sexta-feira, 22 de abril de 2016

4ª Semana da Páscoa - Sábado 23/04/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (At 13,44-52)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

44No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra de Deus. 45Ao verem aquela multidão, os judeus ficaram cheios de inveja e, com blasfêmias, opunham-se ao que Paulo dizia.

46Então, com muita coragem, Paulo e Barnabé declararam: “Era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais indignos da vida eterna, sabei que nos vamos dirigir aos pagãos. 47Porque esta é a ordem que o Senhor nos deu: ‘Eu te coloquei como luz para as nações, para que leves a salvação até os confins da terra’”.

48Os pagãos ficaram muito contentes, quando ouviram isso, e glorificaram a Palavra do Senhor. Todos os que eram destinados à vida eterna, abraçaram a fé. 49Desse modo, a palavra do Senhor espalhava-se por toda a região. 50Mas os judeus instigaram as mulheres ricas e religiosas, assim como os homens influentes da cidade, provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território. 51Então os apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés, e foram para a cidade de Icônio. 52Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 97)


— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.


— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.

— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.

— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!


Evangelho (Jo 14,7-14)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 7“Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!”

9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai”? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras.

11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Jesus falou muito do Pai. Filipe entusiasmou-se e pediu a Jesus que lhe mostrasse o Pai. Mas o Senhor respondeu-lhe: «Quem me vê, vê o Pai». Filipe queria ver o Pai, mas não conseguiu vê-lo em Jesus. Ao contemplar o Mestre ficou pela realidade externa, não conseguindo atingir o interior, a sua realidade íntima, com o olhar penetrante da fé. O verbo «ver», para João, indica duas ordens de realidades: a do sinal visível (a realidade natural) e o da glória do Verbo (realidade sobrenatural).
«Quem me vê, vê o Pai… Eu estou no Pai e o Pai está em mim». Jesus é a revelação de amor, de um amor generoso que quer espalhar-se sem limites, que não tem ciúmes: «quem crê em mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas» (v. 12). Nós pensaríamos que, sendo Jesus o Filho de Deus vindo ao mundo, é a Ele que pertence fazer as obras maiores. Mas não é essa a lógica do amor de Deus, que é generoso e enriquece de modo ilimitado aqueles nos quais se derrama.
Deus não tem ciúmes. Mas os judeus têm-nos. É o que nos mostra a página dos Actos que hoje escutamos. Quando vêem a multidão, que o discurso de Paulo atraiu, enchem-se de inveja. A mensagem deve ser reservada para eles, é seu privilégio. Ao verem que era oferecida a «quase toda a cidade» organizaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé. Os judeus não toleravam que a fé fosse oferecida também aos pagãos. Mas Deus não cede e, Paulo, atento à vontade de Deus (cf. v. 47), declara: «Visto que a repelis e vós próprios vos julgais indignos da vida eterna, voltamo-nos para os pagãos».
Há que alegrar-nos com o bem dos outros, para estarmos com o Senhor.
Quando vemos o bem que Deus faz a outros, não há que ficar invejosos, mas que dar graças.

Infelizmente nas comunidades cristãs, e até mesmo nas comunidades religiosas, também nascem inimizades geralmente causadas pela mesquinhez, pela tacanhez de espírito, pelo ciúme e pela inveja. São inimizades que provocam muito sofrimento em quem delas é objecto, sem culpa. Valem, então, as palavras de Jesus: “Amai os vossos inimigos, fazei bem àqueles que vos odeiam (ou que, sem um verdadeiro ódio, são invejosos, ciumentos), bendizei aqueles que vos amaldiçoam (no sentido de que falam mal de vós), rezai por aqueles que vos maltratam (não fisicamente, mas moralmente) (Lc 6, 27-28). “Para que sejais filhos do vosso Pai celeste, que faz nascer o sol para os bons e para os maus, e manda a chuva para os justos e os injustos... Sede, portanto, perfeitos como é perfeito o Pai celeste” (Mt 5, 45-46).
Fonte http://www.dehonianos.org/

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