terça-feira, 7 de junho de 2016

10ª Semana Comum - Quarta-feira - 08/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (1Rs 18,20-39)


Leitura do Primeiro Livro dos Reis.

Naqueles dias, 20Acab convocou todos os filhos de Israel e reuniu os profetas de Baal no monte Carmelo. 21Então Elias, aproximando-se de todo o povo, disse: “Até quando andareis mancando com os dois pés? Se o Senhor é o verdadeiro Deus, segui-o; mas, se é Baal, segui a ele”. O povo não respondeu uma palavra.

22Então Elias disse ao povo: “Eu sou o único profeta do Senhor que resta, ao passo que os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta. 23Deem-nos dois novilhos; que eles escolham um novilho e, depois de cortá-lo em pedaços, coloquem-no sobre a lenha, mas sem pôr fogo por baixo. Eu prepararei depois o outro novilho e o colocarei sobre a lenha e tampouco lhe porei fogo.

24Em seguida, invocareis o nome de vosso deus e eu invocarei o nome do Senhor. O Deus que ouvir, enviando fogo, este é o Deus verdadeiro”. Todo o povo respondeu, dizendo: “Ótima proposição”.

25Elias disse então aos profetas de Baal: “Escolhei vós um novilho e começai, pois sois maioria. E invocai o nome de vosso deus, mas não lhe ponhais fogo”. 26Eles tomaram o novilho que lhes foi dado e prepararam-no. E invocaram o nome de Baal desde a manhã até o meio-dia, dizendo: “Baal, ouve-nos!” Mas não se ouvia voz alguma e ninguém que respondesse. E dançavam ao redor do altar que tinham levantado.

27Ao meio-dia, Elias zombou deles, dizendo: “Gritai mais alto, pois sendo um deus, tem suas ocupações. Porventura ausentou-se ou está de viagem; ou talvez esteja dormindo e é preciso que o acordem”. 28Então eles gritavam ainda mais forte, e retalhavam-se, segundo o seu costume, com espadas e lanças, até o sangue escorrer.

29Passado o meio-dia, entraram em transe até a hora do sacrifício vespertino. Mas não se ouviu voz nenhuma, nem resposta nem sinal de atenção.

30Então Elias disse a todo o povo: “Aproximai-vos de mim”. Todo o povo veio para perto dele. E ele refez o altar do Senhor que tinha sido demolido. 31Tomou doze pedras, segundo o número das doze tribos dos filhos de Jacó, a quem Deus tinha dito: “Teu nome será Israel”, 32e edificou com as pedras um altar ao nome do Senhor. Fez em redor do altar um rego, capaz de conter duas medidas de sementes. 33Empilhou a lenha, esquartejou o novilho e colocou-o sobre a lenha, 34e disse: “Enchei quatro talhas de água e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha”. Depois, disse: “Outra vez”. E eles assim fizeram uma segunda vez. E acrescentou: “Ainda uma terceira vez”. E assim foi feito.

35A água correu em volta do altar e o rego ficou completamente cheio. 36Chegada a hora do sacrifício, o profeta Elias aproximou-se e disse: “Senhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, mostra hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que é por ordem tua que fiz estas coisas. 37Ouve-me, Senhor, ouve-me, para que este povo reconheça que tu, Senhor, és Deus, e que és tu que convertes os seus corações!”

38Então caiu o fogo do Senhor, que devorou o holocausto, a lenha, as pedras e a poeira, e secou a água que estava no rego. 39Vendo isto, o povo todo prostrou-se com o rosto em terra, exclamando: “É o Senhor que é Deus, é o Senhor que é Deus!”


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 15)


— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!


— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor”.

— Multiplicam, no entanto, suas dores os que correm para os deuses estrangeiros; seus sacrifícios sanguinários não partilho, nem seus nomes passarão pelos meus lábios.

— Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos! Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.

— Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!


Evangelho (Mt 5,17-19)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento.

18Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

O Livro dos Reis apresenta-nos hoje uma narrativa pitoresca e cheia de humor. O fugitivo Elias, vem corajosa e decididamente ao encontro do rei e dos 450 profetas de Baal. E desafia-os para o juízo de Deus. Dá prioridade e condições mais favoráveis aos profetas de Baal: podem escolher a vítima, preparar o altar e a lenha em horas de mais calor e, portanto, mais favoráveis. O sacrifício devia correr sem dificuldades. Mas nada acontece. Elias goza da situação: «começou a escarnecer deles: «Gritai com mais força! Talvez esse deus esteja entretido com alguma conversa! Ou então estará ocupado, ou anda de viagem. Talvez esteja a dormir! É preciso acordá-lo!» (v. 27). Mas os sacerdotes de Baal não desistiam: «gritavam em voz alta, feriam-se … até ficarem cobertos de sangue» (v. 29). Continuaram até à hora do sacrifício da tarde: «Mas não se ouviu resposta nem qualquer sinal de atenção» (v. 29). E chega a vez do profeta de Javé.
Elias, além das condições menos favoráveis de que dispunha, manda encharcar repetidamente o altar, a lenha, a vítima, a ponto de o sacrifício parecer impossível. Mas «o fogo do Senhor caiu do céu e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, a lama e até mesmo a própria água do sulco» (v. 38). O fogo do Senhor desceu, não para destruir, mas para santificar a vítima, isto é, para realizar a união entre Deus e a vítima e, por meio dela, com aqueles que fizeram a oferta. É o «fogo do Senhor» que realiza o sacrifício, porque a vítima queimada sobe para Deus «em sacrifício de suave perfume» Ex 29, 18; 29, 41; Ef 5, 2).
O essencial do carisma dehoniano é a vivência da oblação reparadora da nossa vida religiosa e apostólica, em união com a oblação reparadora de Cristo ao Pai, pelos homens (cf. Cst 6). Animado pelo Espírito Santo, Cristo fez a sua oferta, a oblação sacerdotal e vitimal de Si mesmo ao Pai pelos homens (cf. Heb 9, 14). Nesta oblação, tal como a apresenta o autor da Carta aos Hebreus (cf. 5, 7-9; 9, 14), é realçado o sofrimento, mas sobretudo a oferta de amor. A oblação de Cristo é oblação de amor, mesmo quando é preciso sofrer e morrer.
Cristo na Cruz é consumido pelo fogo de amor do Espírito. Mas é também a partir da Cruz que nos dá o Espírito (cf. Jo 19, 34), que torna possível e eficaz a nossa própria oblação de baptizados e particularmente de dehonianos, chamados à comunhão na oblação reparadora de Cristo, para glória e alegria de Deus, e para cooperarmos na sua obra de redenção no coração do mundo cf. Cst 23). É o nosso «único necessário» (Cst 26), a nossa «graça especial» (Cst 26), “o nosso carisma profético” (Cst 27), para a realização da “nossa vocação reparadora” (Cst 23).
O fogo, que desceu no monte Carmelo, reparou a glória de Deus, posta em causa pelo culto de Baal: «Ao ver isto, o povo prostrou-se de rosto por terra, exclamando: «O Senhor é que é Deus! O Senhor é que é Deus!».
Pela fogo do Espírito, podemos também nós oferecer-nos em holocausto reparador, para que Jesus seja reconhecido e aceite «Senhor, Coração da humanidade e do mundo» (Cst 19), e «cooperar na sua obra no coração do mundo» (Cst 23), «para Glória e Alergia de Deus» (Cst 25).
Tendo em conta a antítese do evangelho, podemos dizer que oblação reparadora, unida à de Cristo, é o que dá sentido a toda a nossa vida, mesmo às coisas mais pequenas e aparentemente desprezíveis. Animados pelo Espírito derramado nos nossos corações, podemos e devemos transformá-las em oblação agradável a Deus.
Fonte http://www.dehonianos.org/

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