muitas vezes por nós, Jesus é um homem simples e humilde entre nós, para nos comunicar a sua Vida Divina, na prática do amor." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que diz o texto para mim, hoje? Qual é o ensinamento que a Palavra revela para minha vida? Como acolho os ensinamentos de Jesus?


3- ORAÇÃO (VIDA)

Invocações a Jesus Mestre
Jesus Mestre, santificai meus pensamentos e aumentai minha fé.
Jesus Mestre, libertai-me do desânimo e fortificai minha esperança.
Jesus, Mestre vivo na Igreja, ajudai-me a viver a solidariedade e o amor.
Jesus Mestre, caminho entre o Pai e nós, tudo vos ofereço e de vós tudo espero.
Jesus, caminho da santidade, tornai-me vosso fiel seguidor.
Jesus Caminho, tornai-me perfeito como o Pai que está nos céus.
Jesus Vida, vivei em mim, para que eu viva em vós.
Jesus Vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.
Jesus Verdade, que eu seja luz para o mundo.
Jesus Caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante de todos.
Jesus Vida, fazei que minha presença comunique vosso amor e vossa alegria. Amém.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Com a Palavra de Deus na mente e no coração, qual atitude me proponho a viver no dia de hoje?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 
COMENTÁRIOS
Em Jesus, Deus cumpre sua promessa

O discurso de Jesus na sinagoga de Nazaré, no início do seu ministério público, depois do batismo de João, é caracterizado como discurso programático. O discurso programático na sinagoga de Nazaré oferece ao leitor do evangelho critérios para, ao longo da narração evangélica, reconhecer Jesus como verdadeiro profeta, homem poderoso em gestos e palavras. De certa forma, esse episódio se encontra prefigurado no cântico de Simeão e no diálogo do ancião com Maria (Lc 2,29-35). Toda a cena de Nazaré está concentrada na interpretação que Jesus faz da leitura de um trecho do livro do Profeta Isaías. O advérbio “hoje” indica que o tempo da promessa e da espera acabou; inaugura-se, na história da humanidade onde se manifesta a salvação de Deus, uma nova etapa: em Jesus, Deus cumpre sua promessa. Trata-se, então, do hoje da salvação. Os conterrâneos de Jesus passam da admiração à rejeição. A evocação dos fatos da vida de Elias e Eliseu estabelece um paralelo entre Nazaré e Israel. A incredulidade de Israel tem uma história passada longínqua. Nazaré é, para o nosso relato, protótipo da rejeição de Jesus por parte de Israel. Jesus é profeta não somente porque ele se sabe enviado, mas porque, como os profetas, é rejeitado.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=31%2F08%2F2015#ixzz3kLNVowrb 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

sábado, 29 de agosto de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 30/08 - A lei da pureza - Mc 7,1-8.14-15.21-23



Os fariseus e alguns escribas vindos de Jerusalém ajuntaram-se em torno de Jesus. Eles perceberam que alguns dos seus discípulos comiam com as mãos impuras – isto é, sem lavá-las. Ora, os fariseus e os judeus em geral, apegados à tradição dos antigos, não comem sem terem lavado as mãos até o cotovelo. Bem assim, chegando da praça, eles não comem nada sem a lavação ritual. E seguem ainda outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras, vasilhas de metal, camas. Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas tomam a refeição com as mãos impuras?”. Ele disse: “O profeta Isaías bem profetizou a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. É inútil o culto que me prestam, as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos’. Vós abandonais o mandamento de Deus e vos apegais à tradição humana”. Chamando outra vez a multidão, dizia: “Escutai-me, vós todos, e compreendei! Nada que, de fora, entra na pessoa pode torná-la impura. O que sai da pessoa é que a torna impura. Pois é de dentro, do coração humano, que saem as más intenções: imoralidade sexual, roubos, homicídios, adultérios, ambições desmedidas, perversidades; fraude, devassidão, inveja, calúnia, orgulho e insensatez. Todas essas coisas saem de dentro, e são elas que tornam alguém impuro”.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Liturgia do 22º Domingo do Tempo Comum e Dia Nacional do Catequista. Jesus nos recorda que "é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades ... e são elas que tornam impuro o homem". Peçamos a graça de uma boa Leitura orante da Palavra.
Senhor Jesus, dá-me um coração simples para compreender a riqueza de ensinamentos escondida em tua Palavra. Envia teu Espírito Santo para que eu não tenha medo de escutá-la e vivê-la conforme a tua vontade. Que a Palavra transforme o meu coração através da fé e confiança que eu deposito em ti. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? A quem Jesus está se dirigindo? Qual é o desafio que a comunidade é convidada a enfrentar? Qual é o desejo de Deus que o evangelista nos transmite através da narrativa? Qual é o apelo principal que o texto nos faz? Para Jesus, o que torna impuro o homem?
"Jesus está diante de 'inquisidores' enviados pelos chefes religiosos de Jerusalém à Galileia. Sua função é espiar Jesus e preparar o arquivo para a condenação. Todas as faltas devem ser anotadas. Então o questionam porque percebem que alguns discípulos seus comem com as mãos impuras. Estão infringindo a tradição dos antigos. Está em foco a questão da 'tradição', que é mencionada seis vezes no texto. No caso atual estão sendo feridos os códigos de pureza, que eram um dos elementos fundamentais para definir a identidade étnica e nacionalista do povo, dentro da reivindicada característica de superioridade da eleição por Deus. Jesus remove estes princípios exclusivistas afirmando o essencial para Deus: a vida e o amor para todos. Com a citação do profeta Isaías, 'é inútil o culto que me prestam, as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos' (Is 29,13...), Jesus questiona como o apego à tradição humana leva a abandonar o principal, o amor ao próximo, que é o mandamento de Deus. (...)
A partir do alimento que, sendo ingerido, segue o destino comum, Jesus destaca que o contraste pureza x impureza não está no exterior, corpo, ou nos alimentos, mas no coração. Comumente o coração é apresentado como fonte de pensamento e emoção. Aqui o coração é apresentado como fonte de ação, boa ou má. Os fariseus, apegando-se às tradições humanas e interesseiras, afastam-se da justiça de Deus em seus corações." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

"Em que consiste a felicidade que brota dum coração puro? Partindo do elenco dos males enumerados por Jesus, que tornam o homem impuro, vemos que a questão tem a ver sobretudo com o campo das nossas relações. Cada um de nós deve aprender a discernir aquilo que pode 'contaminar' o seu coração, formando em si mesmo uma consciência reta e sensível, capaz de 'discernir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que Lhe é agradável, o que é perfeito' (Rm 12, 2). Se é necessária uma atenção salutar para com a salvaguarda da criação, a pureza do ar, da água e dos alimentos, com maior razão ainda devemos salvaguardar a pureza daquilo que temos de mais precioso: os nossos corações e as nossas relações. Esta 'ecologia humana' ajudar-nos-á a respirar o ar puro que provém das coisas belas, do amor verdadeiro, da santidade." (Mensagem do Papa Francisco para a XXX Jornada Mundial da Juventude, publicada em 17/02/15 e disponível em http://pt.radiovaticana.va/news).
3- ORAÇÃO (VIDA)

Ó Espírito Santo! Dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora; fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da Santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao Coração do Senhor Jesus. Um coração grande e forte, para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos. Um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda ofensa, toda desilusão. Um coração grande e forte e constante até o sacrifício, quando for necessário. Um coração, cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo, e cumprir humilde e fielmente a vontade do Pai. Amém. (Papa Paulo VI)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

De que forma a Palavra de Deus estará presente neste meu dia? O que desejo colocar em prática segundo os ensinamentos de Jesus?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 
COMENTÁRIOS
A oposição entre lábios e coração

