Caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. Estava para entrar num povoado, quando dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam a certa distância e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”. Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”. Enquanto estavam a caminho, aconteceu que ficaram curados. Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. E este era um samaritano. Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?”. E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.
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Dez leprosos suplicam a Jesus por compaixão
O evangelista lembra sempre ao leitor que Jesus está caminhando para Jerusalém (cf. 9,51), caminho que é metáfora do caminho de Jesus para o Pai. Enquanto sobe para a sua paixão e morte, Jesus vai fazendo viver e manifestando a misericórdia de Deus. A situação dos leprosos do tempo de Jesus era dramática e profundamente humilhante. Dez leprosos suplicam a Jesus por compaixão. Não há nenhum gesto para a cura deles todos. A palavra de Jesus foi suficiente para purificá-los. Isso mostra o poder da palavra de Jesus; poder de purificar e dar vida nova. O número “dez” simboliza a totalidade de um povo. Isso significa que, na purificação daqueles leprosos, todo um povo é visitado por Deus. A cura da lepra é um dos sinais dos tempos messiânicos. A salvação da qual Jesus é portador destina-se a todos os povos, judeus e pagãos. A observação de que somente o samaritano voltou para agradecer ressalta a ingratidão do povo de Israel, representado pelos outros nove que não voltaram. O samaritano, considerado herético pelos judeus, cumpre o papel de Israel de prostrar-se diante do Deus único e verdadeiro e agradecer pelo bem da libertação da escravidão. A lepra era uma verdadeira escravidão. Neste texto, o leitor é interpelado a afinar o seu discernimento e abrir o coração para reconhecer o Reino de Deus que se aproxima, em primeiro lugar, na pessoa de Jesus.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/
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Dez leprosos suplicam a Jesus por compaixão
O evangelista lembra sempre ao leitor que Jesus está caminhando para Jerusalém (cf. 9,51), caminho que é metáfora do caminho de Jesus para o Pai. Enquanto sobe para a sua paixão e morte, Jesus vai fazendo viver e manifestando a misericórdia de Deus. A situação dos leprosos do tempo de Jesus era dramática e profundamente humilhante. Dez leprosos suplicam a Jesus por compaixão. Não há nenhum gesto para a cura deles todos. A palavra de Jesus foi suficiente para purificá-los. Isso mostra o poder da palavra de Jesus; poder de purificar e dar vida nova. O número “dez” simboliza a totalidade de um povo. Isso significa que, na purificação daqueles leprosos, todo um povo é visitado por Deus. A cura da lepra é um dos sinais dos tempos messiânicos. A salvação da qual Jesus é portador destina-se a todos os povos, judeus e pagãos. A observação de que somente o samaritano voltou para agradecer ressalta a ingratidão do povo de Israel, representado pelos outros nove que não voltaram. O samaritano, considerado herético pelos judeus, cumpre o papel de Israel de prostrar-se diante do Deus único e verdadeiro e agradecer pelo bem da libertação da escravidão. A lepra era uma verdadeira escravidão. Neste texto, o leitor é interpelado a afinar o seu discernimento e abrir o coração para reconhecer o Reino de Deus que se aproxima, em primeiro lugar, na pessoa de Jesus.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
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