segunda-feira, 16 de maio de 2016

7ª Semana Comum - Terça-feira 17/05/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Tg 4,1-10)


Leitura da Carta de São Tiago.

Caríssimos, 1de onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós? 2Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão está em que não pedis.

3Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres. 4Adúlteros, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele que pretende ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus.

5Ou julgais ser em vão que a Escritura diz: “Com ciúme anela o espírito que nos habita”? 6Mas ele nos dá uma graça maior. Por isso, a Escritura diz: “Deus resiste aos soberbos, mas concede a graça aos humildes”. 7Obedecei pois a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. 8Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós. Purificai as mãos, ó pecadores, e santificai os corações, homens dúbios. 9Ficai tristes, vesti o luto e chorai. Transforme-se em luto o vosso riso, e a vossa alegria em desalento. 10Humilhai-vos diante do Senhor, e ele vos exaltará.




- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 54)


— Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!

— Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!


— É por isso que eu digo na angústia: “Quem me dera ter asas de pomba e voar para achar um descanso! Fugiria, então, para longe, e me iria esconder no deserto.

— Acharia depressa um refúgio contra o vento, a procela, o tufão”. Ó Senhor, confundi as más línguas.

— Dispersai-as, porque na cidade só se vê violência e discórdia! Dia e noite circundam seus muros.

— Lança sobre o Senhor teus cuidados, porque ele há de ser teu sustento, e jamais ele irá permitir que o justo para sempre vacile!


Evangelho (Mc 9,30-37)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessaram a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão, mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”.

32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “Que discutíeis pelo caminho?” 34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.

35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” 36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: 37“Quem acolher em meu nome uma dessas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas aquele que me enviou”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

A tentação de correr aos primeiros lugares é muito antiga nas nossas comunidades cristãs, e mesmo nas comunidades de consagrados e consagradas. Por vezes, essa tentação apresenta-se de modo subtil e sob forma de bem: o interesse da comunidade, o bom êxito da sua missão, o Reino de Deus. Pode acontecer que, no começo, nem nos demos conta do engano em que o nosso egoísmo nos está a induzir. Mas, a tentação, pouco a pouco, vai sugerindo coisas cada vez mais afastadas da verdade de Cristo, que, sendo de condição divina, tomou a condição humana, fazendo-se homem, e homem pobre de bens e de poder. Como refere Paulo, tomou a condição de servo (cf. Fl 2, 5), e, como narra João, prestou serviços de servo (cf. Jo 13, 1ss). Por amor, e para servir, ocupou o último lugar, que ninguém era tentado a tirar-Lhe.
O serviço à comunidade, não pode ser um pretexto para alguém se afirmar, se impor, dar nas vistas, mas há-de ser prestado com os sentimentos de Jesus. João, ao narrar o lava-pés, revela-nos os sentimentos com que Jesus prestou esse serviço aos seus discípulos. Prestou-o por amor e com humildade: «Tendo amado os seus… começou a lavar-lhes os pés») (Jo 13, 1ss). Vivemos numa sociedade onde há muitos «serviços» organizados em favor dos cidadãos. O serviço evangélico distingue-se de qualquer outro pela motivação (o amor) e pelo modo como é prestado (com humildade). Não bastam o profissionalismo, nem o sentido de solidariedade humana, ainda que sejam importantes. O amor e a humildade tornam o serviço evangélico, imitação de Cristo.
O evangelho mostra-nos os discípulos, que seguem Jesus, mas não O compreendem, nem compreendem o sentido da sua vida. Jesus é, na verdade, o servo de Deus e dos homens. Eles falam de poder, de domínio. Quando o Mestre fala de dificuldades graves, e mesmo de morte, ainda compreendem menos. Permanecem nos seus pensamentos, que os afastam de Senhor. Por isso, Jesus lhes diz claramente: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos» (v. 34).
Jesus está consciente da provação que O espera, e avança decidido e sereno. Procura inculcar nos discípulos o verdadeiro espírito de serviço, motivado pelo amor e praticado com humildade. As suas palavras «Fazei isto em memória de Mim» (Lc 22, 19; 1 Cor 11, 24-25) pronunciadas na instituição da Eucaristia são também um convite a todo o discípulo de Jesus, para que sirva como Ele serviu, para que se torne “pão partido” e “sangue derramado” por todos. Na eucaristia, como no lava-pés, Jesus oferece-se-nos um exemplo claro de como se deve servir os irmãos: depõe as “vestes” (Jo 13, 4) e, como um servo, lava os pés aos discípulos. Pedro tenta impedir o Senhor de fazer tal serviço (Cf. Jo 13, 6). Mas Jesus diz-lhe: «O que eu faço, tu não podes entendê-lo agora, mas hás-de sabê-lo depois» (Jo 13, 7).
O Lava-pés preanuncia a morte de Jesus, o dom de toda a sua vida pelos homens: uma verdadeira “diaconia” ou serviço da vida, uma vida que se torna “pão partido pelo mundo”. Tal como foi a vida do Mestre, assim deve ser a vida de discípulos. Depois da descida do Espírito Santo, Pedro compreende a lição e escreve na sua primeira carta: «Cada um de vós viva segundo a graça (carisma) que recebeu, pondo-a ao serviço (diaconia) dos outros» (1 Pe 4, 10). Os carismas são para o serviço (Cf. 1 Cor 12, 7; Ef 4, 12). Daqui se compreende o espírito de serviço, que deve caracterizar todo o discípulo do Senhor, que não age por sede de lucro ou por orgulho, mas unicamente animado pela oblação de amor: «Jesus... tendo amado os Seus, que estavam no mundo, amou-os até ao fim» (Jo 13, 1). O verdadeiro serviço, é imitação de Jesus que amou «não só com palavras e com língua, mas com obras e em verdade» (1 Jo 3, 18; Cst n. 18).
Fonte http://www.dehonianos.org/

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