sábado, 7 de novembro de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 08/11 - A oferta da viúva - Mc 12,38-44

Ao ensinar, Jesus dizia: “Cuidado com os escribas! Eles fazem questão de andar com amplas túnicas e de serem cumprimentados nas praças, gostam dos primeiros assentos na sinagoga e dos lugares de honra nos banquetes. Mas devoram as casas das viúvas, enquanto ostentam longas orações. Por isso, serão julgados com mais rigor”. Jesus estava sentado em frente do cofre das ofertas e observava como a multidão punha dinheiro no cofre. Muitos ricos depositavam muito. Chegou então uma pobre viúva e deu duas moedinhas. Jesus chamou os discípulos e disse: “Em verdade vos digo: esta viúva pobre deu mais do que todos os outros que depositaram no cofre. Pois todos eles deram do que tinham de sobra, ao passo que ela, da sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha para viver”.

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O Senhor vê a generosidade de nosso coração

Tanto a primeira leitura como o evangelho apresentam duas viúvas como dois modelos de generosidade. Na primeira leitura, num período particularmente difícil de grande seca e carestia, Elias vai, enviado pelo Senhor, a Sarepta, na Sidônia. Lá se encontra com uma viúva pobre, mãe de um único filho. Elias pede água e pão a ela. A mulher, em princípio, não pode oferecer o pão ao profeta, pois ela só tem o estritamente necessário para ela e o seu filho. Mas Elias insiste e pede a ela que não tenha medo e faça o pão primeiro para ele e, somente depois, para ela e o filho. Ao seu pedido o homem de Deus associa a promessa do Senhor: “a farinha da vasilha não vai acabar...”. A generosidade e a fé que Elias exige daquela mulher são imensas. Ela confia nele, mesmo sendo um desconhecido. Essa mulher viúva é um exemplo de fé e de generosidade. A generosidade dela foi finalmente recompensada, pois a farinha da vasilha não acabou, nem a jarra de azeite secou, como o profeta havia anunciado.
No evangelho, Jesus ensina no Templo de Jerusalém. Ele adverte as pessoas contra o modo de se comportar dos escribas. Esse alerta mostra a distância que separa Jesus desse grupo influente do seu tempo. Ostentação, aparência, honrarias e exploração dos pobres e indefesos são as marcas dos escribas; isso tudo faz com que Jesus dirija uma dura crítica a eles no capítulo 23 de Mateus, denunciando-os como hipócritas, como túmulos caiados que são bonitos por fora, mas cheios de ossos podres por dentro. Os discípulos devem se precaver contra a tentação de imitá-los, pois o serviço generoso é marca do discípulo de Cristo. Em contrapartida, Jesus, junto ao cofre do templo, observa as pessoas que lá vão para depositar a sua oferta. Vê uma mulher, pobre e viúva, que deposita apenas algumas moedas. Talvez ninguém fizesse caso daquela viúva. Jesus, no entanto, utiliza o exemplo da mulher que deposita sua oferta no cofre do Templo como um exemplo a seguir. A viúva, na sua pobreza, e aos olhos de Deus, superou todos os ricos que ofertavam de sua abundância, pois ela ofertou somente duas moedinhas, tudo o que possuía; sua entrega é maior e mais autêntica. Essa consideração de Jesus é muito consoladora, pois revela que o Senhor não nos julga pela quantidade de nossos dons, mas vê a generosidade de nosso coração. A atitude da viúva pobre é um modelo a ser imitado na vida cristã: a santidade a ser desejada por todos é a capacidade de entregar tudo nas mãos de Deus.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/

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