quarta-feira, 29 de junho de 2016

13ª Semana Comum - Quinta-feira 30/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Am 7,10-17)


Leitura da Profecia de Amós.

Naqueles dias, 10Amasias, sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: “Amós conspira contra ti, dentro da própria casa de Israel; o país não consegue evitar que se espalhem todas as suas palavras. 11Ele anda dizendo: ‘Jeroboão morrerá pela espada, e Israel será deportado de sua própria pátria, como escravo’”.

12Disse depois Amasias a Amós: “Vidente, sai e procura refúgio em Judá, onde possas ganhar teu pão e exercer a profecia; 13mas em Betel não deverás insistir em profetizar, porque aí fica o santuário do rei e a corte do reino”.

14Respondeu Amós a Amasias, dizendo: “Não sou profeta nem sou filho de profeta; sou pastor de gado e cultivo sicômoros. 15O Senhor chamou-me, quando eu tangia o rebanho, e o Senhor me disse: ‘Vai profetizar para Israel, meu povo’.

16E agora ouve a Palavra do Senhor. Tu dizes: ‘Não profetizes contra Israel e não insinues palavras contra a casa de Isaac’. 17Pois bem, isto diz o Senhor: ‘Tua mulher se prostituirá na cidade, teus filhos e filhas morrerão pela espada, tuas terras serão tomadas e loteadas; tu mesmo morrerás em terra poluída, e Israel será levado em cativeiro para longe de seu país’”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 18)


— Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.

— Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.


— A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.

— Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.

— É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.

— Mais desejáveis do que o ouro são eles, do que o ouro refinado. Suas palavras são mais doces que o mel, que o mel que sai dos favos.


Evangelho (Mt 9,1-8)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1entrando em um barco, Jesus atravessou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. 2Apresentaram-lhe, então, um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!”

3Então alguns mestres da Lei pensaram: “Esse homem está blasfemando!” 4Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse: “Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? 5O que é mais fácil, dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’?

6Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, — disse, então, ao paralítico — “Levanta-te, pega a tua cama e vai para a tua casa”. 7O paralítico então se levantou, e foi para a sua casa. 8Vendo isso, a multidão ficou com medo e glorificou a Deus, por ter dado tal poder aos homens.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Amós anunciava catástrofes terríveis. As suas palavras não eram agradáveis de ouvir. Predizia a ruína de Israel, a morte de Jeroboão, o exílio do povo. Por isso, foi considerado um adversário político da casa de Jeroboão e, por conseguinte, “aconselhado” a ir-se embora. O sacerdote de Betel disse-lhe: «Sai daqui, vidente, foge para a terra de Judá e come lá o teu pão, profetizando. Mas não continues a profetizar em Betel, porque aqui é o santuário do rei e o templo do reino» (vv. 12-13). Ao anunciar os castigos de Deus, o profeta Amós é considerado um homem politicamente perigoso. Por isso, é mandado para o exílio. O mesmo acontece com Jeremias: quando anuncia a queda de Jerusalém, a destruição do templo, é considerado um derrotista, um homem politicamente suspeito, sendo preso e ameaçado de condenação à morte. E assim se calam os profetas, na ilusão de que, uma vez silenciados, não se concretizem as ameaças anunciadas. Mas, quem assim pensa e faz, só acrescenta pecado ao pecado, atraindo um castigo maior. Por isso, a melhor atitude é tomar a sério as palavras dos enviados de Deus, convertendo-se. Foi a atitude do rei e da povoação de Nínive, quando Jonas lá foi pregar: «Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, ordenaram um jejum e vestiram-se de saco, do maior ao menor» (Jn 3, 5). Os ninivitas procuraram remédio eficaz contra os perigos anunciados pelo profeta. Assim, «Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho, e, arrependendo-se do mal que tinha resolvido fazer-lhes, não lho fez» (Jn 3, 10). Também nós podemos tomar uma das duas atitudes, quando escutamos qualquer aviso da parte de Deus, através de um homem de Deus, de uma leitura ou de um acontecimento. Ignorar a mensagem pode ser uma atitude fácil. Mais fácil ainda pode ser criticar os pastores da Igreja ou os superiores que no-las comunicam. Mas a melhor e mais útil atitude será acolher a graça da conversão. Quando o Senhor nos quer purificar, faz-nos chegar diferentes formas de aviso. Nesses casos, convém tomar a sério o salmo: «Hoje, se escutardes a sua voz, não endureçais os vossos corações» (Sl 95, 7-8). Os avisos de Deus são inspirados pelo seu amor para connosco. Quer que nos convertamos para nos conduzir à vida em plenitude.
O perdão do pecado, plasticamente realizado na cura do paralítico, significa o poder do Filho do homem na terra, que inaugura uma nova criatura, um novo povo, novos céus e nova terra. Mas tudo passa pelo acolhimento do convite à conversão: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1, 15).
Também na vida do religioso há sempre a necessidade da renovada conversão, proposta na catequese apostólica. Os Apóstolos falam de conversão a cristãos que já têm experiência de uma prolongada permanência na Igreja... Pode ser o nosso caso. Há muito que somos cristãos. Há muito que somos consagrados. Mas «primado do amor exige uma conversão permanente» (Cst 95). Jamais estaremos completamente mortos para o «homem velho» e revestidos do «homem novo» (cf. Ef 4, 22-23). Quantas vezes, temos de fazer nossa a súplica que se inspira na oração do velho Tobias: «Converte-me, Senhor, e converter-me-ei a Ti» (cf. Tb 13, 6). Se lermos as sete cartas aos sete bispos das igrejas da Ásia Menor (cf. Apoc 2-3) recolhemos esta preocupação de fundo: acordar o primitivo fervor, porque chegou um período do cansaço, da má doença da habituação; pende sobre nós o risco da tibieza. É o Espírito de Jesus que fala. Há que escutá-lo!
Fonte http://www.dehonianos.org/

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