segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

1ª Semana Comum - Terça-feira 12/01/2016

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LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (1Sm 1,9-20)

Leitura do Primeiro Livro de Samuel.

Naqueles dias, 9Ana levantou-se, depois de ter comido e bebido em Silo. Ora, o sacerdote Eli estava sentado em sua cadeira à porta do templo do Senhor. 10Ana, com o coração cheio de amargura, orou ao Senhor, derramando copiosas lágrimas. 11E fez a seguinte promessa, dizendo: “Senhor todo-poderoso, se olhares para a aflição de tua serva e te lembrares de mim, se não te esqueceres da tua escrava e lhe deres um filho homem, eu o oferecerei a ti por todos os dias de sua vida, e não passará navalha sobre a sua cabeça”.

12Como ela demorasse nas preces diante do Senhor, Eli observava o movimento de seus lábios. 13Ana, porém, apenas murmurava; os seus lábios se moviam, mas não se podia ouvir palavra alguma. Eli julgou que ela estivesse embriagada; 14por isso lhe disse: “Até quando estarás bêbada? Vai curar essa bebedeira!”

15Ana, porém, respondeu: “Não é isso, meu senhor! Sou apenas uma mulher muito infeliz; não bebi vinho, nem outra coisa que possa embebedar, mas desafoguei a minha alma na presença do Senhor. 16Não julgues a tua serva como uma mulher perdida, pois foi pelo excesso da minha dor e da minha aflição que falei até agora”.

17Eli então lhe disse: “Vai em paz, e que o Deus de Israel te conceda o que lhe pediste”. 18Ela respondeu: “Que tua serva encontre graça diante dos teus olhos”. E a mulher foi embora, comeu e o seu semblante não era mais o mesmo.

19Na manhã seguinte, ela e seu marido levantaram-se muito cedo e, depois de terem adorado o Senhor, voltaram para sua casa em Ramá. Elcana uniu-se a Ana, sua mulher, e o Senhor lembrou-se dela. 20Ana concebeu e, no devido tempo, deu à luz um filho e chamou-o Samuel, porque – disse ela – “eu o pedi ao Senhor”.




- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (1Sm 2,1s.)



— Meu coração se alegrou em Deus, meu Salvador.

— Meu coração se alegrou em Deus, meu Salvador.



— Exulta no Senhor meu coração, e se eleva a minha fronte no meu Deus; minha boca desafia os meus rivais porque me alegro com a vossa salvação.

— O arco dos fortes foi dobrado, foi quebrado, mas os fracos se vestiram de vigor. Os saciados se empregaram por um pão, mas os pobres e os famintos se fartaram. Muitas vezes deu à luz a que era estéril, mas a mãe de muitos filhos definhou.

— É o Senhor quem dá a morte e dá a vida, faz descer à sepultura e faz voltar; é o Senhor quem faz o pobre e faz o rico, é o Senhor quem nos humilha e nos exalta.

— O Senhor ergue do pó o homem fraco, e do lixo ele retira o indigente, para fazê-lo assentar-se com os nobres num lugar de muita honra e distinção.


Evangelho (Mc 1,21b-28)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.



21bEstando com seus discípulos em Cafarnaum, Jesus, num dia de sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei.

23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”. 25Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele!”

26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. 27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “Que é isso? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!” 28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a região da Galileia.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Todos somos tentados a ver a provação e o sofrimento como desgraça, isto é, como falta de graça, falta dos favores de Deus e, por isso mesmo, também como ausência ou morte do próprio Deus. Ana parece partilhar desta mentalidade perante a sua esterilidade; por isso pede a Deus a graça, o dom de um filho.
Mas a aflição pode tornar-se ocasião de graça, por exemplo, de uma oração mais intensa. Ana rezava e chorava, diz o texto. As lágrimas reforçavam a sua oração e provocavam uma relação mais íntima e profunda com Deus. Que mais é preciso para demonstrar a fecundidade da provação e do sofrimento? Mas, no caso de Ana, verificamos outro fruto da provação: o dom e a oferta a Deus. Ana faz voto de oferecer a Deus o filho que lhe for dado. Parece haver incoerência nas palavras de Ana: «se te dignares olhar para a aflição da tua serva e te lembrares de mim, se não te esqueceres da tua serva e lhe deres um filho varão, eu o consagrarei ao SENHOR, por todos os dias da sua vida» (v. 11). Mas é a oferta de Ana que provoca o dom de Deus; a aflição leva a uma troca de dons, torna-se meio de comunhão.
O evangelho realça a autoridade, a decisão e a clareza da palavra de Jesus. Essa palavra é luz e eficácia também diante dos espíritos malignos. As palavras humanas de Jesus manifestam-n´O como Palavra divina, que liberta o homem da servidão do demónio, o cura e lhe confere uma vida serena. A Palavra de Deus incarnada liberta o homem de toda a espécie de males. Por isso, a nova criação, realizada pelo próprio Deus, exclui o sofrimento. Todavia, no momento presente, o homem ainda continua a participar na luta dramática contra o mal, deve atravessar o deserto do sofrimento. Mas não caminha só. Deus vai com o homem e dá-lhe tudo quanto precisa para transformar o sofrimento em ocasião de graça.
«A vida reparadora será, por vezes, vivida na oferta dos sofrimentos suportados com paciência e abandono, mesmo na noite escura e na solidão, como eminente e misteriosa comunhão com os sofrimentos e com a morte de Cristo pela redenção do mundo.
«Alegro-me nos sofrimentos suportados por vossa causa e completo na minha carne o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja"»(Col 1,24) (Cst 24).
Fonte http://www.dehonianos.org/

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