segunda-feira, 18 de julho de 2016

16ª Semana Comum - Terça-feira 19/07/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Mq 7,14-15.18-20)


Leitura da Profecia de Miqueias.

14Apascenta o teu povo com o cajado da autoridade, o rebanho de tua propriedade, os habitantes dispersos pela mata e pelos campos cultivados; que eles desfrutem a terra de Basã e Galaad, como nos velhos tempos. 15E, como foi nos dias em que nos fizeste sair do Egito, faze-nos ver novos prodígios.

18Qual Deus existe, como tu, que apagas a iniquidade e esqueces o pecado daqueles que são resto de tua propriedade? Ele não guarda rancor para sempre, o que ama é a misericórdia. 19Voltará a compadecer-se de nós, esquecerá nossas iniquidades e lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados. 20Tu manterás fidelidade a Jacó e terás compaixão de Abraão, como juraste a nossos pais, desde tempos remotos.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 84)


— Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade.

— Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade.


— Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, libertastes os cativos de Jacó. Perdoastes o pecado ao vosso povo, encobristes toda a falta cometida; retirastes a ameaça que fizestes, acalmastes o furor de vossa ira.

— Renovai-nos, nosso Deus e Salvador, esquecei a vossa mágoa contra nós! Ficareis eternamente irritado? Guardareis a vossa ira pelos séculos?

— Não vireis restituir a nossa vida, para que em vós se rejubile o vosso povo? Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, concedei-nos também vossa salvação!


Evangelho (Mt 12,46-50)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.



Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”.

48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Cancão Nova


Meditatio

Na primeira leitura, um grupo de exilados, que regressou cheio de esperanças a Canaã, mas que se deparou com muitas dificuldades, continua a olhar o futuro com esperança, porque confia em Deus. Por isso, dirige-lhe uma ardente prece: «Apascenta com o cajado o teu povo, o rebanho da tua herança, os que habitam isolados nas florestas no meio dos prados… Mostra-nos os teus prodígios, como nos dias em que nos tiraste do Egipto» (vv. 14-15). Um povo atribulado procura refazer a sua vida e a sua história pela oração humilde e confiante. Deseja os territórios férteis do Carmelo, de Basan e de Guilead, mas sabe que não dispõe de forças para os ocupar. Então, volta-se para Deus. Não fizera Ele maravilhas quando tirou Israel do Egipto? Não exigia o novo êxodo prodígios semelhantes? É certo que Israel pecara e sofria as consequências do seu pecado. Mas Javé é Aquele Deus que «perdoa o pecado e absolve a culpa», pela sua misericórdia e fidelidade.
A misericórdia e a fidelidade de Deus, que os regressados de Babilónia invocavam, manifestou-se plenamente em Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Na Cruz, o Senhor matou a morte e o mal, redimindo-nos e possibilitando-nos uma vida nova e feliz, na comunhão com Deus e com os irmãos. É essa a grande maravilha realizada por Deus: fazer-nos seus «familiares», participantes da sua vida divina. Talvez estejamos muito habituados a estas verdades, e elas já não nos impressionem, nem delas tiremos as devidas consequências. Portamo-nos como crianças mimadas, que se julgam credoras de tudo o que os pais lhes dão, e só sabem fazer novas exigências. Deus é, na verdade, fiel, e oferece-nos sempre o seu amor, o seu perdão. E nós, como nos relacionamos com Ele? Jesus diz-nos que entra em comunhão com Ele quem faz a sua vontade. Interessa-nos a vontade de Jesus, que é também a vontade do Pai? Que fazemos para procurá-la? A vontade de Deus nem sempre coincide com o nosso ponto de vista, com os nossos sentimentos. Deus manifesta-nos a sua vontade, antes de mais, pela sua Palavra. Em Jesus, disse-nos tudo o que queria dizer-nos. Conhecemos a Sagrada Escritura? Como procuramos conhecer, cada vez mais, essa «carta de Deus aos homens»? Conhecer implica «fazer». Vivemos em coerência com a Palavra escutada?
Não é suficiente escutar a Palavra, é preciso guardá-la e pô-la em prática, como fez a Virgem Maria: «Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua palavra» (Lc 1, 38). «Sede daqueles que põem em prática a palavra - exorta Tiago - e não apenas ouvintes, enganando-vos a vós mesmos» (1, 22). «Escutar», em sentido bíblico, é «compreender», «acolher» na vida, «ir a Jesus»; é «acreditar», «guardar no coração»; é «obedecer» e «fazer». A verdadeira «escuta da Palavra» realiza-se quando se ama, não por palavras, mas «com obras e em verdade» (1 Jo 3, 18).
Encontramos esta «escuta da Palavra» no Pe. Dehon, desde seminarista, como testemunham os dois primeiros cadernos do seu “Diário”. Quase todos os conteúdos das suas notas têm raiz na Escritura. As citações são tomadas sem qualquer diferença tanto do Antigo como do Novo Testamento.
Fonte http://www.dehonianos.org/

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