quinta-feira, 26 de maio de 2016

8ª Semana Comum - Sexta-feira 27/05/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (1Pd 4,7-13)


Leitura da Primeira Carta de São Pedro.

Caríssimos, 7o fim de todas as coisas está próximo. Vivei com inteligência e vigiai, dados à oração. 8Sobretudo, cultivai o amor mútuo, com todo o ardor, porque o amor cobre uma multidão de pecados. 9Sede hospitaleiros uns com os outros, sem reclamações. 10Como bons administradores da multiforme graça de Deus, cada um ponha à disposição dos outros o dom que recebeu. 11Se alguém tem o dom de falar, proceda como com palavras de Deus. Se alguém tem o dom do serviço, exerça-o como capacidade proporcionada por Deus, a fim de que, em todas as coisas, Deus seja glorificado, em virtude de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o poder, pelos séculos dos séculos. Amém.

12Caríssimos, não estranheis o fogo da provação que se alastra entre vós, como se algo de estranho vos estivesse acontecendo. 13Alegrai-vos por participar dos sofrimentos de Cristo, para que possais também exultar de alegria na revelação da sua glória.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório(Sl 95 )


— O Senhor vem julgar nossa terra.

— O Senhor vem julgar nossa terra.


— Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” Ele firmou o universo inabalável, e os povos ele julga com justiça.

— O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as florestas e as matas

— Na presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará com lealdade.


Evangelho (Mc 11,11-26)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.



Tendo sido aclamado pela multidão, 11Jesus entrou, no Templo, em Jerusalém, e observou tudo. Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze. 12No dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus teve fome. 13De longe, ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se encontrava algum fruto. Quando chegou perto, encontrou somente folhas, pois não era tempo de figos. 14Então Jesus disse à figueira: “Que ninguém mais coma de teus frutos”. E os discípulos escutaram o que ele disse.

15Chegaram a Jerusalém. Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os que vendiam e os que compravam no Templo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos vendedores de pombas. 16Ele não deixava ninguém carregar nada através do Templo. 17E ensinava o povo, dizendo: “Não está escrito: 'Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos?'. No entanto, vós fizestes dela uma toca de ladrões”. 18Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei ouviram isso e começaram a procurar uma maneira de o matar. Mas tinham medo de Jesus, porque a multidão estava maravilhada com o ensinamento dele. 19Ao entardecer, Jesus e os discípulos saíram da cidade. 20Na manhã seguinte, quando passavam, Jesus e os discípulos viram que a figueira tinha secado até a raiz. 21Pedro lembrou-se e disse a Jesus: “Olha, Mestre: a figueira que amaldiçoaste secou”. 22Jesus lhes disse: “Tende fé em Deus. 23Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha: 'Levanta-te e atira-te no mar', e não duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer, assim acontecerá. 24Por isso vos digo, tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será. 25Quando estiverdes rezando, perdoai tudo o que tiverdes contra alguém, 26para que vosso Pai que está nos céus também perdoe os vossos pecados”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Pedro exorta-nos a viver segundo o dom que recebemos, actuando como bons administradores da graça de Deus (cf. v. 10).
A fé revela-nos a imensa riqueza de graças que recebemos. A vida, as qualidades físicas, morais e espirituais, são enormes dons divinos. Somos dom de Deus, um dom generoso, um dom gratuito. E é fazendo-nos dom, a Deus e aos outros, que crescemos e nos realizamos. Os dons de Deus são para o serviço da comunidade, de cada um dos irmãos que a compõem. Quanto mais formos dom para os outros, mais receberemos do amor divino.
Pedro dá dois exemplos: a Palavra e o serviço. «Se alguém tomar a palavra, que seja para transmitir palavras de Deus; se alguém exerce um ministério, faça-o com a força que Deus lhe concede» (v. 11). Não se fale por falar, mas para transmitir as palavras de Deus. O serviço aos irmãos faz-se com a força que vem de Deus. A verdadeira caridade, aquela que cobre a multidão dos pecados (v. 8), não tem origem em nós, mas em Deus. Amamos com o amor que recebemos de Deus, com o amor com que fomos amados. Por isso, a Palavra e o serviço hão-de ser para glória de Deus: «para que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo» (v. 11). Mas só os humildes, os agradecidos, os generosos podem viver tão belo ideal.
O evangelho apresenta-nos importantes lições de Jesus, na sua última ida a Jerusalém: a figueira estéril, símbolo da incredulidade judaica, oferece-lhe o ensejo de insistir numa fé intensa; a Casa de Deus serve para a oração e não para comércio; Deus só perdoa a quem perdoar ao seu próximo. Fechar-nos no nosso orgulho e ambições é, como aconteceu a Israel, lançar-nos a um caminho que leva à esterilidade e à seca. Fazer dos nossos templos, dos nossos santuários, lugares de oração, mas também de comércio e exploração, não é amar e servir como Deus quer, acima de qualquer holocausto e sacrifício. Para que a nossa oração alcance os resultados surpreendentes da fé, é necessário que, antes, se perdoe aos inimigos.
Como todos os cristãos, nós, os dehonianos, queremos viver para a glória de Deus, acolhendo o Espírito, e agindo sob o influxo dos Seus dons, pondo o carisma recebido ao serviço dos irmãos. Assim, permitimos ao mesmo Espírito produzir em nós os seus frutos, principalmente o da caridade, o do amor oblativo (cf. Gl 5, 22). Paulo define os sinais da caridade, do amor oblativo: a alegria, a paz: ser criaturas de alegria e de paz; as manifestações: a paciência, a bondade, a benevolência. Mas também lhe indica as condições: ser fiéis a Cristo, imitar a mansidão e a humildade do Seu Coração e deixar-se guiar, não pelo nosso egoísmo, mas pelo Espírito de Deus.
Somos louvor da glória de Deus quando vivemos as bem-aventuranças, quando a liturgia do rito (eucaristia) se torna, para nós, liturgia da vida, da história e a nossa existência, como afirma o Pe. Dehon, é “uma missa permanente” (C. A., III, 199) (Cst 5).
Fonte http://www.dehonianos.org/

Nenhum comentário:

Postar um comentário