A perícope de Mc 7,1-23 é a mais significativa, no segundo evangelho, no que concerne à prática da Lei. As várias explicações que Marcos dá a respeito da tradição dos judeus quanto à lei de pureza dão forte indício de que os seus destinatários são cristãos oriundos do mundo pagão. Os versículos que nos ocupam, no evangelho de hoje, são uma controvérsia com os fariseus e escribas sobre o puro e o impuro. No centro do texto está a oposição entre lábios e coração; oposição entre dizer e a adesão, de fato, ao mandamento de Deus. Essa contradição, considerada por Jesus como hipocrisia, faz com que, em nome da “tradição humana”, o manda- mento de Deus seja abandonado ou anulado. Na verdade, o texto da controvérsia do capítulo sétimo mostra em que consiste a religião autêntica. Segundo o Deuteronômio, a Lei é dom de Deus para a vida e a posse da terra prometida é um caminho de verdadeira felicidade. Efetivamente, o dom da Lei visa preservar o dom da vida e o
dom da liberdade. Na conclusão da controvérsia sobre o puro e o impuro, Jesus dá um princípio para que os discípulos compreendam que o mal, o qual distorce e rompe a harmonia da criação, desfigura o ser humano e o distancia de Deus, se encontra enigmaticamente no coração do próprio homem. Se o Levítico ordena separar o puro do impuro (cf. Lv 10,10; 20,24b-25), Jesus parece abolir esta lei, observando que se trata de tradição humana (cf. Mc 7,7.8.9). É com o coração, e não com as mãos, que os discípulos devem se preocupar. O que importa é a pureza do coração. O coração e os rins são para a Escritura a sede do saber e do discernimento, a fonte de uma vida em conformidade ou não com a vontade de Deus. É a pureza do coração, e não simples práticas externas, que revela o grau de engajamento da pessoa em relação ao Reino de Deus. A pureza do coração implica não permitir que o mal que existe no ser humano se exteriorize. Considerar o mal como algo exterior a si é, no mínimo, um modo de exprimir a incompreensão acerca da realidade do próprio mal e de não assumir a responsabilidade ante as consequências da inclinação enigmática e perversa do coração do ser humano. O que Jesus exige é uma religião centrada na pureza do coração.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=30%2F08%2F2015#ixzz3kG7hXjTm 
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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 29/08 - A morte de João Batista - Mc 6,17-29

De fato, Herodes tinha mandado prender João e acorrentá-lo na prisão, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado. Pois João vivia dizendo a Herodes: “Não te é permitido ter a mulher do teu irmão”. Por isso, Herodíades lhe tinha ódio e queria matá-lo, mas não conseguia, pois Herodes temia João, sabendo que era um homem justo e santo, e até lhe dava proteção. Ele gostava muito de ouví-lo, mas ficava desconcertado. Finalmente, chegou o dia oportuno. Por ocasião de seu aniversário, Herodes ofereceu uma festa para os proeminentes da corte, os chefes militares e os grandes da Galileia. A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e a seus convidados. O rei, então, disse à moça: “Pede-me o que quiseres, e eu te darei”. E fez até um juramento: "Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino". Ela saiu e perguntou à mãe: “Que devo pedir?”. A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. Voltando depressa para junto do rei, a moça pediu: "Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista. O rei ficou muito triste, mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis faltar com a palavra. Imediatamente, mandou um carrasco cortar e trazer a cabeça de João. O carrasco foi e, lá na prisão, cortou-lhe a cabeça, trouxe-a num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os discípulos de João ficaram sabendo, vieram e pegaram o corpo dele e o puseram numa sepultura.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Celebramos hoje o Martírio de São João Batista. O precursor do Messias concluiu sua missão com o martírio. Iluminados pela Palavra de Deus, possamos celebrar a fé de tantos mártires que em nossos dias morrem testemunhando o Senhor.
Rezemos: Espírito Divino, luz de Deus, vinde nos iluminar, para que possamos compreender o sentido profundo da Palavra de Deus. Fazei-nos discípulos missionários de Jesus, Caminho, Verdade e Vida, transformando nosso coração em terra boa, onde a Palavra produza frutos abundantes. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Quais são os personagens presentes na narrativa? Qual é a mensagem que o evangelista deseja nos transmitir? Quem é João Batista? Como entendo a sua missão? Por qual motivo João foi preso e decapitado?
"Os detalhes desta narrativa sobre a execução de João têm dois efeitos: ironizam um rei fraco e sensual e advertem os discípulos de Jesus nas comunidades que se inclinam a interpretar Jesus como messias poderoso. De Jesus, assim como de João, não se deve esperar a glória e o poder, mas, sim, o serviço humilde e divino, porém frágil diante dos poderosos deste mundo. O dom da vida eterna não pertence aos poderosos, mas a Deus.
O desfecho da vida de João Batista é apresentado em paralelo, como prefiguração do desfecho da vida de Jesus: anúncio do Reino, perseguição, articulação dos poderosos e morte. E para ambos se tem a percepção de sua permanência nas comunidades, após a morte." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

(...) "João termina a sua vida 'sob a autoridade de um rei medíocre, embriagado e corrupto, pelo capricho de uma bailarina e pelo ódio vingativo de uma adúltera'. (...) 'Quando eu leio este trecho, comovo-me'. (...) 'Penso em duas coisas: primeiro, penso nos nossos mártires, nos mártires dos nossos dias, aqueles homens, mulheres, crianças que são perseguidos, odiados, afugentados das casas, torturados, massacrados'. (...) 'Não é uma coisa do passado: hoje acontece isto. Os nossos mártires, que acabam a sua vida sob a autoridade corrupta de pessoas que odeiam Jesus Cristo'. (...) 'João, o grande, que diminui continuamente até ao nada; os mártires, que diminuem hoje, na nossa Igreja de hoje, até ao nada; e nós, que estamos neste caminho e vamos rumo à terra, onde todos acabaremos'. (...) 'Que o Senhor nos ilumine, nos faça compreender este caminho de João, o precursor do caminho de Jesus; e o caminho de Jesus ensina-nos como deve ser o nosso." (Papa Francisco, meditação em 06/02/2015, disponível em http://w2.vatican.va).

3- ORAÇÃO (VIDA)

Jesus, princípio e realização do homem novo, convertei a vós os nossos corações, para que, deixando as sendas do erro, sigamos os vossos passos no caminho que conduz à vida.
Fazei que, fiéis às promessas do batismo, vivamos, com coerência, a nossa fé, testemunhando com solicitude a vossa palavra, para que, na família e na sociedade, resplandeça a luz vivificante do Evangelho.
Jesus, poder e sabedoria de Deus, acendei em nós o amor à Sagrada Escritura, onde ressoa a voz do Pai, que ilumina e abrasa, nutre e consola.
Vós, Palavra de Deus Vivo, renovai na Igreja o ardor missionário, para que todos os povos cheguem a conhecer-vos como verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem, único Mediador entre o homem e Deus.
Jesus, fonte de unidade e de paz, fortalecei a comunhão na vossa Igreja, para que, pela força do vosso Espírito, todos os vossos discípulos sejam um só.
Vós que nos destes como regra de vida o mandamento novo do amor, tornai-nos construtores de um mundo solidário, onde a guerra seja suplantada pela paz, a cultura da morte pelo empenho em favor da vida. Amém. (São João Paulo II)

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

A Palavra de Deus encontrou sintonia em minha vida? Qual é o apelo que desejo colocar em prática?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 
COMENTÁRIOS
João Batista é o mártir da moral

