sexta-feira, 4 de março de 2016

3ª Semana da Quaresma - Sábado 05/03/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de São João José da Cruz

Primeira Leitura (Os 6,1-6)


Leitura da Profecia de Oséias.

1'Vinde, voltemos para o Senhor, ele nos feriu e há de tratar-nos, ele nos machucou e há de curar-nos.
2Em dois dias, nos dará vida, e, ao terceiro dia, há de restaurar-nos, e viveremos em sua presença. 3É preciso saber segui-lo para reconhecer o Senhor. Certa como a aurora é a sua vinda, ele virá até nós como as primeiras chuvas, como as chuvas tardias que regam o solo'. 4Como vou tratar-te, Efraim? Como vou tratar-te, Judá? osso amor é como nuvem pela manhã, como orvalho que cedo se desfaz. 5Eu os desbastei por meio dos profetas, arrasei-os com as palavras de minha boca, mas, como luz, expandem-se meus juízos; 6quero amor, e não sacrifícios, conhecimento de Deus, mais do que holocaustos'.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 50)



— Eu quis misericórdia e não o sacrifício!
— Eu quis misericórdia e não o sacrifício!

—Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado,  e apagai completamente a minha culpa!

— Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais. Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!

— Sede benigno com Sião, por vossa graça, reconstruí Jerusalém e os seus muros! E aceitareis o verdadeiro sacrifício, os holocaustos e oblações em vosso altar!


Evangelho (Lc 18,9-14)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo,  9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10'Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: 'Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda'. 13O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: 'Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!' 14Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado.'


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Meditatio

A parábola que o evangelho hoje nos apresenta é um verdadeiro dom de Deus, particularmente no tempo da Quaresma que estamos a viver. Com efeito, pode assaltar-nos a tentação de pensarmos que, com as práticas penitenciais que nos propusemos, e vamos praticando, somos melhores que os outros. Ceder a esta tentação, seria arruinar todo o bem que, com a graça do Senhor (é bom sempre lembrá-lo!), temos praticado.

«Quero a misericórdia e não os sacrifícios, o conhecimento de Deus mais que os holocaustos», diz-nos o Senhor pela boca de Oseias. Conhecer a Deus, e conhecer-­nos a nós mesmos em Deus, é o caminho da sabedoria e da vida. Foi o caminho que os santos de todos os tempos percorreram: «Que Te conheça, que eu me conheça», pedia Santo Agostinho. Quem somos nós, sem Deus? Somos certamente pecadores, cheios de orgulho e cheios de desprezo pelos outros; somos prisioneiros do nosso egoísmo e do nosso pecado. Quem somos nós com Deus? Somos ainda pecadores, mas pecadores que sabem que a experiência de pecado pode tornar-se o lugar em que Deus, o Misericordioso, nos revela o seu rosto.

Um excelente exercício para a nossa Quaresma consistirá em unir-nos à misericórdia de Deus, revelada em Jesus Cristo, que aceitou ser contado entre os pecadores, que carregou sobre Si as culpas de todos, e aceitou morrer para nossa salvação. Por isso, não só não se separou dos pecadores, mas aceitou conviver com eles, para a todos revelar o amor misericordioso do Pai. Cada cristão há-de continuar a ser sinal desse amor misericordioso junto dos irmãos, particularmente daqueles que nos parecem maiores pecadores. Tudo o mais que fizermos, jejuns, orações, esmolas, ou outras penitências, deve ser oferecido pelos nossos próprios pecados. Se nos julgamos mais perto de Deus, devemos prová-lo a nós mesmos com uma proximidade maior junto dos outros, uma proximidade permeada de misericórdia e de amor fraterno, de amor oblativo.

Jesus aproxima-Se das pessoas com muita compreensão, com doçura e humildade. Ama as pessoas, como nos demonstra também na parábola do pai bom e do filho pródigo. As palavras do pai não são um sermão, não avançam queixas e muito menos acusações. Não é um debate e, muito menos, uma polêmica. À humilde confissão do filho: "Pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filhd' (Lc 15, 21), o pai responde beijando-o e abraçando-o; apenas fala com o seu amor: "Depressa, trazei o vestido mais belo e vesti-lho, ponde-lhe o anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo, matai-o, comamo-lo e façamos festa ... " (Lc 15, 22-23).

É este o modo como também havemos de actuar com os nossos irmãos, mesmo com aqueles de quem tenhamos alguma queixa.
Fonte http://www.dehonianos.org/

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