quinta-feira, 30 de junho de 2016

13ª Semana Comum - Sexta-feira 01/07/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Am 8,4-6.9-12)


Leitura da Profecia de Amós.

4Ouvi isto, vós que maltratais os humildes e causais a prostração dos pobres da terra; 5vós que andais dizendo: “Quando passará a lua nova, para vendermos bem a mercadoria? E o sábado, para darmos pronta saída ao trigo, para diminuir medidas, aumentar pesos, e adulterar balanças, 6e dominar os pobres com dinheiro e os humildes com um par de sandálias, e para pôr à venda o refugo do trigo?

9Acontecerá que naquele dia, diz o Senhor Deus, farei com que o sol se ponha ao meio-dia e em pleno dia escureça a terra; 10mudarei em luto vossas festas e em pranto todos os vossos cânticos; farei vestir saco a todas as cinturas e tornarei calvas todas as cabeças, o país porá luto, como por um filho único, e o final desse dia terminará em amargura. 11Eis que virão dias, diz o Senhor, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir a palavra do Senhor. 12Os homens vaguearão de um mar a outro mar, circulando do norte para o oriente, em busca da palavra do Senhor, mas não a encontrarão.



- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 118)


— O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.

— O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.


— Feliz o homem que observa seus preceitos, e de todo o coração procura a Deus! De todo o coração eu vos procuro, não deixeis que eu abandone a vossa lei!

— Minha alma se consome o tempo todo em desejar as vossas justas decisões. Escolhi seguir a trilha da verdade, diante de mim eu coloquei vossos preceitos.

— Como anseio pelos vossos mandamentos! Dai-me a vida, ó Senhor, porque sois justo! Abro a boca e aspiro largamente, pois estou ávido de vossos mandamentos.


Evangelho (Mt 9,9-13)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 9Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu a Jesus. 10Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos.

11Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” 12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio

Amós continua a denunciar a ganância dos negociantes e de todos os que são ávidos de dinheiro. Para realizarem «bons» negócios e amontoarem riquezas, não tem respeitam pelo próximo nem por Deus. Esmagam os pobres e fazem perecer os desvalidos da terra (cf. v. 4); esperam ansiosos pelo fim das festas religiosas para levarem por diante os seus intentos gananciosos (cf. v. 5). Não hesitam em ser desonestos para aumentar os lucros (v. 5). Todas estas injustiças bradam ao céu. Por isso, Deus, por meio do profeta, anuncia castigo severo: «Converterei as vossas festas em luto e os vossos cânticos em lamentações» (v. 10). E não será preciso um grande empenhamento de Deus para infligir o castigo. Ao pecar, do modo denunciado pelo profeta, Israel “reduz o tempo” (a Lua-Nova e o Sábado) a um calendário oportunista e pessoal, a simples ocasião para fechar negócios, com lucro imediato. E assim obtém, por si mesmo, o castigo. Perde o sentido do tempo, como amor e misericórdia, que encontraria «comendo com os pecadores», partilhando a necessidade de perdão que abre a porta à salvação e à alegria. É o que nos ensina Jesus quando responde aos fariseus, que se julgam «justos»: «Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores» (v. 13).
Também nós podemos cair na tentação de nos considerarmos «justos», vendo como pecadores só os outros. Mas, a verdade é que também pertencemos a um mundo onde reina a ganância, fonte de enormes injustiças. O nosso egoísmo contribui para agravar a situação. Arranjamos tempo para o que nos interessa. Mas não o encontramos para ajudar certas pessoas, para visitar doentes, e até para rezar. Assim nos tornamos semelhantes aos negociantes desonestos, cujos actos são verberados por Amós. Também nós corremos o risco do temível castigo anunciado pelo profeta: «Vaguearão… à procura da palavra do Senhor, e não a encontrarão» (v. 12). Todos os outros castigos anunciados por Amós são muito pouco, em comparação com este: procurar a Palavra de Deus e não conseguir encontrá-la. A infidelidade, e a falta de docilidade ao Senhor, podem levar à desolação espiritual. Nesse caso, nada mais nos resta senão a penitência, a procura perseverante da Palavra de Deus, a aceitação da própria desolação como castigo merecido pelos nossos pecados, na esperança de reencontrar o Senhor e de enveredar por uma vida mais fiel aos seus desejos.
O n. 22 das Constituições, para nos falar da oblação, alma do nosso carisma, começa por reconhecer a nossa condição de pecadores: «implicados no pecado…». Mas logo a seguir, reconhece outra realidade não menos importante: «mas participantes da graça redentora…». Somos certamente pecadores, sempre carecidos de conversão. Mas, «participantes da graça redentora, queremos… unir-nos a Cristo presente na vida do mundo e, em solidariedade com Ele e com toda a humanidade e a criação inteira, oferecer-nos ao Pai como oblação viva, santa e agradável (cf. Rm 12,1). A nossa «solidariedade com Ele e com toda a humanidade e a criação inteira», não vem de uma consciência errada que nos leve a julgar-nos justos. Vem da consciência certa de que fomos beneficiados pela «graça redentora», e a ela queremos corresponder, cooperando com Cristo na obra da redenção do mundo, para Glória e Alegria de Deus, aceitando a recomendação de Paulo: “Caminhai no amor segundo o exemplo de Cristo que nos amou e Se entregou por nós a Deus, como oferenda e sacrifício de agradável odor" (Ef 5,2).
Fonte http://www.dehonianos.org/

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