A não ser por ocasião da paixão ( cf. Lc 23,8-12), não temos nenhuma notícia de que Herodes tenha se encontrado com Jesus. A fama de Jesus, no entanto, despertava curiosidade e conjecturas acerca de sua identidade (Mc 6,14-15). O relato da morte de João Batista vem depois da notícia do seu martírio. João, precursor do Messias, é o mártir da moral. Foi preso e decapitado por denunciar uma união ilegal entre Herodes e Herodíades. Herodíades exige a morte de João, aproveitando-se de uma atitude primária e intempestiva de Herodes. A amante de Herodes quer eliminar a voz que denuncia o seu mal. O poder de Herodes, essa é a leitura subliminar, contrasta com o poder de Jesus: o poder que Herodes exerce exclui e mata; o poder de Jesus faz viver e suscita o gosto pela vida, pois é o poder do amor. Parece que o sofrimento e a prisão injusta de João e a sua morte prefiguram a paixão e morte de Jesus Cristo. João e Jesus, tidos como profetas, tiveram a sorte dos profetas (Mt 13,57; 14,5).
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=29%2F08%2F2015#ixzz3kA4OG9yW 
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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 28/08 - Vigiai, pois não sabeis o dia nem a hora - Mt 25,1-13



"O Reino dos Céus pode ser comparado a dez moças que, levando suas lamparinas, saíram para formarem o séquito do noivo. Cinco delas eram descuidadas e as outras cinco eram previdentes. As descuidadas pegaram suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes, porém, levaram jarros com óleo junto com as lâmpadas. Como o noivo demorasse, todas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um alvoroço: 'O noivo está chegando. Ide acolhê-lo!' Então todas se levantaram e prepararam as lâmpadas. As descuidadas disseram às previdentes: 'Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando'. As previdentes responderam: 'De modo algum, pois o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar dos vendedores.' Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa do casamento. E a porta se fechou. Por fim, chegaram também as outras e disseram: 'Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!' Ele, porém, respondeu: 'Em verdade vos digo: não vos conheço!' Portanto, vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora."

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Na liturgia de hoje, somos convidados a refletir sobre a parábola das cinco virgens previdentes e das cinco imprevidentes. O Senhor nos pede que permaneçamos vigilantes e com as lâmpadas acessas aguardando a sua vinda.
Peçamos as luzes do Espírito Santo para compreendermos os ensinamentos de Jesus por meio de sua Palavra: Senhor Jesus, dá-me um coração simples para compreender a riqueza de ensinamentos escondida em tua Palavra. Envia teu Espírito Santo para que eu não tenha medo de escutá-la e vivê-la conforme a tua vontade. Que a Palavra transforme o meu coração através da fé e confiança que eu deposito em ti. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Qual é a temática desenvolvida pela parábola? Quem é o noivo? O que representam as jovens previdentes e as imprevidentes? A quem Jesus está instruindo através da parábola? Qual é o seu ensinamento? Por que o Senhor nos pede a vigilância?
"Mateus, com esta sua exclusiva parábola das dez moças, dá continuidade ao tema da vigilância, dentro da perspectiva escatológica. No seu todo a parábola deixa a desejar, sob o ponto de vista da falta de solidariedade das cinco virgens 'previdentes'.
A vigilância a que Jesus nos convida não se restringe a devoções religiosas voltadas sobre si mesmas, frequentemente individualistas e excludentes, mas nos leva ao empenho missionário, na prática da misericórdia, na solidariedade e na partilha. Assim nos unimos a Jesus e ao Pai, no Espírito, em comunhão de vida eterna."(Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

"O Esposo é o Senhor, e o tempo de espera da sua chegada é o tempo que Ele nos concede, a todos nós, com misericórdia e paciência, antes da sua vinda derradeira; é um tempo de vigilância; tempo em que devemos manter acesas as lâmpadas da fé, da esperança e da caridade, nas quais conservar aberto o coração para o bem, a beleza e a verdade; tempo para viver segundo Deus, pois não conhecemos nem o dia nem a hora da vinda de Cristo. É-nos pedido que estejamos preparados para o encontro — preparados para um encontro, um encontro bonito, o encontro com Jesus — que significa saber ver os sinais da sua presença, manter viva a nossa fé com a oração e com os Sacramentos, ser vigilantes para não adormecer, para não nos esquecermos de Deus. A vida dos cristãos adormecidos é triste, não é uma vida feliz. O cristão deve ser feliz, a alegria de Jesus. Não adormeçamos!" (Papa Francisco, Audiência geral 24/04/2013. Leia a mensagem na íntegra em http://w2.vatican.va).
3- ORAÇÃO (VIDA)

Como aquele empregado que vigia sem parar
Pois não sabe a hora certa que o senhor vai retornar
Como um guarda vigilante esperando a madrugada
E o viajante que anseia pela hora da chegada

Com as lâmpadas acessas te esperamos ó Senhor

Como a mãe espera o filho que de longe vai chegar
Como alguém espera atento seu amor que vai voltar
Como quem resiste e luta trabalhando na mudança
Do que é velho no que é novo com a força da esperança

Com as lâmpadas acessas te esperamos, ó Senhor

Como um povo generoso que constrói em mutirão
Uma casa onde todos tenham terra paz e pão
Como o sol ao despontar traz de volta a luz do dia
Como a noite que se acaba numa aurora de alegria

Com as lâmpadas acessas te esperamos ó Senhor

Música Vigília
Composição: M. Luiza Ricciardi/ Emmanuel
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

De que forma a Palavra de Deus estará presente neste meu dia? O que desejo colocar em prática segundo os ensinamentos de Jesus?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet

COMENTÁRIOS
A vinda gloriosa do Senhor

A parábola das dez virgens é própria a Mateus; busca responder a seguinte questão: o que fazer enquanto o noivo é esperado? A parábola visa ilustrar o comportamento dos discípulos enquanto esperam a vinda gloriosa do seu Senhor. Para isso, o texto apresenta um grupo de dez virgens, cinco das quais eram previdentes e as outras cinco imprevidentes. As previdentes são caracterizadas pelo fato de levarem “jarros de óleo” para alimentar as lâmpadas; as imprevidentes levaram as lâmpadas, mas não o suprimento de óleo. Com o atraso do noivo, acabaram, todas elas, dormindo. Ao grito que anunciava a chegada do noivo, todas despertaram e prepararam as lâmpadas. As imprevidentes se dão conta de que o óleo não será suficiente. Ter que providenciar o óleo à chegada do noivo fez com que as imprevidentes perdessem a oportunidade de entrar na festa de casamento. Qual é a mensagem para os discípulos? O que é preciso fazer? As virgens previdentes desejavam fortemente participar das bodas; por isso, não mediram esforços e imaginação para que tal acontecesse. Elas se preveniram e previram o que poderia acontecer. Daí que, desde o início, elas participavam das bodas. As imprevidentes se deixaram levar por outras preocupações e se contentaram com o mínimo necessário: uma lâmpada e um pouco de óleo. O comportamento delas foi a causa de não entrarem na festa.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=28%2F08%2F2015#ixzz3k4GFWPpC 
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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 27/08 - Vigiai, pois não sabeis a hora! - Mt 24,42-51



Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. “Ficai certos: se o dono de casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós, ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem. Quem é o servo fiel e prudente, que o Senhor encarregou do pessoal da casa, para lhes dar alimento na hora certa? Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar agindo assim. Em verdade vos digo, ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. O servo mau, porém, se pensar consigo mesmo: 'Meu senhor está demorando' e começar a bater nos companheiros e a comer e beber com os bêbados, então o senhor desse servo virá num dia inesperado e numa hora imprevista. Ele o excluirá e lhe imporá a sorte dos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes."

