quinta-feira, 10 de setembro de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 11/09 - Pode um cego guiar outro cego? - Lc 6, 39-42



Jesus contou-lhes, também, uma parábola: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois no buraco? O discípulo não está acima do mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. Por que observas o cisco que está no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando não percebes a trave que está no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave que está no teu olho e, então, enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Pela escuta e meditação da Palavra, somos convidados pelo Senhor a vivermos duas de suas exortações: não julgar os outros e combater a hipocrisia. Que o Espírito Santo venha em nosso auxílio e nos mostre o caminho que a Palavra deseja realizar na vida de cada um de nós.
Rezemos: Senhor Jesus Cristo, envia sobre nós, como prometeste, teu Espírito Santo. Que ele nos conceda a vida e nos ensine a plenitude da verdade. Que nele encontremos a salvação, felicidade e plenitude de amor. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? A quem Jesus está instruindo? Quais são as suas exortações? Onde percebo que o julgamento e a hipocrisia estão presentes? Qual é o caminho apontado por Jesus?
"Lucas reúne, na segunda metade do capítulo 6 de seu evangelho, após a proclamação das bem-aventuranças, várias sentenças de Jesus veiculadas na tradição das comunidades. Compõe, assim, um discurso à semelhança do Sermão da Montanha, de Mateus. No texto de hoje temos duas sentenças correlacionadas. A referência à "parábola" logo no início parece veiculá-la à parábola das duas casas, narrada mais adiante (vv.48-49).
Na primeira sentença há duas interrogações sobre o cego que guia outro cego. É possível que, originalmente, fosse dirigida aos fariseus tidos como guias de uma doutrina que desorientava o povo. Lucas, aqui, a estaria aplicando também aos discípulos, os quais deveriam entender melhor a missão de Jesus, e, ao estarem bem formados, não pretender ser maior do que ele. A segunda interrogação é feita com uma comparação, usando o exagero: o cisco ou a trave no olho. Em vez de procurar defeitos nos irmãos, é importante fazer autocrítica. Assim, com humildade, se está preparado para, com lucidez e amor, corrigir fraternalmente o irmão." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o texto diz para mim? Como acolho os ensinamentos de Jesus em minha vida? Qual é o caminho para o não julgamento dos outros? E para combater a hipocrisia? O que leva o ser humano a agir com julgamentos e hipocrisia? Qual é o apelo que o Senhor me convida a viver? Quais sentimentos a Palavra despertou em mim?
3- ORAÇÃO (VIDA)

Pedimos que o Espírito Santo transforme o nosso coração:
Ó Espírito Santo! Dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora; fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da Santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao Coração do Senhor Jesus. Um coração grande e forte, para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos. Um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda ofensa, toda desilusão. Um coração grande e forte e constante até o sacrifício, quando for necessário. Um coração, cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo, e cumprir humilde e fielmente a vontade do Pai. Amém. (Papa Paulo VI)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Como vou viver concretamente durante o dia os apelos que o Senhor me revelou?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015', Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet

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Mês da Bíblia 2015
Neste ano, o tema proposto para o aprofundamento do Mês da Bíblia é: "Discípulos missionários a partir do Evangelho de João", e o lema: "Permanecei no meu amor para produzir muitos frutos".
Assista ao vídeo sobre o tema:



Acompanhe, na próxima sexta-feira, mais uma reflexão sobre o Evangelho de João.

COMENTÁRIOS
Ver os semelhantes com o olhar de misericórdia de Jesus

A parábola que nos é proposta hoje deve ser compreendida à luz das exigências precedentes que formam o conteúdo do sermão da planície, centrado fundamentalmente sobre a exigência do amor e da misericórdia. O “guia cego” é o discípulo que não aceita a sua condição de servo e não se submete ao ensinamento do seu Mestre, e que, por isso, não vê os seus semelhantes com o olhar de misericórdia de Jesus; além disso, resiste à identificação com o Senhor. A cegueira é, ainda, um modo de falar da incredulidade. O texto reflete um problema interno à comunidade dos discípulos, mas que podemos estender a todos os âmbitos da vida humana: a crítica aos outros desprovida de autocrítica e de verdadeira misericórdia. A parábola da palha e da trave apela para a necessidade de autocrítica e de misericórdia. A trave não permite enxergar bem, distorce e diminui a visão, e até mesmo a impede. Um comportamento desses cria uma situação ainda pior. Certamente, a preocupação que o evangelho traduz é a tensão interna à comunidade cristã entre os cristãos comuns e aqueles que se sentem mais iluminados e pretendem instruir os outros na vida espiritual e na ética cristã. Para poder ajudar alguém é preciso humildade e consciência dos próprios limites.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj


Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=11%2F09%2F2015#ixzz3lO0fWnVT 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

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