terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Quarta-feira depois da Epifania - 06/01/2016

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LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de Santa Rafaela Maria

Primeira Leitura (1Jo 4,11-18)


Leitura da Primeira Carta de São João.

11Caríssimos: se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos outros. 12Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado entre nós.

13A prova de que permanecemos com ele, e ele conosco, é que ele nos deu o seu Espírito. 14E nós vimos e damos testemunho, que o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo. 15Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece com ele, e ele com Deus.

16E nós conhecemos o amor que Deus tem para conosco, e acreditamos nele. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece com Deus, e Deus permanece com ele. 17Nisto se realiza plenamente o seu amor para conosco: em nós termos plena confiança no dia do julgamento, porque, tal como Jesus, nós somos neste mundo.

18No amor não há temor. Ao contrário, o perfeito amor lança fora o temor, pois o temor implica castigo, e aquele que teme não chegou à perfeição do amor.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 71)



— As nações de toda a terra, hão de adorar-vos, ó Senhor!

— As nações de toda a terra, hão de adorar-vos, ó Senhor!



— Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.

— Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhe seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e tributos. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo e de todas as nações hão de servi-lo.

— Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.


Evangelho (Mc 6,45-52)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.


Depois de saciar os cinco mil homens, 45Jesus obrigou os discípulos a entrarem na barca e irem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele despedia a multidão. 46Logo depois de se despedir deles, subiu ao monte para rezar.

47Ao anoitecer, a barca estava no meio do mar e Jesus sozinho em terra. 48Ele viu os discípulos cansados de remar, porque o vento era contrário. Então, pelas três da madrugada, Jesus foi até eles andando sobre as águas, e queria passar na frente deles.

49Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e começaram a gritar. 50Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados. Mas Jesus logo falou: “Coragem, sou eu! Não tenhais medo!” 51Então subiu com eles na barca, e o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados, 52porque não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

A multiplicação dos pães, em que os Apóstolos tinham participado activamente, deixou-os humanamente satisfeitos e eufóricos. Jesus teve de fazê-los aterrar. Para isso, mandou-os para o mar… As dificuldades encontradas, ao passarem para a outra margem, obrigam-nos a abandonar as suas demasiadamente humanas e enchem-nos de terror. É então que Jesus intervém: «Tranquilizai-vos, sou Eu: não temais». Retomada a confiança, compreendem que tem que avançar com Ele, como Salvador, mais para o alto: «pois ainda não tinham entendido o que se dera com os pães, pois tinham o coração endurecido». Jesus terá que falar-lhe várias vezes da sua paixão para os fazer avançar na fé e na disponibilidade ao seu chamamento.

A primeira leitura faz-nos tomar consciência do amor infinito do Pai, que é amor, que «mandou o seu Filho como Salvador do mundo», e quer viver em comunhão connosco, seus filhos muito amados. A união perfeita entre Deus e o crente realiza-se, em primeiro lugar, no contacto com a Palavra de Deus e, depois, na participação na mesa eucarística. A nossa carne, o nosso sangue misturam-se, então, com a carne e o sangue de Deus. Somos transformados. Somos divinizados. «Não somos nós que transformamos Deus em nós», afirma Santo Agostinho, «somos nós que somos transformados em Deus». A Eucaristia é o lugar privilegiado para o encontro com Cristo vivo, fonte e cume da vida da Igreja, garantia de comunhão com o Corpo de Cristo e participação na solidariedade, como expressão do mandamento de Jesus: «Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 13, 34).

O amor para com os irmãos é consequência e sinal do amor a Deus (cf. 1 Jo 4, 12). Também este aspecto da caridade fraterna tem a sua realização plena na Eucaristia: «Participando realmente no Corpo do Senhor ao partilhar o pão eucarístico, somos elevados à comunhão com Ele e entre nós» (LG 11). Este amor torna-se em nós uma força transformadora e operativa, capaz de afastar o temor, porque quem ama não teme e quem come o corpo e o sangue de Cristo tem a vida em plenitude.

A “presença activa” (Cst. 2) do amor de Cristo na nossa vida, para o Pe. Dehon, como para nós, realiza-se, sobretudo, na escuta da Palavra e na Eucaristia celebrada, comungada e adorada, que realizam a nossa união a Cristo. Essa união permite-nos receber de Cristo, «videira verdadeira» (cfr. Jo 15, 1) a seiva divina, que é o Espírito Santo, que produz em nós os seus frutos, os doze frutos que nos indica o



 Catecismos da Igreja e os frutos carismáticos que espera de nós, dehonianos. Pela força do Espírito, podemos ser, como Jesus e em Jesus, amor, reparação, imolação, isto é, Oblatos do Coração de Cristo, com os conteúdos atribuídos pelo Pe. Dehon a este nome original. São mistérios de amor que têm a sua origem no batismo (água) e

o seu alimento na Eucaristia (sangue). O Espírito, tal como transforma o pão e o vinho em Cristo, assim também transforma os nossos corações. “Fazei isto em memória de Mim” não se refere apenas à liturgia do rito eucarístico, mas também à liturgia da nossa vida: ser oblação (amor e imolação) para Deus e para os irmãos, como Cristo é oblação do Seu Corpo, do Seu Sangue, de todo o Seu ser por nós. Fazer da nossa vida “uma missa permanente” (Cst. 5). Oratio

Obrigado, Jesus, por todos os teus dons, particularmente pelo da Eucaristia, que Te torna presente entre nós. Verdadeiramente, a Eucaristia realiza-se as palavras de João Evangelista: «fez-se carne e ergueu a sua tenda no meio das nossas» (cfr. Jo 1, 14).

Na Eucaristia dás-Te a cada um de nós como alimento que dá a vida. Verdadeiramente, quem Te come, vive de Ti, da vida que de Ti recebe.

Na Eucaristia, dás-nos como alimento o teu Corpo e Sangue, que nos enchem de força para caminharmos rumo ao encontro definitivo com o Pai.

Obrigado, Jesus! Mil vezes, obrigado!

Quanto gostaria de corresponder a esse imenso dom do teu amor, dando-me, contigo e como Tu, aos meus irmãos, especialmente aos mais carenciados! Enche-me do teu Espírito para que, como Tu, me torne Eucaristia, pão puro para glória do Pai, e pão bom que os irmãos possam comer. Amém.

Fonte http://www.dehonianos.org/

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