quinta-feira, 7 de abril de 2016

2ª Semana da Páscoa - 08/04/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (At 5,34-42)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 34um fariseu chamado Gamaliel, levantou-se no Sinédrio. Era mestre da Lei e todo o povo o estimava. Gamaliel mandou que os acusados saíssem por um instante.

35Depois disse: “Homens de Israel, vede bem o que estais para fazer contra esses homens. 36Algum tempo atrás apareceu Teudas, que se fazia passar por uma pessoa importante, e a ele se juntaram cerca de quatrocentos homens. Depois ele foi morto e todos os que o seguiam debandaram, e nada restou.

37Depois dele, no tempo do recenseamento, apareceu Judas, o galileu, que arrastou o povo atrás de si. Contudo, também ele morreu e todos os seus seguidores se dispersaram. 38Quanto ao que está acontecendo agora, dou-vos um conselho: não vos preocupeis com esses homens e deixai-os ir embora. Porque, se este projeto ou esta atividade é de origem humana será destruído. 39Mas, se vem de Deus, vós não conseguireis eliminá-los. Cuidado para não vos pordes em luta contra Deus!” E os membros do Sinédrio aceitaram o parecer de Gamaliel.

40Chamaram então os apóstolos, mandaram açoitá-los, proibiram que eles falassem em nome de Jesus, e depois os soltaram. 41Os apóstolos saíram do Conselho muito contentes por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus. 42E cada dia, no Templo e pelas casas, não cessavam de ensinar e anunciar o evangelho de Jesus Cristo.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 26)


— Ao Senhor eu peço apenas uma coisa: habitar no santuário do Senhor.

— Ao Senhor eu peço apenas uma coisa: habitar no santuário do Senhor.


— O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu temerei?

— Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.

— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!


Evangelho (Jo 6,1-15)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. 2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com seus discípulos. 4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.

5Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” 6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”.

8Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9“Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” 10Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.

11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!”

13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”. 15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

As palavras de Gamaliel são muitas vezes usadas como exemplo de um conselho sábio. É verdade que podem ter outro tipo de interpretações: atitude de quem deixa correr as coisas, de quem não está para se inquietar desnecessariamente, quiçá de uma mentalidade fatalista... Mas, quando são ditadas pelo espírito de fé em Deus que actua na história, as palavras de Gamaliel são certamente positivas.
As palavras do doutor da Lei, lidas como um conselho sábio, podem ajudar-nos a recuperar o sentido de Deus, que está presente e actua nos pequenos e grandes acontecimentos da nossa vida e da nossa história comum. É Ele o verdadeiro

protagonista de tudo. Nós não passamos de pequenos e pobres colaboradores seus. Já é muito quando, com nossas intervenções, não estragamos os projectos de Deus.
Os Evangelhos devem ser lidos à luz da Páscoa do Senhor. O que hoje escutamos contém uma profecia em acção daquilo que Jesus ressuscitado nos dá, o pão vivo, que é Ele mesmo. Quem acolhe a Cristo, quem acredita n´Ele, é saciado.
Para João, este milagre está relacionado com a Eucaristia. «Estava a aproximar-se a Páscoa» - escreve o evangelista, que certamente pensava na morte de Jesus. No versículo 15, João é ainda mais claro, quando escreve: «sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, retirou-se de novo, sozinho, para o monte». Jesus foi condenado porque recusou satisfazer os sonhos políticos do povo. Não querendo ser rei dos judeus, foi por eles recusado.
Jesus retirou-se «para o monte». Ao anotar este pormenor, o quarto evangelista pensa em Jesus elevado da terra para atrair a Si todos os homens. Esta elevação começa na cruz, mas continua na ressurreição e na ascensão, quando Jesus volta para o Pai. A multiplicação dos pães é figura realizada em Jesus, na sua paixão e ressurreição gloriosa.
A própria pergunta feita por Jesus a Filipe tem resposta na paixão e ressurreição, quando Jesus, entregando o seu corpo por nós, e derramando o seu sangue por nós, compra o pão que alimenta as nossas almas.
Tal como Jesus é o pão bom que Se oferece a nós para ser comido, também nós devemos ser pão bom para Ele e para os irmãos, devemos tornar-nos nós mesmos eucaristia do Senhor, para qualquer pessoa, em qualquer situação, praticando os frutos do Espírito (cf. Gal 5, 22), que são as próprias exigências da Eucaristia: amor, paz, alegria...
Deste modo, a nossa vida, tal como a do Pe. Dehon, torna-se “uma missa permanente” (Cst. 5).
Fonte http://www.dehonianos.org/

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