segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Evangelho do dia 02/12/2015 - 1ª Semana do Advento - Ano C - Roxa

Jesus alimenta a multidão - Mt 15,29-37

Partindo dali, Jesus foi para as margens do mar da Galileia, subiu a montanha e sentou-se. Grandes multidões iam até ele, levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes. Eles os trouxeram aos pés de Jesus, e ele os curou. A multidão ficou admirada, quando viu mudos falando, aleijados sendo curados, coxos andando e cegos enxergando. E glorificaram o Deus de Israel. Jesus chamou seus discípulos e disse: “Sinto compaixão dessa multidão. Já faz três dias que estão comigo, e não têm nada para comer. Não quero mandá-los embora sem comer, para que não desfaleçam pelo caminho".
Os discípulos disseram: "De onde vamos conseguir, num lugar deserto, tantos pães que possamos saciar tão grande multidão?" Jesus perguntou: "Quantos pães tendes?" Eles responderam: "Sete, e alguns peixinhos". Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois tomou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os e os deu aos discípulos, e os discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram saciados; e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram.

Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.


COMENTÁRIO
O mar da Galileia e suas margens ocupam um lugar privilegiado na vida pública de Jesus. É um lugar de reunião, de ensinamento, de revelação do mistério do Reino de Deus, uma sinagoga a céu aberto. A montanha evoca o monte Sinai e é lugar da revelação do mistério de Deus e de seu plano salvífico. Além disso, para Jesus a montanha é lugar de ensinamento dos discípulos e das multidões (cf. Mt 5,1-2). Onde quer que Jesus vá, ele é cercado pelas multidões que apresentam a ele todas as suas carências e enfermidades. As enfermidades elencadas em nosso texto e a sua cura feita por Jesus evocam Is 35,5-6, que tem um alcance messiânico. Acolhendo as pessoas e curando os seus males, Jesus se revela como o Messias prometido. Segue-se às curas o segundo relato da multiplicação dos pães.
A compaixão move o coração de Jesus. É esse dinamismo divino interno que o levou a entregar-se totalmente à vontade de Deus e a não poupar a própria vida para que todo o povo de Deus, resgatado, pudesse ter a vida em abundância. O relato tem claramente uma conotação eucarística. Toda a vida de Jesus entregue para a salvação do povo de Deus é o verdadeiro alimento espiritual que sustenta o povo da nova aliança que ele reúne.

Pe. Carlos Contieri, sj, em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas.


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