quarta-feira, 14 de setembro de 2016

24ª Semana Comum - Sábado 17/09/2016

LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (1Cor 15,35-37.42-49)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 35alguém perguntará? Como ressuscitam os mortos? 36Insensato! O que semeias não nasce sem antes morrer. 37E, quando semeias, não semeias o corpo da planta, que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou de alguma outra planta.

42Pois assim será também a ressurreição dos mortos. Semeia-se em corrupção e ressuscita-se em incorrupção. 43Semeia-se em ignomínia, e ressuscita-se em glória. Semeia-se em fraqueza, e ressuscita-se em vigor. 44Semeia-se um corpo animal, e ressuscita-se um corpo espiritual. Se há um corpo animal, há também um espiritual.

45Por isso está escrito: o primeiro homem, Adão, “foi um ser vivo”. O segundo Adão é um espírito vivificante. 46Veio primeiro não o homem espiritual, mas o homem natural; depois é que veio o homem espiritual. 47O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo homem vem do céu. 48Como foi o homem terrestre, assim também são as pessoas terrestres; e como é o homem celeste, assim também vão ser as pessoas celestes. 49E como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 55)


— Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!

— Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!


— Meus inimigos haverão de recuar em qualquer dia em que eu vos invocar; tenho certeza: o Senhor está comigo.

— Confio em Deus e louvarei sua promessa; é no Senhor que eu confio e nada temo: que poderia contra mim um ser mortal?

— Devo cumprir, ó Deus, os votos que vos fiz, e vos oferto um sacrifício de louvor, porque da morte arrancastes minha vida e não deixastes os meus pés escorregarem, para que eu ande na presença do Senhor, na presença do Senhor na luz da vida.


Evangelho (Lc 8,4-15)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 4reuniu-se uma grande multidão, e de todas as cidades iam ter com Jesus. Então ele contou esta parábola:

5“O semeador saiu para semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram. 6Outra parte caiu sobre pedras; brotou e secou, porque não havia umidade. 7Outra parte caiu no meio de espinhos; os espinhos cresceram juntos, e a sufocaram. 8Outra parte caiu em terra boa; brotou e deu fruto, cem por um”. Dizendo isso, Jesus exclamou: “Quem tem ouvidos para ouvir ouça”.

9Os discípulos lhe perguntaram o significado dessa parábola. 10Jesus respondeu:

“A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus. Mas aos outros, só por meio de parábolas, para que olhando não vejam, e ouvindo não compreendam. 11A parábola quer dizer o seguinte: A semente é a Palavra de Deus. 12Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouviram, mas, depois, vem o diabo e tira a Palavra do coração deles, para que não acreditem e não se salvem. 13Os que estão sobre a pedra são aqueles que, ouvindo, acolhem a Palavra com alegria. Mas eles não têm raiz: por um momento acreditam; mas na hora da tentação voltam atrás. 14Aquilo que caiu entre os espinhos são os que ouvem, mas, com o passar do tempo são sufocados pelas preocupações, pela riqueza e pelos prazeres da vida, e não chegam a amadurecer. 15E o que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra, e dão fruto na perseverança”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
Neste dia de sábado, para renovarmos o nosso interesse por esta parábola, podemos invocar Maria. Ela foi «terra boa», em que a semente da Palavra produziu precioso fruto. Maria é, na verdade, modelo «daqueles que, tendo escutado a Palavra com um coração bom e perfeito, produzem fruto na perseverança» Um fruto que se multiplica, porque Maria é mãe de todos os discípulos de Cristo, e forma em cada um de nós atitudes de vida cristã, levando-nos a produzir fruto na adesão à vontade de Deus.
Depois de uma referência, sempre útil a Maria, voltamo-nos para a mensagem de Paulo sobre a ressurreição de Cristo. A ressurreição do Senhor envolve todo o homem e o homem todo. Por isso, pode levar-nos a meditar sobre o valor do corpo na vida cristã e na história da salvação. É uma meditação oportuna, pois vivemos numa sociedade que, se, por um lado, exalta o corpo humano até idolatrá-lo, por outro, o instrumentaliza e explora até destruí-lo. Por isso, é bom e oportuno recordar a mensagem bíblica sobre o corpo humano.
O corpo é, em primeiro lugar, um bem da criação: Deus deu-o a nós como sinal da sua bondade paterna, capaz de falar d´Ele, além de ser capaz de falar de nós. Segundo a mente do Criador, nós somos o nosso corpo: somos um corpo animado, ou também um espírito encarnado. Já sob este ponto de vista o corpo humano é um bem precioso e digno do máximo respeito. O corpo humano também está no ce
ntro da nossa fé, desde que Deus, para remir a humanidade, quis encarnar, isto é, assumir, de uma mulher (cf. Gal 4, 4), um corpo em tudo semelhante ao nosso. A encarnação de Deus é a mais clara prova de que, também depois do pecado original, e depois de todos os pecados da humanidade, o corpo humano constitui para Ele um instrumento sempre válido para alcançar os mais elevados objectivos da sua providência.
O corpo humano, em força da ressurreição de Cristo, também está no vértice da nossa fé. Enquanto corpo ressuscitado, o corpo de Cristo é primícias de todos os nossos corpos destinados à novidade de vida pela ressurreição final. O corpo humano leva em si os germes da esperança de vida sem fim. É uma realidade sacrossanta por causa das bênçãos recebidas, e por causa do destino que o espera.
Para nós religiosos, o nosso corpo consagrado, dado completamente a Cristo, torna-se o "lugar" de uma sua especial presença. Paulo diz que «a virgem se preocupa com as coisas do Senhor para ser santa (isto é, consagrada, reservada para Cristo) no corpo e no espírito» (1Cor 7, 34). Assim, «o corpo é para o Senhor e o Senhor é para o corpo» (1 Cor 6, 13), isto é, na castidade consagrada, o corpo é sinal e efeito do amor por Cristo e do amor de Cristo.
No corpo do consagrado renova-se, de algum modo, o mistério da Encarnação. O corpo de Cristo era o lugar e a manifestação da Sua divindade. Além disso, Jesus ofereceu o Seu corpo como oblação santa ao Pai: «Não quiseste sacrifícios nem holocaustos, mas deste-Me um corpo… Então Eu disso: Eis-Me aqui, ó Deus… para fazer a Tua vontade» (Hbr 10, 5.7). Em Cristo, o consagrado é, com o seu corpo, uma oblação santa ao Pai; pode realizar permanentemente a exortação de Paulo «a oferecer os vossos corpos, como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o vosso culto espiritual» (Rom 12, 1). Dizem as nossas Constituições «queremos unir-nos a Cristo presente na vida do mundo e, em solidariedade com Ele… oferecer-nos ao Pai como oblação viva, santa e agradável (cf. Rom 12,1)… como oferenda e sacrifício de agradável odor» (Ef 5,2).
Fonte http://www.dehonianos.pt/

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