quinta-feira, 23 de junho de 2016

Natividade de São João Batista - Sexta-feira 24/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Is 49,1-6)


Leitura do Livro do Profeta Isaías.

1Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome; 2fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim flecha aguçada, escondida em sua aljava, 3e disse-me: “Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado”.

4E eu disse: “Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa”. 5E agora diz-me o Senhor – ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. 6Disse ele: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 138)


— Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!

— Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!

— Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos; percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos.

— Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!

— Até o mais íntimo, Senhor, me conheceis; nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis, quando eu era modelado ocultamente, era formado nas entranhas subterrâneas.


Segunda Leitura (At 13,22-26)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, Paulo disse: 22“Deus fez surgir Davi como rei e assim testemunhou a seu respeito: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que vai fazer em tudo a minha vontade’. 23Conforme prometera, da descendência de Davi Deus fez surgir para Israel um Salvador, que é Jesus.

24Antes que ele chegasse, João pregou um batismo de conversão para todo o povo de Israel. 25Estando para terminar sua missão, João declarou: ‘Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Mas vede: depois de mim vem aquele, do qual nem mereço desamarrar as sandálias’. 26Irmãos, descendentes de Abraão, e todos vós que temeis a Deus, a nós foi enviada esta mensagem de salvação”.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Evangelho (Lc 1,57-66.80)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


57Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. 58Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. 59No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. 60A mãe, porém disse: “Não! Ele vai chamar-se João”.

61Os outros disseram: “Não existe nenhum parente teu com esse nome!” 62Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. 63Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: “João é o seu nome”. E todos ficaram admirados. 64No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. 65Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judeia. 66E todos os que ouviam a notícia ficavam pensando: “O que virá a ser este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele. 80E o menino crescia e se fortalecia em espírito. Ele vivia nos lugares desertos, até o dia em que se apresentou publicamente a Israel.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

A primeira leitura relata a queda de Jerusalém: matanças, destruições, incêndios. Nem o templo escapa às chamas. O povo é morto, ou deportado com o seu rei. E a Bíblia explica a razão de tudo isto: o povo, infiel a Deus, é por Ele rejeitado.
As atrocidades descritas talvez não mexam muito connosco. Pensamos: eram povos pouco evoluídos. E ficamos tranquilos. Mas, se abrirmos os olhos para o que, se passa no nosso mundo, verificamos que ainda há muito que mudar na humanidade. São tantos os episódios de crueldade humana, no mundo de hoje! É o que sai do coração dos homens, quando não são fiéis a Deus!
O evangelho mostra-nos que a lei é para cumprir. Por isso, Jesus manda o leproso mostrar-se aos sacerdotes. Mas o bem da pessoa e, sobretudo, a graça, vão mais além do que a lei. Por isso, Jesus não hesita em estender mão, e em tocar no leproso para lhe transmitir uma energia que o recria. O leproso, o centurião e a sogra de Pedro, de quem nos falará o evangelho de amanhã, representam as camadas sociais consideradas à margem pelo mundo judaico: os doentes incuráveis, os pagãos e as mulheres. Mas, para nós, hoje, além dos doentes incuráveis, podem representar todos os pobres e fracos das nossas sociedades, tantas vezes esquecidos, postos de parte, maltratados pelos poderes estabelecidos.
Admiramos a fé, a coragem e a extrema coerência de tantos homens e mulheres dos nossos dias que, animados pela sua fé, se dedicam a confortar e a ajudar tantos milhões de pessoas, vítimas de calamidades naturais, de guerras, de graves situações de pobreza e falta de desenvolvimento. Santos apóstolos, missionários, numerosos leigos cooperaram para o progresso de povos inteiros, não só como fundadores de escolas, hospitais, obras sociais, ensinando artes e ofícios, mas também dando Cristo como verdade, como amor, como perdão. É uma civilização do amor que se está a construir, e que vai transformando os homens «penetrados por aquele sopro de vida que provém de Cristo» (RH, 18).
A história humana, frequentemente tão esquálida, lenta e tortuosa, cheia de regressões, por vezes tão envolvente e tumultuosa nos seus cursos e biblioteca, é vivificada por um frémito secreto que a impele para metas que nos são propostas pelo Evangelho. São metas de verdade, de justiça, de bondade, de amor (cf. Cst 36-39): é a meta-Cristo, o ponto ómega do universo, segundo Teilhard de Chardin. A própria “fronteira da morte”, perante a qual o homem não pode senão afastar-se aterrorizado, a gritar e a chorar, como aconteceu em relação à filha de Jairo (cf. Mc 5, 38-40), é ultrapassada e podemos apontar ao mundo uma esperança que mais ninguém, senão Cristo, pode dar: uma certeza de vida e de nobreza, não só para a alma, mas também para o corpo: todo o homem é imortal por causa das sementes de imortalidade em nós semeadas pela redenção operada por Cristo. É a fé de Paulo: como Cristo ressuscitou, também nós ressuscitaremos (cf. 1 Cor 15). Esta é «a mais alta afirmação do homem: a afirmação do corpo que o Espírito vivifica!... Esta é a resposta a todos os “materialismos” da nossa época. São eles que fazem nascer tantas formas de insaciabilidade no coração humano...» (RH, 18).
Fonte http://www.dehonianos.org/

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