terça-feira, 5 de julho de 2016

14ª Semana Comum - Quarta-feira 06/07/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Os 10,1-3.7- 8.12)

Leitura da Profecia de Oseias.

1 Israel era uma vinha exuberante e dava frutos para seu consumo; na medida de sua produção erguia os numerosos altares; na medida da fertilidade da terra, embelezava seus ídolos. 2 Com o coração dividido, deve agora receber castigo; o Senhor mesmo derrubará seus altares, destruirá os seus simulacros. 3 Decerto, dirão agora: “Não temos rei; não temos medo do Senhor. Que poderia o rei fazer por nós?” 7 Samaria está liquidada, seu rei vai flutuando como palha em cima da água. 8 Será desmantelada a idolatria dos lugares altos, pecado de Israel; ali crescerão espinhos e abrolhos sobre seus altares; então se dirá aos montes: “Cobri-nos!” e às colinas: “Caí sobre nós!” 12 Semeai justiça entre vós, e colhereis amor; desbravai uma roça nova. É tempo de procurar o Senhor, até que ele venha e derrame a justiça em vós.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 104)


— Buscai constantemente a face do Senhor!
— Buscai constantemente a face do Senhor!

— Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas as suas maravilhas! Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus!

— Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face! Lembrai as maravilhas que ele fez, seus prodígios e as palavras de seus lábios!

— Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra.


Evangelho (Mt 10,1-7)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo +segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1 Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos maus e de curar todo tipo de doença e enfermidade. 2 Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; 3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4 Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus. 5 Jesus enviou estes Doze, com as seguintes recomendações: “Não deveis ir aonde moram os pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! 6 Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7 Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Quantas vezes nos deixamos embalar no eficientismo! Como a vinha de Oseias, produzimos frutos, mas não do Senhor e para o Senhor. O nosso coração endurece e perde sensibilidade. Cobre-se de «espinhos e abrolhos» (Os 10, 8), que são as preocupações, a ansiedade, a falta de sentido para a vida e para a ação. Mas, se voltarmos a procurar o Senhor na «justiça», que é santidade de vida com Deus e para Deus, poderemos colher «bondade» para nós e para os outros. É o que também nos diz Jesus, ao chamar os Doze, e ao dar-lhes poder para libertar do mal e anunciar o reino de Deus, o amor e a misericórdia do Pai, próximos de quem O procura na retidão, e disposto a cumprir a sua vontade.
É importante entrarmos nesta dinâmica de vocação. Jesus chama-nos pelo nome, tal como fez com os Doze. Também nós somos únicos e irrepetíveis. Deus conhece-nos e ama-nos desde sempre e para sempre. O seu projeto de salvação passa, não só por nos retirar da falsidade de uma vida centrada em interesses mesquinhos, mas também por fazer, de cada um de nós, instrumento de salvação para os outros. O importante é que acreditar no poder que nos dá, para nos tornarmos luz no mundo, desde que permaneçamos unidos a Ele em oração, orientados para Ele e para os interesses do Reino.
O reino de Deus começou por ser reservado a Israel. Daí as palavras de Jesus: «Não sigais pelo caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel» (Mt 10, 5-6). Mas, com a morte e a ressurreição de Cristo, começou uma nova fase em que a salvação, rejeitada por Israel, é oferecida a todos os povos. A gradualidade do plano de Deus é uma lição para a nossa impaciência: queremos tudo imediatamente e não sabemos agradecer os pequenos passos que o Senhor nos faz dar no caminho para Ele e para os outros.
Mateus mostra-nos que Jesus chamou os Doze pelo próprio nome. Deus escolhe os seus apóstolos, com um imenso respeito pela dignidade de cada um: «Chamei-te pelo nome...» (Is 43, 1). Já antes, com esse mesmo respeito, os tinha chamado à vida, pondo neles o selo trinitário, de acordo com a revelação completa que nos veio por Cristo, por meio da qual compreendemos a fundo a intenção de Deus no princípio da humanidade: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança... Deus criou o homem à Sua imagem, à imagem de Deus os criou, homem e mulher os criou» (Gn 1, 26-27). Três vezes é repetido o termo “imagem”. Nós somos à imagem do Deus trino como criaturas humanas, pela inteligência, a memória, a vontade e como filhos de Deus (cf. 2 Pe 1, 4; 1 Jo 3, 1), por meio do qual somos espírito no Espírito (cf. Jo 3, 6) e amamos com o amor típico da Trindade, o amor oblativo. É este amor oblativo que nos leva a consagrar-nos ao Senhor, para estarmos com Ele, partilharmos a sua vida e a sua missão de proclamar: o reino de Deus está perto, está no meio de vós!
Fonte http://www.dehonianos.org/

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