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

No Evangelho de hoje, o Senhor nos faz um apelo à vigilância. Abramos o nosso coração para acolhermos os seus ensinamentos para o nosso dia.
Pedimos: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado. E renovareis a face da terra. Oremos: Senhor, nosso Deus, que pela luz do Espírito Santo instruístes o coração dos vossos fiéis, fazei-nos dóceis ao mesmo Espírito, para apreciarmos o que é justo e nos alegrarmos sempre com a sua presença. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Detenha-se nas duas parábolas presentes na narrativa. Qual é o apelo central que o texto nos faz? Qual é o comportamento que a narrativa nos motiva a viver?
"Este texto de Mateus, semelhante ao paralelo de Lucas, é a conclusão do 'discurso escatológico', sobre o fim dos tempos, formado por uma coletânea colhida dentre as tradições das primitivas comunidades cristãs. Tais textos escatológicos estão presentes, também, no evangelho de Marcos.
Hoje temos duas parábolas na forma comparativa, exortando à vigilância. A motivação é a expectativa da volta do Senhor. Enquanto é aguardada esta volta deve-se vigiar, para não ser pego de surpresa. Esta expectativa da 'volta do Senhor' foi se frustrando com o tempo, dando lugar à visão mais realista do encontro com Jesus, já presente entre nós, no nosso próximo e irmão, principalmente nos mais carentes e necessitados. Vigiar é estar atento à vontade do Pai que quer que todos sejam um, sem privilegiados e excluídos. É estar sensível e disponível para atender às necessidades de nossos irmãos, de modo a assumirmos o serviço como realização pessoal e partilha da vida." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que diz o texto para mim, hoje? Qual palavra chamou mais a minha atenção? Como acolho os ensinamentos de Jesus em minha vida? Seus ensinamentos encontram sintonia com a realidade que vivo hoje? A Palavra de Deus, rezada e meditada renova em mim a fé, a esperança, a confiança no Senhor? Quais são os gestos que Jesus me convida a viver? O que significa ser uma pessoa vigilante?
3- ORAÇÃO (VIDA)

O Senhor é nossa força, consolo e abrigo. A ele entregamos a nossa vida e este novo dia. A ele confiamos as pessoas que amamos e todas aquelas com as quais partilharemos a vida neste dia. Agradeçamos ao Senhor pelos seus ensinamentos. Pedimos:
"Jesus, princípio e realização do homem novo, convertei a vós os nossos corações, para que, deixando as sendas do erro, sigamos os vossos passos no caminho que conduz à vida.
Fazei que, fiéis às promessas do batismo, vivamos, com coerência, a nossa fé, testemunhando com solicitude a vossa palavra, para que, na família e na sociedade, resplandeça a luz vivificante do Evangelho.
Jesus, poder e sabedoria de Deus, acendei em nós o amor à Sagrada Escritura, onde ressoa a voz do Pai, que ilumina e abrasa, nutre e consola.
Vós, Palavra de Deus Vivo, renovai na Igreja o ardor missionário, para que todos os povos cheguem a conhecer-vos como verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem, único Mediador entre o homem e Deus.
Jesus, fonte de unidade e de paz, fortalecei a comunhão na vossa Igreja, para que, pela força do vosso Espírito, todos os vossos discípulos sejam um só.
Vós que nos destes como regra de vida o mandamento novo do amor, tornai-nos construtores de um mundo solidário, onde a guerra seja suplantada pela paz, a cultura da morte pelo empenho em favor da vida. Amém." (São João Paulo II)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Com a Palavra de Deus na mente e no coração, qual atitude me proponho a viver no dia de hoje?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet

COMENTÁRIOS
É preciso estar sempre preparado

O evangelho de hoje é um apelo à vigilância. Trata-se de um trecho do discurso escatológico (Mt 24–25). É à luz do que é definitivo que a vida do fiel cristão deve ser vivida, iluminada e sustentada na esperança. A linguagem utilizada nesse tipo de discurso é a apocalíptica, cujo tom é dramático e, se não for bem compreendida, resulta até assustador. No entanto, sua finalidade é revelar o mistério da salvação de Deus e motivar um comportamento coerente com a fé professada. Ante a imprevisibilidade e o caráter decisivo da vinda do Filho do Homem, é preciso vigiar, não dormir, pois, assim como o ladrão entra inesperadamente na casa de alguém para roubá-la, do mesmo modo virá o Senhor, quando menos se espera (1Ts 5,2; 2Pd 3,10; Ap 3,3; 16,15). Dito de outra maneira, é preciso estar sempre preparado. A parábola dos versículos 45 a 51 explicita como deve ser essa preparação. A parábola apresenta dois casos típicos de cristãos: o primeiro é aquele que, sabendo do caráter inesperado da vinda do seu Senhor, permanece fiel ao que deve fazer; o segundo, sobre o qual a parábola insiste, é aquele que, na ausência de seu senhor e iludido quanto ao tempo de sua volta, se deixa levar por uma vida fácil e perde o senso da responsabilidade e de sua condição de servo.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=27%2F08%2F2015#ixzz3jydtYZt9 
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terça-feira, 25 de agosto de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 26/08 - A oposição entre exterior e interior - Mt 23,27-32



Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres e de toda podridão! Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Construís sepulcros para os profetas e enfeitais os túmulos dos justos, e dizeis: “Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas”. Com isso, confessais que sois filhos daqueles que mataram os profetas. Vós, pois, completai a medida de vossos pais!

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Na escuta, meditação e contemplação da Palavra de Deus, acolhamos o Senhor que nos fala ao coração. Ele nos recorda que o Pai sonda os nossos corações e nos conhece profundamente, por isso, de nada valem as aparências.
Rezemos: Vem, Espírito Santo! Faze-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Torna-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Qual é o tema central da narrativa? Quais são as críticas que Jesus faz aos escribas e fariseus?
"Os vv. 27-28 repetem a mesma ideia dos versículos anteriores: a hipocrisia dos escribas e fariseus; neste capítulo 23, o objeto da lamentação de Jesus é a oposição entre interior e exterior. Mas a aparência de justiça, ao empenhar-se nas práticas religiosas só para serem vistas pelos homens, não impede Deus de penetrar no coração, na verdade de cada pessoa. Deus não se deixa levar pela aparência. É este o apelo de Jesus aos discípulos: 'Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens só para serdes vistos por eles' (6,1).
Deus vê no segredo (cf. 6,4.6.18). Nos versículos 29-32, Jesus lamenta a hipocrisia dos escribas e fariseus, porque eles utilizam da glória dos profetas em beneficio próprio.
O seu rigor legalista e, em razão dele, suas faltas presentes, os tornam coniventes com a morte dos profetas. Não é exatamente o que farão ao condenar Jesus como blasfemo?
É bom que tenhamos claro que não é a observância da Lei que é atacada por Jesus, mas a sua deformação." (Reflexão de Carlos Alberto Contieri, sj, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

"O reconhecimento do Deus vivo é um caminho para o amor, e o sim da nossa vontade à d'Ele une intelecto, vontade e sentimento no ato globalizante do amor. Mas isto é um processo que permanece continuamente em caminho: o amor nunca está 'concluído' e completado; transforma-se ao longo da vida, amadurece e, por isso mesmo, permanece fiel a si próprio. (...) A história do amor entre Deus e o homem consiste precisamente no fato de que esta comunhão de vontade cresce em comunhão de pensamento e de sentimento e, assim, o nosso querer e a vontade de Deus coincidem cada vez mais: a vontade de Deus deixa de ser para mim uma vontade estranha que me impõem de fora os mandamentos, mas é a minha própria vontade, baseada na experiência de que realmente Deus é mais íntimo a mim mesmo de quanto o seja eu próprio. Cresce então o abandono em Deus, e Deus torna-Se a nossa alegria (cf. Sal 73/72, 23-28)". (Deus caritas est, 17)
3- ORAÇÃO (VIDA)

