domingo, 14 de agosto de 2016

20ª Semana Comum - Segunda-feira 15/08/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Ez 24,15-24)


Leitura da Profecia de Ezequiel.

15A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 16“Filho do homem, vou tirar de ti, por um mal súbito, o encanto de teus olhos. Mas não deverás lamentar-te nem chorar ou derramar lágrimas. 17Geme em silêncio, sem fazer o luto dos mortos. Põe o turbante na cabeça, calça as sandálias nos pés, sem encobrir a barba, nem comer o pão dos enlutados”.

18Eu tinha falado ao povo pela manhã, e à tarde minha esposa morreu. Na manhã seguinte, fiz como me foi ordenado. 19Então o povo perguntou-me: “Não nos vais explicar o que têm a ver conosco as coisas que tu fazes?” 20Eu respondi-lhes: “A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 21Fala à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Vou profanar o meu santuário, o objeto do vosso orgulho, o encanto de vossos olhos, o alento de vossas vidas. Os filhos e as filhas, que lá deixastes, tombarão pela espada.

22E fareis assim como eu fiz: Não cobrireis a barba, nem comereis o pão dos enlutados, 23levareis o turbante na cabeça, as sandálias nos pés, sem vos lamentar nem chorar. Definhareis por causa de vossas próprias culpas, gemendo uns para os outros. 24Ezequiel servirá para vós como sinal: Fareis exatamente o que ele fez; quando isso acontecer, sabereis que eu sou o Senhor Deus”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Dt 32,18-21)


— Esqueceram o Deus que os gerou!

— Esqueceram o Deus que os gerou!


— Da Rocha que te deu à luz te esqueceste, do Deus que te gerou não te lembraste. Vendo isto, o Senhor os desprezou, aborrecido com seus filhos e suas filhas.

— E disse: Esconderei deles meu rosto e verei, então, o fim que eles terão, pois, tornaram-se um povo pervertido, são filhos que não têm fidelidade.

— Com deuses falsos provocaram minha ira, com ídolos vazios me irritaram; vou provocá-los por aqueles que nem povo são, através de gente louca hei de irritá-los.


Evangelho (Mt 19,16-22)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 16alguém aproximou-se de Jesus e disse: “Mestre, que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?” 17Jesus respondeu: “Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é o Bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”. 18O homem perguntou: “Quais mandamentos?” Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, 19honra teu pai e tua mãe, e ama o teu próximo como a ti mesmo”.

20O jovem disse a Jesus: “Tenho observado todas essas coisas. Que ainda me falta?” 21Jesus respondeu: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. 22Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Meditatio

Ezequiel perde a sua mulher. Não sabemos o que a leva à morte, mas sabemos que, por inspiração de Deus, o profeta não manifesta a sua aflição, não põe luto. O Senhor dissera-lhe: «Suspira em silêncio, não guardes o luto habitual pelos defuntos; conserva o turbante na cabeça, calça as sandálias, não cubras o rosto e não comas pão ordinário» (v. 17). O drama familiar de Ezequiel devia servir de sinal profético. O povo interroga-o sobre um comportamento considerado estranho, e o profeta responde: «O Senhor vai profanar o seu santuário, o orgulho da vossa força, as delícias dos vossos olhos e a paixão das vossas vidas. Os vossos filhos e filhas que deixastes cairão ao fio da espada» (v. 21). E nem sequer tereis oportunidade para fazer luto: «Com o turbante na cabeça e as sandálias calçadas, não vos lamentareis e não chorareis» (v. 23). Ezequiel era sinal dessa tragédia, em que não haveria tempo para chorar: a destruição de Jerusalém e do templo, e a partida para o exílio. Os hebreus tinham uma enorme paixão pelo templo, casa de Deus, sacramento da aliança nupcial de Deus com o seu povo. Ao anunciar a sua profanação e destruição, Deus tem uma intenção positiva, anunciada no fim do nosso texto: «Então, reconhecereis que Eu sou o Senhor Deus» (v. 24). Com a catástrofe, Deus quer tornar possível a conversão. De facto, depois da destruição de Jerusalém e do templo, e da deportação para Babilónia, os hebreus recordaram as palavras de Jeremias e de Ezequiel, que tudo tinha predito, meditaram nessas profecias e alcançaram a graça da conversão. Reconheceram as suas culpas e compreenderam a intenção divina de perdoar e recomeçar tudo, numa nova relação de aliança, mais íntima e profunda.
Também nós somos chamados a reler as Escrituras, especialmente em situações de provação e sofrimento. Paulo escreve: «Estas coisas aconteceram-lhes para nosso exemplo e foram escritas para nos servir de aviso, a nós que chegamos ao fim dos tempos» (1 Cor 10, 11); «A verdade é que tudo o que foi escrito no passado foi escrito para nossa instrução, a fim de que, pela paciência e pela consolação que nos dão as Escrituras, tenhamos esperança» (Rm 15, 4). A palavra de Deus, mesmo quando muito severa, é sempre causa de esperança, porque abre perspectivas positivas, depois da necessária purificação. Os hebreus exilados tiveram ocasião de ver o rosto de Deus no sofrimento. O jovem rico, pelo contrário, por sua iniciativa, e cheio de zelo, procura o caminho que leva à vida eterna, e pede conselho sobre o que é bom, e sobre o que deve fazer para a alcançar.
As leituras de hoje apontam dois caminhos de «transcendência»: Um que parte de baixo, quando o homem, ao bater no fundo da miséria, experimenta a sua fraqueza, mas também a presença misteriosa de Deus que o sustenta e ergue; outro que parte do alto, quando o homem descobre que é capaz de ir mais longe, de ir além do obrigatório, experimentando a graça de Deus, que o anima e impele a dar um salto de qualidade. A vida do homem é um cruzar de altos e baixos, de avanços e retrocessos, de êxitos e de quedas, de entusiasmos e depressões. Mas Deus está em cada momento e em cada situação, sempre pronto para o encontro que nos pode transformar e salvar. Tudo é obra de amor. Também o sofrimento, colhido na sua profundidade, é uma experiência de amor. Se for vivido com Cristo crucificado, o sofrimento é ocasião, não só de purificação dolorosa, mas de abertura à ação do Espírito, de puro abandono, de união amorosa à Vítima divina. Então, o tempo do sofrimento, em que tudo é tão frágil e caduco, torna-se uma interiorização no ser profundo da pessoa, um encontro e comunhão com uma Presença misteriosa que nos ama.
Fonte http://www.dehonianos.org/

Um comentário:

  1. Eu vou comer no "sopas dos Pobres" tudos os dias! Putugal é um país pobre, mais eu gosto de ser racista para o Brasil, tudos os pretos e espanhóis ... ignorância faz parte da minha cultura portuguêsa!!!

    ORGULHO e IGNORANCA DO PUTUGAL!!!!!!!!!!!!!

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