terça-feira, 31 de maio de 2016

9ª Semana Comum - Quarta-feira 01/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (2Tm 1,1-3.6-12)


Início da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo.

1Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo pelo desígnio de Deus referente à promessa de vida que temos em Cristo Jesus, 2a Timóteo, meu querido filho: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor!

3Dou graças a Deus – a quem sirvo com a consciência pura, como aprendi dos meus antepassados –, quando me lembro de ti, dia e noite, nas minhas orações. 6Por este motivo, exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. 7Pois Deus não nos deu um espírito de timidez mas de fortaleza, de amor e sobriedade. 8Não te envergonhes do testemunho de Nosso Senhor nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus.

9Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não devido às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio e da sua graça, que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade. 10Esta graça foi revelada agora, pela manifestação de nosso Salvador, Jesus Cristo. Ele não só destruiu a morte, como também fez brilhar a vida e a imortalidade por meio do Evangelho, 11do qual fui constituído anunciador, apóstolo e mestre. 12Esta é a causa pela qual estou sofrendo, mas não me envergonho, porque sei em quem pus a minha fé. E tenho a certeza de que ele é capaz de guardar aquilo que me foi confiado até o grande dia.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 122)


— Ó Senhor, para vós eu levanto meus olhos.

— Ó Senhor, para vós eu levanto meus olhos.



— Eu levanto meus olhos para vós, que habitais nos altos céus. Como os olhos dos escravos estão fitos nas mãos do seu Senhor.

— Como os olhos das escravas estão fitos nas mãos de sua senhora, assim os nossos olhos, no Senhor, até de nós ter piedade.


Evangelho (Mc 12,18-27)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 18vieram ter com Jesus alguns saduceus, os quais afirmam que não existe ressurreição e lhe propuseram este caso: 19“Mestre, Moisés deu-nos esta prescrição: Se morrer o irmão de alguém, e deixar a esposa sem filhos, o irmão desse homem deve casar-se com a viúva, a fim de garantir a descendência de seu irmão”.

20Ora, havia sete irmãos: o mais velho casou-se, e morreu sem deixar descendência. 21O segundo casou-se com a viúva, e morreu sem deixar descendência. E a mesma coisa aconteceu com o terceiro. 22E nenhum dos sete deixou descendência. Por último, morreu também a mulher. 23Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de quem será ela mulher? Porque os sete se casaram com ela!”

24Jesus respondeu: “Acaso, vós não estais enganados, por não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus? 25Com efeito, quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu. 26Quanto ao fato da ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’? 27Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos! Vós estais muito enganados”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Meditatio

Hoje, começamos por escutar a exortação de Paulo a Timóteo: «Recomendo-te que reacendas o dom de Deus que se encontra em ti, pela imposição das minhas mãos, pois Deus não nos concedeu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de bom senso» (vv. 6-7). Esta exortação é também para nós. Há que ter ideias grandes sobre Deus, que é magnânimo, que fará grandes coisas por nós, tal como as fez por Paulo, prisioneiro em Roma, e por Timóteo. Se o «dom», que Paulo recomenda reavivar a Timóteo, é um carisma sacerdotal, todos nós recebemos a graça da vocação cristã, os dons de Cristo, que não devemos pensar de modo humano, como os fariseus pensavam na ressurreição. São dons no Espírito que havemos de não deformar, mas renovar com o auxílio do Espírito. Por isso, é que convém varrer da nossa mente todas as ideias mesquinhas sobre a vida em Cristo, e conformar os nossos pensamentos à magnanimidade, ao amor, ao poder glorioso de Deus, com humildade e com esperança.
O cristianismo é o evangelho da vida. A vida é a boa nova que o cristão anuncia a um mundo cada vez mais mergulhado numa cultura de morte. Só quem acredita em Cristo pode falar de uma vida que venceu a morte, e acreditar na imortalidade. E tem de fazê-lo, sem medo nem timidez, graças ao Espírito de força e de amor que lhe foi dado, como Paulo o fez em Roma, pouco antes da sua morte violenta. O cristão não é dispensado do drama do sofrimento nem da derrota da morte. Mas, é mesmo nessa experiência, das profundezas do abismo, que anuncia a esperança da vida que não morre. Lembremos as palavras de Bento XVI na encíclica Spe salvi sobre o modo como Santa Josefina Bakhita, raptada aos nove anos pelos traficantes de escravos, espancada barbaramente e vendida cinco vezes nos mercados do Sudão, e finalmente comprada, em 1882, por um comerciante italiano para o cônsul Callisto Legnani, chegou à esperança cristã. Em casa do cônsul, Bakhita acabou por conhecer um «patrão» totalmente diferente dos anteriores, isto é o Deus vivo, o Deus de Jesus Cristo. Soube que esse Senhor também a conhecia, a tinha criado e a amava. Mais ainda, soube que esse Patrão tinha enfrentado pessoalmente o destino de ser flagelado e agora estava à espera dela «à direita de Deus Pai». E assim nasceu nela a «esperança», a grande esperança, que vinha de ser definitivamente amada e esperada por esse Amor. E, então, deixou de se sentir escrava, passando a sentir-se livre filha de Deus (cf. Spe salvi 3).
Nesta santa como que se tocam dois abismos: o da fragilidade humana e o do poder divino, como aconteceu em Jesus crucificado. Por isso, tal como Deus Pai ressuscitou o Filho, também há libertar das cadeias da morte todo aquele que não se envergonhar do Evangelho da Vida. De facto, não é um «Deus de mortos, mas de vivos» (v. 27).
«Na Igreja, fomos iniciados na Boa Nova de Jesus Cristo: "Nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem" (1 Jo 4,16). Recebemos o dom da fé que dá fundamento à nossa esperança» (Cst 9).
Fonte http://www.dehonianos.org/

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