Jesus, divino Mestre, nós vos adoramos, Filho muito amado do Pai, caminho único para chegarmos a ele. Nós vos louvamos e agradecemos, porque sois o exemplo que devemos seguir. Com simplicidade queremos aprender de vós o modo de ver, julgar e agir. Queremos ser atraídos por vós, para que, caminhando nas vossas pegadas, possamos viver dia a dia a liberdade dos filhos de Deus, renunciando a nós mesmos, para buscar em tudo, a vontade do Pai. Aumentai nossa esperança, impulsionando plenamente o nosso ser e o nosso agir. Ajudai-nos a retratar em nossa vida a vossa imagem, para que assim vos possamos possuir eternamente no céu. Amém.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Recolha em poucas palavras o apelo que você sentiu para colocar em prática durante o dia. O que me proponho a viver? Como vou atingir este propósito?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet

COMENTÁRIOS
Deus vê no segredo, onde os olhos não alcançam

Cremos que, de certo modo, a crítica de Jesus aos escribas e fariseus exprime o desejo de Jesus de convertê-los do seu hermetismo, que conduz à intolerância, e, ao mesmo tempo, visa prevenir os discípulos contra a hipocrisia e apelar à coerência que deve caracterizar a vida cristã. O que está em foco no evangelho de hoje é a oposição entre exterior e interior. A hipocrisia é o desacordo entre o interior e o exterior. A prática religiosa dos escribas e fariseus está a serviço da vaidade pessoal. No entanto, a aparência de justiça não impede Deus de penetrar no coração e na verdade de cada pessoa. Deus, que perscruta o mais profundo da existência humana, não se deixa levar ou enganar pela aparência. Daí o apelo de Jesus dirigido aos discípulos de não cederem à tentação da imagem ou da aparência com o intuito de se fazer reconhecer. Deus vê no segredo, onde os olhos não alcançam. Jesus lamenta a hipocrisia dos que pensam ser justos, pois eles instrumentalizam os profetas em benefício próprio. Não compreendem que o rigor legalista com que impõem aos outros fardos pesados os faz coniventes com a morte dos profetas.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=26%2F08%2F2015#ixzz3jshVy3HV 
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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 25/08 - O direito, a misericórdia e a fidelidade - Mt 23,23-26


Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como o direito, a misericórdia e a fidelidade. Isto é que deveríeis praticar, sem contudo deixar aquilo. Guias cegos! Filtrais o mosquito, mas engolis o camelo. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais o copo e o prato por fora, mas por dentro estais cheios de roubo e cobiça. Fariseu cego! Limpa primeiro o copo por dentro, que também por fora ficará limpo.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Peçamos a graça de acolhermos a Palavra de Deus neste dia e deixarmo-nos conduzir pelo Senhor de nossas vida. Rezemos: Senhor Jesus Cristo, envia sobre nós, como prometeste, teu Espírito Santo. Que ele nos conceda a vida e nos ensine a plenitude da verdade. Que nele encontremos a salvação, felicidade e plenitude de amor. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? A quem Jesus está instruindo? Qual é o tema central da narrativa? Quais são as leis mais importantes que devem ser praticadas, segundo o texto?
"Com mais duas increpações, introduzidas com a advertência: 'Ai de vós...', temos a continuidade da contundente denúncia de Jesus aos escribas e fariseus, integrantes da cúpula religiosa de Israel.
Nas comunidades do evangelista Mateus, havia membros oriundos do judaísmo que ainda frequentavam a sinagoga. Pressionados por seus antigos chefes religiosos, estavam diante do dilema: ou abandonariam a sua fé em Jesus ou seriam expulsos da sinagoga.
Mateus, com os sete 'ais', exprime o anúncio de Jesus confrontando-o com a doutrina das sinagogas. Embora se dirijam aos chefes religiosos, eles têm o caráter de instrução às comunidades, advertindo-as contra a incoerência desta doutrina. Lucas também reproduz estas advertências em 'ais' em seu evangelho, de maneira mais resumida, em diferente contexto. Mateus, aos 'ais', acrescenta a qualificação de hipócritas aos escribas e fariseus.
Com esta contundente denúncia, Mateus tem em vista demover os membros de sua comunidade do retorno às sinagogas. Afastando-se de uma religião opressora e excludente, na comunidade eles encontram o jugo suave de Jesus, na liberdade, na misericórdia e no amor." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

Jesus critica os fariseus e escribas por exigirem a prática da Lei enquanto seu corações estão fechado para a misericórdia e a necessidade do próximo. Sobre a dureza de coração, Papa Francisco nos recorda: "O coração 'endurece-se por experiências dolorosas, duras'. Outro motivo que faz endurecer o coração é 'o fechamento: construir um mundo em si mesmo'. Trata-se de um fechamento gerado pelo orgulho, pela suficiência, pelo pensamento que somos melhores do que os outros', ou também 'pela vaidade'. Algumas pessoas vivem fechadas e olham só para si mesmas, continuamente. Poderiam ser definidas 'narcisistas religiosas'. Um ulterior motivo de endurecimento do coração é a insegurança. Atitude típica de quantos 'são muito apegados à letra da lei'. Como acontecia com os fariseus, explicou o Pontífice.(...) E concluiu: 'peçamos ao Senhor a graça de ter um coração dócil. Que ele nos salve da escravidão do coração endurecido' e 'nos acompanhe na bonita liberdade do amor perfeito, a liberdade dos filhos de Deus, que só o Espírito Santo pode conceder".Trechos da homilia do Papa Francisco, em 09/01/2015, disponível na íntegra em http://w2.vatican.va).
3- ORAÇÃO (VIDA)

Agradeça por tudo o que a Palavra permitiu compreender e experienciar do mistério de Cristo. Apresente ainda ao Senhor a oração que brotou em seu coração durante a Leitura orante.
Conclua com a oração ao Espírito Santo, do Papa Paulo VI: Ó Espírito Santo! Dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora; fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da Santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao Coração do Senhor Jesus. Um coração grande e forte, para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos. Um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda ofensa, toda desilusão. Um coração grande e forte e constante até o sacrifício, quando for necessário. Um coração, cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo, e cumprir humilde e fielmente a vontade do Pai. Amém.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

De que forma a Palavra de Deus estará presente neste meu dia? O que desejo colocar em prática, segundo os ensinamentos de Jesus?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 
COMENTÁRIOS
Importa a pureza do coração.

O capítulo vinte e três de Mateus é uma dura crítica de Jesus aos escribas e fariseus por causa da hipocrisia deles. “Hipócrita” é palavra utilizada para o ator de teatro que atua numa peça. Através da crítica à hipocrisia dos escribas e fariseus, que dizem mas não fazem, Jesus adverte os seus discípulos de não imitá-los. A Lei é dom de Deus a seu povo. Ela é dada por Deus para proteger a vida e a liberdade de tal modo que o povo não volte a cair em nenhum tipo de escravidão. Nesse sentido, é inadmissível um modo de praticar a Lei que prescinda da misericórdia e do amor. Paradoxalmente, o que os escribas e fariseus exigem da prática da Lei escraviza, tira a liberdade e a capacidade de discernir. O legalismo, que é apego à letra da Lei, cega e fecha o coração para a necessidade dos semelhantes. Nas controvérsias galileanas de Marcos (2,1–3,6), percebe-se que os adversários de Jesus são dominados pela “esclerocardia”, pela dureza de coração. Para o fiel não pode existir a alternativa de fazer o bem ou fazer o mal, salvar uma vida ou perdê-la. Isso porque, como dissemos, a Lei visa proteger a vida, o que obriga o fiel ao bem e à defesa da vida. O interior (= coração) é mais importante que o exterior e a aparência. Importa a pureza do coração.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


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domingo, 23 de agosto de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 24/08 - De Nazaré pode sair algo de bom? - Jo 1,45-51



Filipe encontrou-se com Natanael e disse-lhe: “Encontramos Jesus, o filho de José, de Nazaré, aquele sobre quem escreveram Moisés, na Lei, bem como os Profetas”. Natanael perguntou: “De Nazaré pode sair algo de bom?”. Filipe respondeu: “Vem e vê!”. Jesus viu Natanael que vinha ao seu encontro e declarou a respeito dele: “Este é um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade!”. Natanael disse-lhe: “De onde me conheces?”. Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi”. Natanael exclamou: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!”. Jesus lhe respondeu: "Estás crendo só porque falei que te vi debaixo da figueira? Verás coisas maiores que estas". E disse-lhe ainda: "Em verdade, em verdade, vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem!"

