sábado, 2 de julho de 2016

14ª Semana Comum - Segunda-feira 04/07/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Os 2,16.17b-18.21-22)


Leitura da Profecia de Oseias.

Assim fala o Senhor: 16Eis que eu a vou seduzir, levando-a à solidão, onde lhe falarei ao coração; 17be ela aí responderá ao compromisso, como nos dias de sua juventude, nos dias da sua vinda da terra do Egito.

18Acontecerá nesse dia, diz o Senhor, que ela me chamará ‘Meu marido’, e não mais chamará ‘Meu Baal’. 21Eu te desposarei para sempre; eu te desposarei conforme as sanções da justiça e conforme as práticas da misericórdia. 22Eu te desposarei para manter fidelidade e tu conhecerás o Senhor.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 144)


— Misericórdia e piedade é o Senhor.

— Misericórdia e piedade é o Senhor.


— Todos os dias haverei de bendizer-vos, hei de louvar o vosso nome para sempre. Grande é o Senhor e muito digno de louvores, e ninguém pode medir sua grandeza.

— Uma idade conta à outra vossas obras e publica os vossos feitos poderosos; proclamam todos o esplendor de vossa glória e divulgam vossas obras portentosas!

— Narram todos vossas obras poderosas, e de vossa imensidade todos falam. Eles recordam vosso amor tão grandioso e exaltam, ó Senhor, vossa justiça.

— Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.


Evangelho (Mt 9,18-26)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


18Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele, e disse: “Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá”.

19Jesus levantou-se e o seguiu, junto com os seus discípulos. 20Nisto, uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos veio por trás dele e tocou a barra do seu manto. 21Ela pensava consigo: “Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei curada”. 22Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: “Coragem, filha! A tua fé te salvou”. E a mulher ficou curada a partir daquele instante.

23Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada, 24e disse: “Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo”. E começaram a caçoar dele. 25Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou. 26Essa notícia espalhou-se por toda aquela região.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

A fidelidade do Senhor é a nossa esperança. Também nós, como os israelitas, podemos deixar-nos seduzir pelos ídolos de morte denunciados por Oseias: o dinheiro, os bens materiais, o culto da imagem, o sexo, o hedonismo e mesmo o subtil domínio do egoísmo que, ainda quando fazemos o bem, nos leva a buscar-nos a nós próprios e aos nossos interesses, mais do que a glória de Deus e o seu Reino. E o nosso coração permanece profundamente insatisfeito e inquieto. É preciso escutá-lo quando grita o vazio que o preenche, e a desolação daquele adultério que consiste em esquecer a Deus no frenesim de um activismo exacerbado, no afã de se prostituir aos ídolos supramencionados. E é preciso deixar-se conduzir novamente, pelo Senhor, ao deserto. A meditação pode abrir-nos os olhos para a idolatria da vida comprometida com as lógicas deste mundo, verdadeiro insulto ao Senhor, mas também progressiva perda da vida, como acontecia com a mulher, antes de tocar na borla do manto de Jesus. Pouco a pouco, perde-se o gosto pela oração, a alegria de fazer o bem, a sensibilidade em fazer-nos próximos dos que precisam da nossa ajuda. Pouco a pouco, apaga-se a vida espiritual. E tornamo-nos mortos ambulantes, mesmo mergulhados no activismo e na aparência de fazer o bem.
Mas «o Senhor é clemente e cheio de compaixão», como canta o salmo responsorial. Há-de transformar «o vale de Acôr em porta de esperança» (Os 2, 17). Acôr fora o lugar do acto de infidelidade duramente punido por Deus. Mas, graças ao amor eterno do Senhor, tornara-se porta de entrada na terra santa.
Quando o amor humano se perde, é muito difícil voltar ao tempo do namoro, ao tempo do encanto, quando se pensa que o dom recíproco jamais irá desaparecer. Mas, com Deus, não é assim. Jesus venceu a morte, e vence toda a morte. Tudo pode ser renovado, porque Deus é fiel e o seu amor é eterno: «vou seduzir-te… vou falar-te ao coração… vou desposar-te com fidelidade, e tu conhecerás o Senhor». Estas palavras vêm-nos à mente e ao coração, com mais intensidade, quando desconfiamos de nós mesmos e temos confiança n´Ele, no seu poder purificador, capaz de fazer reflorir o mais belo amor.
A vida cristã, e particularmente a vida religiosa dehoniana, exige momentos de recolhimento, de deserto, para nos renovarmos e crescermos na intimidade com o Senhor. É fundamental darmos espaço a Jesus na nossa vida, mesmo no meio das mais intensas actividades. É o tempo de oração comunitária e pessoal, é o tempo da meditação ou da lectio divina, é o tempo da adoração. São os brevíssimos momentos das jaculatórias, a que recorrem as almas fervorosas, porque ajudam a pessoa, o religioso, a não se deixar absorver a cem por cento pelas ocupações, pelo trabalho, pelo estudo, quando sessenta por cento são suficientes para cumprir com diligência o próprio dever. O espaço que sobra deve pertencer unicamente a Jesus. Então também o trabalho, o estudo, o descanso, serão de Jesus, serão permeados pela Sua presença, pelo Seu amor. Então seremos curados das nossas perdas de vida, como a mulher de que nos fala o evangelho, ou ressuscitados do torpor espiritual em que tivermos caído, pior que o «sono» da filha de Jairo.
Fonte http://www.dehonianos.org/

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