sábado, 8 de outubro de 2016

28ª Semana Comum - Segunda-feira 10/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Gl 4, 22-24.26-27.31-5,1)


Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas.

Irmãos, 4,22está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. 23Mas o filho da escrava nasceu segundo a carne, e o filho da livre nasceu em virtude da promessa. 24Esses fatos têm um sentido alegórico, pois essas mulheres representam as duas alianças: a primeira, Hagar, vem do monte Sinai; ela gera filhos para a escravidão. 26Porém, a Jerusalém celeste é livre, e é a nossa mãe. 27Pois está escrito: “Rejubila, estéril, que não dás à luz, prorrompe em gritos de alegria, tu que não sentes as dores do parto, porque os filhos da mulher abandonada são mais numerosos do que os da mulher preferida”. 31Portanto, irmãos, não somos filhos de uma escrava; somos filhos da mulher livre. 5,1É para a liberdade que Cristo nos libertou. Ficai pois firmes e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da escravidão.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Responsório (Sl 112)


— Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!

— Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!


— Louvai, louvai, ó servos do Senhor, louvai, louvai o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade!

— Do nascer do sol até o seu ocaso, louvado seja o nome do Senhor! O Senhor está cima das nações, sua glória vai além dos altos céus.

— Quem pode comparar-se ao nosso Deus, que se inclina para olhar o céu e a terra? Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho.


Evangelho (Lc 11,29-32)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 29quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. 30Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria do Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão. 32No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
Aparentando tratar de problemas do passado, as leituras de hoje oferecem-nos uma mensagem actual. De facto, é sempre actual a tentação de nos agarrarmos a ideias fixas sobre as propostas de Deus e sobre as condições para nos justificarmos diante d´Ele. Mas Deus quer respostas livres e atitudes de confiança filial. Se, quase sempre, nos é necessário exercitar a fé e acreditar para além das evidências, somente a certeza de que Deus nos ama, acima de todas as nossas expectativas, é capaz de rasgar os horizontes reduzidos do legalismo e do lucro. É triste que, passados dois mil anos, desde que Jesus Cristo nos ofereceu um sinal bem mais eloquente e eficaz que o de Jonas, ainda se corra à busca de sinais e de provas em astrólogos, cartomantes, bruxas ou nas fantasias de seitas pseudo-religiosas. Parece bem mais simples acreditar no amor e abandonar-se como filhos nos braços do Pai.
No evangelho de S. João, o sinal, mais do que uma prova, é uma luz lançada sobre o mistério da Pessoa e da Missão de Jesus, por meio de realidades simbólicas naturais (água, pão, videira, vinho, luz, etc.) e de realidades bíblicas (serpente de bronze, maná, rocha, etc.), e por meio de acontecimentos, factos e gestos de Jesus (caminhar sobre as águas, unção em Betânia, lava-pés, coroação de espinhos, divisão das vestes, transfixão do Lado…).
«O testemunho de João, por meio destes sinais, visa a natureza íntima de Jesus, que estes sinais fazem conhecer. Por meio deles, o Evangelista refere-se directamente ao segredo do ser de Jesus, ao mistério da Sua Pessoa» (De la Potterie, La Verité en S. Jean, Rome 1977, I, 80).
No universo dos sinais, para além do sinal eminente da Ressurreição, e das aparições do Ressuscitado, temos, em S. João, o sinal da Transfixão do Lado, que é o último sinal da vida de Jesus. Não foi Jesus que o realizou, porque já tinha exalado o último suspiro (Jo 19, 30), mas foi um soldado; misteriosamente, foi o Pai que abriu no Seu Corpo, o «lugar da presença e da manifestação de Deus no meio dos homens&raqu
o;, especialmente no brotar do sangue e da água.
Lemos nas Constituições: «Sequiosos de intimidade com o Senhor, procuramos os sinais da sua presença na vida dos homens, onde actua o seu amor salvador» (n. 28). Queremos e devemos descobrir «os sinais da sua presença» (Cst. 28) também em homens que não são “dos nossos”: «Mestre, vimos alguém a expulsar demónios em Teu nome, sem que nos siga, e proibimos-lho». Assim fala João a Jesus (Mc 9, 38), e Jesus responde: «Não lho proibais… Quem não é contra nós é por nós» (Mc 9, 39-40). Pode até acontecer que os mais afastados sejam os mais próximos do Senhor. Assim aconteceu na vida de Jesus: Nicodemos e os judeus de Jerusalém são entusiastas dos sinais que Jesus realiza, acreditam n´Ele e reconhecem-n´O como enviado de Deus, e todavia não chegam à fé perfeita e Jesus não Se fia neles, porque sabe o que há no coração do homem (cf. Jo 2, 23-25; 3, 1-10). Chegam, pelo contrário, à fé os desprezados, os cismáticos samaritanos: «Este é, na verdade, o salvador do mundo» (Jo 4, 42) e mais ainda o pagão funcionário real, que acredita à palavra de Jesus: «Vai, o teu filho está salvo. Aquele homem acreditou na palavra de Jesus e pôs-se a caminho» (Jo 4, 50). O seu filho estava verdadeiramente curado: «Acreditou ele e toda a sua família» (Jo 4, 53).
Pois bem, onde actua o “amor que salva” de Jesus, também nós queremos estar presentes, unidos «no seu amor pelo Pai e pelos homens» (Cst. 17), especialmente pelos pequenos e pelos pobres (Cst. 28), porque «Cristo se identificou» com eles (Cst. 28; cf. Mt 25, 40
Fonte http://www.dehonianos.pt/

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