quarta-feira, 18 de maio de 2016

7ª Semana Comum - Quinta-feira 19/05/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Tg 5,1-6)


Leitura da Carta de São Tiago.

1E agora, ricos, chorai e gemei, por causa das desgraças que estão para cair sobre vós. 2Vossa riqueza está apodrecendo, e vossas roupas estão carcomidas pelas traças. 3Vosso ouro e vossa prata estão enferrujados, e a ferrugem deles vai servir de testemunho contra vós e devorar vossas carnes, como fogo! Amontoastes tesouros nos últimos dias. 4Vede: o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, que vós deixastes de pagar, está gritando, e o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso. 5Vós vivestes luxuosamente na terra, entregues à boa vida, cevando os vossos corações para o dia da matança. 6Condenastes o justo e o assassinastes; ele não resiste a vós.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 48)


— Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

— Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!



— Este é o fim do que espera estultamente, o fim daqueles que se alegram com sua sorte; são um rebanho recolhido ao cemitério, e a própria morte é o pastor que os apascenta.

— São empurrados e deslizam para o abismo. Logo seu corpo e seu semblante se desfazem, e entre os mortos fixarão sua morada. Deus, porém, me salvará das mãos da morte e junto a si me tomará em suas mãos.

— Não te inquietes, quando um homem fica rico e aumenta a opulência de sua casa; pois ao morrer não levará nada consigo, nem seu prestígio poderá acompanhá-lo.

— Felicitava-se a si mesmo enquanto vivo: “Todos te aplaudem, tudo bem, isto que é vida!” Mas vai-se ele para junto de seus pais, que nunca mais e nunca mais verão a luz!


Evangelho (Mc 9,41-50)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor



Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 41Quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42E se alguém escandalizar um desses pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.

43Se tua mão te leva a pecar, corta-a! 44É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 45Se teu pé te leva a pecar, corta-o! 46É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48‘onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’”. 49Pois todos hão de ser salgados pelo fogo. 50Coisa boa é o sal. Mas se o sal se tornar insosso, com que lhe restituireis o tempero? Tende, pois, sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Apoiados na Palavra recebida, os Profetas interpelam-nos e fazem-nos erguer dos sofás do nosso egoísmo. Deus suscita-os em todas as épocas para erguerem a chama da esperança na escuridão circundante, denunciar as injustiças, e ajudar os pobres e erguer o seu grito para os céus.
Também nós, cristãos e consagrados, precisamos de ser incomodados e acordados para olharmos a realidade, não com os nossos olhos, mas com os olhos de Deus.
Os desafios que, no nosso tempo, nos são postos pela globalização estão à vista de todos. Também o apóstolo Tiago via, no seu tempo, o desequilíbrio entre ricos e pobres, e se dava conta do pecado de uns e da grandeza dos outros. Observando a realidade, em perspectiva divina, vemos o que é invisível à simples lógica humana.
Também cada um de nós é chamado a ser profeta no nosso tempo. Há que devorar a Palavra, há que deixar-se queimar por ela, para que os nossos gestos, mesmo os mais simples, sejam realizados em nome de Deus, e deixem a sua marca. Possuídos pela Palavra, seremos verdadeiros Profetas, e não poremos obstáculos à verdade.
No evangelho, Jesus exige que resistamos às tentações e renunciemos decididamente às ocasiões de pecado. A sua linguagem, como geralmente acontece, é fortemente expressiva: «Se a tua mão é para ti ocasião de queda, corta-a… Se o teu pé é para ti ocasião de queda, corta-o… se um dos teus olhos é para ti ocasião de queda, arranca-o…» (cf. vv 43-47). É precisa coragem heróica para corresponder a este mandato do Senhor!
A palavra de Cristo faz-nos tomar consciência da nossa falta de coerência quando é preciso renunciar a pequenas coisas para progredirmos espiritualmente. A palavra de Cristo é semelhante ao bisturi de um cirurgião. O cirurgião usa o bisturi para salvar a vida, para curar o doente. A palavra de Deus, por vezes é mais cortante que um bisturi, quando actua em nós, para nos salvar a vida, para nos curar. E «mais vale entrares mutilado na vida, do que, com as duas mãos, ires para a Geena… mais vale entrares coxo na vida, do que, com os dois pés, seres lançado à Geena…mais vale entrares com um só olho no Reino de Deus, do que, com os dois olhos, seres lançado à Geena…» (cf. vv. 45.48). A intenção de Jesus é positiva: quer dar-nos a vida em plenitude. Cada um de nós, inspirado por esta linguagem metafórica de Jesus, deve discernir o que deve efectivamente cortar para entrar na Vida. Para um, será uma certa relação ambígua, para outro será um determinado espectáculo ou leitura, para outro ainda, um certo modo de fazer carreira na política, de aumentar o volume de negócios e de rendimentos… A carta de Tiago pode ajudar ao discernimento.
«O Padre Dehon espera que os seus religiosos sejam profetas do amor». A nossa “vida religiosa” deve ser «um testemunho profético» (Cst 39). Ser “profetas” é, para nós, um “carisma” em vista da missão salvífica do Povo de Deus (cf. Cst 27).
O “profeta”, em sentido bíblico, é aquele que é chamado por Deus a falar “em nome de Deus” diante dos homens e a “falar em alta voz”. Geralmente o profeta do Antigo Testamento é alguém que tem uma profunda experiência pessoal de Deus. Por isso, não só anuncia em alta voz a palavra de Deus, mas testemunha com a sua vida a vontade de Deus e como deve ser a vida do homem segundo Deus.
Para nós, Oblatos-Sacerdotes do Coração de Jesus, o confronto deve acontecer especificamente com a “oblação reparadora de Cristo ao Pai pelos homens” (Cst 6). Sabendo como é exigente o carisma da oblação, é espontâneo o confronto com o Coração trespassado de Cristo e com todas as realidades expressas pelo mistério da transfixão do Seu Lado (Cst 21); é espontâneo o apelo para as profundas exigências da reparação (Cst 23) e da imolação (Cst 24), para as exigências da Eucaristia (Cst nn. 80-84) que devem tornar a nossa vida, tal como a do Pe. Dehon, “uma missa permanente” (Cst 5), “para Glória e Alegria de Deus” (Cst 25).
Fonte http://www.dehonianos.org/

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