segunda-feira, 5 de setembro de 2016

23ª Semana Comum - Terça-feira 06/09/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (1Cor 6,1-11)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 1quando um de vós tem uma questão com um outro, como se atreve a entrar na justiça perante os injustos, em vez de recorrer aos santos? 2Será que ignorais que os santos julgarão o mundo? Ora, se o mundo está sujeito a vosso julgamento, seríeis acaso indignos de deliberar e julgar sobre questões tão insignificantes?

3Ignorais que julgaremos os anjos? Quanto mais, coisas desta vida! 4No entanto, se tendes dessas questões a resolver, recorrereis a juízes que a Igreja não pode recomendar. 5Digo isso, para confusão vossa! Será, então, que aí entre vós não se encontra ninguém sensato e prudente que possa ser juiz entre irmãos? 6Ao invés disso, irmão contra irmão vai a juízo, e isso perante infiéis! 7Aliás, já é uma grande falta haver processos entre vós.

8Por que não suportais, antes, a injustiça? Por que não tolerais, antes, ser prejudicados? Pelo contrário, vós é que cometeis injustiças e fraudes, e isso contra irmãos! 9Porventura ignorais que pessoas injustas não terão parte no reino de Deus? Não vos iludais: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem pederastas, 10nem ladrões, nem avarentos, nem beberrões, nem insolentes, nem salteadores terão parte no reino de Deus.

11E vós, isto é, alguns de vós, éreis isso! Mas fostes lavados, fostes santificados, fostes justificados pelo nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (149)


— O Senhor ama seu povo de verdade.

— O Senhor ama seu povo de verdade.


— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembleia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu Rei!

— O Senhor ama seu povo de verdade.

— Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória os seus humildes.

— Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se levantem de seus leitos, com louvores do Senhor em sua boca. Eis a glória para todos os seus santos.


Evangelho (Lc 6,12-19)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


12Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. 13Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: 14Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor.

17Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judeia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 18Vieram para ouvir Jesus e ser curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Meditatio

A escolha dos Apóstolos é um tema central no texto evangélico que a liturgia hoje nos propõe. Por isso, parece oportuno deter-nos um pouco a meditar na apostolicidade da Igreja. Como se sabe, trata-se de uma das características da Igreja de Cristo, juntamente com a unidade, a santidade e a catolicidade.
Em primeiro lugar, notemos que não se trata de notas simplesmente jurídicas. Pelo contrário, são notas espirituais, dadas à Igreja pelo Espírito de Deus e do Senhor ressuscitado. A Igreja de Cristo não se torna apostólica a certo ponto do seu caminho, mas nasce apostólica. A razão fundamental de tudo isto é que o próprio Jesus é o apóstolo por excelência, o missionário do Pai. Antes de ser o fundador da Igreja, Jesus é o seu salvador: a Igreja nasce do Lado aberto do Crucificado, no poder do “espírito” que Ele dá na cruz (cfr. Jo 19, 30). À missão que Jesus confiou aos Doze durante o seu ministério público (cfr. Mt 10, 1ss.) corresponde a missão bem mais importante que lhes confiou depois da Ressurreição (cfr. Mt 28, 16-20).
É preciso não confundir a apostolicidade da Igreja com a sua missionaridade, ainda que haja entre eles uma ligação íntima e profunda. A primeira nasceu da Igreja e está ligada ao colégio dos Doze, enquanto esta é tarefa da Igreja e está ligada à pessoa de todos os seus membros. A primeira é um artigo da nossa fé: «Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica»; a segunda é objecto do nosso testemunho.
A nossa congregação é um instituto religioso apostólico, isto é, um instituto chamado a participar na acção missionária da Igreja, concretamente na missão “ad gentes”. De início o Pe. Dehon excluiu a actividade apostólica nas missões longínquas porque lhe parecia difícil harmonizá-la com a espiritualidade do instituto. Mas, já em 1882, numa carta a Leão XIII, manifesta o desejo de trabalhar nas missões. A 8 de Novembro de 1888 partem os primeiros missionários dehonianos para o Equador. De facto, depois da audiência com Leão XIII, a 6 de Setembro de 1888, o Pe. Dehon considera o apostolado nas missões longínquas, com a pregação das encíclicas do Papa, a oração e a ajuda aos sacerdotes e a adoração eucarística, como parte essencial da “missão que nos foi confiada pelo Papa”.
Os motivos são: fazer conhecer o amor do Coração de Jesus nas terras infiéis; o espírito de sacrifício e, portanto, de imolação, a alegria de Nosso Senhor e da Igreja.
Fonte http://www.dehonianos.org/

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