Pilatos entrou, de volta, no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o Rei dos Judeus?”. Jesus respondeu: “Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isso de mim?”. Pilatos respondeu: “Acaso sou eu judeu? Teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”. Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, o meu reino não é daqui”. Pilatos disse: “Então, tu és rei?”. Jesus respondeu: “Tu dizes que eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.
COMENTÁRIOS
Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo
Neste último domingo do ano litúrgico, celebramos a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo. Enquanto Rei, e como tal, Jesus Cristo é o pastor que reúne, cuida e conduz às pastagens verdejantes o rebanho de Deus. A sua vida e a sua presença gloriosa (Mt 28,20) iluminam o ser humano, fazendo com que cada um esteja diante da verdade de si mesmo. No evangelho da solenidade de hoje, Jesus está na sua paixão, diante de Pilatos, sendo acusado de malfeitor pelos chefes do povo (cf. Jo 18,30); ele que viveu a sua existência fazendo o bem e manifestando às pessoas o amor e a misericórdia de Deus. Jesus sofreu um processo injusto, sendo acusado de se opor a César, de dizer-se rei e de querer tomar o poder (cf. Jo 18,12). Pilatos começa por perguntar se Jesus era rei. Ele não responde diretamente a questão, mas põe ao Procurador romano outra questão. Depois, Jesus responde a Pilatos que o seu reino não é deste mundo, não é de ordem política, por isso, não há nenhum homem que o possa defender. Jesus não tem nenhuma ambição política. Nós nos lembramos de que, depois da multiplicação dos pães, as pessoas vão atrás de Jesus para pegá-lo e fazê-lo rei, derrubar o poder romano e estabelecer outro reino, o Reino de Deus (cf. Jo 6,14-15). Jesus não partilha absolutamente dessa ideia. Ele sabe, e assim o deu a conhecer, que o Reino de Deus não é dessa ordem, nem pode estar fundado na violência. Por isso, ele se retira, só, para a montanha, a fim de rezar. Os discípulos partilhavam dessa ideia. Basta nos recordarmos de que, no Getsêmani, Pedro tira a espada da bainha e corta a orelha de Malco. Jesus o retém, pois não queria ser defendido, mas fazer a vontade do Pai. O Reino de Deus que Jesus anuncia não se faz pelas armas e pela violência, ele é radicalmente diferente de todas as realezas terrestres e políticas. É algo totalmente novo. O Reino que ele quer se estabelece pela oferta de sua própria vida por amor. Jesus mesmo disse: “ninguém tem maior amordo que aquele que dá a vida por seus amigos”(Jo 15,13). No centro do seu reino não está um projeto político, mas o amor, cuja fonte é o Pai. Em tudo o que Jesus fez e ensinou ele manifestou esse imenso amor do Pai pela humanidade. O que o Cristo quer é estabelecer o reino do amor no mundo. Deus deseja a justiça e a paz, mas ele quer fazer reinar no mundo o amor.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
COMENTÁRIOS
Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo
Neste último domingo do ano litúrgico, celebramos a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo. Enquanto Rei, e como tal, Jesus Cristo é o pastor que reúne, cuida e conduz às pastagens verdejantes o rebanho de Deus. A sua vida e a sua presença gloriosa (Mt 28,20) iluminam o ser humano, fazendo com que cada um esteja diante da verdade de si mesmo. No evangelho da solenidade de hoje, Jesus está na sua paixão, diante de Pilatos, sendo acusado de malfeitor pelos chefes do povo (cf. Jo 18,30); ele que viveu a sua existência fazendo o bem e manifestando às pessoas o amor e a misericórdia de Deus. Jesus sofreu um processo injusto, sendo acusado de se opor a César, de dizer-se rei e de querer tomar o poder (cf. Jo 18,12). Pilatos começa por perguntar se Jesus era rei. Ele não responde diretamente a questão, mas põe ao Procurador romano outra questão. Depois, Jesus responde a Pilatos que o seu reino não é deste mundo, não é de ordem política, por isso, não há nenhum homem que o possa defender. Jesus não tem nenhuma ambição política. Nós nos lembramos de que, depois da multiplicação dos pães, as pessoas vão atrás de Jesus para pegá-lo e fazê-lo rei, derrubar o poder romano e estabelecer outro reino, o Reino de Deus (cf. Jo 6,14-15). Jesus não partilha absolutamente dessa ideia. Ele sabe, e assim o deu a conhecer, que o Reino de Deus não é dessa ordem, nem pode estar fundado na violência. Por isso, ele se retira, só, para a montanha, a fim de rezar. Os discípulos partilhavam dessa ideia. Basta nos recordarmos de que, no Getsêmani, Pedro tira a espada da bainha e corta a orelha de Malco. Jesus o retém, pois não queria ser defendido, mas fazer a vontade do Pai. O Reino de Deus que Jesus anuncia não se faz pelas armas e pela violência, ele é radicalmente diferente de todas as realezas terrestres e políticas. É algo totalmente novo. O Reino que ele quer se estabelece pela oferta de sua própria vida por amor. Jesus mesmo disse: “ninguém tem maior amordo que aquele que dá a vida por seus amigos”(Jo 15,13). No centro do seu reino não está um projeto político, mas o amor, cuja fonte é o Pai. Em tudo o que Jesus fez e ensinou ele manifestou esse imenso amor do Pai pela humanidade. O que o Cristo quer é estabelecer o reino do amor no mundo. Deus deseja a justiça e a paz, mas ele quer fazer reinar no mundo o amor.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
http://www.paulinas.org.br/diafeliz
Nenhum comentário:
Postar um comentário