quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

2ª Semana Comum - Sexta-feira 22/01/2016

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LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de São Vicente

Primeira Leitura (1Sm 24,3-21)


Leitura do Primeiro Livro de Samuel.

Naqueles dias, 3Saul tomou consigo três mil homens escolhidos em todo o Israel e saiu em busca de Davi e de seus homens, até os rochedos das cabras monteses. 4E chegou aos currais de ovelhas que encontrou no caminho.

Havia ali uma gruta, onde Saul entrou para satisfazer suas necessidades. Davi e seus homens achavam-se no fundo da gruta 5e os homens de Davi disseram-lhe: “Este certamente é o dia do qual o Senhor te falou: ‘Eu te entregarei o teu inimigo, para que faças dele o que quiseres’.

Então Davi aproximou-se de mansinho e cortou a ponta do manto de Saul. 6Mas logo o seu coração se encheu de remorsos por ter feito aquilo, 7e disse aos seus homens: “Que o Senhor me livre de fazer uma coisa dessas ao ungido do Senhor, levantando a minha mão contra ele, o ungido do Senhor”.

8Com essas palavras, Davi conteve os seus homens, e não permitiu que se lançassem sobre Saul. Este deixou a gruta e seguiu seu caminho.

9Davi levantou-se a seguir, saiu da gruta e gritou atrás dele: “Senhor, meu rei!” Saul voltou-se e Davi inclinou-se até o chão e prostrou-se. 10E disse a Saul: “Por que dás ouvidos às palavras dos que te dizem que Davi procura fazer-te mal? 11Viste hoje com teus próprios olhos que o Senhor te entregou em minhas mãos, na gruta. Renunciando a matar-te! Poupei-te a vida, porque pensei: Não levantarei a mão contra o meu senhor, pois ele é o ungido do Senhor, 12e meu pai.

Presta atenção, e vê em minha mão a ponta do teu manto. Se eu cortei este pedaço do teu manto e não te matei, reconhece que não há maldade nem crime em mim, que não pequei contra ti. Tu, porém, andas procurando tirar-me a vida. 13Que o Senhor seja nosso juiz e que ele me vingue de ti. Mas eu nunca levantarei a minha mão contra ti.

14‘Dos ímpios sairá a impiedade’, diz o antigo provérbio; por isso, a minha mão não te tocará. 15A quem persegues tu, ó rei de Israel? A quem persegues? Um cão morto! E uma pulga! 16Pois bem! O Senhor seja juiz e julgue entre mim e ti. Que ele examine e defenda a minha causa, e me livre das tuas mãos”.

17Quando Davi terminou de falar, Saul lhe disse: “É esta a tua voz, ó meu filho Davi? E começou a clamar e a chorar. 18Depois disse a Davi: “Tu és mais justo do que eu, porque me tens feito bem e eu só te tenho feito mal. 19Hoje me revelaste a tua bondade para comigo, pois o Senhor me entregou em tuas mãos e não me mataste. 20Qual é o homem que, encontrando o seu inimigo, o deixa ir embora tranquilamente? Que o Senhor te recompense pelo bem que hoje me fizeste. 21Agora, eu sei com certeza que tu serás rei, e que terás em tua mão o reino de Israel”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 56)


— Piedade, Senhor, tende piedade.

— Piedade, Senhor, tende piedade.



— Piedade, Senhor, piedade, pois em vós se abriga a minh’alma! De vossas asas, à sombra, me achego, até que passe a tormenta, Senhor!

— Lanço um grito ao Senhor Deus Altíssimo, a este Deus que me dá todo o bem. Que me envie do céu sua ajuda e confunda os meus opressores! Deus me envie sua graça e verdade!

— Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus, vossa glória refulja na terra! Vosso amor é mais alto que os céus, mais que as nuvens a vossa verdade!


Evangelho (Mc 3,13-19)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 13Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. 14Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, 15com autoridade para expulsar os demônios. 16Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “Filhos do trovão”; 18André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, 19e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

David, perseguido por Saul, tem oportunidade de se vingar dele, matando-o. Mas respeita a sua dignidade e oferece-lhe mais uma oportunidade de reconciliação: «Deus me guarde de fazer tal coisa ao meu senhor, o ungido do Senhor, estender a minha mão contra ele, pois ele é o ungido do Senhor!... Se eu cortei a ponta do teu manto e não te matei, reconhece que não há maldade nem revolta contra ti. Não pequei contra ti e tu, ao contrário, procuras matar-me. 13Que o Senhor julgue entre mim e ti!». O reconhecimento da dignidade do outro, dignidade querida por Deus, é a base da reconciliação, em qualquer conflito.
David dá-nos também um belo exemplo de fidelidade, cheio de actualidade, num mundo onde a falta dela já quase não causa espanto. Mas Deus é fiel, e o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, não pode deixar de ser fiel. Os apóstolos, chamados a partilhar a vida e a missão de Jesus, aprenderão que a lealdade e a fidelidade comportam o dom de si mesmo. A lealdade e a fidelidade que, antes de serem virtudes cristãs, são virtudes humanas que libertam o homem dos caprichos dos seus instintos e das emoções passageiras. A fé leva-me a ser leal e fiel porque me revela a lealdade e a fidelidade de Deus.
Todo o cristão, e particularmente o religioso, deve "respeito" e "lealdade" para com os seus semelhantes e especialmente para com os seus superiores, ainda que nem sempre sejam modelos de virtude. A violência, mesmo contra os inimigos, não é uma atitude digna dos discípulos d´Aquele que disse: "Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração" (Mt 11, 29). Muito menos digna será quando visar satisfazer a ânsia de domínio, privando os outros da sua liberdade, ou instrumentalizando-os para afirmação de si mesmo. É fechar-se no próprio egoísmo, sem reconhecer a dignidade humana dos outros, e despedaçando a verdadeira relação pessoal.
O Oblato-Sacerdote do Coração de Jesus, e quantos quiseram partilhar a sua espiritualidade, deve ter a serena consciência de que todos somos fracos e imperfeitos, incluindo as autoridades civis e religiosas, que todavia respeita e trata com lealdade.
Fonte http://www.dehonianos.org/

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