quinta-feira, 29 de setembro de 2016

27ª Semana Comum - Quinta-feira 06/10/2016

LITURGIA DIÁRIA

Primeira Leitura (Gl 3,1-5)


Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas.

1Ó gálatas insensatos, quem é que vos fascinou? Diante de vossos olhos, não foi acaso representado, como que ao vivo, Jesus Cristo crucificado? 2Só isto quero saber de vós: Recebestes o Espírito pela prática da Lei ou pela fé através da pregação? 3Sois assim tão insensatos? A ponto de, depois de terdes começado pelo espírito, quererdes terminar pela carne? 4Foi acaso em vão que sofrestes tanto? Se é que foi mesmo em vão!

5Aquele que vos dá generosamente o Espírito e realiza milagres entre vós, faz isso porque praticais a Lei ou porque crestes, através da pregação?


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Responsório (Lc 1,69-75)

 

— Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!

— Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!


— Fez surgir um poderoso Salvador na casa de Davi, seu servidor, como falara pela boca de seus santos, os profetas desde os tempos mais antigos.

— Para salvar-nos do poder dos inimigos e da mão de todos quantos nos odeiam. Assim mostrou misericórdia a nossos pais, recordando a sua santa Aliança.

— E o juramento a Abraão, nosso pai, de conceder-nos que, libertos do inimigo, a ele nós sirvamos sem temor em santidade e em justiça diante dele, enquanto perdurarem nossos dias.


Evangelho (Lc 11,5-13)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5“Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, 6porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’, 7e se o outro responder lá de dentro: ‘Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães’; 8eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário. 9Portanto, eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. 10Pois quem pede recebe; quem procura encontra; e, para quem bate, se abrirá.

11Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!”


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Meditatio

Cristo convida-nos, como Seus discípulos e, sobretudo, como Seus “amigos” à “assiduidade” na oração, e nós queremos corresponder a esse convite. Por isso, precisamos de «rezar incessantemente…» (1 Ts 5, 17; cf. Ef 5, 20).
Ser «féis à oração» (Act 2, 42) é ser fiéis ao «nosso carisma profético» (Cst. 27), é realizar a primeira união da nossa «vida religiosa e apostólica à oblação reparadora de Cristo ao Pai pelos homens» (Cst. 6). Só realizando, com a ajuda do Espírito, dos seus dons, dos seus frutos, dos seus carismas, o nosso carisma de oblação, damos um conteúdo de vida e de realismo à «fidelidade» que nos recomenda o n. 76 das Constituições.
É pouco ser fiéis às necessárias práticas de piedade pessoais e comunitárias. As orações devem ajudar-nos a descobrir o seu núcleo vital: rezar é amar. A caridade é a oração que dá valor a todas as orações e práticas de piedade e torna fecundo o nosso apostolado.
O homem precisa de amar e de ser amado como precisa do ar; por isso, a oração perene é o amor perene: Amai, sem nunca desanimar, diz Jesus (cf. Lc 18, 1); amai incessantemente, confirma S. Paulo (cf. Ts 5, 17).
Rezar é estar em diálogo de amor perene com Deus, Pai amoroso em Quem podemos confiar, e com os irmãos; rezar é fazer do amor oblativo a nossa vida. Devemos, todavia, beber esse amor oblativo na sua fonte, que é Deus. Daí a necessidade da oração de intimidade pessoal, da oração trinitária. Podemos servir-nos das formas simples e profundas que aprendemos nos joelhos da nossa mãe: «Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo», entendendo o «em nome» (“eis to onoma”: Mt 28, 19) no sentido de posse: «Sou Teu, ó Pai; sou Teu, ó Filho; sou Teu, ó Espírito Santo» – «Amem»: Sim, com todo o meu coração, com toda a minha vida, no tempo e na eternidade. E ainda: «Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo», entendendo
“glória” no sentido de amor oblativo. Amor ao Pai, amor ao Filho, amor ao Espírito Santo. “Amem”, Sim, com todo o meu coração, com toda a minha vida, no tempo e na eternidade. É evidente também a necessidade da invocação frequente do Espírito para que venha «em ajuda da nossa fraqueza» (Rm 8, 26): «Vem, Espírito Santo… Vem, pai dos pobres; vem, dador de todos os dons; vem, Luz dos corações» (Liturgia).
Da oração de intimidade, que é amor oblativo para com Deus, passamos à oração de continuidade, que é amor oblativo para com o próximo, que é apostolado, contacto cordial com as pessoas, identificação com as suas alegrias e com as situações difíceis, e mesmo dramáticas, em que, por vezes, vivem. Quando formos pessoas que rezam, será para nós espontâneo passar da contemplação à acção e regressar da acção à contemplação. Na contemplação, encher-nos-emos do Espírito que produzirá em nós os seus frutos, as obras de bem, sinal do Reino em nós. Para um Oblato-Sacerdotes do Coração de Jesus, não há diferença entre actividade apostólica e contemplação: é amor oblativo a contemplação, é amor oblativo a acção. Rezar é amar e amar é rezar. Sendo assim, compreendemos a importância enorme que tem a verdadeira oração entendida, antes de mais nada, como experiência do inefável «amor que Deus tem por nós» (1 Jo 4, 16), e como adesão de todo o nosso ser a esse amor oblativo, correspondendo-lhe com o nosso amor oblativo, no serviço de Deus e no serviço aos irmãos. Por isso, «Reconhecemos que da oração assídua dependem a fidelidade de cada um e das nossas comunidades (à nossa vocação de Oblatos-SCJ), bem como a fecundidade do nosso apostolado. Cristo convida os seus discípulos, sobretudo os seus amigos, a perseverarem na oração: queremos responder a este convite» (Cst. 76).
Fonte http://www.dehonianos.pt/

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