quarta-feira, 10 de agosto de 2016

19ª Semana Comum - Quinta-feira 11/08/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Ez 12,1-12)


Leitura da Profecia de Ezequiel.

1A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2“Filho do homem, estás morando no meio de um povo rebelde. Eles têm olhos para ver e não veem, ouvidos para ouvir e não ouvem, pois são um povo rebelde. 3Quanto a ti, Filho do homem, prepara para ti uma bagagem de exilado, em pleno dia, à vista deles. Emigrarás do lugar onde estás, à vista deles, para outro lugar. Talvez percebam que são um povo rebelde. 4Deverás tirar a bagagem em pleno dia, à vista deles, como se fosse a bagagem de um exilado. Mas deverás sair à tarde, à vista deles, como quem vai para o exílio.

5À vista deles deverás cavar para ti um buraco no muro, pelo qual sairás; 6deverás carregar a bagagem nas costas e retirá-la no escuro. Deverás cobrir a face para não ver o país, pois eu fiz de ti um sinal para a casa de Israel”.

7Eu fiz assim como me foi ordenado. Tirei a bagagem durante o dia, como se fosse a bagagem de exilado; à tarde, abri com a mão um buraco no muro. Saí no escuro, carregando a bagagem às costas, diante deles. 8De manhã, a palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 9“Filho do homem, não te perguntaram os da casa de Israel, essa gente rebelde, o que estavas fazendo?

10Dize-lhes: Assim fala o Senhor Deus: Este oráculo refere-se ao príncipe de Jerusalém e a toda a casa de Israel que está na cidade. 11Dize: Eu sou um sinal para vós. Assim como eu fiz, assim será feito com eles: irão cativos para o exílio. 12O príncipe que está no meio deles levará a bagagem às costas e sairá no escuro. Farão no muro um buraco para sair por ele. O príncipe cobrirá o rosto para não ver com seus olhos o país.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 77)


— Das obras do Senhor não se esqueçam.

— Das obras do Senhor não se esqueçam.


— Mesmo assim, eles tentaram o Altíssimo, recusando-se a guardar os seus preceitos. Como seus pais, se transviaram, e o traíram como um arco enganador que volta atrás;

— Irritaram-no com seus lugares altos, provocaram-lhe o ciúme com seus ídolos. Deus ouviu e enfureceu-se contra eles, e repeliu com violência a Israel.

— Entregou a sua arca ao cativeiro, e às mãos do inimigo a sua glória; fez perecer seu povo eleito pela espada, e contra a sua herança enfureceu-se.


Evangelho (Mt 18,21-19,1)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.



Naquele tempo, 18,21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna.

25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo’. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’.

29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’

34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. 19,1Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do Jordão.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Ezequiel realiza mais uma acção simbólica, uma parábola em acção, para indicar a próxima queda de Jerusalém às mãos dos caldeus, retirando as esperanças de regresso aos que já se encontram cativos em Babilónia. A pedagogia de Deus, em ordem à conversão do povo, e ao seu futuro feliz, passa pelo castigo. Mas triunfará a misericórdia.
O evangelho também nos apresenta uma parábola narrada por Jesus, para tratar um tema que tinha muito a peito: o perdão do irmão pecador. Deus é Aquele que perdoa generosamente. A vinda de Jesus tornou claramente perceptível esse perdão. Para Mateus, toda a obra de Jesus é caracterizada pela remissão dos pecados: cura do paralítico (9, 2-7); o seu sangue é «entregue para a remissão dos pecados» (26, 28). Na cruz, Jesus reza pelos seus algozes: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem» (Lc 23, 34).
O perdão de Deus, dado com toda a generosidade e misericórdia, torna-se normativo para as relações entre os discípulos: «não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?» (v. 33). A experiência do perdão de Deus há-de levar-nos a perdoar aos irmãos. O nosso comportamento com os outros deve reflectir o modo como Deus se comporta connosco. O que Ele fez por nós ensina-nos o que havemos de fazer pelos outros.
Na doutrina de Jesus, há alguns «como» a que nem sempre damos a devida atenção: «Ama o teu próximo como a ti mesmo» (Mt 22, 39; Gl 5, 14), «como Eu vos amei» (Jo 15, 12), «como amo o Pai» (Jo 14, 31) … O mesmo Jesus nos ensina a rezar: «perdoa as nossas ofensas,como nós perdoámos a quem nos tem ofendido» (Mt 6, 12). Jesus não ensina que o preço para sermos perdoados é perdoar, que esse perdão é a única coisa a fazer para sermos perdoados, ou que, uma vez que perdoámos, temos direito ao perdão. O perdão de Deus não é simples eco do nosso espírito de perdão. Pelo contrário: o pensamento da grandeza do perdão de Deus deve sensibilizar o nosso coração, para agirmos de modo semelhante, e sabermos perdoar aos nossos irmãos.
As nossas relações fraternas hão-de ser marcadas pelo amor, pela confiança e pela estima. Mas, se nos irmãos nem tudo merece estima e confiança, o amor jamais há-de faltar sob a forma de tolerância do irmão, de aceitação, de compreensão, de misericórdia e de perdão: na comunhão fraterna, mesmo para além dos conflitos, e no perdão recíproco, queremos e devemos mostrar que a fraternidade porque os homens anseiam é possível em Jesus Cristo, e dela queremos ser fiéis servidores (cf. Cst 65).
Fonte http://www.dehonianos.org/

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