segunda-feira, 16 de novembro de 2015

EVANGELHO DO DIA- ANO B - DIA 18/11 - O rei e seus servos - Lc 19,11-28

Enquanto estavam escutando, Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia se manifestar logo. Disse: “Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. Chamou então dez dos seus servos, entregou a cada um uma bolsa de dinheiro e disse: ‘Negociai com isto até que eu volte’. Seus concidadãos, porém, tinham aversão a ele e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: 'Não queremos que esse homem reine sobre nós'. Mas o homem foi nomeado rei e voltou. Mandou chamar os servos, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber que negócio cada um havia feito. O primeiro chegou e disse: 'Senhor, a quantia que me deste rendeu dez vezes mais'. O homem disse: 'Parabéns, servo bom. Como te mostraste fiel nesta mínima coisa, recebe o governo de dez cidades'. O segundo chegou e disse: 'Senhor, a quantia que me deste rendeu cinco vezes mais'. O homem disse também a este: 'Tu, recebe o governo de cinco cidades'. Chegou o outro servo e disse: 'Senhor, aqui está a quantia que me deste: eu a guardei num lenço, pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste'. O homem disse: 'Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Sabias que eu sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. Então, por que não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar eu o retiraria com juros'. Depois disse aos que estavam aí presentes: 'Tirai dele sua quantia e dai àquele que fez render dez vezes mais'. Os presentes disseram: 'Senhor, esse já tem dez vezes a quantia!' Ele respondeu: ‘Eu vos digo: a todo aquele que tem, será dado, mas àquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado. E quanto a esses meus inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente”. Depois dessas palavras, Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém.

COMENTÁRIOS
Produzir fruto e realizar a missão com liberdade

A razão da parábola do rei é bastante próxima da parábola dos talentos (Mt 25,14-30). Antes da parábola, o narrador introduz a motivação: a multidão que acompanhava Jesus com entusiasmo pensava que o Reino de Deus iria se manifestar imediatamente. A parábola evoca o mistério pascal de Jesus Cristo e a parusia do Filho do Homem. Noutra ocasião já afirmamos que um dos traços característicos do evangelho segundo Lucas é corrigir a ideia de que a segunda vinda do Cristo seria iminente. Entre a partida do rei para o estrangeiro e a sua volta há todo um trabalho a ser feito, que é a administração dos bens do rei. Para o leitor, fica claro que o rei é Jesus Cristo. Todo o acento da parábola é posto no servo que guardou o dinheiro do rei num lenço, sem fazê-lo render, ao contrário do que fizeram todos os outros nove. O medo o paralisou, impediu o seu esforço e a sua criatividade. De onde vem o medo desse “servo mau”? Do espírito servil, da mentalidade de escravo da qual é preciso se libertar para poder produzir fruto e realizar a missão recebida do Senhor.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/

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