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Neste novo dia, o Evangelho nos convida a refletir sobre o encontro de Natanael e Filipe com Jesus. Peçamos também esta graça para o nosso dia e a abertura para acolhermos a Palavra de Deus que nos guiará no início de uma nova semana.
Rezemos: Divino Espírito Santo, necessitamos muito de vossa ajuda para conhecer o caminho que devemos seguir. Temos necessidade de vós, para que o nosso coração, inundado pela vossa consolação, se abra e que, muito além das palavras e dos conceitos, possamos perceber a vossa presença. Iluminai a nossa mente, movei o nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Qual é a relação estabelecida entre os personagens? Qual é o desejo de Deus que o evangelista nos transmite através da narrativa? Qual é o apelo principal que o texto nos faz? O que desperta em Natanael e em Filipe o encontro com Jesus?
"No evangelho de João, após o batismo de João Batista, quatro discípulos dispõem-se a seguir Jesus. Um deles, Filipe, procura Natanael para dizer-lhe que encontraram Jesus, de Nazaré, o messias anunciado pelos profetas.
Enquanto os diálogos envolvendo os outros discípulos são sumários, temos dois detalhados diálogos com Natanael. Filipe está entusiasmado com Jesus, porém, Natanael manifesta-se céptico. Jesus, quando Natanael se aproxima, elogia sua retidão e sinceridade. A menção de Jesus à figueira pode ser uma alusão a Zc 3,8-10 ('... estou trazendo o meu servo... convidar-vos-ei debaixo da figueira...'). Então Natanael, versado nas escrituras, faz sua proclamação de fé no messianismo davídico de Jesus. Jesus diz então que, na plenitude de sua humanidade à qual se abrem as portas do céu, ele verá coisas maiores, que ultrapassarão as suas expectativas messiânicas.
A devoção da tradição cristã inclinou-se a identificar Natanael com o apóstolo Bartolomeu." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

"Cada homem tem um encontro pessoal com o Senhor. Um encontro verdadeiro, concreto, que pode mudar radicalmente a vida. O segredo não consiste só em aperceber-se dele, mas também em nunca dele perder a memória, para preservar o seu vigor e beleza.(...) Todos nós — afirmou — tivemos na nossa vida algum encontro com Ele, um encontro verdadeiro no qual 'senti que Jesus olhava para mim'. Não é uma experiência só 'para santos'. E 'se não nos recordamos, seria bom recordar e pedir ao Senhor que nos conceda a memória, porque Ele recorda-se do encontro'.(...) Se alguém diz a si mesmo 'não me recordo' do encontro com o Senhor, é oportuno que peça a graça: 'Senhor, quando te encontrei em consciência? Quando me disseste algo que mudou a minha vida ou me convidaste a dar aquele passo em frente na vida?'. E, recomendou o Papa, 'esta é uma bonita oração, fazei-a todos os dias'. E depois quando 'te recordares, rejubila naquela recordação que é uma recordação de amor'.(...) Trechos da homilia do Papa Francisco, em 24/04/2015, disponível na íntegra em http://w2.vatican.va).
3- ORAÇÃO (VIDA)

Em sua Bíblia, reze o Salmo 139(138):
"Senhor, tu me sondas e me conheces. Tu me conheces quando me sento ou me levanto, de longe percebes meus pensamentos.
Discernes meu caminho e meu descanso, todas as minhas sendas te são familiares.
A palavra nem chegou à boca, e já, Senhor, a conheces toda.
Tu me abraças por trás e pela frente, apóias tua mão sobre mim.
Tanto saber me ultrapassa, é sublime, e eu não o abranjo.
Para onde me afastarei de teu alento?
Para onde fugirei de tua presença?
Se escalo o céu, aí tu estás; se me deito no abismo, aí estás.
Se eu me transladar até a orla da aurora ou me instalar nos confins do mar, aí tua esquerda se apóia em mim e tua direita me agarra.
Se eu disser: que a treva me sorva, e a luz se faça noite ao meu redor, nem mesmo a escuridão é escura para ti, e a noite é clara como o dia: treva ou luz são a mesma coisa." (...) (Bíblia do Peregrino, Paulus).
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

De que forma a Palavra de Deus estará presente neste meu dia? O que desejo colocar em prática segundo os ensinamentos de Jesus?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 
COMENTÁRIOS
Encontro de Jesus com Natanael

Depois do prólogo, desencadeia-se uma sucessão de testemunhos em que um remete ao outro: João Batista (1,19-36), os dois discípulos de João, um dos quais André, irmão de Simão, e Filipe. Tudo se passa em quatro dias. Desse modo, é constituído o grupo inicial dos discípulos de Jesus. Nosso episódio se situa no quarto dia: encontro de Jesus com Filipe e encontro de Filipe com Natanael e de Natanael com Jesus. Jesus mostra que conhece Natanael: “‘Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento’. ‘De onde me conheces?’, diz-lhe Natanael”. A resposta de Jesus: “antes que Filipe te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi”. Esta afirmação de Jesus nos faz lembrar do Salmo 139(138): “Senhor, tu me sondas e me conheces. Tu me conheces quando me assento ou me levanto...”. O Senhor vê muito além da aparência; ele vê o coração. O encontro com Jesus suscita em Natanael a fé: “Rabbi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. Jesus abre os olhos e o coração de Natanael para o futuro: a fé em Jesus, Messias, deve passar pela provação da paixão e da morte, tida no evangelho segundo João como a glorificação do Filho de Deus, para chegar ao dia do sol, ao dia da Ressurreição.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=24%2F08%2F2015#ixzz3jh53RoIs 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 23/08 - A quem iremos, Senhor? - Jo 6, 60-69



