domingo, 25 de setembro de 2016

26ª Semana Comum - Segunda-feira 26/09/2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Jó 1,6-22)


Leitura do Livro de Jó.

6Um dia, foram os filhos de Deus apresentar-se ao Senhor; entre eles também Satanás. 7O Senhor, então, disse a Satanás: “Donde vens?” “Venho de dar umas voltas pela terra”, respondeu ele. 8O Senhor disse-lhe: “Reparaste o meu servo Jó? Na terra não há outro igual: é um homem íntegro e correto, teme a Deus e afasta-se do mal”.

9Satanás respondeu ao Senhor: “Mas será por nada que Jó teme a Deus? 10Porventura não levantaste um muro de proteção ao redor dele, de sua casa e de todos os seus bens? Tu abençoaste tudo o que ele fez, e seus rebanhos cobrem toda a região. 11Mas, estende a mão e toca em todos os seus bens; e eu garanto que ele te lançará maldições no rosto!”

12Então o Senhor disse a Satanás: “Pois bem, de tudo o que ele possui, podes dispor, mas não estendas a mão contra ele”. E Satanás saiu da presença do Senhor. 13Ora, num dia em que os filhos e filhas de Jó comiam e bebiam vinho na casa do irmão mais velho, 14um mensageiro veio dizer a Jó: “Estavam os bois lavrando e as mulas pastando a seu lado, 15quando, de repente, apareceram os sabeus e roubaram tudo, passando os criados ao fio de espada. Só eu consegui escapar para trazer-te a notícia”.

16Estava ainda falando, quando chegou outro e disse: “Caiu do céu o fogo de Deus e matou ovelhas e pastores, reduzindo-os a cinza. Só eu consegui escapar para trazer-te a notícia”. 17Este ainda falava, quando chegou outro e disse: “Os caldeus, divididos em três bandos, lançaram-se sobre os camelos e levaram-nos consigo, depois de passarem os criados ao fio da espada. Só eu consegui escapar para trazer-te a notícia”.

18Este ainda falava, quando chegou outro e disse: “Teus filhos e tuas filhas estavam comendo e bebendo vinho na casa do irmão mais velho, 19quando um furacão se levantou das bandas do deserto e se lançou contra os quatro cantos da casa, que desabou sobre os jovens e os matou. Só eu consegui escapar para trazer-te a notícia”.

20Então, Jó levantou-se, rasgou o manto, rapou a cabeça, caiu por terra e, prostrado, disse: 21“Nu eu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei para lá. O Senhor deu, o Senhor tirou: como foi do agrado do Senhor, assim foi feito. Bendito seja o nome do Senhor!” 22Apesar de tudo isso, Jó não cometeu pecado nem se revoltou contra Deus.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Sl 16)


— Inclinai o vosso ouvido e escutai-me!

— Inclinai o vosso ouvido e escutai-me!


— Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios!

— De vossa face é que me venha o julgamento, pois vossos olhos sabem ver o que é justo. Provai meu coração durante a noite, visitai-o, examinai-o pelo fogo, mas em mim não achareis iniquidade.

— Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me! Mostrai-me vosso amor maravilhoso, vós que salvais e libertais do inimigo quem procura a proteção junto de vós.


Evangelho (Lc 9,46-50)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 46houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior. 47Jesus sabia o que estavam pensando, pegou então uma criança, colocou-a junto de si 48e disse-lhes: “Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior”.

49João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós lho proibimos, porque não anda conosco”. 50Jesus disse-lhe: “Não o proibais, pois quem não está contra vós, está a vosso favor”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte Canção Nova


Meditatio
A contemplação de Jesus crucificado, a que somos convidados pelas leituras de hoje, tem conseq
uências em toda a situação humana. De Job, aprendemos que a nossa verdadeira grandeza se revela em amar sempre, e em todas as situações, o «desmesurado amor» (Ef 2, 4) de Deus, mesmo no meio dos maiores sofrimentos.
Job dá-nos um maravilhoso exemplo de adoração, numa situação de extremo sofrimento. É, talvez, mais fácil reconhecer a Deus, quando tudo corre bem, porque é mais espontâneo pensarmos num deus ao nosso serviço, do que em Deus em Quem podemos confiar e confiar-nos quando parece longe de nós, e até contra nós. Job sabe que depende de Deus e confia n´Ele na fortuna e na desgraça. Ao contrário do que pensa Satanás, é capaz de um amor gratuito. Por isso, despojado de todos os bens, confia-se totalmente a Deus: «Saí nu do ventre da minha mãe e nu voltarei para lá. O Senhor mo deu, o Senhor mo tirou; bendito seja o nome do Senhor!» (v. 21). Job resistiu à tentação e abriu o coração a Deus. Por isso, adora.
Despojado de todos os bens, Job torna-se imagem viva da palavra de Jesus: «quem for o mais pequeno entre vós, esse é que é grande» (v. 48b). Só quando está completamente «nu» diante de Deus e do Amor Crucificado, é que o homem se torna realmente grande. Job ainda não o podia compreender completamente, mas permaneceu igualmente fiel. Nós, que já contemplamos Cristo Crucificado, podemos compreendê-lo e compreender o sentido da adoração. Só o pobre é capaz de adorar, como Cristo adorou na cruz. É certamente um ideal difícil. Mas é possível, com a força do Senhor. O importante é não esquecermos Jesus Crucificado.
Cada um de nós, cada uma das nossas comunidades, está sujeito a sofrimentos e a provações no corpo, no espírito, na comunidade, no apostolado. Cada um de nós está sujeito à experiência da fraqueza e da fragilidade. Mas, na medida em que nos abrirmos ao Espírito, poderemos, em qualquer circunstância da vida, experimentar os Seus preciosos dons, tais como a sabedoria e o santo temor de Deus, bem como os Seus saborosos frutos, tais como a caridade, a alegria, a paz, a paciência, a bondade, a benevolência, a mansidão, a humildade, a fidelidade a Cristo e o abandono de amor ao Espírito (cf. Gl 5, 22.25). Assim, podemos praticar as bem-aventuranças e tornar-nos, na nossa pequenez, antecipadamente, parte dos «novos céus» e da «nova terra», nos quais «habita a justiça» (2 Pe 3, 13). Assim contribuiremos para a realização da «civilização do amor», em harmonia com a experiência de fé e a vida do P. Dehon, bem como com os ideais das nossas Constituições.
Fonte http://www.dehonianos.pt/

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