Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos designei, para dardes fruto e para que o vosso fruto permaneça. Assim, tudo o que pedirdes ao Pai, em meu nome, ele vos dará. O que eu vos mando é que vos ameis uns aos outros.
LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL
Jesus hoje nos deixa um mandamento: "amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei". Que a Palavra que vamos meditar nos ajude a compreendermos a radicalidade com que Jesus nos ama e fortaleça em nós as disposições para seguirmos o seu exemplo na vivência do amor fraterno.
Oremos: Jesus Mestre, cremos com viva fé que estais aqui presente, para indicar-nos o caminho que leva ao pai. Iluminai nossa mente, movei nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)
O que diz o texto em si? Faça uma primeira leitura do texto. Em seguida, retome a perícope anterior ao texto de hoje (Jo 15,1-11). Observe os elementos que se repetem e os elementos novos. Qual é o convite que Jesus nos faz hoje?
O Evangelho de ontem nos convidava para permanecermos em Jesus e no seu amor. Também hoje Jesus nos convida ao amor: "amai-vos uns aos outros como eu vos amei". E o maior gesto de amor se manifesta na capacidade de dar a vida, assim como Jesus entregou sua vida por amor: "Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos". O amor verdadeiro nos compromete com o outro e nos coloca a serviço sem reservas.
Em seguida temos o elemento da escolha: "Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi". Essa escolha possui uma motivação de fundo: "para dardes fruto e para que o vosso fruto permaneça". Os frutos aqui representam a missão dos discípulos no anúncio do Evangelho. Podemos ter presente também que, esses frutos serão abundantes na medida em que os discípulos permanecerem unidos à Jesus, como os ramos unidos à videira.
A perícope conclui retomando mais uma vez o apelo ao amor: "O que vos mando é que vos ameis uns aos outros". Mais que um convite, estamos diante de um mandato de Jesus. Os discípulos são enviados ao mundo para serem testemunhas do amor do Pai pela humanidade.
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)
O que diz o texto para mim, hoje? O que significa amar a ponto de dar a vida? Como compreendo o convite de Jesus: "amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei"?
Amar como Jesus amou, entregando a sua vida, é a expressão do amor divino. É Jesus quem nos comunica esse amor e nos convida a vivê-lo e a praticá-lo. Conhecendo Jesus e seguindo os seus mandamentos, seremos capazes de nos tornarmos como ele na vivência do amor para com o próximo. A medida do amor fraterno é o amor de Jesus que se doa sem reservas.
3- ORAÇÃO (VIDA)
Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida.
Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água.
Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo.
Quando minha cruz parecer pesada, deixe-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.
Quanto não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos.
Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir a necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha.
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome, no mundo de hoje.
Dai-lhes, através das nossas mãos, o pão de cada dia e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.(MADRE TERESA DE CALCUTÁ)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)
Recolha em poucas palavras o apelo que você sentiu para colocar em prática durante o dia. O que me proponho a viver?
BÊNÇÃO
- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Angela Klidzio, fsp
COMENTÁRIOS
O amor é exigência de uma vida cristã autêntica
Esta segunda parte do discurso parabólico da videira é uma meditação sobre o amor tipicamente cristão. O amor fraterno é exigência primordial da vida em Cristo. O texto do evangelho de hoje é enquadrado pelo tema principal dessa parte do discurso: o amor fraterno. Na origem do amor do Filho pelos discípulos está o amor de Deus pelo Filho. O Filho é portador do amor do Pai e, pela sua vida, inclusive a sua vida entregue, ele o manifesta a todo o mundo. O amor é exigência e condição de uma vida cristã autêntica, sem hipocrisias. A medida do amor fraterno é a medida do amor de Jesus pelos seus discípulos. No seu amor pelos seus, ele deu a sua própria vida (cf. Jo 13,1). Os “amigos” de Jesus são, além dos discípulos, os leitores do evangelho, nós todos, por quem o Senhor entregou a sua vida e revelou a verdadeira face do Pai. Os relatos de vocação do Doze, nos quatro evangelhos, mostram que a iniciativa do chamado é Jesus (v. 16; cf. Mc 1,16-20; 3,13-19; Jo 6,70). Para poder produzir fruto do amor fraterno, os que são escolhidos devem partir, aceitar serem enviados pelo Senhor para testemunhar seu amor. Nesse sentido, toda a comunidade cristã é missionária.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5218#ixzz3ZZPfsGmO
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