sexta-feira, 24 de junho de 2016

12ª Semana Comum - Sábado 25/06/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Lm 2,2.10-14.18-19)


Leitura do Livro das Lamentações.

2O Senhor destruiu sem piedade todos os campos de Jacó; em sua ira deitou abaixo as fortificações da cidade de Judá; lançou por terra, aviltou a realeza e seus príncipes. 10Sentados no chão, em silêncio, os anciãos da cidade de Sião espalharam cinza na cabeça, vestiram-se de saco; as jovens de Jerusalém inclinaram a cabeça para o chão. 11Meus olhos estão machucados de lágrimas, fervem minhas entranhas; derrama-se por terra o meu fel diante da arruinada cidade de meu povo, vendo desfalecerem tantas crianças pelas ruas da cidade. 12Elas pedem às mães: “O trigo e o vinho, onde estão?” E vão caindo como derrubadas pela morte nas ruas da cidade, até expirarem no colo das mães. 13Com quem te posso comparar, ou a quem te posso assemelhar, ó cidade de Jerusalém? A quem te igualarei, para te consolar, ó cidade de Sião? Grande como o mar é tua aflição; quem poderá curar-te?

14Teus profetas te fizeram ver imagens falsas e insensatas, não puseram a descoberto a tua malícia, para tentar mudar a tua sorte; ao contrário, deram-te oráculos mentirosos e atraentes. 18Grite o teu coração ao Senhor, em favor dos muros da cidade de Sião; deixa correr uma torrente de lágrimas, de dia e de noite. Não te concedas repouso, não cessem de chorar as pupilas de teus olhos. 19Levanta-te, chora na calada da noite, no início das vigílias, derrama o teu coração, como água, diante do Senhor; ergue as mãos para ele, pela vida de teus pequeninos, que desfalecem de fome em todas as encruzilhadas.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 73)


— Não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres.

— Não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres.


— Ó Senhor, por que razão nos rejeitastes para sempre e vos irais contra as ovelhas do rebanho que guiais? Recordai-vos deste povo que outrora adquiristes, desta tribo que remistes para ser a vossa herança, e do monte de Sião que escolhestes por morada!

— Dirigi-vos até lá para ver quanta ruína: no santuário o inimigo destruiu todas as coisas; e, rugindo como feras, no local das grandes festas, lá puseram suas bandeiras vossos ímpios inimigos.

— Pareciam lenhadores derrubando uma floresta, ao quebrarem suas portas com martelos e com malhos. Ó Senhor, puseram fogo mesmo em vosso santuário! Rebaixaram, profanaram o lugar onde habitais!

— Recordai vossa Aliança! A medida transbordou, porque nos antros desta terra só existe violência! Que não se escondam envergonhados o humilde e o pequeno, mas glorifiquem vosso nome o infeliz e o indigente!


Evangelho (Mt 8,5-17)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”.

7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”.

10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, 12enquanto os herdeiros do Reino serão jogados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”.

13Então, Jesus disse ao oficial: “Vai! e seja feito como tu creste”. E, naquela mesma hora, o empregado ficou curado. 14Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e com febre. 15Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou, e pôs-se a servi-lo. 16Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua palavra, e curou todos os doentes, 17para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: “Ele tomou as nossas dores e carregou as nossas enfermidades”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Ao descrever a situação de Jerusalém, destruída e devastada pelos babilónios, o Livro das Lamentações revela a causa profunda dessa catástrofe: «Os teus profetas vaticinaram-te apenas coisas falsas e loucas. Não te revelaram as tuas iniquidades, a fim de mudar o teu destino. Anunciaram-te apenas oráculos falsos e enganadores» (v. 14). Também nós preferimos, muitas vezes, ouvir palavras falsas e enganadoras, discursos retóricos e lisonjeiros, mais do que admoestações e chamadas de atenção. Alimentam as nossas ilusões, é certo. Mas é preferível ouvir palavras que nos revelem as nossas faltas e nos incitem à mudança de vida. Os falsos profetas também pregaram o que os habitantes de Jerusalém, particularmente os seus chefes, queriam ouvir, em vez de lhes denunciarem as faltas. Mas os verdadeiros profetas, como Jeremias, não se cansavam de avisar a cidade para os perigos a que podia levar a inobservância da Lei na justiça, e a falta de solidariedade. Ninguém os escutava.
Acontece o mesmo no nosso mundo de hoje. Quando o Papa lembra a doutrina da Igreja sobre a moral, sobre o respeito pela vida desde o seu início até ao seu fim natural, sobre o respeito pelo amor, pela fidelidade, ou até sobre o uso do dinheiro, sobre os perigos do capitalismo, muitas vezes se ouvem reacções negativas. Muita gente prefere discursos que não incomodem, que não ameacem os egoísmos instalados, mas que levam a grandes catástrofes.
O evangelho mostra-nos Jesus que não se inibe de contactar com leprosos, pagãos e mulheres, coisa imprópria para um rabi. Mas se Deus, em Jesus, assumiu um corpo humano, foi para comunicar com o corpo do homem. O Senhor intervém por causa da fé do doente (no caso do leproso), ou da comunidade (no caso da sogra de Pedro). Mas o maior elogia vai para a fé na sua palavra, manifestada por um pagão. Até àquele momento, ninguém em Israel tinha manifestado tanta fé.
O Senhor continua a tocar-nos na Eucaristia, mas também nos toca pela força da sua Palavra. Que impacto tem a Palavra na cura da minha pessoa?
O Pe. Dehon convida-nos a sermos profetas do amor e servidores da reconciliação (cf. Cst 7). Como ele, e no seu “seguimento”, “em comunhão com a vida da Igreja, queremos contribuir para instaurar o reino da justiça e da caridade cristã no mundo (cf. Souvenirs XI). Para isso, há que denunciar corajosamente todas as injustiças, em primeiro lugar, as cometidas contra Deus, não Lhe reconhecendo o lugar a que tem direito, nem respeitando a sua lei. Mas há apontar também as inúmeras injustiças contra as pessoas e, por vezes, até contra povos inteiros. Há que fazer o que estiver ao nosso alcance para aliviar o sofrimento de tantos irmãos e irmãs, e para que lhes se feita justiça. A solidariedade é um sinal dos tempos muito sentido, tanto pelos crentes como pelos não crentes. Há que praticá-la e promovê-la em favor de todos os explorados e oprimidos, particularmente pelos povos que estão em vias de desenvolvimento, pelos que sofrem a fome, pelas vítimas das guerras crónicas, ou das catástrofes e calamidades naturais (Cf. A.A., n. 14).
Fonte http://www.dehonianos.org/

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