quarta-feira, 7 de setembro de 2016

24ª Semana Comum - Segunda-feira 12/09/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (1Cor 11,17-26.33)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 17no que tenho a dizer-vos, eu não vos louvo, pois vossas reuniões não têm sido para o vosso bem, mas para o mal. 18Com efeito, e em primeiro lugar, ouço dizer que, quando vos reunis em assembleia, têm surgido divisões entre vós. E, em parte, acredito.

19Na verdade, convém que haja até cisões entre vós, para que também se tornem bem conhecidos aqueles dentre vós que resistem à prova. 20De fato, não é para comer a Ceia do Senhor que vos reunis em comum. 21Pois cada um se apressa a comer a sua própria ceia; e enquanto um passa fome o outro se embriaga.

22Não tendes casas onde comer e beber? Ou desprezais a Igreja de Deus e quereis envergonhar aqueles que nada têm? Que vos direi? Hei de elogiar-vos? Neste ponto, não posso elogiar-vos.

23O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei-o em memória de mim”.

25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”.

26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha. 33Portanto, meus irmãos, quando vos reunirdes para a Ceia, esperai uns pelos outros.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 39)


— Irmãos, anunciai a morte do Senhor, até que ele venha!

— Irmãos, anunciai a morte do Senhor, até que ele venha!


— Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados, e então eu vos disse: “Eis que venho”.

— Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei”.

— Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios.

— Mas se alegre e em vós rejubile todo ser que vos busca, Senhor. Digam sempre: “É grande o Senhor!” os que buscam em vós seu auxílio.


Evangelho (Lc 7,1-10)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte.

3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado.

4Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: “O oficial merece que lhe faças este favor, 5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga”.

6Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente a teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e ao meu empregado ‘Faze isto!’, e ele o faz”.

9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. 10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio
Ambas as leituras de hoje nos nos levam a pensar na Eucaristia, no lugar central que ela tem na vida da Igreja, e nas disposições de fé de e amor que exige.
Na primeira leitura, Paulo entrega às suas comunidades um precioso bem testamentário por meio de dois verbos técnico-teológicos (“receber” – “transmitir”: cf. também 1 Cor 15, 3). Que podemos aprender, para sermos comunidade eucarística, com estes dois verbos?
Em primeiro lugar, verificamos a auto-consciência apostólica de Paulo: um aspecto auto-biográfico, digamos, mas no mais elevado sentido do termo. O que interessa ao Apóstolo não é dar-se a conhecer pelas suas características pessoais, mas sim pela sua missão, de que não pode eximir-se. A transmissão da memória daquilo que o Senhor disse e fez na vigília da sua paixão é elemento essencial e irrenunciável dessa missão apostólica.
Em segundo lugar, verificamos a centralidade da Eucaristia no tesouro de verdades que os apóstolos sentem obrigação de transmitir. É como que afirmar que as comunidades cristãs, e cada um dos discípulos, não podem viver nem testemunhar a fé, se não tiverem no centro da sua vida a Eucaristia, memória actualizante do mistério pascal, capaz de produzir a graça que significa.
Em terceiro lugar percebe-se concretamente a verdade da expressão: “A Eucaristia faz a Igreja”. Seria pouco pensar que a Igreja “faz”, isto é, celebra, a Eucaristia. Há que ir mais longe, até ao evento da Páscoa de Cris
to, de que a Eucaristia é “memória” fiel e actualizante. A celebração eucarística, memorial da Páscoa do Senhor, é o princípio da nossa comunhão fraterna e a fonte do nosso serviço apostólico, como escreve o Pe. Dehon no seu Testamento Espiritual (cf. DSP nn. 276-284).
«A celebração do Memorial da morte e ressurreição do Senhor constitui para nós o momento privilegiado da nossa fé e da nossa vocação de Sacerdotes do Coração de Jesus», dizem as Constituições (n. 80). «Fazei isto em memória de Mim» (Lc 22, 19; cf. 1 Cor 11, 24-25). É o mandamento de Jesus para trazermos ao presente o Seu mistério pascal, para actualizarmos a última Ceia e a morte de Cristo na Cruz, para nos tornarmos participantes da Ressurreição. Tudo isto acontece por obra do Espírito Santo: «O Espírito Santo recordar-vos-á tudo aquilo que vos disse» (Jo 14, 26).
«Fazei isto em memória de Mim» (Lc 22, 19) é um forte convite de Jesus para vivermos o mistério da Sua oblação: “constitui para nós o momento privilegiado da nossa fé e da nossa vocação de Sacerdotes do Coração de Jesus” (Cst. 80); a eucaristia é um convite a participarmos no sacerdócio de Cristo e no Seu estado de vítima: «Com um só sacrifício, – afirma o autor da Carta aos Hebreus – tornou perfeitos para sempre os que foram santificados» (10, 14; cf. Heb 5, 7-10).
No evangelho, escutamos a oração do centurião, que a Igreja nos faz repetir antes da sagrada comunhão: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto» (v. 6). Jesus ficou admirado com a fé do centurião (v. 9), que de tal modo acreditava no poder da sua Palavra, que julgava desnecessária a sua presença para que o servo ficasse curado. Nós acreditamos que o poder da Palavra de Jesus O torna presente sob as espécies eucarísticas.
Fonte http://www.dehonianos.pt/

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