Muitos discípulos que o ouviram disseram então: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?”. Percebendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso, Jesus perguntou: “Isso vos escandaliza? Que será, então, quando virdes o Filho do Homem subir para onde estava antes? O Espírito é que dá a vida. A carne para nada serve. As palavras que vos falei são Espírito e são vida. Mas há alguns entre vós que não creem”. Jesus sabia desde o início quem eram os que acreditavam e quem havia de entregá-lo. E acrescentou: “É por isso que eu vos disse: ‘Ninguém pode vir a mim, a não ser que lhe seja concedido pelo Pai’”. A partir daquele momento, muitos discípulos o abandonaram e não mais andavam com ele. Jesus disse aos Doze: “Vós também quereis ir embora?”. Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Liturgia do 21º Domingo do Tempo Comum. Celebramos hoje a vocação do Leigo cristão. Como Simão Pedro, também nós hoje afirmamos: "A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna". Que a Palavra nos fortaleça no testemunho de nossa fé.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Quais questionamentos Jesus dirige aos discípulos? Quais são as afirmações a respeito de Jesus? Para Simão Pedro, quem é Jesus?
"No dia seguinte à partilha dos pães com a multidão na montanha, dirigindo-se àqueles que vinham a ele, Jesus propõe, a partir da imagem do maná do deserto, que trabalhem, 'não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna' (Jo 6,27). É a rejeição do empenho em acumular bens e riquezas neste mundo, mas trabalhar nas obras do Pai, que são a promoção da vida. A seguir, Jesus se proclama como o pão descido do céu, dado como alimento para a vida do mundo, completando com a declaração: 'Quem come deste pão viverá eternamente'. Tal proclamação, que revela a origem divina de Jesus, provoca incompreensão e murmurações entre os judeus (Jo 6,41.52).
Agora, são os próprios discípulos que, também, murmuram por causa destas palavras. Estes são os que esperam de Jesus sinais de poder e são insensíveis aos seus sinais de amor e compaixão. Nos quatro evangelhos é frequente a referência à incompreensão dos discípulos em relação à missão de Jesus.
João, no seu evangelho, narra, então, o diálogo de Jesus com os discípulos e com Pedro, concluindo o longo discurso que tem como tema o pão da vida eterna. Jesus lhes afirma: 'O Espírito é que dá a vida. A carne para nada serve. As palavras que vos falei são espírito e vida'.
No prólogo do evangelho de João, temos o anúncio de que 'o Verbo se fez carne e habitou entre nós' (Jo 1,14). A encarnação é grandiosa na revelação da carne unida perfeitamente ao Espírito de Deus, em Jesus. E é o Espírito que dá a vida que vem do Pai e leva ao Pai. A comunhão com a vida neste mundo é a comunhão com o Espírito, na vida eterna de Deus. As palavras de Jesus 'são Espírito e são vida'. Ir a Jesus, por dom do Pai, é viver o amor e a unidade em todas as situações de nossa vida, em comunhão com todos, principalmente com os mais fracos e excluídos, conscientes de que somos todos membros do corpo de Cristo.
Contrastando com aqueles que abandonaram Jesus, temos a expressiva confissão de fé de Pedro, que se torna uma oração para nós: 'A quem iremos, Senhor: Tu tens palavras de vida eterna...'." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o texto diz para mim hoje? Qual palavra chamou mais a minha atenção? Em que sentido o texto fortalece a minha caminhada de fé? Como acolho as palavras e ensinamentos de Jesus em minha vida? Quais são os gestos que Jesus me convida a viver? O que representa para mim a afirmação de Pedro: "A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna?"


3- ORAÇÃO (VIDA)

"Senhor Jesus, tu és o Caminho. Em meio a sombras e luzes, alegrias e esperanças, tristezas e angustias, Tu nos levas ao Pai. Não nos deixes caminhar sozinhos. Fica conosco, Senhor!
Tu és as Verdade. Desperta nossas mentes e faze arder nossos corações sedentos de justiça e santidade. Ajuda-nos a sentir a beleza de crer em Ti. Fica conosco, Senhor!
Tu és a Vida. Abre nossos olhos para Te reconhecermos no 'partir o Pão', sublime sacramento da Eucaristia. Alimenta-nos com o Pão da Unidade. Sustenta-nos em nossos sofrimentos, faze-nos solidários com os pobres, os oprimidos e excluídos. Fica conosco, Senhor!
Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, no vigor do Espírito Santo, faze-nos teus discípulos missionários. Com a humilde serva do Senhor, nossa Mãe Aparecida, queremos ser alegres no Caminho para a Terra Prometida. Corajosas testemunhas da Verdade libertadora. Promotores da vida em plenitude. Fica conosco, Senhor! Amém". (Oração composta pela Arquidiocese de Brasília)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual apelo a Palavra de Deus despertou em meu coração? O que me proponho a viver? Como vou atingir este propósito?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


...............
Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
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O seguimento de Jesus só podem ser vividos na liberdade
Imediatamente depois da conquista da terra prometida, Josué reúne as doze tribos de Israel em Siquém e exige do povo uma decisão fundamental: servir o Deus único e verdadeiro ou servir outros deuses, os deuses dos habitantes de Canaã. O povo responde unânime que quer servir ao Senhor, reconhecendo que foi Deus quem o salvou, fazendo-o sair do país da servidão para conduzi-lo, através do deserto, à terra prometida. No evangelho, terminado o ensinamento na sinagoga de Cafarnaum, Jesus é surpreendido pela reação de certo número de discípulos que não aceitaram o seu discurso sobre o pão da vida. Para eles o ensinamento de Jesus é duro demais e eles têm dificuldade em compreendê-lo. Observemos que a dificuldade em crer em Jesus e compreender seus ensinamentos não é somente dos judeus; como vemos no relato de hoje, ela invade a mente e o coração dos discípulos. Em que consiste propriamente a dureza do ensinamento de Jesus? Há uma dupla resposta à pergunta: em primeiro lugar, porque é difícil compreender o sentido das palavras de Jesus. Para compreendê-la é preciso a conversão da própria mentalidade e se abrir para a verdade de Deus revelada em Jesus Cristo. Em segundo lugar, o ensinamento é considerado duro pelos discípulos porque exige fé, uma adesão incondicional à pessoa de Jesus; exige a abertura a um novo tempo oferecido por Deus à humanidade. O amor incomensurável de Jesus (cf. Jo 13,1) se manifesta no discurso do pão da vida e exige uma resposta que corresponda a esse grande amor. A abertura à ação do Espírito permite compreender e experimentar que as palavras de Jesus fazem sentido e, qual um sopro, fazem viver plenamente. A liberdade é dom de Deus. Por isso, Jesus abre para os discípulos a possibilidade de irem embora, o que muitos fizeram. Jesus dá aos Doze a liberdade de também partirem. Mas será para Pedro ocasião de fazer uma belíssima profissão de fé: “A quem iremos, Senhor? (...) Tu tens palavras de vida eterna” . A fé e, consequentemente, o seguimento de Jesus só podem ser vividos na liberdade.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5325#ixzz3jfp08SlB 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 22/08 - Alegra-te, cheia de graça! - Lc 1,26-38



Quando Isabel estava no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo! Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse: "Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim. Maria, então, perguntou ao anjo: "Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?" O anjo respondeu: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus”. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril, pois para Deus nada é impossível". Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. E o anjo retirou-se.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

O Evangelho de hoje nos relata o anúncio do anjo Gabriel a Maria. Maria concebe o Filho de Deus por obra do Espírito Santo. Maria é totalmente impregnada pela presença do Espírito Santo para conceber e gerar o Filho de Deus.
Peçamos que o mesmo Espírito que gerou Jesus no seio de Maria, nos configure cada dia ao Cristo pela escuta e meditação da Palavra: Senhor Jesus, dá-me um coração simples para compreender a riqueza de ensinamentos escondida em tua Palavra. Envia teu Espírito Santo para que eu não tenha medo de escutá-la e vivê-la conforme a tua vontade. Que a Palavra transforme o meu coração através da fé e confiança que eu deposito em ti. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Leia em voz alta e pausadamente e procure repetir as palavras que chamaram a sua atenção. Qual é o tema que perpassa o diálogo?
O texto de hoje faz parte dos relatos da infância de Jesus. No sexto mês de concepção de João Batista, o anjo Gabriel, mensageiro de Deus, é enviado para levar a notícia de que a libertação já se aproximava. A destinatária da mensagem é Maria, uma jovem de Nazaré, pequena cidade da Galileia, prometida em casamento a José, descendente de Davi.
A saudação do anjo dirigida a Maria é um convite a alegrar-se porque o Senhor está presente. O "cheia de graça" expressa a vocação de Maria, escolhida para participar plenamente da graça de Cristo. A confirmação de que "o Senhor está contigo" significa que é o Senhor quem realizará a sua obra por meio de Maria e que a ela foi confiada uma missão especial.
Maria ficou perturbada com as palavras do anjo. Ela reconhece a sua pequenez diante da grande missão que lhe é confiada: ser a mãe do Messias. Maria era virgem quando recebeu a missão divina e concebeu Jesus virginalmente, por obra do Espírito Santo. O poder do Altíssimo a cobriu com sua sombra, por isso Jesus foi chamado Filho de Deus.
Por fim, Maria reconhece que toda a obra que está por realizar-se em seu seio é de Deus e coloca-se como serva.
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o texto diz para mim, hoje? Qual foi a palavra que encontrou sintonia com a realidade que estou vivendo? Como compreendo a missão confiada a Maria de ser mãe do Filho de Deus? Como acolho a ação do Espírito Santo que realiza a obra de Deus em nós? Como entendo o "Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra" na vida de Maria e na minha vida? O que significa estar disponíveis aos projetos de Deus?


