quarta-feira, 27 de abril de 2016

5ª Semana da Páscoa - Quinta-feira 28/04/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (At 15,7-21)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 7depois de longa discussão, Pedro levantou-se e falou aos apóstolos e anciãos: “Irmãos, vós sabeis que, desde os primeiros dias, Deus me escolheu, do vosso meio, para que os pagãos ouvissem de minha boca a palavra do Evangelho e acreditassem. 8Ora, Deus, que conhece os corações, testemunhou a favor deles, dando-lhes o Espírito Santo como o deu a nós. 9E não fez nenhuma distinção entre nós e eles, purificando o coração deles mediante a fé. 10Então, por que vós agora pondes Deus à prova, querendo impor aos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós mesmos tivemos força para suportar? 11Ao contrário, é pela graça do Senhor Jesus que acreditamos ser salvos, exatamente como eles”.

12Houve então um grande silêncio em toda a assembleia. Depois disso, ouviram Barnabé e Paulo contar todos os sinais e prodígios que Deus havia realizado, por meio deles, entre os pagãos. 13Quando Barnabé e Paulo terminaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: “Irmãos, ouvi-me: 14Simão acaba de nos lembrar como, desde o começo, Deus se dignou tomar homens das nações pagãs para formar um povo dedicado ao seu Nome. 15Isso concorda com as palavras dos profetas, pois está escrito: 16“Depois disso, eu voltarei e reconstruirei a tenda de Davi que havia caído; reconstruirei as ruínas que ficaram e a reerguerei, 17a fim de que o resto dos homens procure o Senhor com todas as nações que foram consagradas ao meu Nome. É o que diz o Senhor, que fez estas coisas, 18conhecidas há muito tempo’.

19Por isso, sou do parecer que devemos parar de importunar os pagãos que se convertem a Deus. 20Vamos somente prescrever que eles evitem o que está contaminado pelos ídolos, as uniões ilegítimas, comer carne de animal sufocado e o uso do sangue. 21Com efeito, desde os tempos antigos, em cada cidade, Moisés tem os seus pregadores, que leem todos os sábados nas sinagogas”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 95)


— Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.

— Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.


— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! cantai e bendizei seu santo nome!

— Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!

— Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” Ele firmou o universo inabalável pois os povos ele julga com justiça.


Evangelho (Jo 15,9-11)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor.



Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

O evangelho de hoje começa com uma afirmação que é, por assim dizer, uma definição do Coração de Jesus: «Assim como o Pai me tem amor, assim Eu vos amo a vós» (v. 9). Jesus sabe que a fonte do amor não é Ele, mas o Pai. Mas também sabe que Ele é a perfeita expressão humana desse amor: é o rosto do amor do Pai por nós. Jesus recebeu no seu coração humano o amor que tem origem no Pai, e viveu-o de modo único, perfeitíssimo. Por isso, se quisermos conhecer o amor do Pai, devemos contemplar o Coração de Jesus, que se entregou por nós, e «permanecer no seu amor».
Para permanecermos no amor de Jesus, há que observar os seus mandamentos
(cf. v. 10). Se quisermos saciar a infinita sede de amor que há em nós, havemos de procurar continuamente a vontade do Senhor e realizá-la. «Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito» (Mt 11, 29), diz o Senhor. O jugo do Senhor não deixa de ser jugo. Mas é um jugo suave e leve, porque é o jugo dos «seus» mandamentos, e não o jugo dos mandamentos e prescrições da antiga Lei.
A primeira leitura mostra-nos como os primeiros cristãos perceberam que estavam livres de uma série infinita de leis e preceitos, e que o mais importante era permanecer unidos a Cristo pela fé e pelo cumprimento da sua vontade.
«Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa» (v. 11). Todo o discípulo é chamado a deixar-se possuir pela alegria de Jesus, depois de se ter deixado possuir pelo amor de Deus. A minha existência de discípulo consiste em dar espaço a este amor divino, que é amor
«descendente», amor que leva o Pai a «dar o Filho» (Jo 3, 15), amor que leva o Filho a dar-se a si mesmo, e que leva os discípulos a fazer o mesmo entre eles. É este o amor que garante a «felicidade».
Esta nova maneira de amar vem de Deus. É o próprio amor de Deus que actua em mim e em cada um dos discípulos do Senhor. Mais ainda: cada um dos discípulos recebe de Jesus a «sua» felicidade, a alegria que vem de amar como Deus ama, no impulso e na imitação de Jesus. Não estamos pois ao nível do moralismo, mas nos cumes da mística, da mística da acção, que implica o dom de si mesmo, que comporta estar completamente possuídos pelo amor de Deus.
Acolhamos o ardente convite de Jesus: “Permanecei no Meu amor” (Jo 15, 19).
“Permanecer” é deixar-se penetrar pelo amor de Jesus, deixar-se envolver, levar, permear; repousar no amor de Jesus. É ser fiéis ao amor de Jesus, perseverar no Seu amor, ser testemunhas dele na vida, irradiá-lo.

As nossas Constituições entendem tudo isto, quando falam da “presença activa” do amor de Jesus (n. 2), da correspondência activa ao amor (cf. n. 7), do conhecimento progressivo do amor (cf. nn. 16-18.23).
A interioridade recíproca (cf. Jo 15, 4) ou união íntima com Cristo, é condição essencial para a vida de oblação. Permanecer em Jesus é permanecer no Pai (cf. Jo
14, 10; 1 Jo 4, 16): “Deus é amor; quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus permanece nele” (1 Jo 4, 16). “Permanecer no amor” é fazer e aceitar tudo por amor, especialmente as cruzes de cada dia (cf. Lc 9, 23), é amar-nos uns aos outros como Cristo nos amou (cf. Jo 15, 12).
Fonte http://www.dehonianos.org/

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