segunda-feira, 4 de julho de 2016

14ª Semana Comum - Terça-feira 05/07/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Os 8,4-7.11- 13)


Leitura da Profecia de Oseias.

Assim fala o Senhor: 4 Eles constituíram reis sem minha vontade; constituíram príncipes sem meu consentimento; sua prata e seu ouro serviram para fazer ídolos e para sua perdição.

5Teu bezerro, ó Samaria, foi jogado ao chão; minha cólera inflamou-se contra eles. Até quando ficarão sem purificar-se? 6 Esse bezerro provém de Israel; um artesão fabricou-o, isso não é um Deus; será feito em pedaços esse bezerro da Samaria. 7 Semeiam ventos, colherão tempestades; se não há espiga, o grão não dará farinha; e, mesmo que dê, estranhos a comerão.

11Efraim ergueu muitos altares em expiação do pecado, mas seus altares resultaram-lhe em pecado. 12 Eu lhes deixei, por escrito, grande número de preceitos, mas estes foram considerados coisa que não lhes toca. 13 Gostam de oferecer sacrifícios, imolam carnes e comem; mas o Senhor não os recebe. Antes, o Senhor lembra seus pecados e castiga suas culpas: eles deverão voltar para o Egito.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 113)


— Confia Israel no Senhor.
— Confia Israel no Senhor.

— É nos céus que está o nosso Deus, ele faz tudo aquilo que quer. São os deuses pagãos ouro e prata, todos eles são obras humanas.

— Têm boca e não podem falar, têm olhos e não podem ver; têm nariz e não podem cheirar, têm ouvidos, não podem ouvir.

— Têm mãos e não podem pegar, têm pés e não podem andar; Como eles serão seus autores, que os fabricam e neles confiam.

— Confia, Israel, no Senhor. Ele é teu auxílio e escudo! Confia, Aarão, no Senhor. Ele é teu auxílio e escudo!


Evangelho (Mt 9,32-38)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 32 apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. 33 Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel”. 34 Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”.

35 Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo o tipo de doença e enfermidade. 36 Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37 “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38 Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Oseias verbera um culto formal, que não estava em sintonia com a Aliança de Deus com o seu povo, nem tinha correspondência na vida. Não será também essa, muitas vezes, a nossa forma de culto? Talvez por isso é que, tantas vezes, sentimos a aridez invadir-nos o coração e a vida. Não vivemos centrados e unificados em Deus.
É fácil pagar o tributo de práticas religiosas, vividas como hábitos rotineiros, sem correspondência na vida de cada dia. Mas podem tornar-se idolatria! «Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim» (Mc 7, 6). É fácil «multiplicar altares», que acabam povoados de ídolos, para nossa perdição! (Os 8, 4). Todas as crises de fé, e até de identidade, nascem da separação entre religiosidade e vida. Mas, como evitar um tal perigo?
Não é o voluntarismo que nos salva. O nosso compromisso, o nosso método e o nosso itinerário espiritual, podem ajudar. Mas só Senhor, que tem compaixão das nossas situações mais ou menos escabrosas e difíceis, da nossa sede d´Ele, pode valer-nos. É pois absolutamente necessário contactar, na fé, com o amor paterno e materno de Deus, que Jesus manifestou ao «encher-se de compaixão» pela multidão, que andava como ovelhas sem pastor. É preciso que o nosso coração seja tocado pelos «entranhas de misericórdia do nosso Deus».
A nossa vida, para ser verdadeiro caminho espiritual, há-de mover-se a partir de uma Palavra revelada, fulcro luminoso do nosso crer, esperar e amar: «É nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados» (1 Jo 4, 10). Se assim for, então, mesmo nas tentações, quando formos perturbados pela corrida do activismo ou pelo fascínio dos aplausos, quando a desilusão do fracasso nos abater, seremos apoiados pela força de Deus-Amor, de Jesus-Presença na nossa vida.
O Senhor procura colaboradores para, como Ele, se encherem de compaixão e usarem de misericórdia para com as multidões, que povoam o nosso mundo: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos» (Mt 9, 37). Como cristãos, e como dehonianos, somos sensíveis às palavras de Jesus, e queremos cooperar com Ele na obra da redenção do mundo. A evangelização pode e deve tornar-se um verdadeiro culto, agradável a Deus. Na carta aos Romanos, Paulo fala do seu ministério apostólico, usando o vocabulário cultual e sacrificial do Antigo Testamento: oferecer os pagãos em «oblação agradável, santificada pelo Espírito», como sacrifício espiritual a Deus (cf. TOB, nota c a Rm 15, 16). A exemplo do Apóstolo, o missionário deve viver o seu «serviço do Evangelho» como uma liturgia, de que ele é o celebrante: “Ser um ministro (liturgo) de Jesus Cristo entre os pagãos, exercendo o ofício sagrado do Evangelho de Deus, a fim de que os pagãos se tornem uma oblação agradável, santificada pelo Espírito Santo” (Rm 15, 16).
O apostolado missionário inclui-se na dimensão eclesial e social da nossa «oblação reparadora», que deve ser preparada pela oblação pessoal, conforme recomenda Paulo: «Exorto-vos, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais os vossos corpos (vós mesmos) como hóstia viva, santa e agradável a Deus: tal é o culto espiritual que lhe deveis prestar" (Rm 12, 1). Visto nesta “perspectiva espiritual” (Cst 26), descobrimos uma convergência profunda entre o apostolado missionário e a nossa espiritualidade, como nota uma carta do Superior Geral, Pe. António Panteghini: «A nossa espiritualidade é particularmente apta para alimentar e sustentar o compromisso missionário: disponibilidade de coração e de vida, abandono e esperança, alegria em anunciar o amor de Deus em Cristo, testemunhar este amor na vivência do dom de si mesmo, no serviço aos afastados, aos pequenos, aos pobres, pobreza partilhada e acolhimento dos outros, na sua raça, na sua cultura, com as suas qualidades e defeitos, tudo isto em comunhão com o Coração de Cristo na Sua paixão pelo anúncio do Reino de Deus a todos os homens”.
Fonte http://www.dehonianos.org/

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