quinta-feira, 12 de novembro de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 13/11 - Quem procurar salvar a vida, vai perdê-la - Lc 17,26-37

“Como aconteceu nos dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do Homem. Comiam, bebiam, homens e mulheres casavam-se, até ao dia em que Noé entrou na arca. Então chegou o dilúvio e fez morrer todos. Acontecerá como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do céu e fez morrer todos. O mesmo acontecerá no dia em que se manifestar o Filho do Homem. Naquele dia, quem estiver no terraço não entre para apanhar objeto algum em sua casa. E quem estiver no campo não volte atrás. Lembrai-vos da mulher de Ló! Quem procurar salvar a vida, vai perdê-la; e quem a perder, vai salvá-la. Eu vos digo: naquela noite, dois estarão na mesma cama; um será tomado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão juntas; uma será tomada e a outra será deixada”. Os discípulos perguntaram: "Senhor, onde acontecerá isto?" Ele respondeu: "Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres".

COMENTÁRIOS
Viver a partir da centralidade do Reino de Deus

A vinda do Filho do Homem tem sempre um caráter de surpresa; nenhum ser humano pode saber quando acontecerá. Daí a necessidade da vigilância. O dilúvio é interpretado pela própria Escritura como um evento de purificação. A causa do dilúvio foi a maldade crescente da humanidade e a corrupção da obra da criação de Deus (cf. Gn 6–8). O mesmo se diga da destruição de Sodoma e Gomorra que, em razão de sua perversidade, foram arrasadas por enxofre e fogo do céu (Gn 19,1-29). A partir desses dois acontecimentos, Jesus exorta os discípulos a não viverem a vida como se Deus não existisse, ou como se a fé não dissesse respeito aos valores da vida. A excessiva preocupação com questões relativas à vida de cada dia e com o bem-estar (Mt 6,25-34; Lc 12,22-31) pode distanciar o discípulo das coisas de Deus e fazê-lo até prescindir de Deus na organização de sua vida. As histórias mencionadas de Noé e Ló servem para ilustrar essa situação e interpelar os discípulos a permanecer unidos ao Senhor. A fé em Deus tem para a vida do cristão uma implicação ética: ela exige um comportamento condizente com a vontade de Deus. A vida do fiel deve ser expressão da fé que ele professa e da relação com o Deus em quem põe a sua confiança e a sua esperança. Na vida do discípulo, e de toda a comunidade cristã, tudo tem de ser vivido a partir da centralidade do Reino de Deus.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/

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