sábado, 13 de fevereiro de 2016

1ª Semana da Quaresma - Segunda-feira 15/02/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de São Cláudio de Colombiere

Primeira Leitura (Lv 19,1-2.11-18)


Leitura do Livro do Levítico.

1O Senhor falou a Moisés, dizendo: 2“Fala a toda a Comunidade dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo.

11Não furteis, não digais mentiras, nem vos enganeis uns aos outros. 12Não jureis falso por meu nome, profanando o nome do Senhor teu Deus. Eu sou o Senhor.

13Não explores o teu próximo nem pratiques extorsão contra ele. Não retenhas contigo a diária do assalariado até o dia seguinte. 14Não amaldiçoes o surdo, nem ponhas tropeço diante do cego, mas temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor. 15Não cometas injustiças no exercício da justiça; não favoreças o pobre nem prestigieis o poderoso. Julga teu próximo conforme a justiça.

16Não sejas um maldizente entre o teu povo. Não conspires, caluniando-o, contra a vida do teu próximo. Eu sou o Senhor. 17Não tenhas no coração ódio contra teu irmão. Repreende o teu próximo, para não te tornares culpado de pecado por causa dele.

18Não procures vingança, nem guardes rancor aos teus compatriotas. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 18)


— Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida!

— Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida!


— A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.

— Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.

— É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.

— Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor!


Evangelho (Mt 25,31-46)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 31“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. 32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. 37Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ 40Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ 41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar’. 44E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ 45Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ 46Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Canção Nova


Meditatio

Ao pronunciar o discurso que escutamos no evangelho, Jesus não quer descrever os acontecimentos finais em si mesmos. Quer, sim realçar o significado central da sua pessoa. Os homens serão julgados pela sua atitude diante da pessoa de Jesus, que Se identifica com os carenciados: Mas essa atitude verifica-se pela atitude diante dos outros, especialmente dos mais carenciados: foi «a mim mesmo o ttzestes» ou «foi a mim que o deixastes de tszer». Por isso, nos incita à misericórdia, à caridade, para com eles. Esta identificação surpreende-nos. Esperávamos, talvez, que Deus ordenasse a caridade fraterna em nome da sua vontade, que quer o bem e a felicidade de todos. Mas esse era o modo de falar do Antigo Testamento: «Eu sou o SENHOR. Não odiarás ... Não te vingarás nem guardarás rancor aos filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHO/?» (Cf. Lev 19, 16-18). Apelando para a sua autoridade divina, manda afastar de nós todo o mal, manda praticar a justiça. É já caminho para a caridade. Trata-se de não fazer o mal a ninguém por respeito a Deus. No evangelho, Jesus já não fala da sua autoridade, mas da sua pessoa. Identifica-se com os pobres. Já não estamos diante da simples justiça. Estamos diante da caridade. Já não é suficiente não fazer o mal. É preciso fazer o bem, ir ao encontro dos carenciados. Os pecados de omissão também serão objecto de juízo.

No n. 28 das nossas Constituições, lemos: «Sequiosos de intimidade com o Senhor, procuramos os sinais da sua presença na vida dos homens, onde actua o seu amor salvador. Partilhando as nossas alegrias e sofrimentos, Cristo identificou-Se com os pequenos e com os pobres, aos quais anuncia a Boa Nova». No mesmo número, as Constituições lembram as palavras do Senhor: ''Em verdade vos digo: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a Mim que o fizestes" (Mt 25,40). "O Espírito do Senhor está sobre Mim ... enviou-Me para anunciar a Boa Nova aos pobres, a libertação aos cativos, a vista aos cegos, a liberdade aos oprimidos, a proclamar um ano de graça do Senhor"(lc 4,18-19).

Ao orientar-nos para o apostolado dos "pequenos" e dos "pobres", as Constituições começam com uma experiência contemplativa: "Sequiosos de intimidade com Senhor". Haurindo o amor oblativo na sua fonte, que é Cristo, por meio da "oração de intimidade", reconhecemos (isto é, fazemos experiência de vida) e cremos (isto é, aderimos com todo o nosso ser) "ao amor que Deus tem por nós" (1 Jo 4, 16) e, se a experiência contemplativa for autêntica, sentimos a necessidade de irradiar este amor entre os irmãos, isto é, de viver "a oração perene" (ou caridade perene), de acordo com a exortação de Jesus: é preciso "rezar(= amar) sempre, sem desfalecer" (Lc 18, 1). É a passagem espontânea da contemplação à acção e o regresso da acção à contemplação, naquele único amor oblativo, que anima tanto a acção como a contemplação. É, pois, um desejo espontâneo de amor, que procura "os sinais da presença" do Senhor "na vida dos homens, onde actua o seu amor" (Cst 28).

Nas "alegrias" e nas "angústias" de cada homem, por bom ou mau que seja, voltamos a ouvir a pergunta de Jesus: "A quem procurais?' (Jo 1, 38); "Quem procurais?" (Jo 18, 4.7), "A quem procuras?' (Jo 21, 15). Consciente ou inconscientemente a resposta é: "Queremos ver Jesus' (Jo 12, 21), porque é Ele o nosso amor, a nossa alegria, a nossa paz e também porque todo o anseio de redenção, de libertação, de bondade, de misericórdia, de perdão, de ajuda ... , até mesmo de remorso, é um querer ver Jesus. É Ele a redenção, a libertação, a bondade, a misericórdia, o perdão personificados.

Onde esta Jesus, onde actua o seu "amor que salva", também nós queremos estar presentes, unidos "no seu amor pelo Pai e pelos homens" (Cst 17), especialmente pelos "pequenos" e pelos "pobres" (Cst 28), porque "Cristo se identificou" com eles (Cst 28; Cf. Mt 25, 40).
http://www.dehonianos.org/

Nenhum comentário:

Postar um comentário