3- ORAÇÃO (VIDA)

Acolhemos hoje o anúncio da nossa redenção. Deus escolheu habitar entre nós. Proclamemos as maravilhas da encarnação de Cristo rezando:
- O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
- E ela concebeu do Espírito Santo.
- Eis aqui a serva do Senhor.
- Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
- E o Verbo divino se fez homem.
- E habitou entre nós.

Ave-Maria...
- Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos: Infundi, Senhor, em nossos corações a vossa graça, a fim de que, conhecendo pela anunciação do Anjo a encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, cheguemos pela sua paixão e morte à glória da ressurreição. Pelo mesmo Cristo nosso Senhor. Amém.
Glória ao Pai...
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Em quais realidades você percebe a necessidade de uma pronta resposta aos apelos do Senhor? O que você pretende fazer para que isso aconteça?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet


COMENTÁRIOS
Maria se confia plenamente ao Senhor

Os relatos evangélicos da infância de Jesus são frutos do aprofundamento e da compreensão da fé cristã. Eles são consequência, assim como todo o evangelho, da ressurreição de Jesus Cristo, que é o fundamento da fé cristã. No texto do anúncio do nascimento de Jesus pelo anjo Gabriel a Maria, a jovem de Nazaré é apresentada como aquela que recebeu o favor de Deus. O favor de Deus a Maria é a sua eleição para ser, segundo a carne, mãe do Filho único de Deus. A iniciativa da encarnação do Verbo é de Deus, mas, para ser plenamente humano, Deus conta com o consentimento livre de Maria, que, com José, seu esposo, dará existência histórica e humana à Palavra eterna do Pai. Assim como a idade avançada de Zacarias e Isabel e a esterilidade desta não foram impedimento para a concepção de João Batista, do mesmo modo a dificuldade humana da virgindade de Maria será superada pelo poder divino na concepção de Jesus. Na resposta a Deus, Maria se confia plenamente ao Senhor, sem reservas nem condições. Nisso ela é modelo de discípulo: ela é a mulher que escuta a palavra e a põe em prática.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5324#ixzz3jVs7XdLc 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 21/08 - Qual é o maior mandamento da Lei? - Mt 22,34-40



Os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então se reuniram, e um deles, um doutor da Lei, perguntou-lhe, para experimentá-lo: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”. Ele respondeu: “‘Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!’ Esse é o maior e o primeiro mandamento. Ora, o segundo lhe é semelhante: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo’. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos”.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

A Palavra de Deus hoje nos convida a revermos a nossa capacidade de amar. Amar a Deus e amar o próximo. Nem sempre percebemos a estreita relação entre esses dois mandamentos. Madre Teresa de Calcutá, em uma de suas frases afirma que "é fácil amar os que estão longe, mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado."
No início da Leitura orante, abra o seu coração para o diálogo com o próprio Deus por meio de sua Palavra. Deixe-se conduzir pela ação do Espírito Santo que reza em nós, dizendo: Ó divino Espírito, ensina-me tudo quanto Jesus ensinou. Dá-me inteligência para entender; memória para lembrar; vontade dócil para praticar; coração generoso para corresponder aos teus convites. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto bíblico? Quais são as palavras ou gestos de Jesus? Qual é o tema que perpassa a discussão dos personagens? Procure perceber o contexto do relato: lugares, pessoas, perguntas...
"Este episódio é relatado pelos três evangelistas sinóticos. Em Marcos, o diálogo ocorre entre um escriba e Jesus, de maneira pacífica. Em Mateus, e também em Lucas, um fariseu se dirige a Jesus com malícia, para tentá-lo.
Entre os escribas e os fariseus discutia-se sobre qual seria o maior mandamento. Na Lei encontrava-se mais de seiscentos mandamentos a serem observados pelo povo. A opinião majoritária inclinava-se para a observância do sábado, como o maior deles. Jesus já demonstrara liberdade em relação a isso, ao infringir essa observância sabática.
Agora, Jesus responde apresentando os mandamentos do amor a Deus e ao próximo como sendo os maiores. O amor a Deus identifica-se e concretiza-se com o amor ao próximo. E a Lei e os Profetas se resumem neste mandamento do amor. No Sermão da Montanha, Jesus também afirma que a Lei e os Profetas equivalem ao preceito de fazer aos outros tudo aquilo que queremos que seja feito a nós. Jesus nos leva à compreensão de que o amor a si mesmo só se realiza no amor ao próximo, e neste amor de comunhão fraterna comunga-se com o próprio Deus." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra do texto encontrou profunda sintonia com a minha vida, com as minhas atitudes? Em minha vida, meu trabalho, meu relacionamento com as pessoas, como procuro viver os ensinamentos de Jesus? Quais sentimentos o texto despertou em mim? Recorde outros textos ligados ao tema, por exemplo 1Cor 13, 1-13, o hino ao amor cristão.
Sem amor não conseguimos ser presença de esperança na vida dos irmãos, sem amor não há compromissos duradouros, sem amor não há seguimento de Jesus, sem amor a vida perde o sentido, sem amor não há como resgatar a dignidade das pessoas marginalizadas, sem amor não tem sentido doar a vida, sem amor não há perdão...
3- ORAÇÃO (VIDA)

Ofereça a Deus os frutos da sua oração, da sua meditação e contemplação da Palavra. Apresente o apelo que brotou em seu coração e peça a graça de vivê-lo durante o dia. Faça sua prece de agradecimento ou pedido. Conclua com a oração: Jesus Mestre, agradeço pelas luzes que me destes nesta meditação. Perdoai-me, pelos limites que me impediram de fazê-la melhor. Ofereço-vos a resolução que tomei e que espero viver, pela vossa graça. Amém.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

De que forma a Palavra de Deus estará presente neste meu dia? O que desejo colocar em prática segundo os ensinamentos de Jesus?


BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet

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O amor a Deus e o amor ao próximo

A pergunta do fariseu, doutor da Lei, acerca do primeiro dos mandamentos tem por finalidade pôr Jesus à prova. Mas não podemos descartar a hipótese de que os fariseus, ante a enorme quantidade de preceitos que deviam observar de modo irrepreensível (613 preceitos), já não soubessem mais qual era o maior mandamento, ou seja, qual fundamenta todos os demais; qual o mandamento que, diante de um conflito entre dois deles, não pode ser substituído e tem precedência (cf. Lc 10,25-37). Na sua resposta Jesus une de modo indissolúvel dois mandamentos: amor a Deus e amor ao próximo. O amor ao próximo é a consequência natural do verdadeiro amor a Deus. Esse dois mandamentos, considerados unitariamente, são o fundamento da Lei. Na origem da Lei de Deus, está o seu amor e a sua compaixão pelo ser humano que ele criou. Em todos os demais mandamentos da Lei deve estar presente o mandamento do amor, inclusive como critério para observar ou não determinado preceito. Quem cumpre o mandamento do amor, cumpre plenamente a Lei e os Profetas. O amor tira todo rancor e amargura; é ele que faz superar todo sentimento de vingança. O amor a Deus e ao próximo é uma força de vida que nos faz viver uma Páscoa permanente da saída do eu para a entrega generosa, gratuita, a Deus e ao próximo.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5323#ixzz3jTPoUQPS 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.