domingo, 7 de fevereiro de 2016

5ª Semana Comum - Terça-feira 09/02/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Conheça a história de São Miguel Febres

Primeira Leitura (1Rs 8,22-23.27-30)


Leitura do Primeiro Livro dos Reis.

Naqueles dias, 22Salomão pôs-se de pé diante do altar do Senhor, na presença de toda a assembleia de Israel, estendeu as mãos para o céu e disse: 23“Ó Senhor, Deus de Israel, não há Deus igual a ti nem no mais alto dos céus, nem aqui embaixo na terra; tu és fiel à tua misericordiosa aliança com teus servos, que andam na tua presença de todo o seu coração. 27Mas será que Deus pode realmente morar sobre a terra? Se os mais altos céus não te podem conter, muito menos esta casa que eu construí! 28Mas atende, Senhor meu Deus, à oração e à súplica do teu servo, e ouve o clamor e a prece que ele faz hoje em tua presença.

29Teus olhos estejam abertos noite e dia sobre esta casa, sobre o lugar do qual disseste: ‘Aqui estará o meu nome!’ Ouve a oração que o teu servo te faz neste lugar. 30Ouve as súplicas de teu servo e de teu povo Israel, quando aqui orarem. Escuta-os do alto da tua morada, no céu, escuta-os e perdoa!


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 83)



— Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!

— Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!


— Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! Meu coração e minha carne rejubilam e exultam de alegria no Deus vivo!

— Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar: vossos altares, ó Senhor Deus do universo! Vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!

— Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de louvar! Olhai, ó Deus, que sois a nossa proteção, vede a face do eleito, vosso Ungido!

— Na verdade, um só dia em vosso templo vale mais do que milhares fora dele! Prefiro estar no limiar de vossa casa, a hospedar-me na mansão dos pecadores!


Evangelho (Mc 7,1-13)



— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.



Naquele tempo, 1os fariseus e alguns mestres da Lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. 2Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado.

3Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. 4Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre.

5Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram então a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?” 6Jesus respondeu: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 7De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. 8Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”.

9E dizia-lhes: “Vós sabeis muito bem como anular o mandamento de Deus, a fim de guardar as vossas tradições. 10Com efeito, Moisés ordenou: ‘Honra teu pai e tua mãe’. E ainda: ‘Quem amaldiçoa o pai ou a mãe deve morrer’. 11Mas vós ensinais que é lícito alguém dizer a seu pai e à sua mãe: ‘O sustento que vós poderíeis receber de mim é Corban, isto é, Consagrado a Deus’. 12E essa pessoa fica dispensada de ajudar seu pai ou sua mãe. 13Assim vós esvaziais a Palavra de Deus com a tradição que vós transmitis. E vós fazeis muitas outras coisas como estas”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Salomão está consciente da imensa distância que existe entre Deus e o homem. Por isso assume uma atitude de grande humildade e de sentido religioso diante de Deus. Não há proporção entre Deus e o homem. Por isso, havemos de fazer tudo para glorificar a Deus, e não a nós mesmos. Por muito que tenhamos feito por Deus, sempre havemos de recorrer à sua misericórdia, e contar com a sua bondade, e não com os nossos méritos. A nossa oração há-de assumir sempre a atitude do publicano e não a do fariseu convencido dos seus méritos.
O que mais nos pode espantar na vida é dar-nos conta de que Deus, o totalmente Outro, o inacessível, está connosco, entrou na nossa história, que, por isso, decorre no quadro da Aliança, se desenrola na sua casa. O que dá sentido e dignidade à minha vida, não são as minhas obras, mais ou menos espetaculares, mas a Aliança, isto é, a ligação que Deus quis estabelecer connosco e realizou definitivamente em Jesus Cristo, quando ainda éramos pecadores (cf. Rm 5, 8). A oração nasce do espanto que nos causa saber que Deus nos amou por primeiro e, por isso, gratuitamente. Mas também nasce da experiência de liberdade que a redenção nos alcançou, uma liberdade que nos permite entreter-nos com Deus, num clima de amizade. Como acontece esta ligação? Como se vive a Aliança? Acolhendo a Palavra que desce ao coração e desmascara as poses de fachada, tornando-nos autênticos, verdadeiros. Esta relação nova dá vida à nossa vida. Os esquemas rígidos, não só não atraem a Deus, mas afastam-no. Não vale, pois, a pena agarrar-nos a esquemas, a praxes, a cerimônias, a tradições antigas… O importante é abrir-se a novas relações com Deus e com os homens inspiradas na sua Palavra sempre viva e atual.
Jesus não quis mudar o homem a partir de fora. Quis mudá-lo a partir de dentro, transformando-lhe o coração, entendido biblicamente, como o eu profundo do homem, onde se dão as suas decisões pelo bem ou pelo mal, por Deus ou contra Deus. Diz Jesus: «Do coração procedem os maus pensamentos, os assassínios, os adultérios, as prostituições, os roubos, os falsos testemunhos e as blasfêmias. Eis o que torna o homem impuro; mas comer com as mãos por lavar não torna o homem impuro» (Mt 15, 19-20). Por essa razão é que Jesus manda aprender d´Ele a mansidão e a humildade do “coração” (Mt 11, 29). «Bem-aventurados os puros de coração...» (Mt 5, 8), isto é, os homens genuínos, sinceros, coerentes com as convicções da sua consciência. Todos os cristãos, e particularmente os religiosos, «pelo seu estado» deveriam testemunhar «de modo esplêndido e singular que não se pode transfigurar o mundo e oferecê-lo a Deus sem o espírito das bem-aventuranças», isto é, sem a autenticidade, sem a coerência, sem a pureza de coração (LG 31; Cst 29).
Fonte http://www.dehonianos.org/

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