domingo, 16 de outubro de 2016

29ª Semana Comum - Segunda-feira 17/10/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Ef 2,1-10)


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.

Irmãos, 1vós estáveis mortos por causa de vossas faltas e pecados, 2nos quais vivíeis outrora, quando seguíeis o deus deste mundo, o príncipe que reina entre o céu e a terra, o espírito que age agora entre os rebeldes.

3Nós éramos deste número, todos nós. Outrora nos abandonávamos às paixões da carne; satisfazíamos os seus desejos, seguíamos os seus caprichos e éramos por natureza como os demais, filhos da ira.

4Mas Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, 5quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos! 6Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus em virtude de nossa união com Jesus Cristo.

7Assim, pela bondade, que nos demonstrou em Jesus Cristo, Deus quis mostrar, através dos séculos futuros, a incomparável riqueza da sua graça. 8Com efeito, é pela graça que sois salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós; é dom de Deus! 9Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe. 10Pois é ele quem nos fez; nós fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos.




- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 99)


— O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.

— O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.


— Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!

— Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.

— Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor, dai-lhe graças, seu nome bendizei!

— Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!


Evangelho (Lc 12,13-21)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 13alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”.

14Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?” 15E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”.

16E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo: ‘Que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. 18Então resolveu: ‘Já sei o que vou fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’ 20Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’ 21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/



Meditatio
Havemos de nos preocupar em enriquecer, não de bens materiais, mas de caridade aos olhos de Deus. Jesus censura o homem rico, que se alegra com as riquezas, sem saber que está muito próximo da morte, pensando apenas em si mesmo, não se lembrando dos pobres.
Precisamos de enriquecer aos olhos de Deus, em caridade. Na carta aos efésios encontramos hoje um exemplo de caridade. S. Paulo escreve a pagãos convertidos ao cristianismo e celebra a unidade realizada por Deus, em Cristo, entre os Judeus, o povo eleito, e os pagãos: «Irmãos: Vós estáveis mortos pelas vossas faltas e pecados» (v. 1). O Apóstolo não mistifica a realidade: estavam em pecado. Mas continua imediatamente: «Como eles, todos nós nos comportámos outrora…de tal modo que estávamos sujeitos por natureza à ira divina, precisamente como os demais» (v. 3).
Paulo insiste sobre a sua indignidade diante de Deus. Poderia ter acumulado tesouros para si, sublinhando a riqueza religiosa dos Judeus em relação à miséria dos pagãos, e isso seria verdade, porque os judeus tinham uma vida religiosa e moral melhor do que os pagãos. Mas não o fez: pôs-se, pelo contrário, ao mesmo nível dos pagãos, com todo o seu povo, para juntamente com eles receber a graça de Deus. Isto é caridade. Escreve o Apóstolo: «Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo amor imenso com que nos amou, precisamente a nós que estávamos mortos pelas nossas faltas, deu-nos a vida com Cristo é pela graça que vós estais salvos» (vv. 4-5). Deus é rico em misericórdia e, diante d´Ele, estamos todos ao mesmo nível.
Deste modo, Paulo manifesta, em relação aos pagãos convertidos, uma caridade delicada, uma caridade que é difícil quando nos sentimos superiores aos outros que, segundo o nosso modo de ver, não fazem coisas boas (deixando subentendido: &la
quo;como as que fazemos nós»). E abandonamo-nos a um instintivo sentimento de soberba, pensando: nós não somos assim! «Obrigado, Senhor, porque não sou como os outros homens!» – rezava o fariseu (cf. Lc 18, 13).
A caridade, pelo contrário, aproxima-nos dos outros. Também nós somos capazes de fazer o mal, como e mais do que os outros e, se não o cometemos, foi por infinita bondade e misericórdia de Deus para connosco.
«Implicados no pecado, mas participantes na graça redentora…, queremos unir-nos a Cristo presente na vida do mundo e, em solidariedade com Ele e com toda a humanidade e a criação inteira, oferecer-nos ao Pai como oblação viva, santa e agradável (cf. Rm 12,1).
A nossa vocação de oblatos e reparadores, torna-nos solidários com todos os homens, também com os pecadores, em cujo número nos incluímos. Mas também queremos tornar-nos solidários com Cristo, e com os nossos irmãos na fé, para colaborarmos na sua promoção, na sua evangelização e no seu crescimento humano e espiritual. A nossa “solidariedade”, tal como a de Cristo, não deve ser somente “afectiva”: «Vendo as multidões, sentiu compaixão por elas, porque eram como ovelhas sem pastor» (Mt 9, 36); mas “efectiva”: Jesus multiplica os pães (cf. Mc 8, 1-9), cura os doentes (cf. Mt 15, 30), «anuncia a Boa Nova aos pobres» (Lc 4, 18).
Temos consciência da graça redentora, fruto do amor incomensurável de Deus para connosco. E, tal como o Pe. Dehon, queremos corresponder-lhe «com uma união íntima ao Coração de Cristo e com a instauração do seu Reino nas almas e nas sociedades» (Cst. 4), isto é, servindo o Reino e servindo os homens concretos que nos rodeiam. Este propósito há-de levar-nos ao compromisso pessoal, à acção, à “disponibilidade” para com os irmãos em necessidade. Só assim poderemos reviver a experiência do Pe. Dehon «sensível ao pecado que enfraquece a Igreja», aos «males da sociedade”, de que «descobre a causa mais profunda… na recusa do amor de Cristo». Mas também há que praticar a partilha, como nos ensina: «Aquele que tiver bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu coração, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos com palavras, nem com a língua, mas por acções e em verdade» (1 Jo 3, 17-18; cf. Tg 2, 14-17). A insensatez do homem rico consistiu em não abrir o coração e os celeiros aos outros…
Fonte http://www.dehonianos.pt/

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